ARTIGO — Trânsito caótico por más condutas

Wagner Gil

É verdade que as ruas de Caruaru são estreitas, não existem ruas largas suficientes no Centro para atender a uma demanda que cresce a cada dia, pois a quantidade de veículos circulando nas principais ruas da Capital do Agreste só aumenta com o passar dos anos. Vale lembrar também que a cidade não foi projetada – surgiu de um aglomerado de pessoas que se reuniam para comprar ou trocar mercadorias.

As dificuldades de se implantar um plano diretor são enormes, devido a décadas de atraso em alguns setores. No trânsito até que as autoridades tentam melhorar com ações como a criação e ampliação da Destra, uma autarquia municipal criada também para ordenar, fiscalizar e multar os motoristas, que não cumprem as leis.

Atualmente, o que mais tem prejudicado o trânsito de Caruaru, sem sombra de dúvidas, é a má conduta de seus motoristas. Basta dar uma volta nas principais ruas do centro ou periferia para observar uma série de absurdos como estacionamento em vaga de deficientes ou em cima de calçadas. Também é comum ver motoristas de ônibus circulando em duas faixas, deixando o fluxo de veículos lento.

Existe na cidade também uma “praga” de lotações irregulares e que fazem paradas em pontos estratégicos para conseguir passageiros, mas prejudicando o transporte regular. Esses motoristas param em áreas como na Praça Artur Peixoto, no Bairro Maurício de Nassau, ou na Rua dos Guararapes , no Centro, ou seja, em áreas bastante movimentadas.

Outro ponto que tem prejudicado o trânsito de Caruaru é a postura irregular de vários motoristas de aplicativo. Muitos circulam em baixa velocidade, fazem pontos em áreas próximas a shoppings, escolas, faculdades e centros comerciais ou empresariais. E isso tudo acaba deixando o já caótico trânsito, mas lento em horários de ruge.

Atualmente, a prefeitura vem trabalhando com ações, que vão desde as mudanças significativas no trânsito, como na instalação de placas, melhoria da pavimentação e iluminação e contratação de novos agentes, através de concurso público. Mas se não houver uma consciência dos motoristas, o trânsito não vai mudar.

A frota de carros e motos na cidade passa dos 180 mil, além dos que já circulam diariamente, vindos de outros centros. Tecnologia também tem que ser aplicada para melhorar o trânsito, mas sem a consciência de seus motoristas, fica mais difícil essa mudança acontecer. A Destra afirma que tem investido bastante em campanhas educativas. Educar: esse é o caminho!

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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