Cesta básica de Caruaru tem alta em novembro

A cesta básica de Caruaru, em novembro, registrou uma alta de 3,41%. É o que mostra a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden. Segundo o levantamento, no mês de novembro, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 264,26 para R$ 273,28.

De acordo com a professora do UniFavip|Wyden, Eliane Alves, coordenadora da pesquisa, os itens que mais influenciaram na alta do valor total da cesta foram o feijão e a carne, respectivamente. O óleo e o café também registraram altas significativas. “Por outro lado, o tomate e a banana, itens que foram vilões por vários meses, evitaram uma alta mais significativa da cesta em novembro, pois apresentaram reduções”, completa Eliane Alves.

No mês passado, o comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de redução em nove capitais e de aumento em sete capitais (das 16 no total), onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Os aumentos mais expressivos foram registrados em Vitória (7,89%), Florianópolis (4,45%) e Campo Grande (3,12%). E as reduções mais significativas foram em Porto Alegre (-2,03%) e Curitiba (-1,95%).

Entre as capitais, a cesta mais cara do país, pelo terceiro mês consecutivo, foi a de Florianópolis (R$ 478,68) e a cesta mais barata foi novamente a de Aracaju (R$ 325,40). A cesta básica caruaruense continuou apresentando um valor menor que a do Recife: a diferença foi um pouco menor se comparada às variações anteriores, passando de R$ 95,29 para R$ 81,36.

A pesquisa do UniFavip|Wyden revelou, ainda, que uma família caruaruense deveria receber um salário mínimo, em novembro, de R$ 2.295,82 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos e dos outros itens que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar. Este valor representa aproximadamente 2,3 vezes mais que o salário mínimo de R$ 998,00 atualmente em vigor.

Com relação às horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial indicada pelo Ministério do Trabalho é de 220 horas mensais, para pagar o valor apresentado pela cesta básica em novembro, o assalariado caruaruense utilizou 28,65% de todo o seu tempo de trabalho, o equivalente a 61 horas e 34 minutos, para arcar só com as despesas de alimentação.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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