Mercado automobilístico brasileiro tem retomada no interesse e no potencial em 2018

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De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a retomada de crescimento da indústria automobilística foi uma constante no primeiro bimestre de 2018. A produção e o licenciamento de autoveículos registraram crescimento de dois dígitos de janeiro até março. Nos dois primeiros meses do ano, 431,6 mil veículos foram produzidos no Brasil. O número corresponde a uma alta de 15% em comparação com o mesmo período de 2017, o que representa um impacto positivo para o setor.

Embora os números apontem aumento, para o professor de finanças do ISAE – Escola de Negócios, Antônio Jorge Martins, a retomada do interesse e do potencial de mercado automobilístico brasileiro ainda é um grande desafio. Principalmente pelo fato das novas gerações terem cada vez menos pretensão de adquirir o próprio veículo, as empresas devem buscar a modernização e a adaptação às novas demandas. Por outro lado, isso pode vir a trazer um aumento de valores. “Os setores que possuem evolução tecnológica tendem a apresentar crescimento real dos preços praticados, por conta da necessidade de amortizar os investimentos tecnológicos em um prazo cada vez menor e tendo em vista a constante evolução”, explica.

De acordo com Martins, a preocupação atual da sociedade se volta para a mobilidade como um todo deixando de se engajar, necessariamente, no senso de propriedade. “Para dispormos dessa mobilidade total, a tendência é de crescimento do número de empresas que possam oferecer tais serviços, pois a mobilidade se voltará para as mais diversas camadas da sociedade que hoje possuem dificuldades de locomoção, como idosos e crianças”, comenta.

Deve-se levar em conta, também, o aumento do compartilhamento de veículos, presente de forma constante no panorama atual. Para o professor, por conta disso, o setor automotivo tende a concentrar seus esforços na prestação de serviços, deixando de focar exclusivamente em produtos. “A estratégia dos fabricantes do setor caminha para desenvolver os pilares de conectividade, design e motorização, sendo que a preocupação deste último item se volta para sustentabilidade como a eliminação de combustíveis fósseis e para a economia. Quanto a conectividade, que tende cada dia mais a ser um diferencial, o ‘top’ deste pilar representará o carro e caminhão autônomo”, completa o especialista.

Prefeitos da Zona da Mata debaterão na AFCP redução da criminalidade através do setor canavieiro

Nesta segunda-feira (02), às 10h, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), localizada no bairro da Imbiribeira, no Recife, espera receber os prefeitos da Zona da Mata para um debate sobre o projeto Renovar do setor canavieiro onde visa contribuir na redução dos índices de criminalidade na região através do crescimento de postos de trabalho por meio da recuperação de antigos patamares da safra da cana e da produtividade das usinas. Na referida região, existem 11 mil fornecedores independentes de cana, dos quais já dependem 30 mil trabalhadores. Os deputados estaduais e federais, ligados a estes municípios, também estão sendo convidados, bem como senadores e o secretário estadual de Agricultura, Wellington Batista. A participação dos prefeitos e de cada atores será tratada na reunião que contará ainda com o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), José Inácio, já que o Renovar é um projeto que está sendo discutido dos estados da Bahia ao Rio Grande do Norte.

“Como há uma relação direta entre crime e desemprego, que cresceram bastante nos últimos anos, o Renovar, que foi entregue recentemente ao governador Paulo Câmara, visa a partir de uma Parceria Pública Privada (PPP) recuperar os canaviais da região, a fim de renovar os canaviais do estado e acabar com a capacidade ociosa das unidades industriais. Com isso, abrem-se milhares de empregos no campo e usinas – condições importantes para contribuir na redução da criminalidade na nossa região, com repercussões diretas também na Região Metropolitana do Recife”, comenta Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP. O Renovar, elaborado pelo consultor Gregório Maranhão, conta também com a parceria do Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco (Sindicape).

Por se tratar de uma PPP, o Renovar visa dividir tal responsabilidade entre o setor canavieiro e o público. Desse modo, o Governo do Estado através de recursos federais voltados para essa finalidade pode atuar como parceiro na implementação deste projeto. Assim, como há milhões em recurso federais voltados para Pernambuco com projetos também de Segurança Pública, anunciados recentemente pelo presidente Temer, é vital o apoio político dos prefeitos da Mata Norte, deputados e senadores, os quais estão bastante preocupados com a questão da criminalidade.

Lima explica sobre a viabilidade do Renovar para baixar a criminalidade através de outro relevante indicador socioeconômico, que é o emprego na Zona da Mata – região que tem superado e muito o nível de crimes.

“Hoje as usinas de açúcar e etanol em PE tem uma capacidade ociosa de mais de 5 milhões. Elas moem 11,5 milhões de cana por safra diante do déficit da matéria-prima nos últimos anos, marcados por cinco anos de seca, quando estão prontas para esmagar 17 milhões”, diz Lima. O dirigente lembra que a cada mil toneladas de cana de açúcar a mais ou a menos estão em jogo seis empregos direto e o triplo disso em indireto.

O Renovar (Programa de Revitalização da Atividade Canavieira do NE) atua na raiz desse problema, pois auxilia na renovação dos canaviais, os quais demandarão milhares de mais empregos no campo e usinas, fatores socioeconômicos vitais para ajudar na redução da criminalidade.

64% dos brasileiros estão muito preocupados com surto de febre amarela, mostra Pesquisa Ipsos

Entre as doenças que costumam tirar o sono dos brasileiros no começo do ano, a febre amarela é que mais deixa a população apreensiva em todo o país. A maioria dos brasileiros está mais preocupada com essa doença do que com outras como dengue (16%) e zika (14%), segundo pesquisa realizada pela Ipsos. O sudeste (73%), que concentra o maior número de casos, está mais apreensivo do que as demais regiões – centro-oeste (70%), nordeste (63%), norte (53%) e sul (47%).

Três em cada dez entrevistados (28%) declararam que tomaram a vacina nos últimos seis meses. O número sobe para 45%, quando considerado apenas as respostas do sudeste, onde as campanhas contra a doença estão mais fortes. Os mais escolarizados são também os que mais se vacinaram – 37% dos entrevistados com ensino superior completo se protegeram contra a doença recentemente.

A ameaça da febre amarela é considerada algo muito preocupante para 64% dos entrevistados. Esse índice cresce no nordeste (77%), norte (75%) e sudeste (70%) e entre os sem instrução (75%) ou com até cinco anos de estudo (75%).

A pesquisa integra o estudo Pulso Brasil realizado mensalmente pela Ipsos. Foram entrevistadas presencialmente 1.200 pessoas em 72 cidades do Brasil entre 1º e 16 de fevereiro. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Sobre a Ipsos

A Ipsos é uma empresa independente global na área de pesquisa de mercado presente em 88 países. A companhia tem mais de 5 mil clientes e ocupa a terceira posição na indústria de pesquisa. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de publicidade, fidelização de clientes, marketing, mídia, opinião pública e coleta de dados. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e analisam audiência, medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse: https://www.ipsos.com/pt-br, www.ipsos.com, https://youtu.be/QpajPPwN4oE, https://youtu.be/EWda5jAElZ0 e https://youtu.be/2KgINZxhTAU.

Conab fiscaliza beneficiários do Programa de Vendas em Balcão

Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão em campo fiscalizando os beneficiários do Programa de Vendas em Balcão (ProVB). As atividades, que seguem até 13 de abril, já estão ocorrendo em Minas Gerais. Em seguida, também serão fiscalizados os pequenos criadores atendidos pelo programa em Goiás. O programa proporciona o acesso de criadores de pequeno porte aos estoques do governo, por meio de vendas diretas a preços compatíveis aos do mercado atacadista local.

Durante as fiscalizações, a Conab verifica informações cadastrais do beneficiário, o tamanho do plantel e também a utilização do milho comprado por meio do programa, que deve ser destinado à alimentação dos animais. Neste mês, dez criadores do estado de Pernambuco já receberam os fiscais da Companhia.

Caso sejam constatadas irregularidades, o produtor é notificado para apresentar sua defesa, atualizar seu cadastro ou devolver o valor correspondente ao produto adquirido de forma irregular. No caso de faltas graves, fica impedido de participar de qualquer programa executado pela Conab por até dois anos.

Nos dois primeiros meses do ano já foram vistoriados 84 criadores no Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Bahia e no Distrito Federal. A fiscalização no ProVB é periódica e ocorre ao menos duas vezes ao ano, uma em cada semestre, nos 21 estados que operam o Vendas em Balcão.

Sesi/PE dá dicas de alimentação saudável na Páscoa

A Páscoa é uma das épocas mais esperadas do ano, seja pela riqueza da culinária cheia de comidas feitas à base de coco, como pelos deliciosos ovos de chocolates, cada dia mais elaborados com recheios diversos. No entanto, o que representa felicidade para muitos, pode ser um tormento e mesmo um risco para a saúde de outros, como os diabéticos e as pessoas que têm intolerância à lactose. Mas, para provar que todo mundo pode aproveitar a festa sem culpa e sem prejudicar a saúde, a equipe de nutrição do Serviço Social da Indústria de Pernambuco (Sesi/PE) dá dicas de alimentação.

De acordo com a nutricionista Lídia Bandeira, “páscoa e diabetes é uma combinação possível. Quem sofre com a doença não precisa se restringir ao chocolate diet. Para consumir o chocolate normal, é preciso apenas ter o controle da quantidade de carboidratos diária permitida”. Outra dica para amenizar os efeitos do chocolate sobre a taxa de açúcar no sangue é “consumir o ovo de Páscoa ou as barras de chocolate após uma refeição principal, como sobremesa. A presença de outros nutrientes, inclusive das fibras, faz com que a absorção não seja tão imediata e não eleve tão bruscamente a glicemia”, completa.

Um fator importante é a escolha do tipo de chocolate do ovo ou da barra. Os chocolates feitos com 51% a 75% de cacau são os mais saudáveis, mas por terem um sabor mais amargos costumam não serem muito escolhidos pelas pessoas. Os que contém de 35% a 50% de cacau na composição são considerados os meio-amargos e já atraem mais o público. Os que possuem entre 10% a 25% de cacau são os chocolates ao leite, mas devem ser consumidos em menor quantidade devido ao maior índice de açúcar, leite e manteiga de cacau, que o faz mais calórico. Já o chocolate branco é o que deve ser consumido com muito cuidado, porque não traz muito benefícios para a saúde.

O chocolate diet não tem açúcar na composição, mas a quantidade elevada de gordura, faz com que seu consumo também deva ser moderado. Já a alfarroba, uma planta muito vendida em forma de pó, é uma excelente opção para pessoas intolerantes à lactose e celíacas pelo sabor similar aos do chocolate.

Bandeira faz um alerta “mesmo com toda essa facilidade as pessoas que possuem problema de saúde ou não devem consumir o chocolate com moderação, devido ao alto valor calórico para evitar aumento do colesterol e do peso”.

Outros alimentos – Mais dicas para ter uma alimentação saudável na Páscoa é:

· Evitar o consumo de alimentos muito calóricos na mesma refeição (arroz de coco, feijão de coco, quibebe, bredo de coco, peixe ao coco…). Consumi-los em dias alternados e não repetir a mesma refeição no jantar;

· Evitar fritar o peixe. O melhor é preferir preparações menos gordurosas, como peixe assado ou tipo escabeche;

· Reduzir o consumo de chocolate para porções menores. Evitar os ovos de páscoa que possuem recheios (tipo trufados) que são ainda mais calóricos;

· Outra versão extremamente calórica é o ovo de páscoa de colher devido ao recheio.

Palestrante dos EUA vem a Caruaru para o 1º ‘Encontro Internacional sobre Autismo do Agreste’

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Caruaru receberá pela primeira vez o ‘Encontro Internacional sobre o Autismo do Agreste’, que será realizado entre os dias 13 a 15 de abril de 2018, no auditório do Centro de Convenções, no Bairro Indianópolis. Serão abordados a inclusão, conscientização e desafios das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Ao todo serão aproximadamente 20 palestrantes, de todas as partes do Brasil, incluindo os Estados Unidos (EUA). Destaque para a Psicóloga e Analista Comportamental, Ashley Curcio, que virá especialmente de Miami do Estado americano da Flórida, para falar sobre o tema: Entendendo o comportamento.

Em entrevista por telefone através da Pautar Comunicação e Imprensa, Ashley afirmou que essa será uma oportunidade para dialogar com o público sobre o tema e ouvir dos demais palestrantes suas ideias e soluções.

“Essa será a minha primeira vez em Caruaru e estou muito feliz de participar de um evento tão importante e grandioso como esse. Tenho certeza que será um marco para a cidade, com o objetivo principal, de levar conhecimento ao público que marcará presença”, afirma Ashley.

Ela ressalta também que para ter um tratamento eficaz de uma criança com autismo, é necessário um trabalho em equipe entre profissionais multidisciplinares e familiares. “Ninguém pode fazer o trabalho sozinho. Cada pessoa desempenha um papel fundamental. Nossa prioridade é com aquela criança e sua evolução, e como podemos ajudá-la a alcançar seu potencial máximo”, conclui.
Apesar de ser americana, Ashley Curcio, fará a palestra em português. As inscrições estão sendo feitas por meio do endereço eletrônico: www.educacaoespecialpe.com.br basta conferir a taxa de participação individual ou em grupo.

PALESTRANTES CONVIDADOS:

Ashley Curcio, Psicóloga (Miami, EUA);

Ana Zélia, Doutoranda em Educação pela UFRN (Pernambuco);

Antônia Patrícia, Terapeuta Ocupacional (Alagoas);

Antônio Zidani, Personal Trainer (Pernambuco);

Dr. André Henrique Lott, Pediatra (Pernambuco);

Ester, Psicopedagoga (Bahia);

Isabella Debone, Psicóloga (São Paulo);

Karla Mirele, Psicóloga (Pernambuco);

Karla Pamponet, Fonoaudióloga (Bahia);

Lara Silva, Psicopedagoga (Sergipe);

Lidieri Barros, Psicopedagoga (Pernambuco);

Lílian Tabosa, Fonoaudióloga (Pernambuco);

Michelle Malab, Escritora (Minas Gerais);

Natália Spinelli, Pós-Graduanda em Análise Aplicada do Comportamento (Pernambuco);

Nayara Nogueira, Advogada (Pernambuco);

Rozana Melo, Psicopedagoga (Sergipe);

Samira Rosceli, Psicóloga (Pernambuco);

Thayná Sato, Pedagoga (Pernambuco);

Yan Sato, Terapeuta Ocupacional (Pernambuco);

Ramos confirma a Armando pré-candidatura à Assembleia Legislativa

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O ex-deputado estadual Severino Ramos confirmou ao senador Armando Monteiro (PTB-PE) sua pré-candidatura à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo PTB, partido ao qual está filiado. A confirmação foi expressada durante encontro no gabinete de Armando, no Recife.

Ramos, como é conhecido, foi candidato a prefeito de Paulista na última eleição e ficou na segunda colocação, conquistando quase 35 mil votos. O pré-candidato a deputado estadual reiterou sua disposição de colaborar com o desenvolvimento socioeconômico de Paulista e região através de um mandato no Legislativo estadual.

Armando destacou que a candidatura de Ramos é importante para o município e frisou a lealdade, seriedade e o compromisso do correligionário em trabalhar pelo crescimento de Paulista e do estado.

Foto: Leo Caldas/Divulgação

58% dos brasileiros não gostam de dedicar tempo para cuidar das próprias finanças, aponta pesquisa do SPC Brasil e CNDL

O consumidor brasileiro reconhece a importância de fazer o controle das finanças pessoais, mas parte significativa admite não seguir à risca essas boas práticas. Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais mostra que a organização financeira não é uma tarefa que atrai os consumidores. Em cada dez entrevistados, seis (58%) admitem que nunca ou somente às vezes gostam de dedicar tempo a atividades de controle da vida financeira. E há, também, aqueles que precisam recorrer ao crédito para complementar a renda. De acordo com a pesquisa, 17% dos consumidores sempre ou frequentemente precisam usar cartão de crédito, cheque especial ou até mesmo pedir dinheiro emprestado para conseguir pagar as contas do mês. Esse percentual aumenta para 24% entre os mais jovens.

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, uma vida financeira saudável depende do esforço de cada consumidor em buscar fontes adequadas de informação e exercitar a disciplina para incorporá-las no seu cotidiano. “Muitas pessoas poderiam, facilmente, ter acesso às informações necessárias para ter um orçamento mais equilibrado, mas não parecem conseguir. Elas pensam que dá trabalho ou que é muito difícil manter o controle sobre as despesas e se esquecem de que trabalhoso mesmo é encarar o endividamento e a restrição ao crédito. Lidar com o dinheiro exige disciplina e comprometimento para viver dentro da sua realidade financeira e não tomar decisões equivocadas”, orienta Vignoli.

Exemplo de que uma vida financeira equilibrada traz mais satisfação e tranquilidade, é que 56% dos consumidores ouvidos no levantamento disseram que se sentem melhor quando fazem um planejamento das despesas para os próximos seis meses. O problema, novamente, é que nem sempre isso acontece na prática porque 48% deles nunca ou somente às vezes fazem um planejamento cuidadoso dos passos a seguir para ficar dentro do orçamento nos meses seguintes. Esse problema surge com ainda mais força entre os consumidores de mais baixa renda (classes C, D e E), com 51% de citações.

Planejar-se para realizar um sonho de consumo também não é um hábito comum para a maioria dos consumidores. Os que estabelecem metas e as seguem à risca quando querem adquirir um bem de mais alto valor, como uma casa, um automóvel ou realizar uma viagem, por exemplo, somam 48% da amostra. Nesse caso, o comportamento é mais frequente entre as pessoas das classes A e B, com 59% de menções. Os que nunca ou somente às vezes fazem esse tipo de esforço somam outros 48% dos entrevistados. Há ainda 38% que nem sempre possuem planos para o futuro.

Para 61%, controle da vida financeira está relacionado a conhecimentos numéricos, mas 19% ‘fogem” de números no dia a dia e 39% não calculam juros

O levantamento do SPC Brasil também descobriu que, na opinião dos consumidores, ter algum tipo de familiaridade com matemática e conhecimento sobre números facilita a chance de se ter um controle mais efetivo sobre a vida financeira. Em cada dez brasileiros, seis (61%) acreditam que informações numéricas são úteis na vida financeira diária e 62% acham que aprender a interpretar números é importante para tomar boas decisões financeiras. Porém, nem sempre essas pessoas procuram, de fato, informar-se a respeito desses temas.

A pesquisa detectou que 19% dos entrevistados não costumam prestar atenção em assuntos que envolvem números, percentual que aumenta para 24% entre os homens e 27% entre os mais jovens. Há ainda 39% de brasileiros que nunca ou somente às vezes calculam o quanto pagam de juros ao parcelar uma compra. Outros 53% garantem fazer esse cálculo com frequência. Quando parcelam alguma compra, um terço (33%) dos entrevistados nem sempre sabem se já possuem outras prestações que comprometem o orçamento.

“O conhecimento sobre juros é algo essencial para as finanças de quem parcela compras ou contrata algum financiamento, por exemplo. Os juros encarem o valor total a ser pago pelo consumidor, principalmente em casos de atrasos, e se não são bem analisados e pesquisados entre várias instituições, podem comprometer a organização do consumidor”, esclarece a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A busca por informações entre especialistas também é algo negligenciado por boa parte dos consumidores brasileiros. Somente três em cada dez (31%) garantem sempre ou frequentemente ver dicas de especialistas sobre a gestão da vida financeira. Além disso, apenas 17% costumam participar de cursos, palestras e seminários para aprender a fazer a gestão do próprio orçamento. Outros 49% nunca participam dessas atividades, ao passo que 25% reconhecem que às vezes vão atrás desse tipo de informação.

“Hoje com a facilidade de acesso à internet, esse número poderia ser muito maior. Há uma grande oferta de conteúdo de qualidade e gratuito em portais, vídeos e até mesmo nas redes sociais que tratam da relação com o dinheiro de forma leve, descomplicada e aplicada às situações comuns do dia a dia”, afirma Vignoli.

45% costumam ceder às tentações do consumo impulsivo e apenas 38% são autoconfiantes para identificar bons investimentos

A pesquisa também mostra que parte expressiva dos entrevistados cede às compras por impulso e tomam atitudes de consumo desregradas. Quando estão realizando compras, um terço (33%) dos brasileiros disse que nunca ou apenas às vezes avalia se realmente precisam do produto para não se arrepender depois. Além disso, 45% nunca ou somente às vezes conseguem resistir às promoções e comprar apenas aquilo que está planejado.

Também se pode notar que algumas posturas desaconselháveis do ponto de vista financeiro são adotadas. De acordo com a pesquisa, 19% dos consumidores acham mais importante gastar dinheiro hoje do que guardar para o futuro, embora 77% garantam às vezes ou nunca se comportarem assim.

Sobre pensar no futuro, a pesquisa detectou que muitos brasileiros não se sentem preparados para a tarefa de investir. Somente 38% disseram que admitem ter confiança em sua capacidade de identificar bons investimentos e 22% desconhecem os tipos de aplicações que rendem as melhores taxas de retorno. Além disso, apenas metade (51%) da amostra sabem sempre ou com frequência o quanto precisam guardar todos os meses. “Certas modalidades podem render muito mais, mas também estão sujeitas a variações e perdas mais significativas. Adequar o tipo de investimento à personalidade e à situação financeira de quem vai investir é essencial. Perfis mais avessos ao risco pedem modalidades mais conservadoras, enquanto consumidores mais ousados podem optar por investimentos mais voláteis e com maior possiblidade de retorno”, explica a economista Marcela Kawauti.

Metodologia

Foram entrevistados 805 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

Pernambuco recebe especialista brasileira em fotos de recém-nascidos

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Na primeira semana de abril, desembarca em Recife uma das maiores especialistas brasileira em fotos de recém-nascidos, a fotógrafa Simone Silvério que ministrará nos dias 7 e 8 o Workshop Fotografia de Recém-nascidos e Gestantes. A fotógrafa paulista, que é reconhecida internacionalmente, estará pela terceira vez na capital Pernambucana.

De acordo com Simone, a arte em fotografar os recém-nascidos está no jeito de lidar com o bebê, no fazer dormir, em colocá-lo nas posições – sempre com muito carinho e paciência.

“Um quesito muito importante é o conforto e a segurança do bebê que tem poucos dias de vida. É preciso estabelecer padrões de segurança para os ensaios, o fotógrafo precisa conhecer não só a técnica fotográfica como também a anatomia e fisiologia do bebê” explica Simone Silvério, presidente da Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos (ABFRN).

O melhor período para as fotos é entre 5 e 15 dias, explica Simone, pois os bebês dormem bastante e não sofrem com cólica. O estúdio é preparado para receber os pequenos modelos com som ambiente reproduzindo útero materno, a temperatura é controlada a 30 °C, iluminação sem flash, e principalmente tudo sempre muito higienizado.

Com destaque também no exterior, Simone Silvério vê a fotografia brasileira se desenvolvendo. “O nível técnico dos profissionais brasileiros está melhorando graças aos vários cursos, workshops e congressos bem como a atuação da ABFRN – Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos, aliás a primeira associação específica deste assunto no mundo. Estamos chegando muito próximo das americanas, canadenses e australianas, se é que já não as alcançamos, e, em breve, nos tornaremos referência global. Acho, contudo, que ainda precisamos desenvolver uma identidade brasileira”, diz a fotógrafa.

Sobre Simone Silvério

Simone Silvério é uma fotógrafa apaixonada pela maternidade e tudo que envolve esse universo. Mãe de quatro filhos, administradora de empresas com MBA pela FIA-USP, arquiteta formada pela FAU-USP, executiva com 15 anos de experiência no mercado financeiro internacional, deixou tudo para se tornar fotógrafa em tempo integral. É referência no mercado fotográfico nacional, comparada a fotógrafa australiana Anne Geddes, com quem fez, recentemente, um trabalho social no Brasil. Simone é membro e Fotógrafa Certificada pela associação de fotógrafos profissionais americanos PPA, é membro da associação americana de fotógrafos infantis NAPCP e presidente da Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos ABFRN além de ser uma das fundadoras. Também é autora de diversos cursos sobre fotografia de bebês e do livro “Fotografia de bebês paixão e técnica”, pela Iphoto Editora, a primeira obra completa publicada em Língua Portuguesa sobre fotografias de bebês.

Aprendeu a arte de newborn com as maiores mestras no assunto: Kelley Ryden e Tracy Raven (EUA), Amber Shereen (Canadá), Laura Brett (EUA). Entre a centenas de ensaios no currículo, está o da lindinha Brenda, filha de Sheila Mello com o nadador Fernando Scherer.

Serviço:

Workshop de Fotografia de Recém-nascidos e Gestante com Simone Silvério

Datas: 7 e 8 de abril de 2018

Horário: 9h às 18h

Local: Estúdio Andrea Leal Fotografia – Rua do Chacon, 274, Casa Forte, Recife, PE

Informações: http://www.simonesilveriofotografia.com.br/

Sem investir nos jovens, país não crescerá, afirma Banco Mundial

O relatório do Banco Mundial Competências e Empregos – Uma Agenda para Juventude, divulgado no início do mês, indica que, apesar de o número médio de anos de estudo no país ter crescido na última década, a produtividade por trabalhador não evoluiu muito. O documento apresenta dados de 2015, da Pnad, que indicam que mais de 11 milhões de pessoas de 15 a 29 anos não trabalham, nem estudam, ou seja, praticamente um em cada cinco jovens não está na escola, em treinamento ou trabalhando.

De forma geral, os jovens que não concluíram o ensino médio são em sua maioria homens, negros, trabalhadores e com baixa renda familiar e são precocemente direcionados para o mercado de trabalho, quase sempre informal e precário.

Segundo o relatório do Banco Mundial, esses jovens enfrentam a forma mais extrema de desengajamento em uma perspectiva de competências e emprego. “Muitas vezes, o primeiro trabalho é determinante para o sucesso da trajetória profissional. Aqueles que ingressam no mercado informal têm menores perspectivas de prosseguir os estudos e/ou de desenvolver competências e habilidades requeridas pelo mundo do trabalho. Com isso, dificilmente conseguirão, ao longo da sua vida, ocupar postos de trabalho mais qualificados e com melhores salários”, avalia Wagner Santos, coordenador do núcleo de juventude do CENPEC – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.

O relatório do Banco Mundo alerta ainda para a tendência de envelhecimento da população brasileira, que gera uma pressão e urgência na melhoria da qualidade da educação e da elevação da produtividade do trabalho, sobretudo dos jovens que nas próximas décadas serão a principal força de trabalho do país. “Se quisermos crescer com qualidade, precisamos apostar em nossos jovens. Isso significa estimular a permanência e o retorno aos estudos e promover o desenvolvimento de competências e habilidades para o mundo do trabalho, a vida pública e pessoal”, afirma Wagner Santos.

Frente a este cenário, como Brasil pode inserir seus jovens na escola e no trabalho de forma mais eficaz e plena e assim elevar sua produtividade? Para o CENPEC, a transformação desse quadro passa por políticas públicas intersetoriais e contínuas que assegurem uma educação de qualidade para a vida pública e pessoal e que desenvolva as competências necessárias para atuar em um mercado cada vez mais competitivo.

Essas políticas precisam assegurar que os jovens ampliem seu repertório cultural e social, se apropriem de novas tecnologias, desenvolvam projetos de intervenção nas comunidades em que vivem, aprendam a circular pela cidade, ou seja, sejam protagonistas na construção de seus próprios currículos, defende Wagner Santos.

Atualmente, a oferta de educação ainda é muito desigual no país. Pesquisa recente, realizada pelo CENPEC com apoio da Fundação Tide Setubal, indica que aqueles que estão matriculados no Ensino Médio em tempo integral têm melhores oportunidades de ensino do que aqueles que estudam em tempo parcial. O mesmo ocorre na comparação entre os alunos do diurno com os do noturno e da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Essa diferença amplia as desigualdades, tanto no âmbito educacional, quanto no acesso ao mercado de trabalho.

Além disso, especialistas têm alertado para o risco de que a reforma do Ensino Médio, anunciada pelo governo federal, acirre ainda mais as desigualdades, devido à ampliação de oportunidades educacionais desiguais. Ainda não está claro como será a oferta de diferentes itinerários formativos aos estudantes. Dificilmente, estados e municípios com baixa capacidade de arrecadação, com infraestrutura escolar precária, menor capital humano ou com menos possibilidades de parcerias com setores da indústria, comércio ou terceiro setor terão condições de ofertar um leque de percursos formativos, de qualidade. Há o receio de que isto restrinja as opções de escolha dos jovens e ampliando ainda mais as desigualdades regionais já existentes no Brasil.

PJU, exemplo de iniciativa com bons resultados

A proposição de políticas focalizadas para reter os jovens na escola não é uma novidade. Dentre os projetos que atuam com essa população, um exemplo é o Programa Jovens Urbanos, realizado no período de 2004 a 2017 com coordenação técnica do núcleo de juventude do CENPEC. A iniciativa teve como público alvo jovens de 16 a 21 anos de idade, residentes em bairros pobres de regiões metropolitanas. Seu objetivo era o de implementar e disseminar tecnologias de trabalho com a juventude por meio de processos de formação ampliada, geração de oportunidade e inserção produtiva, além de contribuir para que esses jovens concluam o Ensino Médio e tenham acesso ao Ensino Superior.

O relatório de avaliação econômica, consultoria realizada pelo economista Naercio de Menezes Filho, traz os resultados da avaliação da 3ª edição do Programa Jovens Urbanos, realizada entre 2007 e 2008, a primeira a atuar nos bairros de Lajeado e Grajaú (São Paulo – SP). Todos os jovens participantes receberam uma bolsa mensal de R$200,00. A primeira avaliação, de curto prazo, ocorreu em junho de 2009, oito meses após o término da intervenção. Já a segunda, de médio prazo, aconteceu quatro anos depois, em junho de 2012 (Veja os resultados nos quadros abaixo)

São importantes os impactos de programas como este no desenvolvimento de competências relacionadas ao trabalho, à participação social, à ampliação do repertório cultural e a ampliação dos estudos e da formação, sobretudo a curto prazo. “Os resultados a longo prazo nos permitem inferir que a descontinuidade de políticas de apoio aos jovens traz efeitos colaterais. Elas precisam ser oferecidas por um período de tempo maior para que os resultados alcançados no curto prazo não apenas sejam mantidos, como ampliados”, avalia Wagner Santos.