Artigo: Inovação não é só Tecnologia

*José Paulo Graciotti

Muito se tem falado ultimamente sobre os impactos das novas tecnologias em todas as áreas e no Direito não seria diferente. Vários autores têm preconizado até o termino da profissão, que a meu ver é um pouco de sensacionalismo para chamar a atenção como grandes gurus futurólogos.

Não se pode negar que a evolução tecnológica está sendo brutal e que vai mudar tudo ao nosso redor, desde o simples fato de usarmos a internet (com todos aqueles softwares que descobrem nosso padrão de navegação e sugerem automaticamente coisas que possam nos interessar em qualquer navegador que utilizemos, como se fizessem parte da página original) até nos mais novos robots que chegam a cozinhar (www.moley.com).

Sou apaixonado pelo futuro e tudo que se refere a novas tecnologias e tenho certeza que essa nova revolução vai nos impactar de maneira que nunca havíamos sentido, mas o ponto que quero abordar é que ultimamente confunde-se inovação com tecnologia (que é um tipo de inovação) e esses conceitos são bastante diferentes.

O mercado jurídico está passando por uma pressão brutal, não causada pela tecnologia e sim pela ameaça da concorrência mais acirrada, pela mudança das responsabilidades atribuídas aos Diretores Jurídicos e seus departamentos, pelo aperto que tais setores estão exercendo nos seus prestadores de serviços jurídicos e tudo isso exigindo adaptações brutais num mercado que sempre esteve numa zona de conforto.

O que mais tem me espantado é a visão endógena que vários gestores de escritórios ainda têm de si mesmos, pois quando questionados sobre seus diferenciais, quase sempre respondem com as frases: “temos os melhores advogados” (falam inglês, têm LLM, trabalharam em escritórios americanos e por aí vai), “atendemos bem nossos clientes” (quase sempre consta uma frase de efeito nos sites), “ temos a melhor expertise”, apenas para citar as principais. Não sei se esta atitude é de autoenganação, “wishfullthinking” ou até a própria visão incorreta de seu negócio.

Por outro lado, os mesmos gestores percebem que têm problemas internos e externos, que aparecem na falta de plano de carreira correto (lembremos das expectativas das novas gerações), na falta de um critério profissional de relativização de sócios, na falta de produtividade e rentabilidade, na falta de um conhecimento mais profundo do mercado que atuam e na falta de um planejamento (mínimo que seja) de suas atividades atuais e movimentos futuros.

Perguntas emblemáticas que evidenciam as dificuldades internas:

Por que não consigo fazer boas contratações de profissionais?

Por que não consigo mais comprometimento da minha equipe?

Por que não consigo melhorar o nível das contratações dos meus serviços?

Por que é tão difícil aumentar a rentabilidade?

A simples adoção das novas tecnologias irá, sem sombra de dúvidas, trazer o aumento de eficiência na operação, mas é apenas um approach evolucionário, no qual tentamos fazer um pouco melhor aquilo que sempre fizemos. O que se espera do mercado jurídico é uma mudança inteira na forma de prestar tais serviços e isso só ocorre quando muda o “mindset” de seus gestores, pulando para um approach revolucionário, ou seja, pensando fora da caixa e principalmente tendo a coragem de experimentar novas soluções.

Pensar à frente não quer dizer fazer melhor e sim fazer diferente, mais ágil, mais barato e melhor!

Essa mudança não virá da implantação de novos sistemas, mas sim de uma nova relação com clientes, mudando da forma tradicional passando de “legal advisor” do cliente, para ser o “business partner” do mesmo.

As perguntas que devem ser feitas são:

O que meu cliente quer efetivamente de mim?

O que o mercado espera dos prestadores de serviços jurídicos no momento econômico atual?

Será que o serviço que ofereço (pelo valor cobrado), o mercado quer consumir?

Sou efetivamente atraente para os profissionais do futuro?

Quais são minhas vantagens e desvantagens competitivas?

Como melhorar minha eficiência e eficácia?

Com certeza, a tecnologia ajudará em muito nas soluções de todos os problemas identificados quando tais perguntas forem feitas e respondidas.

Resumindo: muito mais do que a simples adoção de novas tecnologias, é preciso mudar a forma de encarar o seu negócio, seus clientes, o mercado e oferecer a todos esses elementos, soluções que os surpreendam e os entusiasmem. Isso é Inovação!

José Paulo Graciotti é consultor, autor do livro “Governança Estratégica para escritórios de Advocacia”, sócio da GRACIOTTI Assessoria Empresarial, membro da ILTA– International Legal Technology Association e da ALA – Association of Legal Administrators. Há mais de 30 anos implanta e gerencia escritórios de advocacia – www.graciotti.com.br

Deputada Roberta Arraes anuncia boas notícias depois de reunião na Secretaria de Transportes

Roberta Arraes transportes

Na tarde de ontem, (20), a deputada Roberta Arraes esteve em reunião com o secretário de Transportes em exercício, Antônio Júnior e o engenheiro civil, Hélder Rômulo, onde recebeu a notícia da execução do projeto de revitalização da pista do aeroporto do município de Araripina, que é um pleito antigo do ex-prefeito Alexandre Arraes, e em breve terá sua concretização para melhorar a pista de pouso.
A outra notícia que o secretário informou foi sobre a obra da estrada de Lagoa do Barro, que se encontra em processo com todos os trâmites legais, e em um curto prazo o governador Paulo Câmara estará dando a ordem de serviço.

Ainda na ocasião, a parlamentar também reforçou os pedidos de serviço para a operação tapa buraco dos trechos das estradas PE – 615, que liga o distrito de Nascente ao centro do município de Araripina; da PE-545, para favorecer os municípios de Ouricuri, Bodocó e Exú; e o recapeamento da PE-576, que liga Ipubi a Trindade.

“Foi uma reunião bastante proveitosa, a revitalização da pista do aeroporto será muito importante, e a obra da estrada de Lagoa do Barro é um sonho antigo da população e em breve irá se tornar uma realidade”, afirmou a deputada Roberta Arraes.

Humberto apresenta requerimentos para que governo forneça dados sobre intervenção no Rio

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Integrante do Conselho da República, órgão previsto na Constituição Federal para tratar de temas de gravidade para o país, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), apresentou requerimentos de informação à Presidência da República para saber quais foram os motivos que levaram o governo Temer a intervir na segurança pública do Rio de Janeiro, quanto será gasto, de onde sairá o dinheiro e qual o resultado das operações militares lá realizadas, entre outras dúvidas.

Desde que o Palácio do Planalto anunciou a intervenção federal em território fluminense, no fim da semana passada, Humberto procura saber quais são os documentos, as notas e os pareceres jurídicos que embasaram o decreto de intervenção, mas sem sucesso até agora.

“Na reunião do Conselho da República com Temer e seus ministros, na última segunda, perguntei se houve crescimento da violência no Rio que justificasse a medida. Ninguém soube responder na hora e, até hoje, parece que desconhecem a realidade”, declarou.

O senador ressaltou que já há emprego das Forças Armadas no Rio desde julho do ano passado, por força de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), e que os resultados nunca foram apresentados pelas autoridades ou experimentados pela população.

“Quanto foi aplicado nessa operação e qual a fonte dos recursos desse processo? Nem isso nós sabemos, assim como não temos conhecimento sobre a previsão orçamentária dessa intervenção anunciada agora”, criticou.

Diante da falta de transparência e informações a respeito da iniciativa do governo, Humberto defendeu que o Senado se posicionasse contrário ao decreto, até porque outros Estados que sofrem da mesma forma ou até mais intensamente do que o Rio com a criminalidade, como o Ceará, Sergipe e Pernambuco, não estão sendo contemplados igualmente. No entanto, a intervenção foi aprovada pelo voto de 55 senadores contra 13.

“Esse decreto pirotécnico foi editado para tentar reverter uma pauta que lhe é profundamente negativa, que é a reforma da Previdência. Tenho convicção de que essa jogada de marketing, com uso das Forças Armadas, serve tão-somente a que esse presidente medíocre busque melhora nos seus índices de popularidade”, finalizou.

Deputada apoia a criação de um Centro de Referência para Doenças Raras em Pernambuco

laura

A deputada Laura Gomes deu integral apoio à criação de um Centro de Referência para Doenças Raras em Pernambuco ao participar, ontem, dia 20, da reunião da Frente em Defesa das Pessoas com Deficiência, da qual a socialista é relatora. Na condição de líder do PSB, a parlamentar garantiu o suporte legislativo necessário para a implantação do serviço, destinado a atender cerca de 600 pacientes por mês, além de prestar assistência direta aos familiares dos diagnosticados com as enfermidades raras.

A previsão do Secretário Iran Costa, da Saúde, é de que o novo serviço será ativado em maio deste ano. O Secretário fez o anúncio na reunião da Frente, observando o processo de habilitação em curso no Ministério da Saúde o que levou à declaração de apoio da deputada Laura Gomes, sensibilizada com o sofrimento das famílias e dos pacientes das mais de 8 mil doenças raras já catalogadas e que, estima-se, atinge alguns milhares de pessoas em Pernambuco, não sendo ainda exatos os registros precisamente pela ausência de um serviço especializado.

No ambulatório do Centro de Referência serão tratadas a síndrome de Guillain-Barré, derivada da infecção pelo vírus da Zika e outras doenças relacionadas a erros inatos do metabolismo, anomalias congênitas ou de manifestação tardia como algumas doenças neuromusculares, cromossomopatias e artrogriposes. As deficiências intelectuais secundárias, infecções, inflamações e outras manifestações associadas às doenças raras serão também objeto da ação terapêutica das equipes médicas multidisciplinares.

Para Laura Gomes “a iniciativa do governo estadual significa avanço na área de saúde em Pernambuco e nos anima em apoiar um investimento que diminuirá o sofrimento de famílias atingidas por enfermidades muitas vezes incapacitantes e de longo tratamento, com sequelas emocionais e físicas para os pacientes e os seus acompanhantes. É bom, de todo modo, constatar esse investimento na humanização da saúde em nosso Estado”, finalizou.

Inspeção do Trabalho recupera R$ 4,2 bilhões do FGTS em 2017

O Ministério do Trabalho recuperou R$ 4,2 bilhões para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em 2017, por meio de ações de fiscalização em empresas que deixaram de depositar o dinheiro nas contas vinculadas dos seus trabalhadores. As maiores arrecadações ocorreram nos estados de São Paulo (R$ 692 milhões), Rio de Janeiro (R$ 485 milhões), Minas Gerais (R$ 199 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 192 milhões).

O volume de dinheiro recuperado em 2017 foi 35,4% maior do que em 2016, quando foram arrecadados R$ 3,1 bilhões pela Inspeção do Trabalho. Em 2015, o valor foi de R$ 2,2 bilhões.

Ao todo, 50.596 estabelecimentos foram fiscalizados pela Auditoria-Fiscal do Trabalho, que emitiu 19.497 notificações de débito. O maior número de autuações foi no setor do Comércio, que teve 5.348 notificações em 16.948 estabelecimentos fiscalizados. O segundo maior foi nas empresas da Indústria de Transformação, com 4.080 notificações entre 7.207 estabelecimentos fiscalizados.

Desde a instituição da fiscalização eletrônica, em 2014, o Ministério do Trabalho tem impulsionado seus resultados. A capacitação dos auditores para utilização de sistemas informatizados e para a padronização das ações tem agilizado os processos de fiscalização. Já o cruzamento das bases de dados governamentais com a base de depósitos efetuados nas contas vinculadas tem facilitado a identificação das empresas com irregularidades nos recolhimentos de FGTS.

“Os procedimentos eletrônicos detectam automaticamente os débitos e um comunicado estabelecendo prazo para regularização é enviado à empresa pelo auditor-fiscal do Trabalho responsável pela ação. Não havendo o recolhimento, é lavrada uma notificação de débito”, explica o diretor de Fiscalização do Ministério, João Paulo Ferreira Machado. “Além disso, investimos na fiscalização específica dos grandes devedores, uma prioridade para a Inspeção do Trabalho”, afirma.

A força-tarefa do Ministério voltada especificamente para a fiscalização do FGTS ainda conseguiu recuperar R$ 1.321.809.697,00.

Filme inédito é exibido no Cine Sesc em Caruaru

Geração Baré-Cola

Nesta quarta-feira (21), o Sesc Caruaru promove mais uma edição do Cine Sesc. Na ocasião, será exibido o filme “Geração Baré-Cola”, dirigido pelo fotógrafo Patrick Grosner. A sessão começa às 19h30 no Teatro Rui Limeira Rosal, que fica na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, no bairro Petrópolis. A exibição é gratuita e voltada para o público com mais de 14 anos.

O documentário nacional “Geração Baré-Cola” retrata, com materiais inéditos, o cenário do rock brasiliense na década de 90, com a presença e o legado de bandas clássicas que fizeram sucesso nessa época. A obra de Grosner conta a história de uma banda que luta para conquistar espaço no cenário musical e possui fortes referências às bandas da época.

Cinema – O Cine Sesc é um projeto que exibe filmes com o intuito de facilitar o acesso dos comerciários e da população de maneira geral à sétima arte. A iniciativa promove o contato com experiências artísticas aliadas ao lazer sem custo.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço – Cine Sesc Caruaru
Data: 21 de fevereiro de 2018
Local: Teatro Rui Limeira Rosal, Sesc Caruaru – Rua Rui Limeira Rosal, s/n, bairro Petrópolis
Horário: 19h30
Entrada gratuita
Informações: 3721.3967

Movimento do Comércio sobe 0,2% em janeiro, aponta Boa Vista SCPC

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, subiu 0,2% em janeiro na comparação mensal com dados dessazonalizados, de acordo com os dados apurados pela Boa Vista SCPC. Na avaliação acumulada em 12 meses (fevereiro de 2017 até janeiro de 2018 frente ao mesmo período do ano anterior), foi observado crescimento de 2,6%. Já na avaliação contra janeiro do ano anterior, houve aumento de 9,7%.

Após dois anos de retração, o indicador do comércio já apresenta sinais robustos desde o final de 2017. Com uma mudança de cenário, que inclui redução de juros, expansão do crédito, melhoria dos níveis de renda, diminuição do desemprego entre outras variáveis, espera-se que esta tendência se mantenha crescente pelos próximos meses, consolidando a recuperação do setor.

Setores

Na análise mensal, dentre os principais setores, o setor de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou crescimento de 1,4% em janeiro, descontados os efeitos sazonais. Nos dados sem ajuste sazonal, a variação acumulada em 12 meses foi de 3,7%.

A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 1,1% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Na comparação da série sazonal, nos dados acumulados em 12 meses houve avanço de 1,9%.

A atividade do setor de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” aumentou 0,4% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada permaneceu subiu 2,3%.

Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” cresceu 0,5% em janeiro considerando dados dessazonalizados, enquanto na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses ainda apresenta queda de 2,3%.

Metodologia

O indicador Movimento do Comércio é elaborado a partir da quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista SCPC, por empresas do setor varejista. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100, e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

A série histórica do indicador está disponível em:
http://www.boavistaservicos.com.br/economia/movimento-comercio/

Colégio Motivo realiza live sobre Métodos de Estudo

Com número recorde de aprovados nos principais vestibulares em 2017, o Colégio Motivo irá realizar uma live, nesta quinta-feira (22), às 19h, sobre “Métodos de Estudo”. Serão convidados o diretor-geral do Motivo, Sérgio Ribeiro, a psicóloga, Silvanith Mesquita, e a supervisora de ensino Leyllanne Souza. Além disso, 2 alunos de 2017 aprovados no vestibular serão os convidados especiais que irão explicar os métodos utilizados por eles.

O objetivo é falar sobre as diversas maneiras que o aluno pode estudar, sem comprometer outras atividades, principalmente no ensino médio, quando há a preparação para os vestibulares e o Enem.

A live será transmitida na página do Facebook (facebook.com/colegiomotivo) e no perfil do Instagram (https://www.instagram.com/colegiomotivo/).

70% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular, mostram SPC Brasil e CNDL

Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com 1.500 consumidores das capitais do país revela que 70% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular – seja ele individual ou empresarial, percentual ainda maior entre as pessoas das classes C, D e E (77%). O estudo é uma parceria do SPC Brasil e da CNDL com o Instituto Ibope e busca investigar o impacto dos gastos com saúde no orçamento do consumidor brasileiro, além de avaliar o nível de satisfação com o serviço prestado pelas operadoras.

De acordo com o estudo, quando essas pessoas precisam de atendimento, 45% alegam utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante (25%) arca com dinheiro do próprio bolso para pagar pelos serviços necessários.

Entre quem paga o plano individualmente (11%), a média de valor gasto mensal é de R$ 439,54. Considerando tanto quem paga o plano quanto quem tem o plano pago por terceiros (6%), quatro em cada dez entrevistados (42%) escolheram pelo preço acessível, seguido pela qualidade dos hospitais e clínicas oferecidos (33%) e recomendação de outras pessoas (22%).

Quase a metade dos que possuem plano de saúde particular (47%) afirmam que são contratados com coparticipação – quando parte dos procedimentos e exames são pagos pelo associado. E quando o plano de saúde contratado não cobre toda ou parte das despesas necessárias com exames e procedimentos, 42% pagam particular e 14% recorrem ao SUS. “A dica para quem pretende contratar essa modalidade é estudar se o modelo de coparticipação realmente vale a pena, levando em consideração o perfil do usuário do plano, bem como a frequência de consultas e de exames necessários”, orienta Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

Outros 48% dos que pagam o plano individualmente alegam abrir mão de algo em seus orçamentos para pagarem o serviço de saúde.

“Os dados mostram que o plano de saúde é considerado uma prioridade para grande parte de seus usuários. É um serviço de primeira necessidade,
relacionado aos cuidados de um bem maior, que é a vida. É tanto que a taxa de inadimplência declarada é baixíssima”, afirma Kawauti. “A pesquisa mostra que 97% dos entrevistados estão com os pagamentos de suas mensalidades em dia”, revela.

25% tiveram o nome incluído em serviços de proteção ao crédito por motivos de saúde no último ano

De acordo com o levantamento, 74% não possuem nenhum tipo de reserva financeira para imprevistos e, entre os que possuem (26%), somente 4% é designada exclusivamente para saúde. Para o educador financeiro do SPC Brasil e do portal ‘Meu Bolso Feliz’ José Vignoli, reservas financeiras permitem que as pessoas possam encarar situações emergenciais com mais segurança e tranquilidade. “Reservar uma parte do rendimento mensal para criar um fundo de apoio pode ser fundamental para lidar com um imprevisto de saúde na família que demande medicamentos mais caros, cirurgias, internações ou procedimentos que não são cobertos pelo plano, no caso de quem possui o serviço. Uma coisa é certa: aquele que não poupa e não tem reserva acaba lidando com dois problemas delicados: o de saúde e o financeiro”, afirma.

A grande maioria (80%) afirma não fazer nenhum tipo de controle formal de gastos com saúde e 25% já tiveram o nome incluído em serviços de proteção ao crédito por motivos de saúde no último ano, sendo que 18% ainda estão nesta situação. O principal motivo para isso foi a perda do emprego (37%) e gastos fora do planejamento sem ter reserva financeira para pagar as despesas (19%).

Segundo o estudo, 73% das pessoas que possuem planos de saúde particular e pagam individualmente acompanham os reajustes de valores e 51% acham que esse reajuste é abusivo. O educador financeiro explica que os limites para reajustes anuais são estipulados pela tabela da ANS, a Agência Nacional de Saúde, responsável pela fiscalização do setor. “Sempre que um plano sofrer reajustes acima deste limite, o consumidor deve procurar um advogado especialista e orientar-se para rever o reajuste aplicado”, orienta Vignoli.

Gasto médio mensal com medicamentos é de R$ 138 – genéricos são os mais priorizados

Cerca de 27% dos entrevistados fazem uso de algum medicamento de uso contínuo ou periódico; sendo que 43% recebem do SUS e 51% pagam por eles, e o gasto médio mensal é de R$ 138,32. A pesquisa mostra que os genéricos são o medicamento priorizado por 68%.

A pesquisa de preços de medicamentos antes da compra é feita por 62% dos entrevistados, sendo mais frequente a pesquisa pessoalmente na farmácia (29%). Sete em cada dez pessoas (69%) tiveram algum gasto com saúde nos últimos três meses da realização da pesquisa, principalmente com remédios (45%) e exames (21%); e segundo os entrevistados, tais gastos estão dentro do orçamento para 57% e extrapolaram para 42%.

69% afirmam estar bem atendidos pelo plano de saúde

O levantamento também buscou avaliar o nível de satisfação do serviço prestado pelas operadoras de saúde com os que contratam o plano particular: 69% dizem que estão de alguma maneira bem ou muito bem atendidos em suas necessidades, sendo 8 a nota média para a satisfação com a qualidade dos serviços dos planos de saúde.

Entre aqueles que não possuem plano de saúde atualmente, 60% nunca tiveram este tipo de serviço e entre os 39% que já tiveram no passado, 32% relatam desligamento da empresa que pagava o benefício e 25% cancelaram por não terem mais condições de pagar as mensalidades.

Considerando os entrevistados que não possuem plano de saúde particular e costumam recorrer ao SUS, é grande a insatisfação quanto ao atendimento de forma geral. Em uma avaliação de 1 a 5 foram atribuídas as seguintes notas:

– Qualidade técnica do profissional que atende: 2,74

– Disponibilidade de medicamentos gratuitos: 2,32

– Presença de médicos especialistas: 2,14

– Estrutura física de atendimento dos hospitais e postos de saúde: 2,13

– Rapidez no atendimento de urgência/emergência: 2,06

– Facilidade para agendar consultas: 2,02

– Tempo de agendamento de consultas: 2,01

– Tempo de agendamento de cirurgias e exames: 1,79

Para mais da metade dos entrevistados (56%), a saúde pública no Brasil piorou nos últimos 12 meses. Para eles, o maior receio para o futuro da saúde no Brasil é não receberem tratamento adequado caso adoeçam (66%), seguido da piora da qualidade do atendimento médico (59%).

Metodologia

A pesquisa foi realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Ibope e ouviu 1.500 consumidores em todas as capitais. A margem de erro é de no máximo 2,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.

Crianças agora devem tomar 2ª dose de vacina contra varicela (catapora)

vacina

Para o ano de 2018, o calendário nacional de imunização passa a incluir a segunda dose da vacina contra a varicela (catapora). A aplicação deve ser feita em crianças de 4 até 6 anos de idade (6 anos, 11 meses e 29 dias). A primeira dose da varicela é ofertada aos 15 meses com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

A varicela é uma doença exantemática, ou seja, que apresenta lesões avermelhadas na pele. Ela é uma enfermidade viral aguda e de fácil contágio (vias aéreas), apresentando, normalmente, febre moderada. A imunidade é permanente após o primeiro contágio. Com mais esse reforço vacinal, objetiva-se evitar surtos principalmente em ambientes escolares.

Outra mudança no calendário vacinal é a ampliação da faixa etária para vacina meningocócia C, agora ofertada para adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias) – antes era a partir dos 12 anos. Para este grupo, deve ser administrado um reforço ou dose única, conforme situação vacinal encontrada. A vacina continua sendo aplicada, em duas doses, em crianças com 3 meses e 5 meses, além de um reforço aos 12 meses.

“É importante que toda a população, das crianças aos idosos, mantenha a caderneta de vacinação atualizada. Por meio da imunização, podemos evitar diversas doenças e também óbitos”, ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.