Inscrições para o Enem 2020 começam nesta segunda-feira

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 começam nesta segunda-feira (11) e vão até o dia 22 de maio. Elas poderão ser feitas por meio da página do Enem na internet.

Enem digital
A partir deste ano o Enem terá duas modalidades de provas, as impressas, com aplicação prevista para os dias 1º e 8 de novembro, e as digitais, para os dias 22 e 29 de novembro. O participante que optar por fazer o Enem impresso não poderá se inscrever na edição digital e, após concluir o processo, não poderá alterar sua opção.

A estrutura dos dois exames será a mesma. Serão aplicadas quatro provas objetivas, constituídas por 45 questões cada, e uma redação em língua portuguesa. Durante o processo de inscrição, o participante deverá selecionar uma opção de língua estrangeira – inglês ou espanhol.

Neste ano, será obrigatória a inclusão de uma foto atual do participante no sistema de inscrição, que deverá ser utilizada para procedimento de identificação no momento da prova. O valor da taxa de inscrição é de R$ 85 e deverá ser pago até 28 de maio.

Isenção de taxa
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), todos os participantes que se enquadrarem nos perfis especificados nos editais, mesmo sem o pedido formal, terão isenção da taxa. A regra vale tanto para os participantes que optarem pelo Enem impresso quanto para os que escolherem o Enem digital e se aplica, inclusive, aos isentos em 2019 que faltaram aos dois dias de prova e não tenham justificado ausência.

Portanto, no ato da inscrição para o Enem 2020, terão isenção de taxa os candidatos que estejam cursando a última série do ensino médio este ano, em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública declarada ao Censo da Educação Básica; tenham feito todo o ensino médio em escolas da rede pública ou como bolsistas integrais na rede privada e tenham renda per capita familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio; ou declarem estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, por serem membros de família de baixa renda e que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que requer renda familiar per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.

A consulta aos resultados dos pedidos de recurso para a isenção de taxa de inscrição do Enem, os interessados devem acessar a Página do Participante, no aplicativo ou no site do Enem, e conferir as informações.

Acessibilidade
A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep visa dar atendimento especializado aos participantes que necessitarem. Para facilitar a compreensão no momento da inscrição, os atendimentos específicos (gestantes, lactantes, idosos e estudantes em classe hospitalar) foram incluídos na denominação “especializado”. As solicitações para esses atendimentos também deverão ser feitas entre 11 e 22 de maio. Os resultados serão divulgados em 29 de maio. Para os pedidos que forem negados, está prevista uma fase para apresentação de recursos. O resultado final estará disponível no dia 10 de junho.

Os pedidos de tratamento por nome social serão feitos entre 25 e 29 de maio, com previsão de divulgação dos resultados em 5 de junho. O período para apresentação de recursos será entre 8 e 12 de junho e a disponibilização dos resultados finais em 18 de junho.

Agência Brasil

Bolsonaro gasta mais que Dilma e Temer no cartão corporativo da Presidência

Os gastos com cartão corporativo da Presidência República têm sido maiores no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) do que nos de Michel Temer (MDB) e de Dilma Rousseff (PT). Na gestão atual, gastou-se, em média, R$ 709,6 mil por mês, o que representa uma alta de 60% em relação ao governo do emedebista e de 3% em comparação com a administração da petista.

Por mês, Dilma tinha uma média de gastos de R$ 686,5 mil, enquanto Temer despendia R$ 441,3 mil. Os dados são do Portal da Transparência do governo federal, que reúne informações de 2013 a março de 2020 (fatura mais recente). Os valores foram corrigidos pela inflação do período.

Dilma, Temer e Bolsonaro tiveram as mesmas regras para uso dos cartões. Não houve mudança nos critérios desde 2008, segundo o Palácio do Planalto. Naquele ano, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou restrições, como limitação de saques, diante de compras abusivas realizadas com esse recurso.

Antes de assumir o governo, a equipe de Bolsonaro chegou a avaliar o fim desses cartões, que desencadearam um escândalo político com auxiliares do ex-presidente Lula. Os cartões corporativos, porém, ainda continuam funcionando.

Esses meios de pagamento foram criados em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Eles são distribuídos a pessoas que ocupam postos-chave da gestão pública e cobrem despesas de urgência pela compra de produtos e serviços ou pela cobertura de gastos de viagens.

Na gestão Bolsonaro, as despesas vinculadas ao gabinete do presidente e a funcionários do Palácio do Planalto aceleraram a partir de outubro do ano passado. O pico foi de R$ 1,9 milhão em um único mês. O valor foi desembolsado em fevereiro de 2020 e registrado no sistema em março, mas sem que a finalidade da despesa, que está praticamente toda sob sigilo, fosse informada.

Essa foi a maior despesa mensal já lançada no Portal da Transparência. O recorde anterior era de Dilma, em outubro (com registro em novembro) de 2014, quando gastou R$ 1,6 milhão, em valores atualizados pela inflação do período.

Em fevereiro deste ano, a agenda oficial do presidente registrou viagens de Bolsonaro para São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. No feriado do Carnaval, ele se deslocou a Guarujá, cidade do litoral paulista.

Segundo o Palácio do Planalto, também foram computados em março os gastos com a viagem para o resgate, em fevereiro, dos 34 brasileiros que estavam Wuhan, na China, onde foram registrados os primeiros casos do coronavírus. Como a lista de gastos não é divulgada, não é possível saber o peso de cada atividade nas contas mensais.

As comparações são com base nas faturas do CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal) da Secretaria de Administração da Presidência da República, que cuida das despesas de Bolsonaro, de sua família e de funcionários próximos, por exemplo, da Casa Civil.

Os cartões corporativos do Palácio do Planalto são usados, entre outras despesas, para a compra de materiais, prestação de serviços e abastecimento de veículos oficiais. também financiam a operação de segurança do presidente em viagens (até o momento foram 13 internacionais), além da manutenção e realização de eventos na residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Os valores totais das despesas do cartão da Presidência são divulgados, mas há sigilo sobre a maioria dos gastos, como alimentação e transporte do presidente. O argumento é que são informações sensíveis da rotina presidencial e que a exposição pode colocar o chefe do Executivo em risco.

A Vice-Presidência tem cartões próprios, cujos custos são separados. Segundo o governo, as faturas da Secretaria de Administração da Presidência só incluem os gastos do vice-presidente quando ele exerce a função do presidente, por exemplo, se Bolsonaro está em viagem internacional.

No discurso que fez após a saída do ex-juiz Sergio Moro do Ministério da Justiça, há duas semanas, Bolsonaro citou iniciativas que ele diz ter tomado para evitar gastos excessivos do dinheiro público e para “dar exemplo”. “Na vida de presidente, eu tenho três cartões corporativos, dois são usados para despesas, as mais variadas possíveis. Afinal de contas, mais de cem pessoas estão na minha segurança diariamente. Despesas de casa, normal”, disse.

O presidente disse que não usou até o momento o terceiro cartão corporativo a que tem direito e afirmou que mudou o cardápio da residência oficial. Mas esses gastos são sigilosos. Disse ainda que desligou o aquecedor da piscina do Palácio da Alvorada para diminuir o gasto. Só que ele é solar, não elétrico.

Em agosto do ano passado, Bolsonaro prometeu mostrar aos veículos de imprensa o extrato de seu cartão corporativo pessoal, mas até hoje não o fez. “Eu vou abrir o sigilo do meu cartão. Para vocês tomarem conhecimento quanto gastei de janeiro até o final de julho. Ok, imprensa? Vamos fazer uma matéria legal?”, afirmou na época.

Na transição de governo, o atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, chegou a defender o fim dos cartões corporativos, só que a proposta não teve o apoio de toda a equipe do presidente e o benefício foi mantido.

Em novembro, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou trechos de um decreto de 1967 para dar transparência a gastos do Palácio do Planalto, inclusive com cartões corporativos. No entanto, a “caixa-preta” não foi aberta. Procurado pela reportagem, o Palácio do Planalto diz que as informações que colocam em risco o presidente e a família dele não podem ser divulgadas, com base numa lei de 2011.

Para a ONG Transparência Internacional, as normas “deixam claro que sigilos podem ser tolerados apenas quando abrangem informações verdadeiramente sensíveis à segurança nacional, o que definitivamente não é o caso de todos os gastos com cartões corporativos”.

A postura do Palácio do Planalto também é criticada pela Artigo19, ONG internacional que defende o direito à liberdade de expressão e acesso à informação. “A falta de transparência pode gerar uma crescente desinformação, uma crescente falta de credibilidade no poder público, que gera, obviamente, uma falta de circulação de informações e impacta a capacidade da população fiscalizar representantes do Estado”, avalia a Artigo19.

No pronunciamento feito após a demissão de Moro, o presidente disse que o terceiro cartão corporativo a que tem direito permite a ele sacar R$ 24 mil por mês. Ele ressaltou, no entanto, que até o momento não fez uso desse dinheiro. Não é possível, no entanto, confirmar a informação, já que os extratos não foram ainda divulgados, apesar da promessa.

Em 2008, o jornal Folha de S.Paulo mostrou um escândalo na utilização dos cartões corporativos durante a gestão de Lula. Eles foram usados em 2007 para pagar despesas em loja de instrumentos musicais, veterinária, óticas, choperias, joalherias e em free shop.

O desgaste provocado pela denúncia de irregularidade derrubou a então ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Em 2007, as despesas dela somaram R$ 171 mil, sendo R$ 110 mil com o aluguel de carros e mais de R$ 5.000 em restaurantes.

Procurada pela reportagem, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que as despesas com os cartões corporativos são decorrentes, entre outros gastos, do “atendimento da manutenção” e de “eventos na residência presidencial”. A pasta ressaltou que o número de familiares do presidente é maior do que o de seus antecessores, o que “acarreta no incremento de despesas para as atividades, sobretudo as de segurança institucional”.

Em relação às viagens do presidente, o governo diz que todas contam com suporte da equipe de segurança, o que inclui hospedagem, alimentação, pedágios e combustível. Nos deslocamentos internacionais, são pagas ainda despesas aeroportuárias.

A pasta ressalta que os meses com maiores volumes de gastos coincidem com o pagamento das despesas de um maior número de viagens, tanto nacionais como internacionais. Em outubro, por exemplo, Bolsonaro fez um giro pela Ásia e Oriente Médio.

Folhapress

Operações digitais e gestão de resíduos são tendências pós-crise no setor da construção

A pandemia do novo Coronavírus tem impactado milhares de pequenos e médios negócios em todo o país. O setor de Casa e Construção, em especial, que não teve suas atividades suspensas, tem apresentado uma série de novas tendências no seu modelo de funcionamento. A virtualização de diversos processos através de aplicativos de comunicação, obras mais enxutas e a gestão sustentável dos resíduos são práticas que vieram para ficar.

Outra novidade que despontou no setor de Casa e Construção é a aplicação de uma tecnologia que acompanha, descreve, direciona e racionaliza todos os passos de um projeto. Com o Building Information Modeling (BIM) ou modelagem da informação na construção, uma obra antes de ser realizada é radiografada virtualmente, possibilitando a interação dos diversos profissionais envolvidos no projeto: engenheiros, arquitetos, fornecedores de materiais, gestores ambientais, dentre outros. O analista de Competitividade do Sebrae, Enio Queijada de Souza, avalia que essas práticas continuarão sendo adotadas mesmo quando a crise passar.

“São iniciativas que tornam as obras mais dinâmicas e ágeis. Sem dúvida, elas serão absorvidas daqui para frente. Mesmo com todas as dificuldades que a economia enfrenta, é gratificante ver como os pequenos e médios empreendedores podem se reinventar. Essa inserção no mundo digital, por um setor conhecido tradicionalmente como resistente às mudanças, é um avanço que vai possibilitar que os prestadores de serviços alcancem voos maiores e possam retomar o crescimento. A presença no ambiente online é o novo normal para a construção civil”, avalia Souza.

Números

Dados da Receita Federal do Brasil revelam a existência de 1,37 milhão de empresas no setor da construção. Em termos gerais, isso representa cerca de 7,1% das empresas brasileiras. Destas, 936 mil são microempreendedores individuais (68% do total) com destaque para as obras de alvenaria (pedreiros e auxiliares – 432 mil cadastrados), 186 mil eletricistas e 136 mil pintores.

As microempresas são cerca de 320 mil (23,4% do total), sendo 107 mil construtoras, com faturamento anual até R$ 360 mil. Já as empresas de pequeno porte são 54 mil, sendo 28 mil delas classificadas como construtoras.

Em termos de geração de ocupação e empregos, a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou 6,62 milhões de ocupações na área. Segundo a Associação Brasileiras das Incorporadoras (Abrainc), cada 100 metros quadrados construídos geram 4 empregos diretos. Segundo Souza, ainda não é possível aferir o impacto total do Coronavírus no setor da Construção, no entanto, os movimentos registrados na área de inovação indicam que a cadeia produtiva tem tudo para se recuperar.

Número de mortos no Brasil por coronavírus é maior que a população de 2.500 cidades

Aerial view of a burial at the Bom Jardim cemetery, the largest public cemetery in Fortaleza, Ceara state, Brazil on May 7, 2020. – Of today’s 43 burials in the cemetery, 16 were of suspected COVID-19 cases and seven confirmed. (Photo by Jarbas OLIVEIRA / AFP)

As mortes no Brasil provocadas pelo novo coronavírus passaram de 10 mil ontem (9). São 10.627 óbitos, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. O número de mortos em todo o país é maior que o da população de cerca de 2.500 municípios brasileiros com até 10.626 habitantes cada, segundo estimativa populacional do IBGE no ano passado. Ou de 273 cidades do estado de São Paulo, de acordo com a Fundação Seade.

A quantidade de pessoas mortas no país por causa da Covid-19 desde 17 de março, quando a cidade de São Paulo teve registrado o primeiro óbito provocado pela doença no país, é maior que a população inteira de Ilha Comprida (246 km de SP), que tem 10.031 habitantes, ou de Parapuã (586 km de SP), com 10.569 moradores, segundo a última estimativa da Fundação Seade. O número é superior ao da população do distrito de Marsilac, no extremo sul da capital paulista, que conta com 8.426 moradores. Os casos de infectados pelo novo coronavírus no Brasil somam 155.939. Neste sábado, foram incluídos mais 10.611 novos registros nessa lista.

São Paulo continua sendo o estado mais afetado do Brasil pelo novo coronavírus. Neste sábado registrou 3.608 mortes por Covid-19 e 44.411 casos confirmados da doença. Foram 192 mortes nas últimas 24 horas, segundo balanço divulgado no sábado pelo governo do estado. Ainda segundo o estudo, quatro a cada dez casos e óbitos ocorreram em cidades do interior, litoral e Grande São Paulo. Das 645 cidades de SP, 409 já têm pelo menos um caso confirmado de coronavírus, e um ou mais óbitos ocorreram em 176 municípios, afirma a nota do governo João Doria (PSDB).
Balanço divulgado pela Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), na tarde deste sábado, aponta que a capital paulista tem 2.187 mortes confirmadas pelo novo coronavírus. Outros 2.687 óbitos estão sob investigação.
No total, o município de São Paulo soma 27.414 casos confirmados da doença e há outros 107.441 suspeitos, ou seja, ainda sem confirmação. O balanço ainda aponta que o número de mortes na cidade (somando casos confirmados e suspeitos) subiu 339,1% desde o dia 9 de abril. A taxa de ocupação de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) em hospitais municipais é de 86%. Dos internados, 349 usam ventilação mecânica.

Morre o escritor Sérgio Sant’Anna, aos 78 anos, vítima da Covid-19

Morreu neste domingo (10) um dos maiores escritores brasileiros: Sérgio Sant’Anna. O contista estava internado no Rio de Janeiro, com sintomas de covid-19 e não resistiu a complicações respiratórias. Sérgio tinha 78 anos e deixa dois filhos, os também escritores Ivan e André Sant’Anna. Ainda não há informações sobre o enterro do escritor. Mas, por conta da epidemia de coronavírus, a cerimônia deverá ser breve e com poucas pessoas.

Por meio de uma rede social, a irmã de Sérgio, Sonia Sant’Anna, confirmou a notícia e agradeceu os votos para que o irmão se recuperasse. Sérgio Sant’Anna estreou na literatura há mais de 50 anos, com O sobrevivente, livro de contos, gênero do qual ele se tornou um dos expoentes nacionais. Além de contos, Sérgio escreveu romances e poesias e também era professor.

O escritor colecionou vários prêmios na carreira, entre os quais quatro Jabuti.

Entenda crimes em jogo com recusa em divulgar exames

O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que o resultado de seu exame para detecção da Covid-19 deu negativo e assim manteve contato físico com outras pessoas em passeios e manifestações.

Porém, caso ele venha a mostrar o documento de diagnóstico e seja revelado que ele não falou a verdade, a conduta do presidente poderá ser enquadrada como crime de responsabilidade, que é investigado em processo político no Congresso, além de ser alvo de ações na área penal comum.

A divulgação do exame é objeto de causa em andamento na Justiça Federal. A eventual mentira de Bolsonaro nesse episódio, de forma isolada, configuraria uma violação ao dever de dignidade e decoro do cargo de presidente da República, que é uma das hipóteses de crime de responsabilidade, segundo parte dos especialistas ouvidos pela reportagem.

Porém, há constitucionalistas que entendem que essa conduta, apesar de reprovável, não seria o suficiente para caracterizar o crime de responsabilidade, que segundo a previsão legal pode até levar a um processo de impeachment no Congresso.

Há consenso, porém, de que Bolsonaro não cometeu crime comum na área penal se fez relato inverídico sobre o exame.

Outra discussão ligada ao tema diz respeito ao fato de Bolsonaro ter promovido aglomerações e ter mantido contato físico com outras pessoas desde a realização do exame, desrespeitando as recomendações de isolamento social feitas pelas autoridades de saúde.

Para os criminalistas ouvidos pela reportagem, caso fique comprovado que ele tinha ciência de que estava contaminado e mesmo assim expôs outras pessoas ao vírus, o comportamento também seria passível de ação por delito contra a saúde pública, que teria tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal).

Em decisão de quarta (6), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região manteve a determinação judicial que obriga a AGU (Advocacia-Geral da União) a divulgar os laudos de todos os exames realizados pelo presidente para detecção do novo coronavírus. A ação se refere a pedido feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Após decisão da primeira instância, a AGU havia entregue ao jornal relatórios médicos, não os laudos dos exames. No entanto, o entendimento do TRF-3 foi de que “apenas os próprios exames laboratoriais poderão propiciar à sociedade total esclarecimento”.

Nesta sexta-feira (8), a AGU recorreu da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em entrevista ao site Jota nesta quinta-feira (7), o presidente do STJ, João Otávio Noronha afirmou que “não é nada republicano exigir que o presidente dê os seus exames”.

Porém, a lei da magistratura veda, em seu artigo 36, que juízes manifestem “opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem”.

A fala também foi criticada no meio jurídico pois pode configurar uma antecipação de decisão em relação ao caso.

O presidente fez um elogio público ao ministro recentemente. Em menção a Noronha, durante a posse do ministro da Justiça André Mendonça, no último dia 29, Bolsonaro afirmou: “Confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com vossa excelência. Temos conversado com não muita persistência, mas as poucas conversas que temos o senhor ajuda a me moldar um pouco mais para as questões do Judiciário”.

Caso a revelação do exame do presidente Bolsonaro mostre que ele contraiu a Covid-19 e então mentiu sobre o fato, ele cometeu algum crime, contravenção penal ou outro tipo de ilegalidade?

Segundo a professora de direito constitucional da PUC-SP Luciana Berardi, se Bolsonaro não falou a verdade ele cometeu crime de responsabilidade previsto na lei 1079 de 1950.

Já para o diretor da Faculdade de Direito da USP, Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto, caso seja revelado que o presidente mentiu, a conduta compromete a legitimidade do mandatário, mas não é suficiente para enquadramento como crime de responsabilidade. “É terrível do ponto de vista político, é a quebra máxima de confiança do líder da nação, mas acho que não é algo que em si deve ensejar crime de responsabilidade, inclusive para efeitos de impedimento”, diz Marques.

Na área criminal, há consenso entre os especialistas no sentido de que uma eventual afirmação inverídica de Bolsonaro sobre o exame, considerada de forma isolada, não configura delito previsto no código penal.

Segundo Marina Coelho Araújo, advogada doutora pela USP e conselheira do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), “a mentira em si, no direito penal brasileiro, não tem relevância”.

Na hipótese de Bolsonaro não ter falado a verdade sobre o exame, como pode ser enquadrada juridicamente sua conduta de ter causado uma série de episódios de aglomerações?

Apesar de não haver concordância sobre se a mentira em si seria passível de punição, caso o presidente tenha ocultado que contraiu a doença, os especialistas consideram que ele teria cometido crime ao cumprimentar e se aproximar de diversas pessoas, se sabia que estava doente.

De acordo com Ludmila Groch, presidente de uma comissão de estudos do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), um dos possíveis delitos seria a infração de medida sanitária preventiva e está descrito no artigo 268 do Código Penal, no capítulo reservado ao crimes contra a saúde pública.

Há também quem aponte o artigo 131 do Código Penal, que estabelece como ilegal a prática de ato capaz de produzir o contágio, com o fim de transmitir doença grave de que está contaminado. No entanto, sua aplicação é questionada, pois mesmo que Bolsonaro soubesse estar doente, não é possível afirmar que sua conduta tivesse como finalidade contagiar outras pessoas.

Há especialistas que indicam um possível enquadramento no artigo 267, que descreve o crime de “causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos”. Porém, na visão de parte dos especialistas, essa hipótese só se configuraria caso não houvesse casos anteriores da doença no local.

Caso o exame confirme que o presidente de fato não contraiu o vírus, ainda assim ele cometeu algum crime, contravenção penal ou outro tipo de ilegalidade ao provocar aglomerações durante a pandemia?

Para Helena Regina Lobo da Costa, tal ação do presidente somente poderia ser considerada criminosa se, na data em que ela ocorreu, houvesse determinação específica do poder público, naquela localidade, que proibisse aglomerações. Nesse caso, a conduta poderia ser enquadrada no crime de infringir determinação do poder público destinada a impedir propagação de doença.

Já para Marcelo Proença, caso não estivesse doente, os passeios de Bolsonaro poderiam ser considerados como crime de responsabilidade, por quebra de decoro, mas não como crime comum. “Não há uma determinação de proibição de circulação, tem apenas uma recomendação, não estamos em “lockdown”. E como é recomendação, a pessoa pode sair à rua”, afirmou.

Folhapress

Bancos aumentam reservas para o caso de inadimplência

Com a crise econômica gerada pela pandemia de covid-19, os bancos reforçaram provisões para o caso de calote dos clientes, o que ajudou a reduzir o lucro no primeiro trimestre deste ano.

Entre os maiores bancos do país que já divulgaram o resultado do primeiro trimestre está o Banco do Brasil (BB) que registrou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, queda de 20% em relação ao mesmo período de 2019.

“No primeiro trimestre, considerando o contexto adverso associado aos potenciais impactos negativos na economia decorrentes da pandemia da covid-19, em uma ação preventiva, o BB realizou, prudencialmente, reforço das provisões em R$ 2 bilhões”, disse o banco. No total, as provisões do BB chegaram a R$ 5,539 bilhões, aumento de 63,3% em relação a igual período de 2019.

No caso do Itaú, o lucro líquido ficou em R$ 3,401 bilhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 49,3% na comparação com o mesmo período de 2019. O banco privado anunciou reforço na provisão “em função da alteração das perspectivas macroeconômicas a partir da segunda quinzena de março de 2020”.

No total, a despesa com provisão para os créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 10,398 bilhões, um aumento de 147,2% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

No resultado do Bradesco, o banco informou que fez “provisão complementar para cenário econômico adverso de R$ 5,1 bilhões”. No total, as despesas do banco com provisões somaram de R$ 6,7 bilhões, alta de 86,1% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O lucro líquido do Bradesco chegou a R$ 3,382 bilhões, recuo de 41,9% em relação a igual período de 2019.

O Bradesco avaliou que “o cenário econômico adverso poderá resultar no aumento do nível de inadimplência, como reflexo da falência de empresas, aumento no índice de desemprego, bem como a degradação do valor das garantias”.

Já o Santander não anunciou reforço das provisões devido à covid-19. No primeiro trimestre, o lucro líquido do banco chegou a R$ 3,774 bilhões, com crescimento de 10,5%. As despesas de provisão somaram R$ 3,936 bilhões no primeiro trimestre, alta de 18,7% em relação ao primeiro trimestre de 2019.

Folhapress

Hidroxicloroquina não reduz mortes ou intubação, mostra estudo

Um novo e grande estudo publicado no The New England Journal of Medicine, um dos mais importantes periódicos científicos, mostrou que a hidroxicloroquina não tem eficácia para redução de mortes ou para impedir intubação de pacientes com a Covid-19.

O estudo observacional (ou seja, os pesquisadores não fizeram intervenções em pacientes) analisou informações de 1.376 pacientes que tinham sido tratados no Hospital Presbiteriano de Nova York (que é associado à Universidade Columbia e a Weill Cornell Medicine) entre 7 de março e 8 de abril (com acompanhamento até 25 de abril).

As pessoas infectadas pelo novo coronavírus poderiam receber uma dose de 600 mg de hidroxicloroquina no dia 1, seguido por doses diárias de 400 mg por quatro dias.

Outra opção terapêutica era associação de hidroxicloroquina e azitromicina, com uma dose inicial da segunda de 500 mg e de 250 mg nos quatro dias seguintes.

Entre os 1.376 pacientes que tiveram do dados analisados, 811 receberam hidroxicloroquina e 565 não. A maior parte das pessoas que tiveram os dados analisados começou a receber a medicação em até 48 horas após a hospitalização.

Após cerca de 22 dias, 346 pacientes morreram ou foram intubados. No fim do estudo, 232 pacientes tinham morrido, 1025 sobreviveram e receberam alta hospitalar, e outros 119 permaneciam hospitalizados.

Segundo os pesquisadores, a análise dos dados estatisticamente não aponta benefícios no uso da hidroxicloroquina para os parâmetros observados, ou seja, a morte ou a intubação.

“Nossos achados não apontam para a indicação do uso da hidroxicloroquina fora de testes clínicos randomizados que estejam testando sua eficácia”, afirmam os autores.

Os pesquisadores também afirmam que as sugestões de tratamento com azitromicina e com hidroxicloroquina foram retiradas das orientações do hospital em 12 de abril e em 29 de abril, respectivamente. A partir de então, de acordo com cada paciente, a indicação das drogas ficou à discrição da equipe médica responsável pela pessoa.

Segundo o estudo, alguns pacientes, em seguida, passaram a tomar outras drogas que estão em teste contra o Sars-CoV-2, como o sarilumab e o remdesivir –o qual apresentou resultados preliminares modestamente positivos em pesquisa financiada pelo NIH (National Institutes of Health), dos EUA, e que, por isso, recebeu uma autorização para uso emergência contra a Covid-19 no país.

O infectologista brasileiro André Kalil, da Universidade de Nebraska Medical Center, é um dos cientistas que lideram os estudos com o remdesivir. Segundo ele, a droga é a mais promissora no momento – mesmo não significando cura -, considerando que nenhum outro estudo com fármacos mostrou efeito significativo contra o vírus.

Há no momento diversos estudos em andamento para buscar a melhor droga para combater o novo coronavírus. Inclusive, a cloroquina e seu derivado, a hidroxicloroquina, são as drogas mais estudadas no mundo para tratamento de pacientes com a Covid-19. Um em cada três estudos em humanos estão usando a cloroquina – e o Brasil está entre os países com a maior quantidade dessas pesquisas.

A droga ganhou forte apelo político após o presidente americano Donald Trump passar a defender a droga como resposta à pandemia.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) seguiu as ações de Trump e passou a defender pública e constantemente a hidroxicloroquina como resposta para a Covid-19. Bolsonaro chegou a instruir que o exército aumentasse a produção da droga.

De início, o Ministério da Defesa chegou a divulgar que produziria 1 milhão de comprimidos por semana. Contudo, recentemente a produção foi interrompida por falta de insumos e o foi colocado um teto para a produção da droga: mais 1,75 milhão de pílulas e depois só se houver demanda.

Bolsonaro e Trump diminuíram o tom na defesa da droga. Antes, a hidroxicloroquina estava presente em pronunciamentos brasileiros oficiais em rede nacional e nas redes sociais dos dois presidentes.

O estudo publicado pelo The New England Journal of Medicine, por seu desenho, não coloca ainda um ponto final na questão da eficácia (ou falta de) da hidroxicloroquina. Uma resposta mais precisa deve aparecer em breve, com os resultados dos estudos randomizados e controlados com a droga.

Folhapress

Bolsonaro desiste de churrasco no Alvorada após ironia e recorde de mortes por coronavírus

Diante de quase 10 mil mortes provocadas pelo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não vai mais levar adiante seu plano de fazer um churrasco no Palácio da Alvorada neste sábado (9).

De acordo com aliados do presidente ouvidos reservadamente, ele decidiu cancelar na sexta-feira (8) o convite que havia sido feito a ministros e outros integrantes do governo. Não foi apresentada uma justificativa oficial, mas eles dizem acreditar que a grande repercussão negativa pesou para a decisão.

Bolsonaro ignora imprensa e fala apenas com apoiadores no Palácio do Planalto

Para minimizar o desgaste com a convocação de uma confraternização em meio à pandemia que, até sexta-feira, havia matado 9.897 pessoas no Brasil, algumas pessoas próximas ao presidente chegaram a dizer que o convite era “fake”, que não havia passado de uma provocação.

Apesar do cancelamento, auxiliares do presidente disseram que o núcleo duro do governo, formado pelos ministros que despacham de dentro do Palácio do Planalto, pode aparecer no Alvorada. O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, chegou de moto por volta das 10h30.

Na sexta-feira, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, fez piada quando questionado se haveria o churrasco neste sábado e reclamou, ainda em tom de brincadeira, do valor da vaquinha para a compra das carnes.

“O presidente ainda não falou comigo sobre churrasco, e está caro. R$ 70 tá muito caro”, disse Mourão no fim da tarde de sexta-feira, após deixar uma reunião com Bolsonaro e outros ministros no Ministério da Defesa.

Logo depois desta fala, Bolsonaro também falou sobre o churrasco ao parar para falar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.

No mesmo dia em que o país registrou recorde de mortes em 24 horas pelo coronavírus, Bolsonaro fez ironias sobre a realização de um churrasco na residência oficial e chegou a falar em 3.000 convidados.

Na quinta-feira (7), o presidente havia dito que faria um churrasco apenas com a presença de sua equipe ministerial, cerca de 30 pessoas, o que foi criticado por deputados e senadores por desobedecer as recomendações das autoridades de saúde.

Na entrada da residência oficial, na sexta, Bolsonaro foi questionado se promover um evento com aglomeração de pessoas não seria um mau exemplo para o país.

Em tom irônico, o presidente convidou apoiadores que estavam no local para participar da festa e disse que serão convidadas pessoas de diferentes cidades do Centro-Oeste, como Águas Lindas (GO) e Taguatinga (DF).

“Está todo mundo convidado aqui,​ 800 pessoas no churrasco. Tem mais um pessoal de Águas Lindas. Tem umas 900 pessoas para o churrasco amanhã”, disse. “Tem 1.300 convidados. Quem estiver amanhã aqui a gente coloca para dentro. Vai dar mais ou menos 3.000 pessoas no churrasco amanhã”, acrescentou.​​

O presidente foi questionado pelo menos seis vezes pelos veículos de imprensa na
sexta-feira se o gesto não é um exemplo negativo para a população.​ Ele, no entanto, não respondeu e continuou a fazer ironias.

Os dados do Ministério da Saúde apontaram nesta sexta-feira (8) que o Brasil registrou 751 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. É o quarto dia seguido com mais de 600 óbitos por dia.

Na quarta-feira (6) o Brasil superou a Bélgica e se tornou o sexto país com mais mortes no mundo. Os cinco primeiros são Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha e França.

Segundo especialistas, os números reais no Brasil devem ser maiores, já que há baixa oferta de testes no país e subnotificação.​​

Folhapress

Dia das Mães 2020 – como lidar com a perda para o Covid-19

Por Bia Nóbrega

Para pessoas que perderam mães ou filhos devido ao COVID, este Dia das Mães será ainda mais doloroso. Junto com o trauma da perda, e talvez até da impossibilidade de ser despedir, estas pessoas experimentam a tristeza que todos nós sentimos devido ao isolamento contínuo.

Mas existem algumas maneiras de aliviar os efeitos dos gatilhos que este dia trará. Separei algumas dicas valiosas:

Faça um balanço de seus sentimentos
É importante tomar medidas para lidar com sua dor, mas também é necessário reconhecer e honrar esses sentimentos de tristeza, qualquer que seja a forma que eles possam assumir.

Tudo o que você sente é bom e normal, pois todo mundo sofre de maneira diferente. O importante é reconhecer sua própria dor e como ela está afetando você – não a evite e nem a negue.

Você pode se sentir triste, zangado, angustiado, choroso, sozinho, com medo etc. Aceite que seus sentimentos se baseiam em sua dor e encontre coisas importantes para você e faça-as.

Conecte-se a outros entes e amigos queridos
É importante que você encontre maneiras de se manter conectado e manter pelo menos alguma das tradições que possuía para o dia: telefonema, mensagem de texto, vídeo-chamada são possibilidades que amenizam a saudade. Programe e realize.

Compartilhe memórias
Quando perdemos entes queridos, cada data especial pode ser ainda mais difícil porque revivemos o que fizemos por eles.

Ao se conectar com pessoas queridas, compartilhe memórias e reflita sobre seu tempo de convivência com quem perdeu.

Quando não podemos ficar juntos e reviver essas memórias com outras pessoas, podemos sentir que elas estão desaparecendo ou não sendo transmitidas para a próxima geração, e essa também é uma forma de perda.

Lembre e fale sobre os bons tempos, as histórias inesquecivelmente belas pelas quais você deseja que a pessoa seja lembrada.

Crie um novo ritual
Que tal um livro virtual de memória a partir de fotos ou histórias sobre a pessoa que você perdeu? Ou um cardápio com as comidas favoritas de quem partiu? Ou uma playlist?

“Repaginar” este dia te ajudará a ressignificá-lo.

Espero que estas estratégias tornem seu dia, naturalmente desafiador, um pouco mais superável.

Sobre Bia Nóbrega

É coach, mentora, palestrante, conselheira e executiva há mais de 22 anos na Área de Recursos Humanos em empresas líderes em seus setores. Graduada em Psicologia pela USP, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV-SP, pós-MBA em Conselho pela Saint Paul Escola de Negócios e ESMT – European School of Management and Technology, possui diversos cursos de formação, certificação e atualização. É afiliada à International Coach Federation (ICF), Associação Brasileira de Coaches (ABRACOACHES), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Women Corporate Directors (WCD), Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD). É autora do livro “Autocoaching: 29 dias para dar um upgrade na sua vida” – DVS Editora e é coautora do livro “Mapa da Vida” – Editora Ser Mais. Possui mais de 800 horas de atendimento em coaching executivo, carreira e vida e desde 2015 propaga o Autocoaching como A Melhor Ferramenta de Autodesenvolvimento e um Estilo de Vida.

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