Dois mil brasileiros serão selecionados para teste de vacina contra Covid-19

Argentine Biotechnology technician of Inmunova Romina Ramondino holds the F(ab’)2 fragments from an equine therapeutic serum that neutralize the SARS-Cov2 in vitro at Inmunova Laboratory, in San Martín, Buenos Aires on June 19, 2020 amid the new coronavirus pandemic. – Argentine researchers have developed a therapeutic serum that showed at in vitro tests the ability to neutralize the SARS-Cov-2 virus that causes COVID-19, the government announced on June 18, 2020. (Photo by JUAN MABROMATA / AFP)

O Grupo Fleury divulgou, ontem, que começará a seleção de dois mil brasileiros para participar da terceira fase de testes da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, da Inglaterra. Com os brasileiros, serão no total cerca de 50 mil voluntários em todo o mundo. O estudo é conduzido no país pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os brasileiros serão divididos em dois grupos: um tomará a vacina e o outro será testado com a vacina-controle MenACWY, também conhecida como vacina meningocócica conjugada. Para saber a eficácia da vacina, os pesquisadores vão comparar os dois grupos: o percentual de pessoas vacinadas que não desenvolveu a doença e a proporção de indivíduos testados com a vacina-controle que acabou infectada.

“Se o primeiro time, o das pessoas testadas com a vacina, tiver um percentual superior de imunidade em comparação àqueles que tomaram a vacina-controle, a conclusão é a eficácia da vacina”, explica o infectologista Celso Granato, diretor clínico do Grupo Fleury. “Tudo indica, infelizmente, que o Brasil ainda está em uma curva ascendente de contágio. Nesse contexto, a realização de estudos de testes de vacina se torna vantajosa, uma vez que grande parte da população ainda não desenvolveu imunidade.”

Correio Braziliense

Ex-ministro, ex-deputado e empresários são alvos de nova fase da Lava Jato

Polícia Federal

A Polícia Federal cumpre 12 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em uma operação na manhã desta quinta-feira (25) com base em uma investigação que apura fraudes na Eletronuclear.

Segundo a GloboNews, o ex-ministro das Minas e Energia no governo Lula Silas Rondeau é um dos alvos. Além do ex-ministro, um ex-deputado federal (que não teve o nome divulgado), empresários e ex-executivos da estatal são investigados na operação Fiat Lux, que é um desdobramento da Lava Jato que ocorre nos estados do Rio de Janeiro (capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.

Segundo MPF (Ministério Público Federal), foi pedido também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207.878.147,18. A investigação gira em torno da análise de contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear. A base para esta etapa, segundo nota da PF, foi a colaboração premiada de dois lobistas ligados ao MDB, que foram presos em 2017.

Em nota, o MPF diz que a colaboração premiada “elucidou o pagamento de vantagens indevidas” em pelo menos seis contratos firmados pela Eletronuclear. “Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados”, diz a nota.

Ainda segundo o MPF, a exigência de propina teve início quando Othon Pinheiro “chegou à presidência da estatal como contrapartida à celebração de novos contratos e ao pagamento de valores em aberto de contratos que se encontravam em vigor”.

O MPF informou que solicitou cooperação internacional, pois parte do esquema operou com empresas sediadas no Canadá, na França e na Dinamarca.

Operações anteriores envolvendo investigações sobre irregularidades na Eletronuclear geraram, em 2019, a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer. Posteriormente, ele foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro ou recursos públicos em benefício próprio).

Segundo a PF, a fase desta quinta não abrange alvos das operações Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação, todas relacionadas a investigações na Eletronuclear. A primeira operação relativa ao caso ocorreu em julho de 2015 e ganhou o nome de Radioatividade. Ela investigava desvios nas obras da usina nuclear de Angra 3.

OMS alerta sobre aumento de casos de coronavírus na Europa após flexibilização progressiva

O número de contágios por coronavírus voltou a subir na Europa, advertiu nesta quinta-feira (25) a Organização Mundial da Saúde (OMS), com um alerta para os riscos que um segunda onda fora de controle da pandemia terá nos sistemas de saúde do continente.

“Na semana passada, a Europa registrou um aumento no número de casos semanais pela primeira vez em meses. Em 11 países, a transmissão acelerada levou a um ressurgimento muito significativo que, se não for controlado, levará ao limite de novo os sistemas de saúde europeus”, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em Copenhague.

De acordo com a OMS, a Europa está registrando diariamente quase 20.000 novos casos e 700 mortes por coronavírus. Kluge destacou a reação rápida de países como Espanha, Polônia, Alemanha ou Israel ante o aumento de novos casos em “escolas, minas de carvão ou locais de produção de alimentos”, nas últimas semanas.

A unidade europeia da OMS inclui 53 países e no conjunto do bloco a organização registra 2,5 milhões de casos de coronavírus até o momento.

BC prevê queda de 6,4% na economia este ano

O Banco Central (BC) prevê queda de 6,4% da economia este ano, devido aos efeitos da pandemia da covid-19. No Relatório de Inflação (RI), divulgado nesta quinta-feira (25), o BC revisa a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de estabilidade, prevista em março, para a retração de 6,4%, neste ano.

“A alteração da projeção está associada, essencialmente, ao avanço e à duração da pandemia da covid-19 em território nacional, com a consequente adoção, a partir da segunda quinzena de março, de medidas de isolamento social no país. A magnitude desses dois fatores tem superado significativamente o que se esperava na data de corte do último RI”.

Segundo o BC, a projeção para o PIB anual considera que o recuo no segundo trimestre será o maior observado desde 1996, início do atual Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. “Espera-se que tal contração seja seguida de recuperação gradual nos dois últimos trimestres do ano, repercutindo diminuição paulatina e heterogênea do distanciamento social e de seus efeitos econômicos”, disse o BC, no relatório.

Indústria
A previsão para a variação do setor industrial passou de queda de 0,5% para uma retração ainda maior: – 8,5%, “com perspectiva de recuo em todas as atividades em função de efeitos do surto da Covid-19 maiores do que os antecipados anteriormente”.

A projeção para o desempenho da indústria de transformação passou de variação de -1,3% para -12,8%, “motivada pela maior retração na demanda final, principalmente por bens de consumo duráveis e de capital, além da redução na oferta resultante das medidas de distanciamento social”. A variação estimada para a produção da indústria extrativa recuou de 2,4% para estabilidade, “ante expectativa de menor demanda por minério de ferro e petróleo, em cenário de maior desaceleração mundial”.

A construção deve apresentar retração de 6,7%, comparativamente à projeção de recuo de 0,5% feita em março, “repercutindo comportamento de maior cautela das famílias e dos empresários do setor, além de diminuição no ritmo de algumas obras pela necessidade de adoção de protocolos especiais para prevenir contágio pelo novo coronavírus”.

Comércio e Serviços
O BC estima ainda queda de 5,3% no setor de comércio e serviços em 2020, ante estabilidade projetada em março. O BC destaca as revisões em setores mais afetados por medidas de restrição de mobilidade: o comércio de -0,7% para -10,8%; transporte, armazenagem e correio, de -1,2% para -13,4%; e outros serviços – que engloba atividades como alojamento, alimentação fora de casa e atividades artísticas de -1,1% para -9,4%.

Consumo
O BC projeta “contração expressiva do consumo das famílias, apesar da magnitude das medidas governamentais de transferência de renda”. “Em relação ao último RI, a projeção foi revista de crescimento de 0,8% para queda de 7,4% em virtude dos impactos maiores do que os antecipados anteriormente da pandemia sobre o comportamento dos consumidores e a evolução da massa de rendimentos do trabalho, além dos efeitos decorrentes das medidas de distanciamento social e de restrições à mobilidade”, acrescentou.

Investimentos e consumo de governo
Para o BC, a “perspectiva de efeitos mais pronunciados da pandemia sobre a atividade econômica e incertezas elevadas em relação ao processo de retomada devem ocasionar postergação de decisões de investimentos”. Assim, a previsão para o desempenho anual da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) mudou de -1,1% para -13,8%.

A projeção para o consumo do governo permaneceu inalterada (0,2%). “Apesar da estimativa de significativa perda de receitas, o governo deve preservar gastos essenciais em momento de crise”, disse o BC.

Exportações e importações
As exportações e as importações de bens e serviços, em 2020, devem variar, nesta ordem, -8,1% e -11,1%, ante projeções respectivas de 0,9% e 0,6% apresentadas no RI anterior. “A redução na projeção para exportações resulta da expectativa de menor demanda externa, especialmente por bens manufaturados, em virtude de reavaliação da atividade econômica global. A diminuição na estimativa para as importações reflete a redução nas projeções de crescimento da atividade doméstica, em especial da indústria de transformação e da FBCF, com o consequente decréscimo nas aquisições de insumos e de máquinas e equipamentos, bem como a perspectiva de redução do consumo das famílias”, destacou o BC.

Agência Brasil

Prévia da inflação oficial fica em 0,02% em junho, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, registrou taxa de 0,02% em junho deste ano. Apesar de ser superior à observada em maio deste ano (-0,59%), é a menor taxa para um mês de junho desde 2006 (-0,15%).

O IPCA-15 acumula taxa de deflação (queda de preços) de 0,58% no segundo trimestre do ano. No acumulado do ano, a inflação é de 0,37%, enquanto no acumulado de 12 meses, a taxa chega a 1,92%. Os dados foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram inflação, com destaque para alimentos e bebidas, que tiveram alta de preços de 0,47% na prévia de junho. Os destaques deste grupo de despesas foram a batata inglesa (16,84%), carnes (1,08%), a cebola (14,05%) e o feijão-carioca (9,38%).

Também tiveram deflação os grupos de despesa habitação (-0,07%), vestuário (-0,15%), saúde e cuidados pessoais (-0,01%) e despesas pessoais (-0,03%).

Agência Brasil

Covid-19: três meses após primeira morte em Pernambuco, mais de 83% das cidades têm óbitos

A medical staff member checks a blood sample during a free rapid test for the COVID-19 coronavirus sponsored by the Indonesian National Police in Jakarta on June 21, 2020. (Photo by ADEK BERRY / AFP)

Pernambuco completa, nesta quinta-feira (25), três meses da confirmação da primeira morte provocada pela Covid-19. Em 25 de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou o óbito de um idoso de 85 anos, morador do bairro de Areias, na Zona Oeste do Recife, vítima da doença causada pelo novo coronavírus.

Desde então, 154 dos 184 municípios do Estado têm pelo menos uma morte pela doença confirmada. Esse total equivale a 83,24% das cidades pernambucanas, segundo dados do Instituto para Redução de Riscos e Desastres da Universidade Federal Rural de Pernambuco (IRRD/UFRPE). Ou seja, 30 cidades, além do distrito estadual de Fernando de Noronha, não têm mortes por Covid-19 oficialmente confirmadas. [Veja a lista no final do texto]

O Recife, capital e cidade mais populosa do Estado, lidera o total de óbitos, com 1.719. Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), está em segundo, com 484 mortes. Olinda, também na RMR, ocupa o terceiro lugar, com 211 óbitos. A cidade do Interior com mais mortes é Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Norte, com 105.

A maioria dos óbitos se concentra na faixa etária de 80 anos ou mais. Segundo a SES-PE, 1.171 pacientes nesse grupo morreram vítimas da Covid-19 até a quarta-feira. O total equivale a 26,7% dos óbitos. Na sequência, com 1.112 mortes (25,1%) estão os infectados com idades entre 70 e 79 anos. Veja a lista completa, com óbitos por faixas etárias:

– 80 anos ou mais: 1.171 mortes (26,7%)
– 70 a 79 anos: 1.112 mortes (25,1%)
– 60 a 69 anos: 991 mortes (22,4%)
– 50 a 59 anos: 613 mortes (13,9%)
– 40 a 49 anos: 305 mortes (6,9%)
– 30 a 39 anos: 136 mortes (3,1%)
– 20 a 29 anos: 60 mortes (1,4%)
– 10 a 19 anos: 12 mortes (0,3%)
– 0 a 9 anos: 25 mortes (0,6%)

Casos confirmados
O IRRD ainda contabiliza 183 cidades e Fernando de Noronha com casos confirmados da Covid-19 no Estado. Apenas o município de Moreilândia, no Sertão, não registrou pacientes com a doença até agora.

Veja a lista das cidades sem óbitos por Covid-19 em Pernambuco:
Angelim
Belém de Maria
Belém do São Francisco
Bodocó
Brejão
Brejinho
Calçado
Dormentes
Fernando de Noronha (distrito estadual)
Granito
Iati
Ibirajuba
Ingazeira
Jatobá
Jurema
Lagoa do Ouro
Manari
Mirandiba
Moreilândia
Riacho das Almas
Salgadinho
Santa Cruz
Santa Cruz da Baixa Verde
Santa Filomena
Santa Maria da Boa Vista
Santa Terezinha
São Caetano
São João
São José do Belmonte
Solidão
Verdejante

Folhape

Prazo para a Declaração Anual dos MEI encerra no dia 30 de junho

Microempreendedores Individuais (MEI) tem até o dia 30 de junho para entregar a Declaração Anual Simplificada (DASN-SIMEI) referente ao ano de 2019. Neste ano, o prazo de entrega foi prorrogado em um mês, em virtude da pandemia do coronavírus. Os MEI que ainda não entregaram precisam correr para não ficarem inadimplentes. O documento é uma obrigação e deve ser entregue, anualmente, à Receita Federal.

Os MEI que não entregarem a declaração ficarão inadimplentes com o Simples Nacional e não poderão obter certidão negativa de débito junto à Receita Federal, documento necessário para contratar uma linha de crédito, por exemplo. Enquanto a declaração não for realizada, o MEI fica impedido de emitir os boletos de 2020. Além disso, os microempreendedores individuais podem ficar sujeitos ao cancelamento do CNPJ e multa no valor de R$ 50. Caso o pagamento for realizado no prazo de 30 dias, será concedido um desconto de 50% no valor total da multa.

Para a declaração, o MEI deverá ter em mãos o faturamento anual de sua empresa em 2019; o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e declarar, se houve admissão de funcionário no decorrer do ano.

O Paraná conta com mais de 643 mil microempreendedores individuais, pouco mais de 6% do total no país. Em todo o Brasil são mais de 10 milhões de MEI.

Por conta da interrupção nos atendimentos presenciais desde o mês de março, o Sebrae/PR tem oferecido as orientações remotamente aos empreendedores.

“Os MEI que estão com dificuldades e precisam de orientação para preencher corretamente a Declaração Anual de Faturamento podem entrar em contato com o Sebrae, gratuitamente, por meio dos nossos canais de atendimento. O ideal é que eles regularizem a situação o quanto antes e não deixem para a última hora”, afirma o consultor do Sebrae/PR, Rodrigo Feyerabend.

Para entrar em contato, os MEI podem acessar o site www.sebraepr.com.br, ligar para a Central de Atendimento pelo 0800 570 0800 ou pelo WhatsApp no (41) 99787-8003.

Jogos da Juventude de 2020 estão cancelados, afirma secretário

Os Jogos Escolares da Juventude de 2020, maior competição esportiva estudantil do Brasil, não serão realizados em 2020. A informação foi confirmada pelo secretário-executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Pérez. O evento, antes programado para acontecer em novembro deste ano, deve ter seu cancelamento oficializado em breve pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

A notícia do cancelamento dos Jogos da Juventude aconteceu justamente no Dia Olímpico, comemorado nesta terça. “O COB estava realizando reuniões com diversos coordenadores já há algum tempo. Hoje, no final da tarde, fizeram um encontro com os interlocutores de cada estado e informaram a decisão do cancelamento. Citaram vários motivos, tanto da situação da pandemia (Covid-19) como também questões orçamentárias e de calendário. No ponto de vista da saúde, nós concordamos com a decisão. Mas, quanto aos critérios de orçamento, eu acho que poderiam ter sido criadas alternativas para ajudar a realização do evento, até porque não adianta cancelar essa competição e realizar outras no mesmo período”, ressaltou o secretário.

A decisão, segundo Pérez, não foi uma surpresa. “Eles já haviam cancelado a etapa regional dos Jogos, tirando depois as disputas coletivas (futsal, voleibol, basquete e handebol) no Nacional. Eu esperava que eles pudessem mudar um pouco de opinião quanto a isso, mas não aconteceu”, declarou, lamentando os efeitos que o cancelamento dos jogos terão para equipes, técnicos e atletas.

“Primeiro impacto é técnico, porque muitos atletas e equipes estavam se preparando há um, dois anos. O segundo é financeiro, já que uma conquista nos Jogos da Juventude poderiam ajudar os jovens a pleitearem benefícios através de alguns programas estaduais. O terceiro envolve a ausência dos valores do esporte escolar. Eles não terão a convivência com pessoas e culturas diferentes. Isso mexe na autoesitma também”, argumentou.

No ano passado, Pernambuco encerrou os Jogos da Juventude com 43 medalhas, sendo 12 de ouro, 17 de prata e 14 de bronze. No total, foram dez pódios a mais que na edição 2018, garantindo a presença no top 5 dos estados com mais medalhas na competição, levando a maior delegação do Nordeste e terceira maior do Brasil, com 320 pessoas..

Os Jogos Escolares da Juventude recebem anualmente mais de sete mil alunos-atletas de todas as regiões do Brasil, além de treinadores, árbitros, oficiais e o Comitê Organizador, reunindo mais de oito mil participantes, considerando as fases regionais (setembro) e a nacional (novembro).

Folhape

Delegacia pela internet amplia atendimento

No intuito de facilitar o registro de queixas para vítimas de violência doméstica, a Polícia Civil de Pernambuco amplia as categorias de crimes que podem ser feitos por meio da Delegacia pela Internet. A partir de agora é possível comunicar ocorrências que envolvam ameaça, cárcere privado e descumprimento de medida protetiva, no site www.policiacivil.pe.gov.br.

Desde o início do isolamento social em função da pandemia do COVID-19, as mulheres vítimas dos crimes de injúria, calúnia ou difamação em situação de violência doméstica já podiam registrar os Boletins de Ocorrência via Delegacia pela Internet, no site da Polícia Civil. A medida visa evitar subnotificações. Os registrados serão validados pela Delegacia pela Internet e acompanhados pelo Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL) para as devidas providências. Os casos que envolvem agressões físicas e sexuais ainda precisam ser registrados presencialmente, pois, envolve a questão de perícias médicas.

Atualmente, Pernambuco conta com Delegacias da Mulher em Santo Amaro (Recife), Prazeres (Jaboatão dos Guararapes), Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Vitória de Santo Antão, Goiana, Caruaru, Surubim, Afogados da Ingazeira, Garanhuns e Petrolina. Onde não houver uma unidade especializada, a população pode procurar qualquer Delegacia de plantão da área onde mora ou aconteceu o crime.

É importante denunciar e se informar sobre a rede de proteção por meio da Ouvidoria Estadual da Mulher no fone 0800.281.8187. Em situação de Emergência Policial, deve ligar 190.

Número de endividados em PE é o maior desde setembro de 2015

Um número preocupante, mas esperado. De acordo com a mais recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de Pernambuco, o quantitativo de famílias endividadas cresce pelo segundo mês consecutivo no estado, apontando para a mesma direção do movimento nacional. Em junho, este percentual atingiu os 75,2%, subindo 1,2 pontos em relação a maio (74,%). Trata-se da maior taxa desde setembro de 2015, quando o resultado atingiu os 75,5%. Para os meses de junho, é o maior valor desde a criação da pesquisa, iniciada em 2010. No Brasil, estes números ficaram em 66,5% (maio) e 67,1 (junho).

Um dos motores do endividamento nestes últimos meses foi a ampliação do consumo pela internet durante o período de isolamento social, já que ficou mais difícil comprar pela maneira presencial. O economista da Fecomércio, Rafael Ramos, explica que até quem tinha opção de pagar à vista, por meio de boletos, passou a optar pelo cartão de crédito. “Boletos demoram cerca de três dias compensar e as pessoas tinham pressa de consumir devido ao maior nível de ansiedade por não poder sair de casa. Há pesquisas que apontam que em abril, por exemplo, o consumo por meio de e-commerce aumentou em até 81%. Número que provavelmente se repetiu nos meses posteriores de quarentena integral”, explica.

Sobre os tipos de dívidas, as do cartão de crédito lideram o ranking (92,2%) seguida de carnês (16,5%) e outras dívidas (8,8%). A maioria das famílias endividadas informam também que as dívidas comprometem entre 11% e 50% da renda. Um fato que, segundo Rafael, diz respeito à falta de educação financeira de qualidade de boa parte da população. “As pessoas utilizam o cartão de crédito como extensão de renda, comprometendo mais do que 30% da renda familiar, o que não é saudável”, afirma.

Em números, há os endividados que contraíram dívidas, mas que estão como pagamento em dia, os que estão com alguns dias em atraso e os que não possuem condições de saná-las, os inadimplentes. O percentual de 75,2% equivale a 386.509 famílias endividadas, uma alta de 6.304 lares em um mês. Em relação ao mesmo período de 2019 houve um aumento de 30.953. As que possuem contas em atraso atingiram os 31,4%, alta em relação a abril. Atualmente, no estado, 161.408 famílias estão nesta situação. Já as inadimplentes configuram 14,5%, o que corresponde a 74.321 mil famílias em dívida. Diferente dos dois primeiros, este grupo apresentou queda em relação ao mês anterior, com redução mensal de 7.044. A probabilidade, neste caso, é que muitos dos demitidos no período tenham utilizado os recursos das indenizações trabalhistas para abater parte das dívidas ou negociá-las. Já na comparação anual, houve acréscimo de 14.179 lares.

Mesmo com o fim da pandemia, a conjuntura para o futuro ainda é considerada difícil. Um novo momento que virá com parte da população desempregada, endividada, o que trará lentidão na recuperação de setores ligadas a confiança das famílias, como comércio e serviços. Consequentemente, haverá atraso de investimentos e geração de empregos formais e informais, assim como a capacidade de pagamento das dívidas e da manutenção do consumo. Ainda de acordo com o economista, um momento de lenta recuperação. “Mesmo com o fim do isolamento total, as pessoas ainda estarão com comportamento conservador em direção ao consumo direcionando para a essencialidade. Os negócios, então, devem ter entre seis meses e 1 ano para voltar ao faturamento pré-pandemia. Isto se não contarmos os choques negativos, como o que aconteceram no passado como greve de caminhoneiros, crise comercial entre China e Estados Unidos. As famílias, por sua vez, só devem se recuperar quando o setor produtivo voltar a investir. Só assim, haverá a geração de emprego e elas voltam a ter renda para consumir de maneira natural. Ou seja, mesmo depois da pandemia, ainda haverá uma taxa de desemprego elevadíssima em Pernambuco”, explica.

• Tipos de dívidas:

Cartão de crédito – 92,2%
Carnês – 16,5%
Outras dívidas – 8,8%
Cheque especial – 5,5%
Financiamento da casa – 4,7%
Crédito Pessoal – 4,5%
Crédito consignado – 2,8%
Não sabe – 0,9%
Cheque pré-datado – 0,8%

• Dicas para uso do cartão de crédito:

– Quem tem uma renda de R$ 2 mil e um limite de crédito de R$ 2 mil não pode entender este limite como extensão de renda.

– Evitar possuir mais de um cartão de crédito

– Limitar soma das parcelas em, no máximo, 30% no máximo da renda.

– Só utilizar o cartão se não houver como pagar à vista e se o preço parcelado corresponder ao mesmo valor da compra na hora.

– Não emprestar o cartão de crédito. É um alto risco.

– Ao adquirir o cartão, escolher aqueles com as menores anuidades possíveis ou zeradas.

Fonte: Fecomercio