TJPE lança plano de contingenciamento para redução de despesas

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) está lançando um Plano de Contingenciamento para reduzir as despesas com pagamento de pessoal e aquisição de materiais e serviços. A Portaria n.13/2020, assinada pelo presidente do Judiciário estadual, desembargador Fernando Cerqueira, na quinta-feira (26/3), tem como objetivo garantir equilíbrio orçamentário e financeiro ao TJPE para enfrentar o cenário econômico diante dos efeitos da crise causada pelo novo Coronavírus, com impacto direto no Tribunal, procurando evitar cortes mais severos no futuro.

Entre as medidas anunciadas, estão o contingenciamento da aquisição de materiais de consumo; revisão dos contratos com a redução linear no percentual de 25% dos valores contratados; redução do quadro de terceirizados; suspensão da concessão de passagens aéreas; suspensão da concessão de diárias, exceto para deslocamento dentro do estado para manutenção, fiscalização e plantão judiciário, a critério da Presidência; suspensão do início de novas obras e reforma; e suspensão de novos projetos que resultem em aumento de despesa.

Também estão suspensas as nomeações de servidores, exceto para reposição; a tramitação do concurso de magistrados; o abono e a conversão de férias; todo e qualquer projeto que crie despesas com pessoal. Enquanto perdurar o regime diferenciado de trabalho remoto, ficam suspensos o pagamento do auxílio-alimentação, para magistrados e servidores; e o pagamento de auxílio-transporte, em virtude da ausência de necessidade de deslocamento para o trabalho.

A Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e a Coordenadoria de Planejamento Estratégico (Coplan) também irão elaborar estudo técnico visando à redistribuição da força de trabalho em todo o Estado de Pernambuco. Já a Assessoria Técnica da Presidência deve apresentar, no prazo de 60 dias, estudo com vistas à extinção e/ou agregação de comarcas no âmbito do Estado de Pernambuco, tomando por base a relação custo-benefício decorrente de demanda pela prestação jurisdicional e nos termos da orientação do Conselho Nacional Justiça.

Apesar de decreto com igrejas como atividade essencial, Arquidiocese mantém suspensão

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, emitiu comunicado para reiterar que todas as atividades da Arquidiocese, incluindo as missas e a Semana Santa, permanecem suspensas por tempo indeterminado para conter o avanço do novo coronavírus. Em decreto publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira (26), o Governo passou a considerar igrejas como atividades essenciais por não colocar em perigo “a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população”.

Segundo o religioso, um colégio de consultores foi sondado para a decisão. “Nossa Arquidiocese de Olinda e Recife [AOR] decidiu por continuar obediente aos decretos já emitidos anteriormente. As nossas celebrações continuarão sem a participação do povo e transmitidas pelo Facebook até segunda ordem”, disse dom Fernando em vídeo postado na página da AOR no Instagram.

Em decreto publicado no dia 18 de março, a Arquidiocese determinou a suspensão das atividades em seu território, composto por 19 cidades da Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata, além do distrito de Fernando de Noronha. Padres, diáconos e religiosos com mais de 60 anos foram recomendados a entrar em quarentena, por estarem no grupo de risco da Covid-19.

“Pedimos a Deus para que tudo isso passe o mais rápido possível e que nós possamos o quanto antes voltar à normalidade. Claro que estamos muito preocupados com a situação econômica das pessoas, especialmente dos pobres, mas não podemos absolutamente improvisar nada, precisamos agir com segurança”, concluiu dom Fernando.

Folhape

5 dicas práticas para se adaptar ao home office

Para quem está acostumado ao dia dia agitado que grandes cidades proporcionam, fica um pouco complicado se adaptar ao isolamento social que foi imposto devido ao covid-19. Nem sempre é fácil mudar uma rotina que há anos está pré-estabelecida, tampouco realizar trabalhos em casa, o chamado Home Office.

Beatriz Santos, CEO e fundadora da Recrute Já, empresa especializada em recrutamento e seleção de pessoas, dá 5 dicas para você se adaptar ao processo de trabalhar em casa. São elas:

mantenha uma rotina de horários para manter o foco nas diversas atividades que se tem de realizar ao longo do dia. Desta forma, mantém-se a qualidade e os resultados ora esperados;
tenha uma agenda de trabalho. No início da semana – e algumas pessoas fazem essa atividade aos domingos – faça um check list de tudo o que você precisa realizar na próxima semana, se possível já dividindo as tarefas por dia, desta maneira você conseguirá entregar o que prometeu, seja para o seu chefe ou para você mesmo;
coloque um meta pessoal, para no mínimo manter a mesma qualidade de desempenho na empresa, nem que seja 1% a mais em seu resultado diário;
tenha um computador e uma Internet com uma qualidade boa. Nada mais chato do que você querer trabalhar e não ter a velocidade que você almeja. Também é importante ter um ambiente único, silencioso e tranquilo para você desenvolver o seu trabalho;
faça exercícios de alongamento a cada hora trabalhada, mas isso não significa que você tem de ir de hora em hora à geladeira. Mantenho o foco no trabalho e nos resultados. E cuidem-se: não saiam de casa!

Senac EAD e Senai oferecem cursos gratuitos a distância

A pandemia de Covid-19 (Novo Coronavírus) está fazendo com que famílias passem os dias inteiros em casa. Para não se afastar dos estudos e usar esse tempo para adquirir novos conhecimentos sem colocar em risco a saúde, o Senac EAD está oferecendo 22 mil vagas em 21 cursos totalmente online e gratuitos.

As formações contemplam cursos livres e de extensão nas áreas de Educação, Gestão, Saúde, Beleza, Direito e Recursos Humanos. As cargas-horárias variam entre 20 e 60 horas, de acordo com a opção escolhida. Ao final dos cursos, todos os participantes receberão certificados com validade em todo o território nacional. As inscrições podem ser realizadas pelo site www.ead.senac.br, no qual também é possível consultar mais informações sobre os cursos disponíveis.

Lista de cursos disponíveis:

Extensão Universitária

Educação

Docência e mediação pedagógica online
Elaboração de materiais didáticos com recursos tecnológicos
Produção de Conteúdos para EAD

Gestão

Estratégias de Negociação Internacional
Gestão das Potencialidades Humanas
Avaliação de Desempenho
Logística Internacional e Operações Globais
Primeiros Passos para Empreender
Planejamento Estratégico Orientado ao Setor Público
Supply Chain Management

Saúde

Envelhecimento Cerebral e Saúde Mental na Velhice

Cursos Livres

Administração do Tempo
Aproveitamento Integral de Alimentos
Congelamento de Alimentos
Desenvolvimento de Equipe
Estilo e Imagem Pessoal
Finanças Pessoais – planejamento e controle
Fundamentos para o Relacionamento Interpessoal
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
Líder Coach
Planejamento e Organização de Eventos Sociais

SENAI

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está abrindo vagas em cursos autoinstrucionais em diversas áreas – inclusive para quem está interessado em se preparar para a Indústria 4.0. A expectativa é de que, nos próximos 90 dias, mais de 100 mil vagas sejam disponibilizadas. Para ter acesso aos cursos, basta acessar a plataforma Mundo SENAI e se cadastrar.

Para quem tem interesse em temáticas voltadas à tecnologia, há vagas no curso de iniciação profissional Desvendando a Indústria 4.0. Há oportunidades, ainda, de aperfeiçoamento para quem já tem conhecimento na área em cursos como Programação móvel para IoT (internet das coisas), Inteligência artificial e Lógica de programação. Ainda é possível se matricular em aulas sobre Finanças pessoais, Empreendedorismo e Legislação Trabalhista, entre outras opções. Os cursos têm duração entre 14h e 20h e oferecem certificado para quem atingir a pontuação mínima exigida. Outras opções devem ser adicionadas em breve à plataforma.

Além disso, o SENAI também está disponibilizando acesso livre a parte do seu material didático, por meio da Estante Virtual de Livros Didáticos. Ao todo, são mais de 1.150 livros disponíveis. [WINDOWS-1252?]“Queremos incentivar as pessoas a aproveitarem suas horas livres se qualificando, para que elas possam estar mais capacitadas para atender às demandas do mercado no momento em que a situação se normalizar. A indústria do futuro precisa que nos preparemos agora, no presente”, pontua a diretora de Educação do SENAI Pernambuco, Carla Abigail.

Diario de Pernambuco

Mercados voltam a cair, preocupados com o avanço do coronavírus nos EUA

Muito preocupados com a aceleração da pandemia de coronavírus, especialmente nos Estados Unidos, os mercados voltaram a cair nesta sexta-feira (27), deixando para trás o otimismo que as medidas de apoio dos governos e bancos centrais haviam incutido.

Embora os índices na Ásia tenham fechado no positivo, seguindo o exemplo de Wall Street no dia anterior, com a bolsa de Tóquio em alta de 3,88%, os mercados na Europa iniciaram a sessão com perdas.

Às 06h15, Paris caía 2,75%, Londres 3,83% e Frankfurt 1,76%. As bolsas de valores de Milão e Madri, os países mais afetados pela pandemia na Europa, caíam 1,62% e 2,06%, respectivamente. “Não é uma surpresa em um contexto tão incerto, com um número de infecções nos Estados Unidos mais elevado do que na China”, disse Michael Hewson, analista da CMC Markets.

Estados Unidos contabilizavam na quinta-feira à noite o maior número de casos oficialmente declarados de coronavírus do que qualquer outro país do mundo, à frente da China e da Itália. O país também registrou um aumento recorde no número de pedidos de seguro-desemprego.

A pandemia continua a avançar no resto do planeta, com mais de meio milhão de infectados, e suas consequências para a economia mundial não param de se multiplicar. Os mercados de ações europeus conseguiram uma recuperação na quinta-feira, impulsionados pelas iniciativas dos bancos centrais e Estados para tentar combater a devastação da COVID-19 nas economias.

Planos de apoio

Nos Estados Unidos, o Senado votou em um plano “histórico” de US$ 2 trilhões, que ainda deve ser aprovado nesta sexta-feira pela Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, antes de ser promulgado pelo presidente Donald Trump.

O presidente do Federal Reserve (Fed) também prometeu na quinta-feira que a instituição continuaria a emprestar dinheiro “agressivamente” para combater o impacto econômico da pandemia, em uma entrevista ao vivo. Essas declarações incutiram otimismo nos mercados.

Os líderes dos 20 países mais industrializados do mundo prometeram injetar mais de US$ 5 trilhões na economia para “combater os impactos sociais, econômicos e financeiros da pandemia”, segundo anunciaram na quinta-feira em uma reunião virtual de emergência presidida por Riade.

A Alemanha também lançou um plano de resgate de cerca de 1,1 trilhão de euros, uma medida “sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial”, nas palavras do ministro das Finanças, Olaf Scholz. Nesta sexta também houve um sinal de conciliação entre Pequim e Washington, após uma série de ataques verbais entre as duas potências nos últimos dias em torno da pandemia.

O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta sexta-feira em uma conversa por telefone com seu colega americano Donald Trump que os dois países, apesar de sua rivalidade, “devem se unir contra a epidemia” de COVID-19, informou um veículo oficial.

“Agora que os mercados responderam positivamente aos planos excepcionais apresentados pelas autoridades nos últimos dias, acreditamos que o aumento nos índices se manterá”, disse Tangi Le Liboux, especialista da Aurel BGC.

Os preços do petróleo, que caíram na quinta-feira, estavam subindo nesta sexta-feira às 03h45. O preço do barril WTI, referência nos Estados Unidos, subia 1,81%, para US$ 23,01, e o do barril de Brent do Mar do Norte aumentava 0,23%, para US$ 26,4.

O euro era cotado a US$ 1,1041, quase o mesmo valor de quinta-feira às 16h00.

AFP

Dívidas de Pernambuco com a União são suspensas por seis meses

Brasília – Após reunião com o presidente em interino, Michel Temer, o ministro da justiça, Alexandre de Moraes, fala com a imprensa sobre a segurança nas Olimpiadas. (Antônio Cruz/ Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu por 6 meses o pagamento das parcelas da dívida de Pernambuco com a União. A decisão também é válida para os estados da Paraíba e Santa Catarina. Os valores devem ser aplicados exclusivamente em ações de prevenção, contenção, combate e mitigação à pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19).

Os estados alegaram a impossibilidade de cumprir a obrigação com a União em virtude do atual momento “extraordinário e imprevisível”. Em Pernambuco, a estimativa é de que, em 2020, a dívida com a União e bancos públicos seja de R$ 1,6 bilhão.

“O desafio que a situação atual coloca à sociedade brasileira e às autoridades públicas é da mais elevada gravidade, e não pode ser minimizado. A pandemia de Covid-19 (coronavírus) é uma ameaça real e iminente, que irá extenuar a capacidade operacional do sistema público de saúde, com consequências desastrosas para a população, caso não sejam adotadas medidas de efeito imediato”, afirmou o ministro.

O relator impôs como condição que os estados comprovem que os recursos estão sendo destinados de maneira integral às Secretarias estaduais de Saúde e exclusivamente para o custeio das ações de prevenção, contenção e combate da pandemia. Também ficou determinado que, enquanto vigorar a medida liminar, a União não poderá aplicar as penalidades, em caso de inadimplência, previstas no contrato e aditivos, como a retenção dos valores devidos nos recursos do Tesouro Estadual, vencimento antecipado da dívida e o bloqueio de recebimento de transferências financeiras da União.

O ministro Alexandre de Moraes determinou, ainda, a realização, com urgência, de uma audiência virtual para composição com a União, com a participação dos estados que, até o momento, obtiveram liminares suspendendo por 180 dias o pagamento de suas dívidas: São Paulo, Bahia, Maranhão, Paraná, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina.

Primeiro-ministro britânico Boris Johnson testa positivo para o coronavírus

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson deu positivo para o novo coronavírus depois de apresentar “sintomas leves”, anunciou Downing Street nesta sexta-feira.

“Depois de constatar sintomas leves ontem (quinta-feira), o primeiro-ministro foi testado para detectar o coronavírus” e “o resultado é positivo”, disse um porta-voz em comunicado.

“Estou trabalhando de casa, fazendo um isolamento voluntário. É a coisa certa a se fazer. Usarei a tecnologia para liderar a luta do país contra o coronavírus”, disse o premiê em vídeo postado nas redes sociais. Johnson também reforçou, na mesma mensagem, a necessidade de se ficar em casa.

Folhape

Pernambuco prevê aumento de casos da Covid-19 em abril e reforça pedido de isolamento

Os gráficos do avanço da Covid-19 no mundo mostram cenários em comum. Consideradas as variações nos números de casos por países, uma consequência das medidas adotadas por cada nação, é certo que há uma tendência de explosão de infecções após os primeiros 30 dias – contados a partir da primeira notificação no local.

O Brasil completou 30 dias desde a primeira notificação nesta quinta-feira (26), com quase três mil confirmações, porém com subnotificação real, admitida pelo Ministério da Saúde devido à falta de insumos necessários para testar todos os casos suspeitos. Por isso, somente os quadros graves e os grupos de risco estão tendo amostras coletadas.

Em Pernambuco, são 48 casos confirmados entre o dia 12 de março, quando foram anunciadas as primeiras notificações, até o início da noite desta quinta. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), então, faz um alerta para o cenário que pode ser vivido nos próximos dias. “Temos procurado conversar com diversos especialistas que têm feito modelos matemáticos adaptados para a realidade do Estado. E há situações que nos preocupam se as medidas não farmacológicas que adotamos não forem seguidas”, explica o gestor da SES-PE, André Longo.

As medidas não farmacológicas citadas por ele são as restrições de mobilidade nos municípios do Estado, onde estão proibidas reuniões com mais de dez pessoas e funcionamento do comércio que não seja de serviços essenciais. Tais restrições, junto ao clamor do Governo de Pernambuco para que a população evite estar nas ruas, tem justificativa.

“Há perspectiva de termos um aumento grande de casos nos primeiros dias de abril caso as medidas não farmacológicas não sejam atendidas. Então, reforçamos a importância do isolamento social. É certo que o ápice da curva de epidemia vai chegar. Todo o nosso esforço é por retardá-lo enquanto tomamos todas as medidas para preparar nosso sistema”, diz Longo.

“Embora alguns devaneios sejam ditos por alguns, a recomendação mundial é de isolamento. A Organização Mundial de Saúde pede isolamento. As principais potências do mundo estão em isolamento. E precisamos seguir enquanto as recomendações forem essas. É certo que nenhuma autoridade governamental está satisfeita com essas medidas, mas elas são tomadas por técnicos, a partir da avaliação dos cenários”, completa.

A dinâmica dos casos deve seguir o padrão atual, com quadros leves, moderados e graves. O que os especialistas avaliam é que, se o número de casos for muito elevado, a tendência é que a porcentagem de casos que podem evoluir de forma mais grave também sejam elevados. Sendo assim, o sistema de saúde não teria capacidade para dar assistência necessária a todos.

A Covid-19 é uma doença com potencial de cura, porém alguns precisam de suporte de ventilação mecânica por alguns dias para vencer o vírus. Se muitos adoecem ao mesmo tempo, há o risco de não haver estrutura para todos terem o tratamento adequado, o que gerará um índice alto de mortalidade.

“Quanto mais veloz a transmissão do vírus acontece em uma comunidade, mais rápido o número de casos aumenta, mais rápido o número de casos graves chega e menor fica a capacidade de atender. Temos visto isso em países ricos, como na Europa e nos Estados Unidos. Quando temos um número muito alto em pouco tempo, a perda de vidas é intensa. O aumento já está acontecendo. Em São Paulo já são mais de mil casos confirmados. Retardar esse início nos dará mais tempo para montar leitos para lidar com o aumento do número de casos”, ressalta o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia.

“Morrer aos 60, 70 e até 80 anos é uma perda precoce para a expectativa de vida do brasileiro hoje. E tem que lembrar que jovens não estão imunes ao risco de casos graves. Tem registros disso. Hoje (quinta-feira) a OMS foi novamente categórica dizendo que a única forma de diminuir esse aumento é através de medidas restritivas. Todos os que afrouxaram se arrependeram porque os casos explodiram na sequência”, completa Correia.

“Aqui em Pernambuco e no Brasil, a gente espera trabalhar com números menores. Mas isso depende do comportamento da sociedade. Tão logo a gente tenha segurança de evoluir, a gente vai recomendar o distanciamento das restrições, mas o momento hoje é de um cenário que pode ser muito grave se a gente não mantiver essas medidas”, reforça Longo.

Folhape

Minha palavra vale mais, diz Bolsonaro ao negar a mostrar exame

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (26) que a sua palavra vale mais do que a cópia de seu exame médico que, de acordo com ele, deu negativo para o contágio de coronavírus.

Nesta quinta-feira (26), completam duas semanas desde que o presidente realizou o primeiro exame. A reportagem já solicitou duas vezes a cópia do laudo médico, mas a Presidência da República se nega a informar.

Na entrada do Palácio da Alvorada, onde concedeu uma entrevista à imprensa, o presidente ironizou uma pergunta da reportagem sobre se ele divulgaria o resultado como uma medida de transparência.

“Você dorme comigo?”, questionou. “Eu estou bem, cara, tranquilo. E nunca tive problema não. Já pensou que prato feito para a imprensa se eu tivesse infectado? Não estou. É a minha palavra. A minha palavra vale mais do que um pedaço de papel”, acrescentou.

No final da conversa com os veículos de imprensa, o presidente voltou a fazer a provocação e, na sequência, disse que estava brincando e pediu desculpas. “Vai dormir comigo ou não? É brincadeira, pessoal. Desculpa aí”, afirmou.

O presidente realizou dois exames: nos dias 12 e 17. Para ambos, disse que o resultado foi negativo. Nesta quinta-feira (26), subiu para 25 o número de pessoas que tiveram contato com Bolsonaro e cujos resultados foram positivos para a doença.

O Hospital das Forças Armadas, que atendeu o presidente, apresentou ao governo do Distrito Federal uma lista de infectados com o novo coronavírus, mas omitiu os nomes de duas pessoas que receberam resultado positivo do exame.

Na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente voltou a defender a utilização de cloroquina para o tratamento de pacientes em estado grave. Até o momento, no entanto, não há comprovação cientifica de que a substancia é realmente eficiente. “Se a minha mãe for acometida disso [doença] e ela tem 93 anos, eu assino o termo de responsabilidade e dou a pastilha para ela”, afirmou.

Bolsonaro minimizou ainda as críticas feitas a ele pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Após o pronunciamento do presidente em cadeia nacional, o antigo aliado do presidente anunciou que não havia mais diálogo com ele e que estavam rompidos.

“Não vou discutir, gosto muito do Caiado. Sou apaixonado pelo Caiado. Eu vou conversar pessoalmente com ele. Acho que tudo vai ser esquecido e a gente vai continuar namorando, tenho certeza”, disse.

O presidente ressaltou ainda que ele é o presidente do País, não o general Hamilton Mourão. Na quarta-feira (25), o vice-presidente afirmou que o presidente não se expressou da melhor maneira em defesa da política de isolamento.

“O presidente sou eu, pô. O presidente sou eu. Os ministros seguem as minhas orientações. E o Mourão tem ajudado bastante: colaborado e dado opiniões. Uma pessoa que está ao meu lado. É o reserva. Se eu empacotar, vocês terão de engolir o Mourão. É uma boa pessoa”, disse.

Folhapress

Presidente da Caixa anuncia redução de taxa de juros do cheque especial para 2,9% ao mês

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nessa que quinta-feira (26) que o banco público reduziu a taxa de juro do cheque especial de 4,95% para 2,9% ao mês. O corte é de 41,4%. O anúncio foi feito por Guimarães ao participar da live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).”Estamos analisando reduzir mais ainda”, afirmou Guimarães.

O parcelamento da fatura do cartão de crédito que é, na média, 7,7% ao mês, passará a ser, a partir de 2,9%, uma redução de 62,3%. Estas condições do cheque especial e do cartão de crédito serão válidas por 90 dias, a partir de 1º de abril, segundo comunicado da Caixa.

Na esteira de medidas para o combate ao coronavírus, a Caixa anunciou também aumento da pausa do pagamento nas operações de crédito de 60 para 90 dias para pessoa física e jurídica e crédito habitacional para pessoa física e jurídica.

“Nos próximos três meses, você não precisa pagar sua prestação. Qualquer uma das 750 mil pessoas que já pediram 60 dias não precisa [fazer novo pedido] porque automaticamente já vai para 90”, afirmou Guimarães. “Se for necessário, nós ampliaremos para 120 dias [4 meses], 150 dias [5 meses]. Ou seja, o que for necessário a Caixa fará para ajudar os brasileiros”, disse.

O banco informou ainda que irá disponibilizar R$ 33 bilhões adicionais para reforçar a liquidez da economia, totalizando um incremento extra de R$ 111 bilhões em decorrência dos impactos do coronavírus. s outros R$ 78 bilhões já haviam sido anunciados na semana passada. Estes novos recursos serão disponibilizados para capital de giro, compra de carteiras, crédito para Santas Casas, além do crédito agrícola.

Também foi anunciada queda na taxa de juros em outros produtos do banco. Os empréstimos Caixa Hospitais passam de 0,96% ao mês para 0,80% ao mês; no CDC, de 2,29% ao mês para a partir de 2,17% ao mês; e, no penhor, de 2,10% ao mês para 1,99% ao mês.

Em comunicado, a Caixa orienta que empregadores que quiserem suspender o recolhimento do FGTS de março, abril e maio deste ano sem cobrança de multa e encargos, o que passou a ser possível por medida provisória editada no início da semana, devem declarar as informações dos trabalhadores via Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP), aplicativo desenvolvido pelo banco.

O recolhimento das competências suspensas será dividido em seis parcelas e a primeira parcela vence em 7 de julho. Até R$ 25,5 bilhões de recolhimento podem ser suspensos.

Folhapress