Inadimplência das empresas desacelera, mas ainda cresce 5,02% em fevereiro

O número de empresas com contas em atraso e registradas no cadastro de inadimplentes cresceu 5,02% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2018. No entanto, o ritmo de alta perdeu força em todas as regiões do país. Já o número de dívidas contraídas em nome de pessoas jurídicas avançou 1,84% na comparação anual. Além disso, cada empresa devedora continua acumulando, em média, duas pendências financeiras. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o Indicador de Inadimplência das Empresas, o maior crescimento quanto ao número de empresas negativadas foi observado no Sudeste, com alta de 8,65%. No Sul chegou a 2,99%, no Centro-Oeste a 1,54% e no Nordeste a 1,31%. Já o Norte apresentou a menor variação entre as cinco regiões, com -0,03%.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a queda da inadimplência deve-se a um cenário mais positivo em que já se observa uma melhora gradativa do faturamento de alguns setores da economia e taxas de juros mais baixas. “Apesar de as empresas ainda não terem recuperado a saúde financeira nos mesmos níveis que antecederam a crise, as vendas já começam a reagir dando fôlego maior para que elas cumpram seus compromissos”, analisa.

Comércio concentra maior número de empresas negativadas

Dados abertos por setor da economia revelam que o aumento da inadimplência foi maior entre as empresas que atuam no ramo de serviços, cujo avanço foi de 8,16% em fevereiro de 2019 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os atrasos entre empresas do comércio cresceram 2,87%, ao passo que a indústria registrou variação de 1,91%.

Entre os segmentos credores, ou seja, empresas que deixaram de receber de outras empresas, o destaque também ficou por conta do ramo de serviços, que engloba bancos e financeiras. Em termos de participação, o setor detém a maior fatia do total de dívidas, com 69,6%. Já o comércio manteve 17,2% das dívidas de empresas e a indústria ficou com 12,4%.

Metodologia

O Indicador de Inadimplência das Empresas sumariza todas as informações disponíveis nas bases de dados da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). As informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação. Baixe o material completo em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Custódia, no Sertão, também vai receber água do Rio São Francisco

A chegada das águas do Rio São Francisco tem transformado a realidade hídrica do interior pernambucano que sofre, há oito anos consecutivos, com os efeitos da estiagem. O município de Custódia será beneficiado com a construção de uma adutora de 23 quilômetros de extensão e 400 milímetros de diâmetro, às margens da BR 232, que irá interligar o Canal da Transposição até a Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade. Os trabalhos estão na fase inicial de mobilização, com a instalação do canteiro de obras, locação do reservatório e elaboração de projetos executivos e serviços topográficos, que antecedem a implantação da adutora. As frentes de serviços estão localizadas ao longo do trecho da Barragem do Moxotó, em Sertânia, até Custódia. A previsão é concluir o empreendimento dentro de 12 meses.

A obra estruturadora, um investimento de R$ 31 milhões, realizada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), é mais um resultado do empenho do governador Paulo Câmara em aproveitar a água do Velho Chico e abastecer os municípios do Estado que sofrem com a seca. Para o funcionamento do novo sistema, uma estação elevatória (bombeamento) será construída no distrito de Rio da Barra, na zona rural de Sertânia, aproveitando a captação no canal de aproximação na saída do Reservatório de Moxotó – no mesmo local onde já existe a estrutura da Estação Elevatória (EB-1) pertencente ao Sistema Adutor do Moxotó. A obra ainda prevê também a construção de um reservatório, com capacidade para armazenar mil metros cúbicos, a ampliação da Estação de Tratamento de Água e a instalação de mais de cinco mil hidrômetros.

A ampliação da ETA Custódia permitirá ampliar a capacidade de tratamento da unidade de 32 para de 82 litros de água, por segundo, triplicando o volume de água distribuído na cidade. “Com a conclusão desta obra, a Compesa espera resolver em definitivo o problema do abastecimento de água de Custódia”, afirma o presidente da Compesa, Roberto Tavares. “Hoje atendemos 50% da cidade com água da bateria de poços de Vila de Fátima, com o fornecimento de água uma vez por mês. A outra metade está sendo atendida por caminhões-pipa e caixas comunitárias. Desde que a Barragem de marrecas entrou em colapso, em outubro, agimos rapidamente para reverter essa situação, que é delicada”, explica Tavares.

Esta é mais uma ação que se tornou possível devido à projeção da Adutora do Moxotó, obra que recebeu o investimento de R$ 85 milhões, e que capta água do Rio São Francisco na Barragem Moxotó, no Eixo Leste da Transposição, e se interliga à Adutora do Agreste. A iniciativa pioneira do governo do Estado deu funcionalidade ao empreendimento mesmo antes da conclusão do Ramal do Agreste, que está em execução pelo governo federal, e antecipou o abastecimento de municípios do Agreste, como Pesqueira, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una, e do Sertão, como Arcoverde.

Gestores têm até junho para pedir readequação de unidades de saúde

Os gestores interessados em pedir a readequação da rede física de saúde local têm até o dia 30 de junho para solicitar a mudança ao Ministério da Saúde. A medida permite que estados e municípios utilizem estruturas de saúde prontas, mas que ainda não estão funcionando, para outra finalidade de assistência dentro da área da saúde, sem precisar devolver recursos federais. A pasta criou uma comissão técnica que irá receber e analisar todos os pedidos de readequação.

Para apoiar os gestores, o Ministério da Saúde disponibilizou uma página com orientações sobre todo o processo.

Para acessar a página, clique aqui!

“Essa medida possibilita a abertura da unidade, diferente do que foi construído, por exemplo, uma unidade foi construída para ser uma UPA, mas dado sua complexidade, ela tem não tem condições de funcionar como UPA, mas tem condições de funcionar como uma UBS. Por isso que foi criada essa comissão, para avaliar esses processos de verificação da readequação da rede física do SUS”, explica a coordenadora geral de Economia da Saúde do Ministério da Saúde, Maria Eridan Pimenta.

UPA 24h – Unidades de Saúde
A medida foi regulamentada com a portaria 3.583 de 16 de novembro de 2018. A partir disso, é possível dar outra destinação para edificações construídas com recursos federais da área da saúde, como Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro Especializado em Reabilitação (CER), Academias da Saúde, UPAs 24h, entre outros. A iniciativa atende a uma demanda de gestores locais para não perder obras concluídas, que por algum motivo, ainda não atendem à população.

Está apto a pedir a readequação, o município que recebeu recursos por meio de transferência do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde. Também deve ter sido aplicado na obra, a totalidade da verba até a data de publicação do decreto 9.380, de 23 de maio de 2018. Além disso, a obra não pode ter sido objeto de reforma ou ampliação, somente construção. Até então, se os municípios não utilizassem a estrutura construída com recursos federais teriam que devolver o valor da obra ao Governo Federal.

Para se beneficiarem da nova alternativa, os gestores de saúde locais devem encaminhar à pasta documentação justificando a necessidade de readequação do imóvel, desde que comprove que o espaço seja utilizado em ações e serviços de saúde, ainda que diferentes do que inicialmente foi pactuado. Caso tenham sido repassados recursos para aquisição de equipamentos e materiais permanentes, a devolução ou não desses valores será analisada pela pasta.

ARTIGO — Uma venda à vista

Maurício Assuero

Na manhã do dia 15 de março a empresa espanhola Aena Desarollo Internacional arrematou seis aeroportos no Nordeste, a saber: Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande e Juazeiro do Norte. Pagou-se R$ 1,9 bilhões à vista, como deveria ser, e ao longo da exploração temporal de 30 anos a empresa irá pagar anualmente 8,2% da receita bruta por ano. Estimando a receita do aeroporto de Recife em R$ 130 milhões, dado sua capacidade de transportar 8 milhões de passageiros por ano, o governo receberia R$ 10,66 milhões em um ano e R$ 319,8 milhões durante o prazo de concessão. Isso, por um aeroporto.

Mesmo considerando há 30 aeroportos deficitários e somente 17 rentáveis, as críticas são inúmeras e a maioria delas formuladas com, absoluto, cunho político. A primeira nota negativa vem daqueles que dizem “os aeroportos administrados pela INFRAERO são mais eficientes do que os privatizados”, no entanto, não explica o motivo de termos tantos equipamentos corroendo os cofres da INFRAERO. Esse tipo de pensamento é formado na cabeça daqueles que pensam apenas no curto prazo e nos seus interesses.

O lado bom de tudo isso é que a empresa que ganhou a concessão pagou um ágio de 1.010% sobre o valor mínimo pretendido. Isso mesmo: mais de 1000%. E para coroar a operação destaque-se que não houve empréstimo do BNDES, como fazia FHC. Acrescente-se que haverá investimento nos aeroportos sendo o do Recife um dos maiores beneficiados. Agora, se a empresa poderia buscar o BNDES porque captaria recursos para investimentos diversos e ainda pagaria juros. Os recursos pagos por ela, à vista. Além de receber dinheiro, livra-se dos custos operacionais e administrativos e, sobretudo, livra-se de assumir prejuízo por atividades inoperantes.

Seguramente surgem dúvidas em relação a qualidade de serviços que serão prestados, mas o contrato de concessão traz as prerrogativas de cada parte. Se há queda na qualidade do serviço prestado, as criticas dos passageiros servirão para adequação dos procedimentos. As teles passaram por isso e em determinado momento tiveram que se adequar para continuar no mercado e hoje é muito difícil encontrar alguém que não concorde com a evolução do setor. A cada dia, aos celulares são incorporadas funções e tecnologia diferenciada. Segundo a ANATEL, em dezembro de 2018, havia 229,2 milhões de celulares no Brasil, fato que indica uma densidade de 109,4 celulares para cada 100 habitantes.

Certamente que aeroporto não é celular, mas o governo precisa se preocupar com outro tipo de atividade. Que assuma, e conviva com isso, seu papel e arrecadador e cuide para que concessões tragam benefícios e não prejuízos para a população. Isso se faz com bons contratos.

Exposição “Labor de Criação” chega aos últimos dias no Sesc Caruaru

Termina nesta terça-feira (02/04) a temporada da exposição coletiva “Labor de Criação”, na Galeria de Arte Mestre Galdino, do Sesc Caruaru. A visitação pode ser feita todos os dias (com exceção do sábado e domingo) das 9h às 21h. A entrada é gratuita. Mais de duas mil pessoas, em especial estudantes de escolas públicas, já passaram pela galeria para admirar as trinta telas produzidas pelos alunos do curso de Pintura em Tela da Unidade. Nelas, eles apresentam aspectos teóricos, práticos, técnicos e conceituais que aprenderam nas aulas em 2018

Os elementos que compõem as obras são do cotidiano e foram desenvolvidas com texturas de massa acrílica, pentes de cabelo para marcar traços simétricos, colagens, espatulagens e a mistura de materiais, como o gel com o óleo, têmpera completada ou espatulada com óleo e pigmentos.

A ideia foi despertar nos alunos a natureza criativa e dinâmica, dando a eles a oportunidade de fazer fruir suas habilidades. “Eles conseguiram estabelecer uma confluência de conhecimentos técnicos e poéticos na construção de suas obras. O resultado é uma coleção de telas que enchem os olhos de quem as admira”, ressalta o professor do atelier de artes visuais do Sesc Caruaru Jorge Souza, que é também o curador da exposição.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Artigo – O despertar do mercado de automação residencial e predial no Brasil

Por Max Jaramillo*

Fortemente impulsionado pelo boom de equipamentos móveis, como tablets e smartphones, e pela proliferação dos mais variados aplicativos, o mercado de AV passa a fazer parte de um universo comercial e tecnológico muito maior: o mercado de TI.

O grande aumento e uso intensivo de soluções sem fio, aliado à conexão de Internet móvel, tem contribuído para o crescimento do mercado de Automação Residencial. Nos EUA, referência nesse segmento, a participação de casas inteligentes (monitoradas por aplicativos) chega a mais de 20% do total de residências – em um cenário que abrange mais de 120 milhões de casas.

Outros nichos também estão sendo “descobertos” pelas empresas do setor: além dos projetos que integram as funções já conhecidas como iluminação, áudio & vídeo, climatização e outros, existem mercados com necessidades específicas que podem ser atendidas pelas mesmas tecnologias, embora com diferentes abordagens e direcionamentos. Destacamos, entre outras: controle e medição de consumo de energia elétrica e de água, soluções para terceira idade, para espaços coletivos de co-living e co-working, soluções integradas para imóveis de locação temporária e hotelaria, utilização de automação para empreendimentos sustentáveis e diversas outras.

Gerando um total de 176 bilhões em receitas pelo mundo, apenas no ano de 2016, o mercado de AV tem demonstrado um grande potencial de crescimento e geração de lucro. A previsão é que até 2022 as receitas aumentem 4,7% ao ano, segundo relatório da IOTA 2018, publicado pela AVIXA – the Audiovisual and Integrated Experience Association.

Leia a reflexão do diretor executivo da Aureside, José Roberto Muratori: “Mesmo tendo acesso às mesmas tecnologias de ponta utilizadas nos países mais desenvolvidos, o Brasil não chega a atingir 1% das residências no mercado de Automação Residencial. Essa realidade se dá por conta não somente dos altos preços dos produtos, mas também porque o consumidor brasileiro ainda não se ateve à necessidade do uso intensivo da tecnologia na sua casa para atender requisitos básicos de segurança, economia e conforto. Também tem a questão referente à falta de um maior número de profissionais e empresas dedicados com exclusividade a esta atividade e ainda um distanciamento de um público considerado fundamental, que são os construtores, arquitetos e designers. Estes são agentes influenciadores e podem incluir o uso da automação nos projetos de novas edificações”.

Ainda assim, o cenário é otimista e especialistas apostam neste mercado tanto no Brasil quando no mundo, principalmente ao considerar a projeção para o crescimento de Automação Residencial – segundo a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial) – é de 11,5% ao ano, no mundo.

Mesmo com a crise que assolou o país em 2016, fazendo o dólar disparar, o mercado de AV não chegou a ser atingido de maneira significativa. O setor encerrou o ano praticamente estável. Isso foi possível por conta do grande potencial do mercado brasileiro, onde as pessoas, mesmo em pequena escala, estão se atendo cada vez mais à praticidade tecnológica como aliada na busca de uma melhor qualidade de vida. Não será surpresa alguma quando, em um futuro próximo, a maioria dos lares forem controlados por algum tipo de automação residencal.

Temos um gigante despertando no Brasil. Quem abrir os olhos, sairá na frente.

* Max Jaramillo, diretor da Latin Press, responsável por promover junto da AVIXA, um evento referência no mercado, a Infocomm Brasil. Mais informações em: https://www.tecnomultimidia.com.br/.

Autônomo é executado com golpes de muleta

Flávio foi morto em frente à Rodoviária de Caruaru. Foto: Pedro Augusto

Pedro Augusto

O expediente mal havia começado e a população de Caruaru teve de presenciar mais uma cena de terror provocada pela violência. Sem hora nem local para acontecer, um crime de morte acabou sendo registrado em plena 8h da última quarta-feira (27), na BR-104, mais precisamente na travessia de pedestre que fica em frente ao Terminal Rodoviário de Caruaru. Desta vez, a vítima foi o autônomo Flávio Dias Araújo, de 36 anos, o “Neguinho”.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, ele foi morto com golpes de muleta pelo suspeito Guaris Alves de Oliveira, de 52 anos. Este último é portador de necessidades especiais e teria assassinado brutalmente a vítima sem qualquer motivo aparente. Pelo menos foi o que confirmou, na cena do crime, o comissário da Civil, Marcílio Farias.

“Ele matou a vítima não só em frente ao Terminal Rodoviário, mas também nas imediações do 4º Batalhão da Polícia Militar. Não a conhecia e provavelmente teve um surto psicótico. Conduzido até a 20ª Delegacia de Homicídios, ele alegou na sua ouvida que o Flávio teria matado o seu filho na noite anterior, o que não foi confirmado. A princípio foi autuado em flagrante, mas passará por audiência de custódia, bem como por perícia médica para ficar comprovada, ou não, a sua debilidade também mental.”

Segundo o ambulante José Justino, que comercializa lanches às margens da Rodoviária de Caruaru, tanto o Flávio como o Guaris são conhecidos na sua área de atuação. “O primeiro vendia acessórios para celular, já o segundo era pedinte. Desconheço qualquer desavença que tenha havido entre eles. Escutei as pancadas e quando olhei para frente, vi o Flávio já morto. Um policial militar acabou prendendo de imediato o Guaris”, comentou.

Segundo o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, os golpes de muleta atingiram principalmente o rosto da vítima. “O detalhe é que mesmo já caída no asfalto, a vítima continuou sendo atingida com os golpes de maneira brutal”, acrescentou Marcílio. O corpo de Flávio Dias foi encaminhado ao IML de Caruaru.

Desempregado

Na noite anterior (26) à morte do autônomo Flávio Dias, a Polícia Civil de Pernambuco computou o homicídio do desempregado Marcelo Pereira Silva, de 25 anos, o “Germe”. De acordo com as primeiras investigações da polícia, ele estava dentro de casa, quando foi atender a um chamado de uma mulher. Assim que abriu a porta, acabou sendo atingido à bala por criminosos.

Na tentativa de escapar, a vítima ainda chegou a correr para o quintal, porém não resistiu aos ferimentos. Marcelo, segundo confirmou a irmã Jéssica Silva, era envolvido com o tráfico de drogas. Usuário de maconha e cocaína, a suspeita é de que ele tenha sido morto devido ao não pagamento de dívidas com traficantes. O corpo dele foi encaminhado ao IML local.

Litoral x Sertão nas semis do PE

Pedro Augusto

A torcida conheceu, na quarta-feira (27), o último classificado para as semifinais do Campeonato Pernambucano. Na data e no Estádio do Arruda, o Afogados acabou batendo o Santa Cruz nos pênaltis, após ter empatado por 1 a 1 no tempo normal, garantindo, assim, o seu avanço à próxima etapa da competição. Com o passaporte carimbado da Coruja, nas semis, o Estadual 2019 contará com confrontos envolvendo equipes do Litoral e do Sertão. O Náutico enfrenta o Afogados, nos Aflitos, enquanto o Sport recebe o Salgueiro, na Ilha do Retiro. As datas e os horários dos duelos não haviam sido confirmados, até o fechamento desta matéria.

Esta será a primeira vez na sua história em que o Afogados disputará as semifinais. O time comandado pelo técnico Pedro Manta possui apenas cinco anos de fundação e já conseguiu fazer mais do que vários clubes do Interior que possuem até décadas de trajetória. Durante a comemoração no Arruda, o treinador da Coruja enalteceu o feito da equipe sertaneja. “Chegamos até aqui e vamos para guerra ver o que vai dar. O grupo é uma molecada, sofreu, trabalhou com muita garra e foi premiado com esse resultado. Foi uma vitória histórica para Afogados da Ingazeira, vamos comemorar, mas já pensar no Náutico”, disse.

O próximo adversário do Afogados, antes de encará-lo, possui uma verdadeira decisão pela Copa do Nordeste. Dependendo apenas de si mesmo para avançar à etapa seguinte, o Náutico visita o Vitória-BA, neste sábado (30), a partir das 16h, no Estádio do Barradão, pela última rodada da primeira fase. Atualmente na terceira posição do grupo B, com 14 pontos, o Timbu necessita de uma vitória simples para passar às quartas-de-final. Caso empate ou perca no solo baiano, o atual campeão pernambucano terá de depender dos demais resultados da rodada.

Outro semifinalista do Estadual, que entra em campo neste fim de semana pelo Nordestão, é o Salgueiro. Na quarta posição da chave A, com seis pontos, o Carcará recebe o Ceará, também neste sábado, às 16h, no Cornélio de Barros. Assim como o Náutico, o time sertanejo precisa apenas de uma vitória simples para continuar na competição. Já o Santa Cruz, que deu adeus ao Estadual, mede forças com o Confiança, no mesmo dia e horário, no Arruda. Na competição regional, a Cobra Coral já se encontra classificada.

Sport

Mais folgado na tabela em relação aos demais semifinalistas, o Sport segue em treinamentos visando pegar o Carcará. Durante esta semana, o técnico Guto Ferreira fez questão de deixar claro para os jogadores que o time tem alguns pontos a melhorar. E um deles é a questão da velocidade na saída de bola. “Eu já falei isso, inclusive. Temos que melhorar a velocidade do jogo, da saída de bola. Contra o Petrolina demos um pouco de espaço e não fomos efetivos defensivamente como fomos contra Salgueiro e Central. A gente pode ser melhor, mas não vamos fazer se relaxarmos.”

ARTIGO — Compromisso com o país

Maurício Assuero

A briga entre poderes não vai acabar bem. Não trará nenhum benefício para o país. Ao longo do segundo mandato do governo Dilma, o deputado Eduardo Cunha, então presidente da Câmara, sufocou o governo com pauta bomba e foi o responsável pelo colapso econômico do governo. Tudo isso calcado num sentimento de vingança mesquinho, que culminou com a aceitação de um pedido de impeachment. Embora haja relatórios técnicos comprovando as tais pedaladas, a forma como Eduardo Cunha conduziu o processo foi mesquinha porque ele adotou uma postura pessoal e não institucional.

Aparentemente, Rodrigo Maia não teria interesse em fazer algo dessa natureza, mesmo porque não se sente tão ameaçado como estava Eduardo Cunha. Embora Rodrigo Maia figure como Botafogo nas planilhas da Odebrecht, o Supremo Tribunal Federal entendeu que tais casos poderão ser decididos na justiça eleitoral, onde o praticante de caixa dois leva um puxão de orelhas ou “fica ser ver TV” por um dia, como castigo. a manhã do dia 15 de março a empresa espanhola Aena Desarollo Internacional arrematou seis aeroportos no Nordeste, a saber: Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande e Juazeiro do Norte. Pagou-se R$ 1,9 bilhões à vista, como deveria ser, e ao longo da exploração temporal de 30 anos a empresa irá pagar anualmente 8,2% da receita bruta por ano. Estimando a receita do aeroporto de Recife em R$ 130 milhões, dado sua capacidade de transportar 8 milhões de passageiros por ano, o governo receberia R$ 10,66 milhões em um ano e R$ 319,8 milhões durante o prazo de concessão. Isso, por um aeroporto.

Mesmo considerando há 30 aeroportos deficitários e somente 17 rentáveis, as críticas são inúmeras e a maioria delas formuladas com, absoluto, cunho político. A primeira nota negativa vem daqueles que dizem “os aeroportos administrados pela INFRAERO são mais eficientes do que os privatizados”, no entanto, não explica o motivo de termos tantos equipamentos corroendo os cofres da INFRAERO. Esse tipo de pensamento é formado na cabeça daqueles que pensam apenas no curto prazo e nos seus interesses.

O lado bom de tudo isso é que a empresa que ganhou a concessão pagou um ágio de 1.010% sobre o valor mínimo pretendido. Isso mesmo: mais de 1000%. E para coroar a operação destaque-se que não houve empréstimo do BNDES, como fazia FHC. Acrescente-se que haverá investimento nos aeroportos sendo o do Recife um dos maiores beneficiados. Agora, se a empresa poderia buscar o BNDES porque captaria recursos para investimentos diversos e ainda pagaria juros. Os recursos pagos por ela, à vista. Além de receber dinheiro, livra-se dos custos operacionais e administrativos e, sobretudo, livra-se de assumir prejuízo por atividades inoperantes.

Seguramente surgem dúvidas em relação a qualidade de serviços que serão prestados, mas o contrato de concessão traz as prerrogativas de cada parte. Se há queda na qualidade do serviço prestado, as criticas dos passageiros servirão para adequação dos procedimentos. As teles passaram por isso e em determinado momento tiveram que se adequar para continuar no mercado e hoje é muito difícil encontrar alguém que não concorde com a evolução do setor. A cada dia, aos celulares são incorporadas funções e tecnologia diferenciada. Segundo a ANATEL, em dezembro de 2018, havia 229,2 milhões de celulares no Brasil, fato que indica uma densidade de 109,4 celulares para cada 100 habitantes.

Certamente que aeroporto não é celular, mas o governo precisa se preocupar com outro tipo de atividade. Que assuma, e conviva com isso, seu papel e arrecadador e cuide para que concessões tragam benefícios e não prejuízos para a população. Isso se faz com bons contratos.

Especialista avalia início econômico de Bolsonaro

A reportagem convocou o mestre e o seu colunista de Economia, Maurício Assuero, para avaliar o primeiro trimestre do Governo Federal em termos financeiros. O especialista criticou a postura política de Jair Bolsonaro. “Embora não se esperasse um milagre em termos econômicos, tinha-se a ideia de que a articulação política do governo Bolsonaro fosse decisiva para provocar rapidamente o otimismo do empresário. Essa é uma das maiores dificuldades que o presidente está tendo: o relacionamento com o Congresso. A questão política tem impacto nas medidas econômicas e, com isso, o povo continua sem emprego, sem renda e, agora, com pouca esperança. As críticas e a péssima avaliação do governo são sinais importantes que precisam ser cuidados. No meu entender, não há um plano B. Ou esse modelo de governo dá certo ou vamos continuar sofrendo bastante”, disse.

O especialista também projetou o possível desempenho da nossa economia para o restante do ano. “O mercado já reduziu a estimativa de crescimento do PIB para 2019 em quatro ocasiões. Saímos de 2,80% para 2%, ou seja, uma queda de 28,57%! Se isso se configurar, o governo vai continuar com problemas de arrecadação e vai afetar os estados e os municípios que já não estão financeiramente bem. O único caminho saudável é reverter isso e se não crescermos 2,8%, que seja algo bem perto. Recentemente, tivemos a privatização de seis aeroportos com entrada de recursos de R$ 1,9 bilhão e esse mecanismo precisa ser acelerado. Mas o governo precisa ter consciência da necessidade de geração de emprego. Sem renda, não haverá consumo e sem este a economia cairá e ficará estagnada”, afirmou.

Por fim, Maurício fez recomendações para quem planeja realizar investimentos. “O momento é de contenção de gastos, mas é propensa a realização de investimentos por parte das empresas, porque a taxa de juros está baixa. Isso, infelizmente, não tem acontecido, porque o empresário ainda está reticente. Não tem motivos para aumentar a produção se as pessoas estão sem renda para comprar. Seria mais prudente poupar um pouco. Já o consumidor precisa ter cuidado com o cartão de crédito, com o cheque especial e com as promessas de empréstimos, porque são verdadeiras armadilhas”, finalizou.