Pequenos negócios sustentam a geração de emprego no início de 2019

Em contrapartida às médias e grandes empresas, que fecharam mais de 25 mil vagas de trabalho, os pequenos negócios seguraram a geração de empregos no primeiro mês de 2019. Análise do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, relativos ao mês de janeiro, mostrou que as micro e pequenas empresas foram as principais responsáveis pela manutenção do nível de emprego no país. A exemplo do que ocorreu ao longo de todo o ano passado, elas mantiveram o saldo positivo de postos de trabalho, com a geração de 60,7 mil empregos formais. Já as médias e grandes empresas, ainda sofrendo o impacto da crise econômica, começaram o ano registrando uma extinção líquida de 25,7 mil vagas.

O estudo do Sebrae também confirma que os pequenos negócios do setor de Serviços lideraram a geração de empregos em janeiro, criando praticamente 40 mil postos de trabalho, mais de dez vezes a quantidade de postos gerados pelas médias e grandes neste setor. O desempenho do setor foi impulsionado principalmente pelas empresas que atuam no ramo imobiliário (19,6 mil empregos), nos serviços médicos e odontológicos (6,8 mil empregos) e nos serviços ligados à alimentação e bebidas (6,5 mil empregos). Na sequência, a Indústria de Transformação se destacou com a criação de 29 mil novas vagas. Em contrapartida, as micro e pequenas empresas do Comércio tiveram um saldo negativo (demitiram mais do que contrataram), no primeiro mês de 2019, tendo apresentado uma perda de 33,6 mil vagas de trabalho.

Segundo o presidente do Sebrae, João Henrique de Almeida Sousa, embora o saldo de empregos gerados pelos pequenos negócios no último mês de janeiro tenha ficado 26,4% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, o resultado foi superior aos saldos verificados no mesmo mês de 2015, 2016 e 2017. “Os pequenos negócios continuam sendo a locomotiva que mantém a economia brasileira em movimento, em especial no que diz respeito à manutenção do nível de emprego”, comentou.

As MPE do estado de São Paulo foram as que mais geraram empregos em janeiro (15,8 mil empregos), acompanhadas pelas MPE de Santa Catarina (10,9 mil empregos) e do Mato Grosso (10,4 mil empregos). Apesar de as micro e pequenas empresas de São Paulo (região Sudeste) terem liderado a geração de emprego em janeiro/2019, foram os pequenos negócios da região Sul que criaram mais vagas de trabalho no primeiro mês deste ano (27,1 mil empregos), seguidas pelas MPE da região Centro-Oeste (18,9 mil empregos).

Novos empregos ainda não têm data para chegar

A eleição do presidente Jair Bolsonaro, no ano passado, começou a esboçar um cenário de otimismo e expectativas positivas para a economia brasileira junto aos investidores, de todo o mundo, atentos às oportunidades do Brasil a partir deste ano. Mas as possibilidades de investimentos ainda são esparsas e a roda do mercado de trabalho deve continuar a girar lentamente na recomposição do emprego formal, especialmente em Pernambuco.

Desde o ano passado, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que passou para o âmbito do Ministério da Economia com a extinção do Ministério do Trabalho, o Brasil vem retomando a empregabilidade, com um saldo de 529.554 postos criados em 2018. “Conseguimos reduzir bastante a taxa de desemprego. Tivemos um pico em março de 2017 e março de 2018, com queda significativa, terminando o ano em 11,6%. Com a inclusão de janeiro de 2019, a taxa chegou a 12%, representando um universo de 12,7 milhões de pessoas em desemprego aberto”, afirma o economista e sócio-diretor da Ceplan Consultoria Econômica e Planejamento, Tarcísio Araújo.

Para ele, o resultado é positivo mas do ponto de vista social, a redução de desemprego está longe do ideal. “Isso só será resolvido com um crescimento sustentável. Temos, porém uma vantagem que ocorre a cada recessão: ter uma grande capacidade ociosa, que deve estar além de 40%. Podemos retomar a produção, havendo as condições ambientais favoráveis ao crescimento, sem imediatamente incorrer em novos investimentos”, analisa.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE no último dia 15, mostra que a recessão, vivida a partir de 2014, deixou sequelas que só o tempo e os investimentos que ele pode trazer vão sanar. Em 2012, o Brasil tinha 32,93 milhões de empregados da iniciativa privada com carteira assinada. O número passou a 36,61 milhões dois anos depois e, no último trimestre de 2018, estes trabalhadores eram 32,99 milhões. Não bastasse a diferença negativa, há o agravante do aumento da força de trabalho que, entre 2017 e 2018, ganhou mais 778 mil pessoas.

“Houve um grande desarranjo no mercado de trabalho, tivemos uma precarização do emprego nos últimos cinco anos, com aumento da informalidade e de mão de obra subutilizada. Milhões de pessoas ficaram desempregadas, enquanto a força de trabalho e a população estão aumentando. A economia tem que crescer não apenas para reempregar quem perdeu o posto, mas para absorver quem está entrando no mercado”, comenta o também economista e sócio-diretor da Ceplan, Jorge Jatobá, ex-secretário da Fazenda de Pernambuco.

Tempestade perfeita

Em Pernambuco, os resultados do Caged de 2018 são ainda mais impactantes. O saldo entre trabalhadores demitidos e admitidos no mercado formal aiu do vermelho de -6.498 de 2017 para 2.023 no ano passado – muito pouco em relação às necessidades dos seus 651 mil desempregados, volume que resultou de uma baixa de 16,7% para 15,5% na taxa de desemprego, segundo a Pnad Contínua, divulgada no mês passado.

“Pernambuco teve um crescimento pífio do emprego formal, com saldo de 2.023 postos, apenas 0,38% do que foi gerado no País no ano passado”, aponta Jorge Jatobá. Com uma economia centrada em serviços, que representa 65% do seu Produto Interno Bruto (PIB), o Estado sofreu queda de 1% no setor em 2018 e mais ainda com a redução de 7,3% nos serviços de administração técnica e profissional, que refletem a baixa de -3.800 empregos na indústria de transformação e de -1.631 na construção. “A construção tem dificuldades porque depende muito de contratações pelo governo e investimentos em infraestrutura , além das incorporações imobiliárias que reduziram muito os lançamentos de imóveis. As perdas de vagas na construção são consecutivas nos últimos cinco anos”, ressalta.

O baixo nível de emprego no Estado se confronta com uma reação positiva à crise e à recessão representada pelo crescimento do PIB de 2,2% até o terceiro trimestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. As explicações para esta incoerência, segundo Jorge Jatobá, passam por três hipóteses importantes. A primeira é que as novas empresas que vieram para Pernambuco são altamente automatizadas, robotizadas, com vasta inovação tecnológica e alta produtividade no trabalho, “gerando muito valor agregado com poucos empregos”. A segunda é que quem sobreviveu à crise passou por processos de enxugamento, de inovação e saiu dela empregando menos do que antes e, finalmente, pelo peso do Estado como condutor da empregabilidade.

“Em Pernambuco, assim como no Nordeste, o investimento público estadual caiu muito por conta da politica fiscal, isso afeta a geração de emprego. Não tem mais o Estado contratando muitas obras para investimentos em rodovias, portos, aeroportos, em toda infraestrutura. Pernambuco tem investido, com apoio da Caixa, em recursos hídricos, por causa da transposição. Caiu muito o investimento do Estado como proporção da Receita Corrente Líquida”, avalia Jatobá, acrescentando que esta queda nos investimentos estaduais impacta no restante da economia porque não gera massa salarial.

Saída pela qualificação

Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach acredita que a qualidade da mão de obra pernambucana, somada ao polo educacional formador de mão de obra qualificada colabora para a atração de investidores que podem atenuar o desemprego. Como exemplo, ele cita o Porto Digital, no Bairro do Recife, que há 18 anos, criou um ambiente de negócios favorável para que pessoas pudessem montar suas empresas, gerar serviços, produzir renda e atrair grandes empresas.

“Temos 300 empresas faturando R$ 1,5 bilhão. Nossa projeção e compromisso é dobrar de tamanho em quatro anos. As empresas que têm vindo para o Estado experimentam a qualidade da mão de obra e se surpreendem. Conseguimos ter uma produtividade maior com custo bem menor que outros centros”, declara. Segundo ele, uma prova é a Accenture, player mundial em TI que começou com um escritório e 30 pessoas, mas foi dobrando de tamanho e resolveu montar seu centro de inovação da América Latina no Recife, com 2.500 empregos, e já projeta chegar a 5 mil em dois anos, vendendo serviços para o mundo inteiro.”

Outro exemplo é o centro de inovação da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que começou pequeno e hoje tem 80 engenheiros e vai para 300 nos próximos quatro anos. A gente tem dito onde vai: venha experimentar Pernambuco e ver que tem gente trabalhadora, muito produtiva, que consegue agregar valor para as empresas que apostam aqui”, diz Schwambach.

Janeiro de 2019

Confirmando a previsão dos especialistas, dado do Caged do mês de janeiro revelou que enquanto no cenário nacional foram gerados 34,3 mil postos de trabalho com carteira assinada, em Pernambuco a situação foi oposta. O estado foi um dos que mais fechou vagas, com saldo negativo de 7.242 postos formais. O resultado foi diretamente influenciado pelo desligamento no setor do comércio, responsável por 9,3 mil desligamentos no mês.

“Já se esperava esse resultado negativo, pois existe a questão do fim dos contratos dos empregos temporários de dezembro. O comércio não vai ficar com um funcionário que foi contratado especificamente pelo aumento da demanda. Seria manter uma equipe grande para atender um número bem menor de clientes”, explica o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos.

Contribuinte pode aproveitar feriado para preparar declaração do IR

O programa para fazer a Declaração do Imposto de Renda deste ano já está disponível desde a última semana. Assim, quem quiser aproveitar o feriado prolongado do carnaval pode juntar os documentos, preencher os dados e deixar tudo pronto para enviar a declaração entre as 8h do dia 7 de março e as 23h59 de 30 de abril deste ano, pela internet.

Quem tem restituição para receber, quanto mais cedo enviar mais rapidamente recebe o valor. Entretanto, quem deixa para os últimos dias recebe maior correção pela taxa básica de juros, a Selic. Além disso, as restituições são liberados prioritariamente para idosos acima de 80 anos, contribuintes entre 60 e 79 anos, pessoas com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Lotes de restituição

As restituições do Imposto de Renda serão feitas em sete lotes, a partir de junho deste ano: o primeiro sairá no dia 17 de junho; o segundo em 15 de julho; o terceiro, no dia 15 de agosto; o quarto em 16 de setembro; o quinto, no dia 15 de outubro; o sexto em 18 de novembro; e o sétimo em 16 de dezembro.

Programa

A declaração pode ser feita de três formas: pelo computador, por celular ou tablet ou por meio do Centro Virtual de Atendimento (e-CAC). Pelo computador, será utilizado o Programa Gerador da Declaração – PGD IRPF2019, disponível no site da Secretaria da Receita Federal.

Também é possível fazer a declaração com o uso de dispositivos móveis, como tablets e smartphones, por meio do aplicativo “Meu Imposto de Renda”. O serviço também está disponível no e-CAC no site da Receita, com o uso de certificado digital, e pode ser feito pelo contribuinte ou seu representante com procuração.

O contribuinte que tiver apresentado a declaração referente ao exercício de 2018, ano- calendário 2017, poderá acessar a Declaração Pré-Preenchida no e-CAC, por meio de certificado digital. Para isso, é preciso que no momento da importação do arquivo, a fonte pagadora ou pessoas jurídicas tenham enviado para a Receita informações relativas ao contribuinte referentes ao exercício de 2019, ano-calendário de 2018, por meio da Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed), ou a da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob).

Segundo a Receita, o contribuinte que fez doações, inclusive em favor de partidos políticos e candidatos a cargos eletivos, também poderá utilizar, além do Programa Gerador da Declaração (PGD) IRPF2019, o serviço “Meu Imposto de Renda”.

Para a transmissão da Declaração pelo PGD não é necessário instalar o programa de transmissão Receitanet, uma vez que essa funcionalidade está integrada ao IRPF 2019. Entretanto, continua sendo possível a utilização do Receitanet para a transmissão da declaração.

O serviço Meu Imposto de Renda não pode ser usado em tablets ou smartphones para quem tenha recebido rendimentos superiores a R$ 5 milhões.

Obrigatoriedade

Estará obrigado a apresentar a declaração anual o contribuinte que, no ano-calendário de 2018, recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70. No caso da atividade rural, quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50

Também estão obrigadas a apresentar a declaração pessoas físicas residentes no Brasil que no ano-calendário de 2018:

– Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00;

– Obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

– Pretendam compensar, no ano-calendário de 2018 ou posteriores, prejuízos com a atividade rural de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2018;

– Tiveram, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00;

– Passaram à condição de residentes no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontravam-se em 31 de dezembro; ou

– Optaram pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato.

CPF de dependentes

Neste ano, é obrigatório o preenchimento do número do CPF de dependentes e alimentados residentes no país. A Receita vinha incluindo essa informação gradualmente na declaração. No ano passado, era obrigatório informar CPF para dependentes a partir de 8 anos.

Dados sobre imóveis e carros

Em 2019, não será obrigatório o preenchimento de informações complementares em Bens e Direitos relacionadas a carros e casas. A previsão inicial da Receita era que essas informações passassem a ser obrigatória neste ano, mas devido à dificuldade de contribuintes de encontrar os dados, o preenchimento complementar não precisa ser feito.

Desconto simplificado

A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, correspondente à dedução de 20% do valor dos rendimentos tributáveis, limitado a R$ 16.754,34.

Deduções

O limite de dedução por contribuição patronal ficou em R$ 1.200,32, devido ao reajuste do salário mínimo. No ano passado, o limite era R$ 1.171,84. Se não houver nova lei, este é o ultimo ano em que há a possibilidade dessa dedução de contribuições pagas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por patrões de empregados domésticos com carteira assinada. Essa medida começou a valer em 2006 para incentivar a formalização dos empregados domésticos.

A dedução por dependente é de, no máximo, R$ 2.075,08 e, para instrução, de R$ 3.561,50.

Os contribuintes também podem deduzir valores gastos com saúde, sem limites, como internação, exames, consultas, aparelhos e próteses, e planos de saúde. Nesse caso é preciso ter recibos, notas fiscais e declaração do plano de saúde e informar CPF ou CNPJ de quem recebeu os pagamentos.

As chamadas doações incentivadas têm o limite de 6% do Imposto de Renda devido. As doações podem ser feitas, por exemplo, aos fundos municipais, estaduais, distrital e nacional da criança e do adolescente, que se enquadram no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo a Receita, neste ano o formulário sobre as doações ao ECA vai ficar mais visível.

Aqueles que contribuem para um plano de previdência complementar – Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi) – podem deduzir até o limite de 12% da renda tributável.

Expectativa da Receita

A Receita espera receber neste ano 30,5 milhões de declarações. No ano passado, foram entregues 29,27 milhões. Do total previsto para 2019, a expectativa é que entre 700 mil e 800 mil declarações sejam feitas por tablets e smartphones. Em 2018, 320 mil declarações foram feitas por meio de dispositivos móveis.

A Receita promete acelerar o processamento da declaração este ano. Assim, o contribuinte pode checar no e-CAC se há alguma pendência na declaração e fazer correções.

No site da Receita, é possível conferir uma série de perguntas e respostas sobre a declaração deste ano.

Depois do Prazo

A declaração depois do prazo deve ser apresentada pela internet, utilizando o PGD IRPF 2019 ou o serviço “Meu Imposto de Renda”, ou em mídia removível, nas unidades da Receita Federal, durante o seu horário de expediente.

A multa para quem apresentar a declaração depois do prazo é de 1% ao mês ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o Imposto sobre a Renda devido, com valor mínimo de R$ 165,74, e máximo de 20% do Imposto sobre a Renda devido.

Agência Brasil

MP acaba com cobrança de contribuição sindical direto do salário

O governo Bolsonaro editou, na última sexta-feira (1), uma Medida Provisória (MP) que determina que as contribuições dos trabalhadores para os sindicatos não poderão mais ser descontadas diretamente do salário. O chamado imposto sindical deverá ser pago exclusivamente por boleto bancário ou meio eletrônico. A MPV 873 (que passa a valer imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias para tornar-se lei), altera artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A contribuição sindical já não era mais obrigatória desde a reforma trabalhista que entrou em vigor em 2017. Na prática, segundo o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, afirmou no Twitter, a MP “deixa ainda mais claro” que a contribuição sindical é facultativa. Para Marinho, a necessidade de editar o texto se deveu “ao ativismo judiciário, que tem contraditado o legislativo e permitido cobrança”.

A determinação da equipe econômica é de que “a contribuição dos empregados que autorizarem, prévia e expressamente, o recolhimento da contribuição sindical será feita exclusivamente por meio de boleto bancário ou equivalente eletrônico”.

Em junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou os pedidos de entidades sindicais para retomar a obrigatoriedade da contribuição sindical, equivalente a um dia de salário e paga em março. Por 6 votos a 3, a corte manteve a extinção da obrigatoriedade da contribuição.

Pelo texto da medida provisória, o boleto bancário ou o equivalente eletrônico será encaminhado obrigatoriamente à residência do empregado ou, na impossibilidade de recebimento, para a sede da empresa. Caso o trabalhador não tenha autorizado o desconto, o envio do boleto – impresso ou eletrônico – fica proibido.

Congresso em Foco

* com informações da Agência Brasil

Faturamento da Capitalização atinge R$2,2 bilhões na Região Nordeste

O setor de Títulos de Capitalização – produtos que oferecem soluções de negócios com sorteios – cresceu 1,2% em 2018, acumulando uma receita global de R$ 21 bilhões. Os dados, divulgados pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), revelam, ainda, um aumento de 0,9% nas reservas técnicas, montante correspondente a recursos de títulos de capitalização ativos, resgatados ao final da vigência ou de forma antecipada, que somaram R$ 29,4 bilhões.

“O mercado reagiu, trazendo mais otimismo, em particular pela aprovação do novo marco regulatório do setor”, diz Marcos Coltri, presidente da FenaCap. Segundo Coltri, o normativo traz mais segurança jurídica e, consequentemente, melhora o ambiente de negócios. Ele destaca, ainda, que as modalidades de capitalização estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, seja como solução para a conquista da disciplina financeira, para garantia de contratos, para o exercício da filantropia ou para alavancagem de outros segmentos econômicos, acrescentando que a expect ativa para 2019 é de um novo ciclo de lançamento de produtos.

Ao longo de 2018, as empresas de Capitalização distribuíram R$ 1 bilhão em sorteios, o equivalente ao pagamento de R$ 4,3 milhões em prêmios por dia útil do período. Já o montante relativo aos resgates recuou 3,3%, em comparação ao ano anterior. O setor restituiu R$ 17 bilhões a clientes que levaram seus planos de capitalização até o fim do prazo de vigência, ou para aqueles que optaram por antecipar o resgate de suas economias. “Registramos uma tendência à redução dos resgates antecipados logo no início do ano, movimento que se acentuou ao longo do período, possivelmente como reflexo da melhoria das expectativas em relação à economia”, avalia o presidente da FenaCap.

Conheça os serviços oferecidos pela UPAE Garanhuns

A UPAE Garanhuns conta com recepções, consultórios, modernos centros de apoio ao diagnóstico e exames, bloco cirúrgico para procedimentos de baixa complexidade, equipamentos de última geração e corpo funcional apto para atender centenas de pacientes por dia. Tudo isto pela Rede SUS, em parceria com as secretarias de saúde dos municípios que fazem parte da V GERES, sob Gestão IMIP e Secretaria Estadual de Saúde.

A UPAE Garanhuns oferece atualmente as seguintes especialidades médicas: Anestesiologia, Alergologia, Angiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia, Infectologia, Mastologia, Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pneumologia, Proctologia, Reumatologia e Urologia.

Além destas, a unidade ainda oferta consultas com profissionais em Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Serviço Social e Farmácia, e ainda sessões de fisioterapia.

Quando necessário, os pacientes podem fazer, na própria unidade, os exames solicitados, como os laboratoriais mais comuns, ou mais complexos, a exemplo de eletrocardiograma, ecocardiograma, mapa, holter, teste ergométrico, raio-X, mamografia, audiometria, ultrassonografia, densitometria, urodinâmica, colposcopia, endoscopia, ultrassonografia, entre muitos outros.

No bloco cirúrgico, a UPAE Garanhuns oferece procedimentos em cirurgia geral, dermatologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, proctologia e urologia.

Os pacientes da unidade são encaminhados pela regulação regional, após atendimento das Unidades de Saúde da Família e hospitais dos 21 municípios que fazem parte da V Regional de Saúde.

Comunidade Manain promove XXXIV Retiro de Carnaval

Com o objetivo de proporcionar momentos de adoração e reflexão, a Comunidade Católica Manain promove, entre os dias 02 e 06 de março, o seu XXXIV Retiro de Carnaval. Baseado nas palavras registradas no livro de Jeremias, o tema desta edição será “Volta para o senhor teu Deus”, em uma programação voltada para o aprofundamento da fé e da comunhão espiritual.

O encontro será realizado na Escola Técnica Estadual de Caruaru. Entre as atividades, adoração ao Santíssimo Sacramento, louvor, celebração eucarística e partilha da palavra.

De acordo com um dos responsáveis pela Comunidade, José Ronildo, será um momento muito proveitoso para renovar o vigor mediante as adversidades do dia a dia. “O retiro espiritual é uma ótima oportunidade para renovar a fé em Jesus Cristo e ter uma experiência forte com Deus. Isso fortalece os participantes para, com renovado vigor, enfrentarem os desafios do cotidiano e terem uma vida mais feliz”, explicou.

O retiro é gratuito, sendo cobrada apenas uma taxa para alimentação. As inscrições podem ser feitas pelos telefones 81 9 9389 7978 ou 9 9697-6863. A Comunidade Católica Manain fica localizada na Av. Venezuela, 8137 – Bairro Universitário.

Pernambuco possui 280 atores no ecossistema de startups

De acordo com o Liga Insights, o estado de Pernambuco possui hoje 280 atores diretos no ecossistema de inovação. Desse total, 181 são startups, 24 coworkings, 24 empresas juniores. Além disso, o Estado ainda conta com 17 incubadoras e aceleradoras e 11 investidores, 11 instituições de fomento e 09 espaços de inovação e laboratórios makers.

Os números são do Liga Insights Ecossistema Pernambuco – maior estudo já realizado sobre startups da região -, que foi desenvolvido pela Liga Ventures (liga.ventures) – aceleradora corporativa especializada em gerar negócios entre startups e grandes empresas – em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Pernambuco, a Databizz, Derraik & Menezes, Softex Recife, C.E.S.A.R., e também conto com o apoio da Endeavor Brasil – que já acelerou 14 empresas no Scale-Up Endeavor Pernambuco. Juntas, as empresas aceleradas fecharam o ano com um faturamento de aproximadamente R$ 298 milhões – o que representa um crescimento de 2017 para 2018 de 34% dessas empresas e empregaram, nesse mesmo período, mais de 1.700 pessoas, representando também um crescimento de 24% dos empregos gerados em relação a anos anteriores.

O levantamento contou, além do mapeamento, com mais de 15 entrevistados entre empreendedores, especialistas e investidores, debatendo as oportunidades, desafios e evoluções do ecossistema local.

“O ecossistema de startups em Pernambuco não para de crescer e consolidar sua importância para a inovação no país. Por conta disso, decidimos realizar esse levantamento direcionado ao estado, com o objetivo de mostrar quem são esses atores no ecossistema pernambucano, discutindo as oportunidades em torno dessa comunidade e possibilitando maior visibilidade para que as startups gerem cada vez mais negócios”, explica Raphael Augusto, startup hunter da Liga ventures e responsável pelo Liga Insights.

Pernambuco possui 181 startups

Entre as inovações que se destacam no estado está a In Loco – startup que oferece publicidade direcionada por geolocalização em aparelhos móveis. A startup também analisa o comportamento de consumo e já possui mais de 50 milhões de usuários. Fundada pelo pernambucano André Ferraz, a startup é uma das que mais cresce no país.

Estado é polo de inovação

Pernambuco é um importante pólo de empreendedorismo brasileiro, destacando-se por sediar importantes startups em segmentos como o de saúde, além de estar presente em diversas cidades do estado, como: a capital Recife, Caruaru, Petrolina, Garanhuns, Serra de Santo agostinho, Paulista, Goiana e Arcoverde.

Sobre a Liga Ventures

Criada em 2015, a Liga Ventures (http://liga.ventures/) é uma das maiores aceleradoras de startups do país e pioneira no mercado de aceleração corporativa e corporate ventures, com parceiros como BNDES, GPA, Brink’s, Porto Seguro, Embraer, Mercedes-Benz, AES Brasil, Intel, TIVIT, Eaton, WebMotors, Sascar, Cateno, Saint-Gobain, Unilever, Cartão ELO, Ticket Log e Vedacit. Além disso, possui mais de 11 mil startups em seu banco de dados. Só em 2017, foram realizadas mais de 3 mil inscrições nos programas de aceleração, na qual a Liga é responsável desde o processo de seleção das startups até o acompanhamento dia a dia com os empreendedores. A Liga também já acelerou mais de 100 startups em seus ciclos de aceleração e criou estudos inéditos por meio do projeto Liga Insights, apontando startups que estão inovando nos setores de AutoTech, Retail, Tecnologias Emergentes, HR Techs, Health Techs, IT, Real Estate, Eleições 2018 e Martechs.

Sobre a Endeavor

Organização global sem fins lucrativos com a missão de multiplicar o poder de transformação dos empreendedores. No Brasil desde 2000, promove um ambiente de negócios que estimule o crescimento e o impacto dos empreendedores à frente das Scale-ups, empresas de alto crescimento com modelo escalável e inovador. Nesses quase 20 anos de trabalho, já ajudou a gerar mais de R$ 4,5 bilhões em receitas anualmente e mais de 45.000 empregos diretos através do apoio a empreendedores; além de acelerar mais de 600 scale-ups (negócios que apresentam alto crescimento e modelo de negócios escalável) com programas de aceleração.

Municípios querem fortalecer papel dos pequenos negócios

Os municípios brasileiros querem fortalecer o papel dos pequenos negócios nas compras públicas, como forma de geração de emprego e renda e redução da dependência das prefeituras dos repasses governamentais. Foi o que afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, durante visita ao presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), João Henrique de Almeida Sousa, nesta quinta-feira (28).

“Queremos conectar as políticas públicas municipais com as novas diretrizes federais e fortalecer a participação dos pequenos negócios na economia dos municípios”, disse ele. Glademir Aroldi se reuniu com João Henrique para formalizar o convite para o presidente do Sebrae participar da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos, que acontece de 8 a 11 de abril, na capital federal.

O evento é um manifesto dos prefeitos em defesa da administração municipal, e tem como prioridade a promoção da distribuição de renda, de municípios mais fortes e de contas públicas saneadas. “Sem dúvida a pauta dos pequenos negócios será estratégica, pois os empresários de pequenos negócios e empreendedores estão nos municípios gerando emprego e renda”, afirmou João Henrique de Almeida Sousa, durante encontro com Aroldi e outros membros da CNM, entidade promotora do evento.

Em sua 22ª edição, a Macha dos Prefeitos vai coincidir com os 100 primeiros dias do governo Bolsonaro. Pelo menos 8 mil lideranças municipais devem comparecer ao evento, sendo os prefeitos os principais agentes de atuação. Outro diferencial este ano é a presença das autoridades municipais femininas na programação principal, explica Dalva Christofoletti, uma das fundadoras na CNM. “Este fato me emociona, pois a mulher começa a perceber que sua voz está sendo ouvida”, explica Dalva.

Desenvolvimento Local

A atuação do Sebrae na Marcha tem como estratégia principal a disseminação de informações e orientações sobre a regulamentação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06). “Neste quesito, as compras públicas possuem papel fundamental para o desenvolvimento dos municípios”, reforçou o presidente João Henrique de Almeida Sousa. Em 2018, as compras públicas do governo Federal movimentaram quase R$ 48 bilhões, sendo que R$ 6,8 bi foram direcionados aos pequenos negócios.

As compras públicas são um dos eixos de atuação dos agentes de desenvolvimento local (ADL), indicados pelas prefeituras e capacitados pelo Sebrae para disseminar a implantação da Lei Geral nos municípios. Hoje, são cerca de 4 mil ADL ativos espalhados pelos municípios brasileiros. O Sebrae apoia a Marcha desde 2003 com foco no desenvolvimento regional e local dos municípios a partir dos pequenos negócios, incluindo os microempreendedores individuais.

Câmara aprova criação de comissão externa

Deputados aprovaram, esta semana, requerimento da deputada Flávia Arruda (PR-DF), com o objetivo de criar uma comissão externa para acompanhar casos de feminicídio e demais ocorrência de violência doméstica contra a mulher. As atividades do colegiado serão bancadas com orçamento da Câmara.

Ainda em plenário, instantes após a aprovação da comissão, a autora do requerimento afirmou à TV Câmara que a iniciativa “é muito importante para nós, mulheres, neste momento de epidemia de violência contra a mulher”. “Com essa comissão, nós, que somos a maior bancada feminina da história da Câmara, 77 deputadas, poderemos sairmos daqui de dentro e irmos diretamente paras as ruas. Queremos encorajar as mulheres a denunciar”, disse Flávia

Ela lembrou ainda que penas previstas em lei não são suficientes sem que o poder público promova o efetivo funcionamento das estruturas de apoio à mulher. “Pretendemos que nossos trabalhos impeçam que casos absurdos caiam no esquecimento e encorajem as mulheres para darem um grito de basta”, acrescentou Flávia Arruda.

Fonte: Congresso em Foco