Sábado sangrento com três mortes confirmadas

Somente no último sábado (15), três pessoas foram assassinadas na Capital do Agreste. Os crimes de morte ocorreram, na sequência, nas proximidades do Bairro Nova Caruaru, no Loteamento Demóstenes Veras, bem como no Bairro Santa Rosa. Após os levantamentos cadavéricos do IC, os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal local.

A primeira vítima da nova série de mortes foi o jovem Erick Henrique da Silva, de 21 anos. De acordo com informações repassadas por familiares, a vítima havia passado pela manhã na casa dos pais e disse que retornaria para o almoço, porém não foi mais vista. Seu corpo foi encontrado, já à tarde, crivado de bala à beira de um pequeno açude, no Riacho Mocó. Erick havia saído do Presídio de Canhotinho há poucos dias, onde cumpriu pena de um ano e meio por roubo.

Também na tarde do sábado, a Polícia Civil confirmou a morte de Davi Correia Porfírio, de 24 anos. De acordo com informações repassadas por familiares, a vítima teria sido morta a facadas pelo marido da sua amante, identificado apenas como “Branquinho”. Este último está foragido. Davi chegou a ser socorrido pelo Samu para a Policlínica da Boa Vista, porém não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu em frente a um mercadinho no Loteamento Demóstenes Veras.

Já o terceiro homicídio computado no mesmo dia ocorreu na Rua Dois Irmãos, no Bairro Santa Rosa. De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, o ex-presidiário Janailson Francisco do Nascimento, de 41 anos, encontrava-se nas imediações da garagem de uma empresa de ônibus, quando foi surpreendido com a chegada de criminosos. Ele acabou sendo alvejado com seis disparos.
Até o fechamento desta matéria, a polícia já havia registrado 123 crimes de morte, neste ano, em Caruaru.

Varejo perde R$ 19,5 bilhões em 2017 por danos em produtos e furtos

O varejo brasileiro perdeu, em média, 1,29% do faturamento no ano passado em prejuízos com falhas no manuseio de produtos, vencimento de mercadorias ou furtos. Os dados são da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) e reuniu 100 empresas de 11 segmentos diferentes. O valor equivalente das perdas alcança R$ 19,5 bilhões da receita do setor em 2017. De acordo com a associação, o montante seria suficiente para “criar” a sexta maior empresa varejista do Brasil em faturamento. A receita total do setor no ano passado foi R$ 1,51 trilhão.

Segundo o presidente da Abrappe, Carlos Eduardo Santos, disse que o índice já indicava tendência de queda nas apurações anteriores, quando a média ficou em 1,40%, em 2015, e 1,32%, em 2016. Entretanto, a pesquisa nos anos anteriores era produzida pela Comissão de Prevenção de Perdas, Auditoria e Gerenciamento de Riscos (CPAR) – organização que já reunia os membros que hoje fazem parte da associação – com a mesma metodologia, mas com oito segmentos.

Entre os motivos que explicam a redução das perdas, na avaliação de Santos, estão os investimentos feitos pelas empresas, mas também a crise econômica. “Estamos em um período de retração e quando isso acontece a empresa olha para dentro de casa para melhorar a sua eficiência. Então isso se confirmou pelo resultado médio”, disse. Ao reduzir as perdas, as empresas garantem a manutenção da margem de lucro.

Dos segmentos analisados apenas o de supermercados e o de livrarias/papelarias tem percentual de perdas acima da média nacional. No varejo supermercadista, as perdas representam 1,94% do faturamento, sendo 1,03% referente a quebras operacionais (produto vencido, dano causado pela manipulação, entre outros). No caso das livrarias, o percentual é de 1,46%. Desse total, 0,88% corresponde a perdas não identificadas, como furtos, rupturas e erros de estoque.

Os demais setores por volume de perdas são varejo de esportes (1,21%), moda (1,20%), drogarias (1,13%), atacarejo [neologismo que designa uma forma de comércio que reúne atributos do atacado e do varejo] (1,05%), construção e lar (1,04%), magazines (0,84%), perfumaria (0,70%), calçados (0,53%) e eletromóveis (0,34%).

Tipos de perda
Em relação ao tipo de perda no total, as quebras operacionais representam 35%, os furtos externos, 24%, e os furtos internos, 15%. Somadas, as modalidades de furto alcançam 39%. Erros de inventários e erros administrativos aparecem em seguida, com 10% e 9%, respectivamente.

Nas quebras operacionais, entre os fatos mais recorrentes estão os produtos atingirem o vencimento (24%), seguido pelos itens danificados por clientes (18%), pela deterioração/perecibilidade (16%) e pelo manejo incorreto dos funcionários (13%).

Margem de lucro
Santos aponta que o principal impacto para as empresas é a diminuição na margem de lucro. Ele avalia que estabelecimentos que fazem a gestão das perdas conseguem compor a margem com mais visibilidade. “A gente costuma dizer que uma empresa que tem prevenção de perdas é mais competitiva porque elas sabem quanto perdem e, a partir do momento que elas sabem, tem que implementar um programa para que possa reduzir esse nível de perda encontrado. Ao reduzir a perda, automaticamente aumenta a margem de lucro”, disse. De acordo com o presidente da Abrappe, a partir desse ganho de gestão interna, é possível repassar parte desse ganho.

Por outro lado, empresas que não fazem gestão de perdas podem repassar o prejuízo para o consumidor. “É uma questão de sobrevivência fazer uma gestão de perdas. Quanto menor for o índice de perda, maior é a margem que vai obter e maior a competitividade. Quanto maior o índice de perda, menos competitivo ele é, mais isso impacta em preço”.

Fernanda Della Rosa, assessora econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), diz que planos de prevenção de perdas são fundamentais para reduzir a chamada “quebra de inventário”. “Se a empresa quer ser mais competitiva, vender o seu produto com desconto, com promoções, não sobra muito campo para fazer isso, porque também não pode vender no prejuízo e acaba tendo uma menor competitividade”.

A assessora cita como exemplo de modelos de planos de prevenção de perdas o estabelecimento de participação de lucros para funcionários que tenham como metas a redução de quebra de inventário. “Todo mundo se compromete. Um olha o outro e também existe maior observação dos funcionários em relação ao público externo. Existe uma meta, uma motivação”, disse.

Agência Brasil

Valor da cesta básica em Caruaru registra segunda queda consecutiva

De acordo com a pesquisa mensal feita por alunos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden, em agosto, o valor da cesta básica em Caruaru apresentou, pelo segundo mês consecutivo, uma redução, seguindo a tendência nacional. O custo da alimentação básica do caruaruense teve uma queda de 2,88% em seu valor total, chegando a custar R$ 242,23.

Segundo a professora Eliane Alves, responsável pela pesquisa, os itens que mais contribuíram para a redução da cesta básica foram o tomate, o leite e a farinha. Já o café, a margarina e a banana registraram alta. A cesta básica de Caruaru continuou apresentando um valor menor que a de Recife, seguindo a tendência dos meses anteriores. A diferença entre as cestas foi de R$ 97,91.

O comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de queda em 17 das 20 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores reduções foram registradas nas seguintes capitais: Porto Alegre, João Pessoa e Salvador. Já as elevações foram registradas em Florianópolis, Manaus e Aracaju. A cesta mais cara do país foi a de São Paulo (R$ 432,81) e a cesta mais barata continua sendo a de Salvador (R$ 311,92).

A pesquisa mostrou ainda que, em agosto, considerando o salário mínimo líquido, o trabalhador caruaruense desembolsou 27,60% da sua renda apenas com as despesas de alimentação. De acordo com o Ministério do Trabalho, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, no mês passado, precisou trabalhar 56 horas e 26 minutos para pagar o valor apresentado pela cesta básica.

Pesquisa acende sinal de alerta para Paulo Câmara

O resultado da pesquisa Datafolha, publicado nesta quinta-feira (20), acendeu o sinal de alerta na Frente Popular, encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB), candidato à reeleição. Enquanto o governador variou de 34% para 35%, o adversário Armando Monteiro Neto (PTB), também candidato ao governo, subiu de 25% para 31%, travando um empate técnico. Apesar do otimismo relativo aos resultados de outras pesquisas anteriores – e as internas -, a campanha socialista segue “confiante”, mas deve marcar mais presença nas ruas e intensificar o volume nos grandes centros.

O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, um dos coordenadores da campanha, afirmou que os resultados das pesquisas não pautam a campanha de Paulo Câmara. “As pesquisas influenciam pouco a campanha e a estratégia permanece a mesma. Já era previsto (intensificar) na reta final”, ponderou. “O trabalho precisa ser intensificado, sobretudo, nos grandes centros”, declarou o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB), líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A ligação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência da República, também seguem como trunfos para a manutenção de confiança dos socialistas. Neste sábado, Câmara e Haddad vão realizar atos no Recife; em Caruaru, no Agreste – maior colégio eleitoral fora da Região Metropolitana, com 216.900 eleitores -, e Petrolina, no Sertão – segundo maior colégio fora do Região Metropolitana do Recife, com 198.599. As cidades são os principais polos nas respectivas regiões.

Nos bastidores, avalia-se que não houve nenhum fato relevante para alteração de cenário e a pesquisa destoou das demais, inclusive, na disputa ao Senado Federal. Mas, em reserva, socialistas destacaram que o volume da campanha majoritária e material no interior do Estado estaria aquém do que julgam ideal e acreditam que o resultado dará uma chacoalhada na campanha nesta reta final.

À noite, Câmara realizou uma caminhada de Prazeres a Cajueiro Seco, em Jaboatão dos Guararapes. Com a sinalização de aproximação entre as duas principais candidaturas, o socialista reforçou a imagem dos aliados para se diferenciar do adversário. “Essa eleição tem dois lados muito diferentes. Esse lado que está aqui com vocês que é o de Miguel Arraes, de Eduardo Campos, do presidente Lula e Haddad. E o outro lado é a oposição que quer fazer em Pernambuco o mesmo que fez no Brasil”, declarou ele. Câmara, todavia, não comenta pesquisa.

Folhape

Brasileiros poderão receber remessas do exterior diretamente em reais

A partir de 1º de novembro, os brasileiros poderão receber, em reais, remessas enviadas do exterior por parentes e amigos, definiu o Banco Central (BC). Em circular publicada nesta quinta (20), a autoridade monetária regulamentou as transferências unilaterais do exterior sem a necessidade de conversão de câmbio depois que o dinheiro entrar no país.

Com a medida, o destinatário final poderá receber os recursos diretamente na conta corrente ou na poupança. A conversão da moeda estrangeira para reais poderá ficar a cargo do remetente, que arcará com todos os custos cambiais. A facilidade só vale para operações de transferências em caráter pessoal de até R$ 10 mil.

O serviço será facultativo. Caberá a cada instituição financeira decidir se oferece a remessa em reais. O BC esclareceu que as instituições deverão aplicar a legislação internacional entre bancos correspondentes e cumprir as medidas de segurança para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo.

De acordo com o BC, a medida faz parte de um pacote para tornar o sistema financeiro mais eficiente e reduzir custos. Atualmente, quando os recursos enviados do exterior chegam em moeda estrangeira, o destinatário precisa convertê-los em reais, negociando a taxa de câmbio e arcando com os custos da operação. Até que a conversão seja concluída, o beneficiário não sabe exatamente o quanto receberá em reais.

Agência Brasil

Boulos pede que TSE investigue Bolsonaro por ataque hacker a grupo de mulheres no Facebook

A coligação de Guilherme Boulos (PSOL) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue Jair Bolsonaro (PSL) pelo ataque hacker nos dias 14 e 15 de setembro contra o grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro no Facebook.

Na ocasião, o nome do grupo foi trocado por Mulheres Com Bolsonaro e Jair Bolsonaro (PSL) postou uma imagem do grupo com o nome trocado em um tuíte.

Segundo a petição dos advogados da coligação de Boulos, uma das administradoras do grupo teve sua conta pessoal no Facebook invadida por um IP dos Estados Unidos, que cadastrou um telefone celular do interior de São Paulo para hackear o perfil dela.

Base da Rede e chapa majoritária saem em defesa da candidatura de Lossio

A base da Rede e a chapa majoritária do partido em Pernambuco saíram, nesta quinta-feira (20), em defesa da candidatura de Julio Lossio a governador e Marina Silva a presidente. O grupo de 44 filiados assinou uma carta à Executiva nacional do partido, que notificou Lossio por ele ter recebido apoio do candidato a deputado federal Coronel Meira (PRP).

No documento, os filiados reforçam que o apoio de Meira a Lossio se deveu ao compromisso do ex-prefeito de Petrolina em incorporar as propostas do coronel para a segurança pública em seu plano de governo.

A carta é assinada por importantes lideranças da base da Rede, como o coordenador de Finanças Elton Santana; os coordenadores de Comunicação, Yuri Santos e Gilberto Sabino, e o coordenador de Ação Institucional e Políticas Publicas, Edson Celestino, entre outros candidatos proporcionais da sigla. Além de candidatos da chapa majoritária, como o vice-governador Luciano Bezerra e os postulantes ao Senado, Adriana Rocha e Pastor Jairinho.

“Temos, pela primeira vez em nosso Estado, a possibilidade de fazermos uma campanha eleitoral animadora e contagiante, baseada em propostas inovadoras, com bastante responsabilidade e senso crítico, sendo capaz de unir as melhores pessoas”, afirmam os filiados, no documento.

Lossio agradeceu o reconhecimento e garantiu estar com a consciência tranquila de que está agindo como prega a Rede. “Sigo recebendo apoio das pessoas boas que existem em todos os partidos, com base em relações programáticas, e levando aos pernambucanos as nossas propostas e o nosso compromisso de unir todos em torno da verdadeira mudança que Pernambuco precisa”, ressaltou.

Ministério da Educação libera R$ 8,9 milhões para obras emergenciais no Museu Nacional

O Ministério da Educação liberou R$ 8,9 milhões para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contratar a empresa que será responsável pela execução das obras emergenciais de reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído parcialmente por um incêndio em 2 de setembro. O valor está incluído nos R$ 10 milhões emergenciais que o MEC colocou à disposição da UFRJ no dia seguinte ao incêndio.

“Estamos liberando esse recurso para a UFRJ realizar as primeiras intervenções, as mais urgentes. Precisamos ser rápidos no processo de reconstrução do Museu. O primeiro passo já está sendo dado”, informou Rossieli.

Ainda segundo o ministro, a expectativa é de que essa primeira etapa dure 180 dias, conforme previsão apresentada pela UFRJ. “Recebemos a proposta da universidade, que fez um processo de seleção da empresa, como é de responsabilidade deles”, disse. “A partir de hoje o recurso estará na conta da UFRJ para que eles possam tomar os próximos passos, especialmente para proteger o acervo, proteger o prédio, para que não tenha risco de desabamento e também apoiar a própria perícia da Polícia Federal, que precisará de suporte, talvez, inclusive, para recolher o que é entulho e separar aquilo que é acervo.”

Rossieli Soares ressaltou que o MEC ainda vai repassar um complemento dos recursos relativos a laboratórios e alguns espaços que a universidade precisa, totalizando, assim, os R$ 10 milhões anunciados inicialmente. “Aguardamos a proposta da universidade nesse sentido”, afirmou.

A empresa escolhida pela UFRJ é a Concrejato Engenharia, que participou da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que também foi destruído pelo fogo, em dezembro de 2015. A liberação dos recursos foi feita após o MEC analisar a proposta apresentada. Serão realizadas obras de segurança, como isolamento do local, colocação de proteção para evitar desabamentos, reforço e cobertura das estruturas do prédio que resistiram ao incêndio.

Os recursos serão utilizados para serviços como a construção de cobertura provisória, remoção dos materiais, escoramento da estrutura do Museu, fechamento de esquadrias, gerenciamento das obras e fiscalização.

Paulo Câmara reforça compromisso com a Primeira Infância

O governador e candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB) assinou, na tarde desta quinta-feira (20/09), carta compromisso com a Primeira Infância, durante visita à sede da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), em Pernambuco. Na ocasião, o socialista se comprometeu a incorporar ao seu programa de governo diretrizes contidas no documento. Algumas das sugestões apresentadas na carta, inclusive, já são adotadas em iniciativas do Governo de Pernambuco, a exemplo do Programa Mãe Coruja.

“Todas as nossas ações e políticas têm a transversalidade de chegar também no foco da primeira infância e como isso pode ajudar no combate à vulnerabilidade das famílias. Então, assino esse termo muito satisfeito e sabendo que, independente da assinatura, uma vez que esse já é um compromisso nosso, do Governo de Pernambuco, a gente espera ampliar as nossas ações e poder fazer muitas parcerias, com municípios e entidades, nos próximos anos”, afirmou Paulo Câmara.

O socialista destacou que as diretrizes contidas na carta se juntarão a todo um conjunto de medidas que já estão incorporadas ao cotidiano do Governo de Pernambuco, por meio de um modelo de atuação conjunta que envolve secretarias e órgãos da administração estadual. “Toda nossa política pública a gente tem um olhar para a primeira infância, também. Isso vai desde o Mãe Coruja, que nós tivemos a condição de implementar alguns anos atrás, que cuida da mãe gestante desde o início, dos primeiros anos de vida da criança”, apontou.

Paulo lembrou que o Mãe Coruja já acompanhou mais de 150 mil crianças, tendo, a partir de 2019, um compromisso de ampliar consideravelmente o alcance da iniciativa – que acumula premiações internacionais. “O Programa já está em 105 municípios, mas pretendemos chegar, nos próximos quatro anos, a 150 ou até mais. Vai depender dos esforços junto aos governos municipais, porque não é algo que se faz só de um lado. É um pacto”, realçou.

Secretária executiva da RNPI em Pernambuco, Soledade Menezes, agradeceu a disposição do governador Paulo Câmara de assumir um compromisso de ampliar as ações do Estado relacionadas a garantias para a primeira infância. “Estou muito feliz em ver isso ocorrendo hoje, com o governador se comprometendo a ser um parceiro nosso em uma causa tão importante como esta. A primeira infância é uma fase fundamental para o desenvolvimento humano, e precisamos assegurar todas as condições necessárias para o desenvolvimento dessas crianças e de suas famílias”, disse.

AVANÇOS – O Governo de Pernambuco conseguiu avanços significativos nos últimos anos na área, como a menor taxa de mortalidade infantil da história, atingimos as metas da cobertura vacinal e alcançamos o melhor ensino público do Brasil. Na segurança, tivemos este ano uma redução de 38% no número de homicídios de jovens, no comparativo com 2017. A partir de 2019, a administração estadual terá um olhar muito específico para a educação fundamental, através do projeto Educação Integrada, que vai passar de 15 para 80 municípios, e do cuidado com os recém-nascidos com a ampliação do programa Mãe Coruja.

MEC reabre inscrições para o Parlamento Juvenil do Mercosul

Alunos do primeiro ou segundo ano do ensino médio regular ou do ensino técnico integrado de escolas públicas de Tocantins, Acre, Amapá, Alagoas, Pernambuco, Roraima e Sergipe têm nova oportunidade para se candidatar a uma vaga na quinta edição do Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). As inscrições se encerraram no último dia 9 para todo o Brasil, mas foi prorrogada nesses estados. Quem estuda nestas localidades e quiser representar o Brasil no Mercosul durante dois anos deve elaborar um projeto com a orientação de um professor e inscrevê-lo até 30 de setembro.

O programa é promovido pela Assessoria Internacional do Ministério da Educação, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (IIDAC), e tem como objetivo estimular o protagonismo juvenil, por meio da implementação de projetos que tenham como foco fortalecer os jovens nas escolas e que visem minimizar problemas do cotidiano escolar.

Os projetos apresentados passarão por uma seleção inicial e os melhores serão divulgados no portal do PJM. Em seguida, será realizada uma eleição nacional e todos os jovens matriculados no ensino médio poderão votar e eleger seus representantes. Os mais votados representarão o Brasil durante o encontro internacional e durante qualquer evento ou encontro nacional e internacional. Na primeira edição foram 81 jovens concorrendo as 27 vagas; já na última, concorreram 108 jovens e 32.310 participaram indiretamente elegendo seus representantes.

O projeto a ser apresentado deverá contemplar a realidade local do estudante e propor ações que estimulem a participação juvenil no ambiente escolar, priorizando o desenvolvimento de um trabalho coletivo e cooperativo. A intenção é que a instituição de ensino seja um espaço democrático onde os jovens possam expressar seus anseios e sugerir melhorias que facilitem sua aprendizagem e convivência, fortalecendo a cidadania e aproximando-os dos princípios desenvolvidos no projeto, como a democracia, a inclusão, a identidade latino-americana e os direitos humanos.

Parlamento – Desde que foi criado em 2008, já foram realizadas quatro edições do Parlamento Juvenil do Mercosul, com seleções a cada dois anos. Até 2014, participavam do PJM jovens da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia. Na última edição 2016-2018, participaram apenas jovens dos países membros do Mercosul. Foram 27 jovens brasileiros, 26 argentinos, 18 paraguaios e 19 uruguaios. Os encontros são realizados na sede do Mercosul em Montevidéu em uma data que coincida com a reunião do Parlamento do Mercosul (Parlasul), já que também ocorre uma reunião conjunta entre o PJM e o Parlasul.

O mandato dos jovens parlamentares tem duração de dois anos. Durante esse período, participam do encontro internacional para elaboração de uma declaração com propostas e recomendações sobre o tema O ensino médio que queremos, além de outros encontros nacionais. Trabalham ainda na proposição e implementação de projetos voltados para a comunidade escolar, sempre tendo como norte as temáticas do PJM: gênero, participação cidadã, integração regional, direitos humanos, jovens e trabalho e inclusão educativa.