53% dos brasileiros estão pessimistas com as eleições presidenciais, mostra pesquisa

Faltando pouco mais de duas semanas para a votação que definirá o novo presidente do país, a maior parte dos brasileiros afirma estar pessimista com as eleições. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais revela que mais da metade (53%) dos consumidores está com uma percepção negativa sobre as eleições presidenciais – o percentual sobe para 59% entre a parcela feminina de entrevistados. Somente 18% das pessoas ouvidas reconhecem estar confiantes com a eleição, enquanto 26% estão neutros.

Para os pessimistas com o processo eleitoral, a maior parte (34%) afirma não ter boas opções de candidatos à disposição. De forma semelhante, 30% não confiam nos nomes que disputam o Planalto, ao passo que 28% não acreditam que o novo presidente será capaz de promover mudanças positivas para a população na economia. Há ainda 27% de pessoas que estão desacreditadas com a possibilidade de renovação na política.

Considerando apenas a opinião dos brasileiros otimistas com as eleições, 39% acham que o novo governo terá mais estabilidade política para aprovar matérias de interesse para o país e 35% depositam esperança no fato de a sociedade estar mais vigilante com os políticos. Outros 18% de entrevistados esperam uma melhora porque haverá mudanças com relação às políticas adotadas pelo atual governo.

Brasileiro está dividido sobre futuro da economia pós-eleições: situação ficará melhor para 34%, mas 33% acham que tudo ficará igual

O levantamento demonstra que muito da percepção negativa sobre as eleições decorre da constatação de o país ainda sofre consequências da crise. Seis em cada dez (63%) brasileiros avaliam que a situação econômica do país está pior do que há um ano, enquanto 24% consideram que a situação é a mesma e somente 13% acham que ela está melhor. Para os brasileiros, mesmo com o fim da recessão, a maior parte dos impactos da crise ainda persistem, como desemprego elevado (90%), aumento de impostos (89%), endividamento das famílias (88%) e inadimplência crescente (86%).

Indagados sobre a situação da economia do Brasil após as eleições, a opinião pública mostra-se dividida: 34% esperam que a economia fique melhor sob o novo governo, mas uma parcela semelhante de 33% acredita que tudo continuará igual. Há ainda outros 17% que acreditam em uma piora do quadro.

Sob o novo governo, quatro em cada dez (44%) pessoas ouvidas acreditam que haverá aumento dos preços, aumento do dólar (44%) e elevação dos juros (42%). Quanto aos rumos do desemprego, as opiniões mais uma vez estão divididas: 33% acham que haverá mais cortes de vagas, enquanto 32% acreditam em criação de novos postos de trabalho. Para 28%, a situação permanecerá a mesma.

Diante da expectativa de um cenário macroeconômico mais difícil, 45% dos que estão pessimistas acreditam que terão de economizar mais e manter a disciplina nos gastos depois das eleições e 43% disseram que será mais complicado manter as contas em dia em 2019.

69% esperam grandes mudanças com presidente eleito. Para entrevistados, combater corrupção, desemprego e criminalidade devem ser prioridades

De modo geral, em cada dez entrevistados, sete (69%) esperam que o presidente eleito faça grandes mudanças em relação ao que vem sendo feito. Outros 26% argumentam em favor de mudanças pontuais, desde que sejam mantidos determinados programas e reformas já colocados em práticas. Somente 5% desejam a continuidade das políticas do atual governo.

Na avaliação dos entrevistados, o combate a corrupção (47%) e o desemprego (45%) lideram como os temas nacionais a serem tratados com prioridade pelo novo presidente e sua equipe. A criminalidade é citada por 38% das pessoas ouvidas e a precariedade da saúde pública por 32%. Outros assuntos considerados relevantes para a nova gestão são a necessidade de ajuste fiscal (23%) e corte de impostos (22%). Embora elejam uma série de temas a serem enfrentados pela nova gestão, um quarto (25%) dos entrevistados acha que nenhum problema será de fato resolvido pelo novo presidente. Além disso, 87% concordam que os candidatos fazem mais promessas na campanha do que podem cumprir depois de eleito.

Dentre as diretrizes que vão nortear o novo governo, 61% discordam da avaliação de que o presidente deve intervir menos na economia. Dessa forma, 88% pensam que o vencedor deve fortalecer a produção nacional e 73% concordam que a prioridade deve ser a distribuição de renda. Outros temas que recebem destaque são o estímulo ao comércio internacional (70%) e a garantia de direitos às minorias (67%).

Indagados sobre o Brasil que querem para o futuro, 44% dos entrevistados desejam um país em que políticos corruptos sejam presos e cumpram suas penas até o fim. Já 39% querem um sistema de saúde mais eficiente e 33% almejam um país mais seguro.

Ações de esporte e recreação serão oferecidas pelo Sesc Ler Surubim na Semana Move

Surubim é mais uma cidade pernambucana a aderir à Semana Move – Semana Latino-Americana de Esporte e Atividade Física, criada para estimular a prática de exercícios físicos para o bem-estar e qualidade de vida das pessoas. O Sesc Ler é o responsável pelas ações recreativas e esportivas que serão oferecidas de graça para a população de 23 a 30 de setembro. As atividades e serão realizadas nos espaços esportivos da Unidade, em academias públicas e privadas e em Unidades Básicas de Saúde do município.

A coordenação é da professora de esportes Daniela Liano. “Preparamos uma série especial de atividades para crianças, jovens e adultos. Vamos incentivar todos a adotar uma prática de exercícios na rotina diária, a fim de que possam gozar de uma ótima saúde”, explica. A programação começa no domingo (23/9) com um torneio de futebol de campo para adultos que será realizado até o dia 30, sempre das 8h às 12h, no campo de futebol do Sesc Ler. De segunda (24/9) a sexta (28/9), acontece o aulão de Zumba em dois horários: às 9h e às 14h, para os alunos das modalidades esportivas do Sesc Ler.

Na terça (25/9), haverá torneio de futsal para crianças até 13 anos, começando às 17h. No mesmo dia, terão início as ações de ginástica laboral nas Unidades Básicas de Saúde de Surubim, seguindo até a quinta (27/9), das 9h às 10h. Serão realizadas atividades laborais e de relaxamento com os usuários e profissionais dessas unidades.

Na quarta (26/9), a partir das 7h, alunos e convidados participam de um aulão de Hidroginástica, no parque aquático do Sesc Ler. Outras duas ações serão iniciadas na quarta-feira: o torneio de natação para crianças e adultos, às 16h e às 19h; e o torneio de handebol, na quadra poliesportiva do Sesc Ler para crianças até 11 anos e para adultos, às 17h e às 20h. Ambos os torneios seguem até a quinta-feira (27/9).

Para a gerente do Sesc Ler Surubim, Nelma Farias, a Semana Move é de grande relevância para o bem-estar da população. “É com a prática de exercícios físicos e com uma alimentação balanceada que podemos ter uma sociedade com mais saúde e qualidade de vida. Ações como esta sempre terão o nosso apoio”.

Semana MOVE – A Semana Latino-Americana de Esporte e Atividade Física é uma semana em que as organizações, escolas, clubes, ou pessoas motivadas organizam atividades de acesso livre para sua comunidade. Trata-se de uma ação de incentivo ao esporte e a atividade física, com o objetivo de conscientizar pessoas e comunidades para os benefícios de uma vida ativa e saudável. No Brasil, a Semana MOVE é desenvolvida a partir da ação de pessoas e organizações comprometidas com a promoção da Atividade Física e do Esporte para Todos, em nível local, regional e/ou mundial, as quais trabalham para engajar mais e mais parceiros a cada edição.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

ARTIGO — Momento delicado

O cenário econômico externo aumenta a angústia do brasileiro. A guerra de Trump contra os chineses respinga em todo mundo, inapelavelmente. Agora ele taxou US$ 200 bilhões de produtos chineses dentre produtos agrícolas como soja, milho, algodão, dentre outros. O governo chinês revidou taxando produtos americanos e nesse meio termo as demais economias ficam a mercê da guerra dos grandes.

A economia do Brasil fica a mercê das intempéries como aquelas doenças oportunistas que surgem com quando as defesas do organismo estão abaladas. O caso da Argentina, por exemplo, elevando a taxa de juros, para 45% ao ano, afeta nossa situação. Depois disso temos a grata notícia de que Venezuela e Cuba não irão pagar as parcelas do financiamento do BNDES. Isso é lamentável: fazer favores com o dinheiro alheio e não ser punido por isso, só no Brasil.

O pior é a instabilidade econômica se reflete para além das eleições e do próximo governo, seja quem for eleito. Se formos olhar, acuradamente e desprovido de paixões políticas, tem programa de governo que, além de vago, é danoso para o país. particularmente, não vejo como um enfrentamento com o mercado pode resultar em investimentos e tenho receio de que a forma de criar um fundo de investimento seja através de ações impopulares como taxa, contribuições compulsórias ou impostos.

Adicionalmente, os candidatos ludibriam a população fazendo um jogo de cena. Publicamente falam, por exemplo, em taxar lucros dos bancos e reservadamente enviam emissários para conversar com banqueiros no sentido de dizer que “não é bem assim”. Todo mundo deve se lembrar que em 2002, Lula precisou declarar, publicamente, que honraria contratos. Não fosse assim, a derrocada do Brasil tinha sido naquela época. Agora, há um discurso vingativo, rancoroso que tem incomodado investidores e, por isso, temos os efeitos do câmbio com o dólar, tranquilamente, em R$ 4,20.

Até o momento o que se tem são promessas vagas, inócuas, sem a menor capacidade de gerar emprego e renda. A única proposta econômica decente, que diz nominalmente como vai reduzir déficit, está na agenda política de um candidato sem preparo. Se formos olhar a questão nos estados, o ambiente não é tão diferente porque o argumento mais forte apresentado é ser “o candidato de Lula”, independente de que lado se esteja.

No bojo de tudo isso vem uma preocupação: qual será a postura das empresas em relação ao final do ano? Irão contratar? Com as atuais perspectivas de vendas, será um final de ano complicado.

Futuro presidente terá de enfrentar financiamento do SUS

A revitalização do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo atendimento exclusivo de cerca de 75% da população brasileira, hoje estimada em 208,5 milhões de pessoas, está entre os principais desafios do próximo presidente da República, juntamente com a segurança pública e a geração de empregos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS é um dos maiores sistemas de saúde do mundo: em 2017 foram realizados 3,9 bilhões de atendimentos na rede credenciada.

Entre os procedimentos mais frequentes, ao longo do ano passado, estão, por exemplo, consulta médica em atenção básica e especializada, visita domiciliar, administração de medicamentos em atenção básica e especializada, aferição de pressão arterial e atendimento médico em UPA (Unidade de Pronto Atendimento). A estrutura do SUS em todo o Brasil envolve 42.606 unidades básicas de saúde e o mesmo número de equipes do programa Saúde da Família, 596 UPAs, 2.552 centros de atenção psicossocial (Caps), 1.355 hospitais psiquiátricos, 436.887 leitos, 3.307 ambulâncias, 219 bancos de leite humano e 4.705 hospitais conveniados (públicos, filantrópicos e privados).

Diagnóstico
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Leonardo Vilela, as verbas federais são “absolutamente insuficientes” para custear o sistema público, o que vem obrigando os estados e os municípios a ampliarem sua participação. Isso, conforme Vilela, resulta em hospitais privados conveniados quebrando, filantrópicos endividados e atendimento precário nos hospitais públicos. “Se o próximo presidente não resolver a questão do financiamento, o sistema vai entrar em colapso”, afirmou.

O diagnóstico do presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira, segue a mesma linha. “Os repasses federais vêm caindo nos últimos tempos. Não levam em conta aumento da população, nem o aumento do desemprego que joga mais pessoas no SUS, nem o envelhecimento da população, com consequente aumento das doenças crônicas. Também não considera os avanços tecnológicos, que custam caro”, argumentou.

Cálculos feitos pelos dois conselhos, com base em dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde, mostram uma linha decrescente no fluxo de recursos federais para financiamento da saúde pública. Em 1993, a participação da União era de 72%, dos municípios, 16%; e dos estados, 12%. Em 2002, a União entrou com 52,4% das verbas, os municípios, com 25,5%; e os estados, com 22,1%.

No ano passado, a União aplicou R$ 115,3 bilhões em saúde, o que representa 43,4% do total de recursos públicos investidos no SUS. Os municípios entraram com R$ 81,8 bilhões (30,8%), e os estados com R$ 68,3 bilhões (25,8%).

Os dois secretários reconhecem a necessidade de melhorar a gestão do sistema público, por meio do treinamento e capacitação de gestores dos hospitais e unidades de saúde, mas argumentam que, ainda assim, a verba é insuficiente para atender a demanda da população. Segundo Vilela, a crise econômica, além de reduzir a arrecadação de impostos, colocou no sistema os trabalhadores desempregados que perderam planos de saúde, sobrecarregando ainda mais a rede pública. “Até para melhorar a gestão precisamos de mais recursos, pois um dos caminhos, a informatização, custa dinheiro”, disse.

Para o Conasems, um dos caminhos para ampliar o financiamento da saúde pública é a revisão da política de isenções fiscais concedidas a setores produtivos. “As desonerações representam mais do que o dobro do orçamento do Ministério da Saúde”, afirmou. Além disso, os conselhos defendem revisão das competências dos três entes da Federação e da repartição da arrecadação, bem como de leis que engessam a administração pública, refletindo diretamente na gestão do sistema de saúde.

Referência
Apesar das dificuldades, o Ministério da Saúde vê no SUS áreas de referência mundial. São bons exemplos a terapia antirretroviral, o sistema público de transplantes, o programa de imunizações, o banco de leite materno e a assistência farmacêutica. O SUS fornece 22 antirretrovirais, em 38 apresentações farmacêuticas, para o tratamento de portadores do HIV em todo o país. A organização do banco de leite humano brasileiro é referência para 40 países, sendo que 23 têm cooperação internacional com o Brasil para utilização do modelo.

Segundo o Ministério da Saúde, o SUS mantém o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, servindo de referência para outros países. No Brasil, 87% dos transplantes de órgãos sólidos são feitos no SUS, cujo paciente tem acesso à assistência integral – exames preparatórios, cirurgias, acompanhamento e medicamentos pós-transplantes.

A rede brasileira tem centrais de transplantes nas 27 unidades da Federação e conta com 13 câmaras técnicas nacionais, além de 494 estabelecimentos que realizam transplantes e 1.244 equipes habilitadas. Há também 70 organizações de busca de órgãos e 62 bancos de tecidos.

Inocente, homem que era suspeito de estupro deixa PJPS

Pedro Augusto

A Justiça, com sede em Caruaru, expediu, na última quarta-feira (19), alvará de soltura para o ajudante de pedreiro José Ferreira de Lima, de 39 anos, o “Zé Basquete”. Ele estava preso havia uma semana numa cela de isolamento, na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, no Bairro Vassoural, sob a suspeita de ter estuprado o próprio filho, de apenas três meses. A inocência dele foi confirmada com a divulgação do laudo sexológico feito pelo Instituto de Medicina Legal, que não apontou o abuso sexual, mas, sim, outros aspectos observados no ânus da criança: infecção, presença de herpes e falta de higiene.

Na companhia de seus advogados, José Ferreira deixou o presídio de Caruaru por volta das 16h30. Emocionado, ele reiterou a sua inocência afirmando que já aguardava a soltura. “Sou um pai de família, trabalhador, que jamais cometeria essa atrocidade contra o meu filho. Passei por momentos difíceis aqui na prisão, fiquei isolado, mas graças a Deus a verdade veio à tona! Agora só quero ver o meu filho, a minha mãe e amigos. Também quero justiça!” José deixou a PJPS ao lado do seu irmão.

Um dos advogados dele, Jaidenilson Lima, confirmou a intenção de seu cliente de dar prosseguimento ao caso. “Daremos continuidade para averiguarmos, de fato, de onde surgiu o erro, ou seja, a contradição que acabou levando um inocente até a Penitenciária Juiz Plácido de Souza. Em seguida, daremos sequência às medidas cabíveis para obtermos uma reparação pecuniária ou futuramente uma ação cível por danos morais e materiais. Não tínhamos qualquer dúvida sobre a soltura dele, haja vista que não houve estupro algum. Isso ficou comprovado no laudo sexológico”, disse.

O ajudante de pedreiro foi preso na noite do último dia 11, na Rua Timbira, no Bairro Riachão. Na ocasião, a Polícia Militar chegou até ele após ter sido acionada pela equipe médica da Policlínica do Salgado. O bebê foi levado até a unidade depois de a mãe observar que havia ferimentos na região do ânus. “Ela levou a criança para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) daqui de Caruaru junto com a madrinha. Num exame preliminar, a médica constatou a lesão na região anal do bebê e acionou a polícia”, informou, no dia da prisão, o delegado de plantão, Eduardo Sunaga.

O inquérito foi presidido pelo titular da 1ª Delegacia de Caruaru, Alberes Costa. À reportagem VANGUARDA, ele confirmou o não indiciamento mais de José Ferreira.

Cartolas do Central fazem visita ao Sport

Diretores do Central dos departamentos Contábil, Jurídico e de Marketing estiveram realizando uma visita técnica ao Sport, na última quarta-feira (19), no Recife. Na oportunidade, os representantes da Patativa puderam compartilhar várias experiências com os cartolas leoninos sobre aspectos voltados à gestão, à contabilidade, ao jurídico, ao marketing, à comunicação e ao futebol.

“Somos adversários dentro de campo, mas fora dele temos que compartilhar o sucesso dos outros e trazer como modelo para o nosso clube”, disse o presidente do Conselho Deliberativo do Central, Márcio Porto. Não só ele, mas também os demais diretores da Patativa foram recebidos pelo diretor-executivo Fernando Halinski.

Sub20

Sem jogos pelo profissional desde o fim do primeiro semestre, atualmente o Central tem voltado todas as suas atenções para a disputa da segunda fase do Campeonato Pernambucano Sub20. Pela quarta rodada, a equipe, comandada pelo técnico Erivelton Souza, mede forças com o Santa Cruz, neste sábado (22), a partir das 15h, no Estádio Luiz Lacerda.

Após três jogos disputados, a Patativa ocupa a terceira posição do grupo E, com quatro pontos. No seu último compromisso, no sábado passado (15), no Estádio do Arruda, o time caruaruense acabou sendo derrotado pelo Santa por 2 a 0.

Outra equipe local disputando a competição, o Porto visita o Salgueiro, também no sábado, às 15h, no Estádio Cornélio de Barros. O Gavião está na liderança da chave D, com nove pontos.

Profissionais tentam sobreviver em meio aos reajustes constantes

Pedro Augusto

De acordo com a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgada na última segunda-feira (17), no intervalo do dia 9 a 15 de setembro, o preço médio da gasolina nas bombas de todo o país correspondeu a R$ 4,628, chegando a exorbitantes R$ 6,290, no estado do Tocantins, na região Norte. Especificamente em Pernambuco, segundo o estudo, o valor médio deste tipo de combustível atingiu a marca de R$ 4,441, apertando ainda mais os bolsos dos consumidores. Se para os usuários habituais de veículos, os constantes aumentos nos preços já vêm provocando muita dor de cabeça, imagine para os que dependem essencialmente deles para garantir o pão de cada dia…

Esta semana, a equipe de reportagem do Jornal VANGUARDA esteve conversando com alguns taxistas e mototaxistas que operam no mercado de Caruaru. Sem exceção, todos eles se mostraram bastante preocupados com os reajustes desenfreados que vêm ocorrendo no que se refere ao valor da gasolina. O taxista José Lira, por exemplo, que presta serviço há pelo menos 35 anos no cenário local, afirmou jamais ter observado tamanha alta em relação ao preço do combustível. Ele ressaltou as dificuldades que têm sido obrigado a superar.

“Durante todo esse tempo de praça, nunca tinha observado um valor tão absurdo no que diz respeito à gasolina. No dia em que consigo obter um bom apurado, o dinheiro acaba ficando todo no posto porque sou obrigado a abastecer para trabalhar no outro dia. Resultado: só está dando para pagar, praticamente, as despesas básicas! Abastecia num posto, que estava cobrando até semana passada, R$ 4,24 pelo litro. Mas, agora, o mesmo volume não tem saído por menos de R$ 4,48. Um verdadeiro absurdo! Daqui a pouco, não vou ter como trabalhar!”

Para justificar tais reajustes pesados, os postos de combustíveis vêm alegando que a Petrobras não está economizando nos repasses das elevações do petróleo e do dólar para os valores nas refinarias. Ou seja, segundo os estabelecimentos do tipo, a estatal não tem esperado o prazo máximo de 15 dias, conforme ressalta a sua política de preço em vigor, para fazer as alterações. E a estimativa, de acordo com especialistas na área, é de que os aumentos continuem sendo empregados, sobretudo porque o dólar continua apontando para cima, devido às incertezas das eleições. Por causa das turbulências eleitorais, a moeda norte-americana passou de R$ 4,20, o maior valor da história.

O mototaxista Adeildo Silva, que opera na praça do antigo Sertanejo, no centro da cidade, ressaltou que está difícil de trabalhar com os constantes reajustes. “Não podemos aumentar os valores das corridas porque os passageiros reclamam e deixam de nos procurar. Então, o jeito está sendo ter de engolir a queda diária no valor do apurado. Hoje, está muito difícil de sobreviver como mototaxista. Se não bastassem esses preços absurdos, temos de rezar todos os dias para não ter nenhum problema na moto, porque senão ficamos sem ter como trabalhar. Toda a categoria se encontra bastante preocupada!”, desabafou.

Na famosa praça de táxi da Catedral, a reportagem VANGUARDA conversou com Ricardo Martins. Operando no local há pelo menos seis anos, ele também lamentou a situação em que se encontra grande parte dos trabalhadores do volante de Caruaru. “Se eu não estiver enganado, a última vez em que houve modificações nos valores das tarifas da nossa categoria foi em 2016. De lá para cá, não ocorreram reajustes, enquanto que o preço da gasolina saltou de maneira vergonhosa não só no mercado local, mas também em todo o Brasil. Para ser bem sincero, hoje só está dando para arrumar o prato de comida do dia. Não sei aonde vamos parar! Esperamos que, após essa eleição, as coisas comecem a clarear para todos nós trabalhadores, porque o sofrimento está grande”, afirmou.

De acordo com o levantamento do VANGUARDA, atualmente os valores da gasolina na Capital do Agreste estão alternando na casa dos R$ 4,48 até R$ 4,80. Ou seja, superior ao preço médio do combustível que foi identificado pela ANP em relação a Pernambuco.

Já passou da hora de reagir

Pedro Augusto

Depois que a bola voltou a rolar pelo Brasileirão da Série A, após o término da Copa do Mundo da Rússia, o Sport só colecionou maus resultados. As exceções ficaram por conta da vitória magra sobre o Paraná por 1 a 0 e dos empates com a Chapecoense por 1 a 1 e com o Cruzeiro sem gols. Em contrapartida, o Leão acabou colecionando dez derrotas, inclusive algumas delas sendo por goleada. Com a sequência de tropeços, o rubro-negro pernambucano caiu para a 18ª posição e agora necessita, mais do que nunca, reagir na tabela. Pressionado para voltar a vencer, o time da Praça da Bandeira enfrenta o Palmeiras, neste domingo (23), a partir das 19h, na Ilha do Retiro.

Para este confronto, o técnico leonino Eduardo Baptista não poderá escalar o atacante Hernane Brocador, que se encontra ainda entregue ao departamento médico, devido a uma luxação no ombro. Ele poderá ser substituído por Marlone, com Rogério desempenhando a função de falso nove. Durante os treinamentos da semana, o técnico rubro-negro ainda testou a entrada de Matheus Peixoto, que, até agora, vem mostrando pouco serviço atuando com a camisa do Leão.

Eduardo também sinalizou durante os coletivos que apostará mais uma vez num meio-campo formado por Marcão, Jair e Neto Moura. O trio atuou junto na última rodada, quando o Sport perdeu de virada para o Corinthians por 2 a 1, e ganhará sequência. “A gente construiu uma equipe. A gente tem um coração do time que é o meio-campo, mas os volantes e o meias não estavam jogando. O Marcão fez dois jogos. Jair fez uma partida e meia. O Neto não vinha atuando na função de criação. Pelo pouco tempo jogando juntos, a resposta está sendo boa”, justificou o treinador.

Além de Hernane, o rubro-negro pernambucano não poderá contar com o lateral direito Cláudio Winck e o meia Gabriel. Ambos estão ausentes há duas rodadas por causa de problemas musculares nas coxas. Gabriel teve uma lesão muscular na direita, já Winck ficou de fora do duelo com o Cruzeiro também por um desgaste na coxa direita e, depois, sentiu a esquerda. “O que digo para vocês é que eles são dúvidas e diria não ser provável a presença deles”, reforçou o médico Cléber Maciel.

Sendo assim, o time da Praça da Bandeira deverá ir a campo com Magrão; Ernando, Léo Ortiz, Durval e Sander; Marcão, Jair, Morato, Neto Moura e Marlone (Matheus Peixoto); Rogério.

Palmeiras

Devido ao compromisso importante diante do Colo-Colo, na última quinta-feira (20), no Chile, válido pela Taça Libertadores da América, o time, comandado pelo técnico Felipão, deverá ser composto por uma equipe mista. O Palmeiras está na terceira posição, com 47 pontos.

Avançam as ações do Polo Universitário do Agreste

Os gestores do Polo Universitário Comunitário do Agreste participaram de um workshop para definir as próximas ações que vão consolidar a criação do polo. O encontro aconteceu, semana passada, na Reitoria da Universidade Católica de Pernambuco, no Recife. Além da Unicap, integram o polo o Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita) e a Faculdade de Ciências, Letras e Filosofia de Caruaru (Fafica), que é ligada à Diocese de Caruaru. Todas as instituições parceiras são comunitárias.

O encontro contou com a presença do bispo diocesano de Caruaru, dom Bernardino Marchió. “Foi uma oportunidade para se conhecer melhor e avançar. São muitos detalhes e nem tudo depende da gente, depende também do MEC, depende de tantas situações. Temos que dialogar e avançar”, comentou.

Reitor da Asces-Unita, o prof. dr. Paulo Muniz destacou o tom colaborativo que marca o início dessa parceria. “É preciso analisar ponto a ponto, os desdobramentos, as consequências e as potencialidades. As instituições comunitárias demonstram, com essa experiência, que agem diferente das instituições de mercado”, disse.

Quem também estava bastante motivado com o avanço do polo foi o diretor geral da Fafica, padre João Paulo. “O que lançamos no dia 29 de junho foi um sonho e, a partir dessas reuniões, o sonho vai se tornando realidade, vai se concretizando e a parceria vai se desenvolvendo. Todo sonho que se torna realidade é uma vitória”, enfatizou.

O reitor da Unicap, prof. dr. padre Pedro Rubens, destacou o clima de confiança entre as instituições que formam o polo e a credibilidade de cada uma delas. “Fizemos um protocolo de intenções com base na nossa identidade comum: instituições católicas e comunitárias. Esse acordo de confiança entre parceiros de uma mesma natureza, com os mesmos objetivos, a mesma missão de compromisso com a Educação, agora passa por uma nova fase de concretizar isso aí. Confirmamos o protocolo assinado e avançamos na linha do portfólio dos novos cursos que vão potencializar o novo polo”, afirmou.

Participaram do workshop, representando a Unicap, Valdenice José Raimundo (pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação); Degislando Nóbrega (pró-reitor de Graduação e Extensão); Márcio Waked (pró-reitor Administrativo) e Luciano Pinheiro (assessor jurídico). Da Asces-Unita, estavam Emilia Pinheiro (pró-reitora Administrativa e Financeira) e Saulo Miranda (procurador institucional e assessor para Projetos Educacionais). Já a Fafica também contou com a presença do professor Wilson Rufino (procurador institucional).

Sociedade caruaruense se despede de Cervantes

Pedro Augusto

A mídia local, da região e de todo o estado de Pernambuco ficou um pouco mais pobre com a partida de José Soares Ferreira, de 74 anos, o Cervantes. Ele morreu por volta das 8h45 do último domingo (16), no Hospital Santa Efigênia, em Caruaru, em decorrência de um choque séptico de foco respiratório causado por uma pneumonia grave. Bastante conhecido não só na sociedade caruaruense, mas também na pernambucana, o jornalista e colunista social, que era responsável pela realização de grandes eventos, estava internado havia mais de 60 dias na unidade hospitalar, onde vinha recebendo a visita de familiares e amigos.

O corpo de Cervantes foi sepultado por volta das 10h30 da última segunda-feira (17), no Cemitério Parque dos Arcos, também em Caruaru. A despedida foi acompanhada por diversos representantes da sociedade local, que fizeram questão de comparecer para prestar as últimas homenagens ao jornalista. Da classe jornalística até a política, todos os amigos presentes eram só elogios à trajetória de vida de um dos ícones do colunismo social da Capital do Agreste.

Amigo de Cervantes há mais de 40 anos, o vereador Leonardo Chaves foi um dos políticos a comparecerem ao sepultamento. Ele relembrou o início de carreira do jornalista. “O conhecia desde que ele ingressou no colunismo, naquela época, nas emissoras de rádio. Cervantes chegou a passar num concurso para trabalhar como dentista no INSS, porém sua grande vocação era mesmo o jornalismo. Tinha uma amizade muito grande com ele, inclusive, em vida, foi homenageado por algumas vezes, através de minhas proposituras, na Câmara Municipal de Vereadores. Perde bastante a crônica de Caruaru e de todo o Estado pelos serviços prestados por ele”, disse.

Também presente na despedida, a prefeita Raquel Lyra ressaltou a contribuição de Cervantes para com a história de Caruaru. “Lamentamos bastante e também só temos a agradecer o tempo que ele dedicou para ajudar a construir e fortalecer a trajetória de nossa cidade”, afirmou.

Além da prefeita e do vereador, a deputada estadual Laura Gomes também se pronunciou sobre a morte do jornalista. “Ao longo de sua carreira, Cervantes registrou, de forma brilhante, as notícias da sociedade caruaruense. Ele ainda deixou a sua marca na festa de Carnaval de Caruaru, com o seu Baile Vermelho e Branco, que tanto participei. Aos familiares e amigos, o meu abraço solidário.”
Cervantes não era querido apenas pela classe política. Responsável por promover, ao longo de sua carreira, vários eventos de sucesso voltados para área cultural, ele também possuía diversos amigos artistas. Dentre eles, a atriz e diretora teatral, Arary Marrocos. “Ele era uma pessoa muito atuante. Com as suas festas como o Baile Vermelho e Branco e o Troféu Ouro, divulgava Caruaru e toda a região Agreste. O sentimento, neste momento, é de dor porque Cervantes vai deixar muitas saudades. Ao longo de sua vida, ele contribuiu bastante para com o fortalecimento da nossa cultura e só temos a lamentar a sua partida”, disse Arary.

Considerado um dos precursores do colunismo social em Caruaru, Cervantes serviu como fonte de inspiração para alguns jornalistas investir na área. Este é o caso de Paulo Magrinny. “Filho de dona Maria Soares, um menino que nasceu pobre e que se criou com muita luta no Bairro São Francisco, Cervantes chegou a se formar em odontologia trabalhando de forma paralela no jornalismo. Ele foi e ainda é uma referência na minha carreira como colunista. Tínhamos uma amizade muito grande, mesmo com as naturais divergências que, eventualmente, possuímos no tocante à forma de pensar e de se praticar o colunismo. Fui homenageado por ele na primeira edição do Troféu Ouro, premiação esta que jamais esquecerei!”, comentou Magrinny.

José Soares, o Cervantes, realizava o Troféu Ouro havia 29 anos. Mesmo doente nos últimos meses, ele já estava planejando a edição de número 30 do evento, que seria realizada em 2019. Uma das irmãs dele, Lucinéia Soares, falou sobre os últimos momentos de vida do colunista. “Ele sofreu muito com a doença, mas foi um verdadeiro guerreiro na luta pela sobrevivência. Aliás, Cervantes foi um vencedor durante toda a sua vida. Teve uma infância difícil, acabou assumindo a família com a separação dos nossos pais, trabalhou e estudou muito para conseguir evoluir, mas venceu! Nos seus últimos dias de vida, quando se encontrava consciente no hospital, estava planejando as realizações de um jantar e da próxima edição do Troféu Ouro.”

Atualmente residindo no estado de São Paulo, na região Sudeste do país, a sobrinha do jornalista, Cíntia Andressa, foi uma das pessoas que mais se encontravam abaladas durante o sepultamento. Para ela, Cervantes era como se fosse um verdadeiro pai. “Fiquei bastante emocionada com a sua partida, porque ele sempre fez tudo por mim. Sou eternamente grata por tudo que fez em prol do meu filho. Meu tio era a base da minha família. Também era o padrinho das minhas filhas e amava bastante a todos. Até agora, não acredito que ele se foi. Deve ser lembrado e honrado por todos que fazem parte da nossa família”, comentou, emocionada, Cíntia.