ARTIGO — Central, mais vivo do que nunca!

Pedro Augusto

Dentro de campo não foi desta vez que o Central levantou a taça do Campeonato Pernambucano. Embora tenha jogado melhor em relação ao seu adversário no segundo duelo da decisão do Estadual 2018, no domingo passado (08), na Arena de Pernambuco, a Patativa acabou perdendo para o Náutico por 2 a 1 ficando com o vice. Apesar de o resultado final não tenha sido o esperado por parte da torcida alvinegra, a equipe caruaruense também deve se considerar campeã por tudo aquilo que demonstrou, seja nas quatro linhas ou não, neste início de temporada.

Imbuídos em garantir a sobrevivência do maior clube do Interior de Pernambuco, os centralinos que assumiram a gestão do clube em seus determinados departamentos, no último bimestre de 2017, trataram de seguir na mesma direção de trabalho conseguindo arrumar a casa em poucos meses. Parcelaram os débitos trabalhistas, deixaram em dia os salários dos funcionários, atraíram novos sócios – pulando de 30 para 700 -, captaram novos patrocinadores e formaram um elenco bastante competitivo.

Se o tão sonhado título não veio, o Central chega mais forte do que nunca na Série D 2018. Com estreia marcada para o próximo dia 22 diante do Jacuipense, no Estádio Valfredão, na Bahia, a Patativa já está sendo considerada como uma das principais favoritas para conseguir o acesso à Série C. Também pudera! Conseguiu renovar com Mauro Fernandes, treinador experiente e vencedor no futebol nacional, bem como ainda deverá manter grande parte plantel que fez bonito no PE.

Algumas contratações pontuais também serão realizadas bem como novos patrocinadores poderão chegar fortalecendo ainda mais a caminhada do alvinegro caruaruense na competição nacional. Mas, mais do que time forte e mais patrocínio, o Central necessita continuar recebendo o apoio maciço das arquibancadas que foi observado na reta final do Estadual.

Espera-se que não só os centralinos, mas também os rubro-negros, tricolores, corintianos, flamenguistas, são-paulinos, botafoguenses e vascaínos locais que empurraram e vestiram a camisa da Patativa na fase decisiva do Pernambucano permaneçam apoiando o time da terra, haja vista que o Central é de Caruaru, cidade esta que também tem time para se torcer! Avante, Patativa!

ARTIGO — Cresce a linha divisória

Pedro Augusto

Bastante citadas nos livros de história, as datas costumam fincar nas memórias dos leitores aqueles dias, meses e anos que tiveram uma representatividade muito grande causando os mais variados tipos de rumos para uma determinada nação. Sem dúvidas, o 5 de abril deste ano foi uma dessas datas que deverão ser, a partir de agora, mencionadas com destaque nos capítulos da biografia do Brasil. Nela, pela primeira vez nos quase 515 anos de descobrimento do país, foi decretada a prisão de um ex-presidente da República.

Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) negar habeas corpus a Luiz Inácio Lula da Silva, o juiz federal Sérgio Moro determinou a prisão do petista e fixou a tarde da sexta-feira (6) como prazo para que ele se entregasse. O prazo foi em razão da “dignidade do cargo” que Lula exerceu, explicou o juiz, que também proibiu o uso de algemas e disse ter preparado sala especial para o início do cumprimento da pena do ex-presidente. O petista foi condenado em segunda instância, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, a 12 anos e 1 mês de reclusão.

Tão logo a notícia da determinação da prisão do ex-presidente ganhou corpo em todo o Brasil e no mundo, os brasileiros trataram de esticar ainda mais a linha divisória que vem imperando já não é de hoje no país. De um lado, os veneradores do juiz Sérgio Moro, que os têm como o exterminador de corruptos direcionando uma atenção mais especial a ala vermelha. Do outro, os eleitores do ex-presidente Lula, que até admitem que o “companheiro” roubou, mas fez para o pobres.

E com quem está a verdade? Isso só o tempo poderá dizer, mas enquanto a resposta não chega, torce-se muito, mas muito mesmo, que os “Coxinhas” e os “Pão com Mortadela” baixem mais a guarda e tentem direcionar um pouco mais os seus pensamentos, ações e olhares para construir uma nova realidade para o país sem tanta intolerância, perseguição, preconceito e violência. Que essa linha divisória, que foi criada, imaginária, é claro, mas ao mesmo tempo tão viva e presente nas ações e nos comentários dos brasileiros, comece a se dissipar tão logo a eleição presidencial ocorra neste ano.

E que o dia 5 de abril passe a estampar os livros de história do Brasil não apenas como uma data que ficou marcada pela prisão de um ex-presidente, mas, sim, pelo início do combate efetivo à corrupção, fazendo jus ao velho lema de que a “Lei é para todos!”.

Seleções de estágio disponíveis através da Acic

Seleções de Estágio

O estágio é uma etapa fundamental da formação, que possibilita ao futuro profissional adquirir conhecimentos práticos sobre a carreira que escolheu. Para encurtar a distância entre quem procura e quem oferta as oportunidades no mercado de trabalho, a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) está selecionando candidatos para vagas de estágio em: Direito, Ciências Contábeis, Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Educação Física para empresas associadas.

A vaga em Direito é destinada a alunos do 4ª ao 8º período da graduação que tenham disponibilidade de trabalhar seis horas por dia. A bolsa auxílio oferecida é de R$ 600 + auxílio transporte de R$ 100. Alunos do 3º ao 6º período da graduação em Ciências Contábeis podem participar da seleção para oportunidade na área. É necessário ter disponibilidade para trabalhar seis horas diárias. A bolsa auxílio oferecida é de R$ 350 a 600 e o auxílio transporte pode variar de R$ 50 a R$ 100.

Estudantes do 3º ao 7º período do curso de Administração podem se candidatar às vagas na área que oferecem de R$ 350 a R$ 600 de bolsa auxílio e de R$ 50 a R$100. A carga horária é de 6h. Para participar da seleção para as vagas em Análise e Desenvolvimento de Sistemas é preciso estar cursando do 3º ao 7º período da graduação e ter disponibilidade para trabalhar seis horas por dia. A bolsa auxílio oferecida é de R$ 350 + R$ 50 de auxílio transporte.

Para as vagas em Educação Física podem se candidatar alunos do 5º ao 6º de bacharelado ou licenciatura na área que possam trabalhar seis horas por dia. O valor da bolsa é de R$ 350 + R$ 50 de auxílio transporte. Os interessados devem encaminhar seus currículos para o e-mail: qualificabrasil@acic-caruaru.com.br. Mais informações pelo telefone: (81) 3721-2725.

ARTIGO — Nervosismo do mercado

Maurício Assuero

Esta instabilidade política no Brasil tem levado o mercado a loucura. O dólar voltou a subir, chegou a R$ 3,42 e tudo isso porque as pessoas não sabem se Lula será solto ou se continuará preso. Se for mantida a prisão, seguramente o mercado se aquieta e o dólar volta a patamares mais baixos. Parece irônico que a estabilidade se mantenha com a prisão de Lula, mas o mercado está assustado com o desfecho dessa lambança jurídica desse país. A questão é simples: o mercado acredita que um novo governo de Lula será de perseguição ao capital e por isso se defende antecipadamente.

As declarações de Lula contra o sistema financeiro são a tônica para inquietação do mercado. Tudo parece quando ele foi candidato em 1989. Naquela época Mario Amato, então presidente da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo chegou a dizer que se Lula fosse eleito “800 mil empresários deixariam o Brasil”. Na eleição de 2002, o dólar quase chega a R$ 4,00 e o mercado só se aquietou quando ele disse publicamente que manteria os contratos formalizados.

O interessante é o seguinte: se você olhar as séries históricas dos lucros dos bancos nos dois governos Lula perceberá que o lucro dos bancos chegou a, em ordem de grandeza, R$ 280 bilhões enquanto no governo FHC o lucro foi da ordem de R$ 35 bilhões, ou seja, com Lula os bancos ganharam 8 vezes mais do que com FHV. Não é de todo estranho entender isso porque com FHC veio a implantação do Plano Real e a quebra de vários bancos com ele. FHC pegou um período pior do que Lula.

Agora o discurso de Lula tem sido mais duro em direção a esta convivência que ele teve no passado com o capital. Inclusive ele tem acusado o sistema de não querer sua volta, fato que tem sido visto como uma forte ameaça fazendo com que as pessoas procurem proteção em ativos reais e líquidos. O mercado precisa ter certeza de que ele não será candidato. Recentemente ouvi uma declaração de um economista de um banco falando exatamente sobre essa questão. Em linhas simples ele disse que o mercado espera a certeza da impossibilidade de candidatura de Lula. Então, de acordo com as nossas leis, somente em 15 de agosto é que o mercado ficará ciente disso e até lá a gente fica sofrendo as consequências.

São estas coisas que nos trazem a certeza de que a economia brasileira ainda vai penar um pouco. Diante da oferta de candidaturas atuais, nenhuma empolga e nenhuma se mostra suficientemente capaz de mudar a economia num curto espaço de tempo.

Dois anos sem Marcolino Júnior

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Pedro Augusto

Nesta segunda-feira (16) completará dois anos da morte do colunista do Jornal VANGUARDA, Marcolino Júnior. Ele foi brutalmente assassinado no dia 16 de abril de 2016, num motel em Caruaru, tendo o seu corpo localizado apenas dois dias depois já no distrito de Insurreição, em Sairé, também no Agreste do Estado. No desenrolar das investigações, a Polícia Civil apurou, na época, que o jornalista teria sido assassinado a facadas por Rafael Leite da Silva, hoje, com 35 anos.

Rafael acabou sendo condenado a 30 anos e cinco meses de prisão, em sessão realizada no dia 21 de junho do ano passado, no Salão do Júri do Fórum de Justiça Demóstenes Batista Veras, no Bairro Universitário, em Caruaru. Apesar das várias apelações empregadas pela sua defesa durante todo o julgamento, ele foi considerado culpado pela maioria do corpo de jurados que compôs o Júri Popular. A pena atribuída ao condenado se referiu à prática de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e recuso que impossibilitou a defesa da vítima, bem como ocultação de cadáver.

O assassino cumpre pena na PJPS, enquanto Davi Fernando Ferreira Graciano, de 24 anos, que na época foi apontado pela polícia como o mandante do crime, sequer ainda foi a julgamento e segue solto. De acordo com as informações levantadas pelo semanário, Davi chegou a ter a sua sentença de pronúncia anunciada (quando o juiz entende que há indícios de autoria e materialidade em um determinado crime), porém a sua defesa recorreu da decisão. O Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou se o suposto mandante irá ou não a Júri.

Marcolino Júnior, de acordo com as investigações do delegado Márcio Cruz, teria sido vítima de latrocínio (assalto seguido de morte). “O Davi trabalhava e era a pessoa de confiança do Marcolino. Apuramos que ele se sentia injustiçado por conta da suposta má remuneração a que lhe era repassada semanalmente pelo colunista. Além disso, possuía interesse em se beneficiar de alguma forma dos bens e das quantias em dinheiro os quais a vítima possuía. Por isso, planejou o crime. Já Rafael iria ser recompensado financeiramente pela execução”, disse Márcio.

Bastante conhecido em toda Caruaru e região, onde se concentrava a sua área de atuação, Marcolino Junior era responsável neste semanário pela coluna “Gente de Vanguarda”.

Figurinhas impulsionam movimento nas bancas

Foto Leonardo Cícero (69)

Se as lojas de materiais esportivos estão comemorando a proximidade da Copa do Mundo de 2018, o mesmo também pode ser dito em relação às bancas de revistas. Castigadas pela crise econômica e pela queda significativa na demanda por mídias impressas, elas vêm ganhando um fôlego a mais em termos de faturamento com a venda dos tradicionais álbuns de figurinhas do torneio. De acordo com comerciantes do setor, a procura pelos produtos se encontra atualmente além do esperado.

“Para se ter ideia, pelo menos até agora, já vendi mais álbuns e figurinhas no comparativo com o mês de abril que antecedeu a Copa do Mundo de 2014. Os torcedores caruaruenses, realmente, são apaixonados por futebol e fazem questão de colecionar artigos voltados para o torneio. O interessante é que, além de estarmos vendendo muito bem esses produtos, também vem ocorrendo um acréscimo considerável na comercialização de outros, haja vista que os clientes acabam comprando não só os álbuns e as figurinhas, mas também jornais, revistas, cigarros etc. Estamos percebendo um aumento na lucratividade de 30% em relação aos meses considerados normais”, analisou o proprietário da Banca de Revistas Terceiro Mundo, Ramiro Espíndola.

Soraya Ramos, que há 32 anos opera no ramo de bancas de revistas, também destacou a alta demanda por álbuns e figurinhas. “Tradicionalmente o período de Copa é sempre muito bom em termos de vendas e, como promovo a troca de figurinhas, o movimento acaba sendo redobrado. Mais uma vez deveremos lucrar bastante durante o torneio”, disse.

Outros mananciais foram beneficiados

Na Região Metropolitana do Recife, uma das barragens beneficiadas com as últimas chuvas foi a de Botafogo, em Igarassu, principal fonte hídrica que compõe o sistema de distribuição de água das cidades de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima. Nos últimos oito dias, o manancial subiu 6,75% do seu nível, saiu de 20,66% para 27,41% da sua capacidade de armazenamento.

No mesmo período, as barragens de Várzea do Una, em São Lourenço da Mata, e Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, também ganharam volume, e registram 70,22% e 72,52%, respectivamente. A Barragem de Tapacurá, também localizada em São Lourenço da Mata, teve um pequeno aumento de 1,11% e alcançou 58,51% da sua capacidade de acumulação.

Pajeú

No Sertão do Pajeú, onde já está quase no final do período invernoso, alguns mananciais também foram beneficiados com as chuvas. A Barragem de Brotas, localizada em Afogados da Ingazeira e que possui 19,6 milhões de metros cúbicos de água, está vertendo. A companhia já está fazendo adequações na ETA (Estação de Tratamento de Água) da cidade para aumentar a produção de 100 litros de água por segundo, para 120 L/s, dentro dos próximos dez dias. Também será estudada uma possível redução no calendário de abastecimento de Afogados.
A Barragem de Boa Vista, em Itapetim, que estava seca desde janeiro deste ano, acumulou 9,2% da sua capacidade máxima, que é de 1,6 milhão de metros cúbicos de água. A Compesa está tomando as providências para que, dentro de dez dias, o manancial volte a contribuir com o sistema de abastecimento de Itapetim, que já recebe água da Barragem de Caramucuqui.

Em São José do Egito, a Barragem de São José II também saiu da situação de colapso. O reservatório, com capacidade de acumular 7,1 milhões de metros cúbicos de água, registra 54,6% do seu nível. Esse volume possibilita uma maior flexibilidade e segurança hídrica ao sistema de distribuição de água de São José do Egito, que tem na Adutora do Pajeú sua principal fonte de abastecimento.

Jucazinho volta acumular água após colapso

Jucazinho 1

Pedro Augusto

Chuva é sinal de bênção, de prosperidade, de fartura e de bons fluídos. Tanto é que bastou apenas um fim de semana para que ela trouxesse esperança para uma realidade que há quase dois anos sucumbia com a seca castigante. De acordo com o estudo da Apac (Agência Pernambucana de Águas e Climas), no intervalo da sexta-feira (6) para o sábado (7), choveu 153 milímetros em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, que compõe a Bacia do Capibaribe, principal fornecedora de água da Barragem de Jucazinho, em Surubim. Resultado: esta última, que por muito tempo havia entrado em colapso deixando de abastecer a 15 municípios da região, passou a operar em seu volume morto.

Segundo os números repassados pela Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), até a manhã da última terça-feira (10), o nível de acumulação de água de Jucazinho estava girando na casa dos 2,58%. Este manancial tem capacidade para armazenar pouco mais de 327 milhões de metros cúbicos de água e até a data citada vinha contendo 8,4 milhões.

Em entrevista no início da semana, na Estação de Tratamento de Água do Bairro do Salgado, em Caruaru, o gerente regional da Compesa, Mário Heitor, explicou de que forma a companhia irá aproveitar o volume retido para beneficiar a população do Agreste. “Embora tenha chovido bastante na Bacia do Capibaribe, vale salientar que Jucazinho ainda se encontra com sua capacidade em volume morto, ou seja, ainda não atingiu o nível de captação normal por gravidade, que é o usual da barragem. Desta forma, para conseguirmos fazer a retirada de água deste manancial precisaremos instalar flutuantes e bombas submersas, que, inclusive, já haviam sido adotados em 2015, quando Jucazinho estava na mesma situação. Esta captação deverá ser iniciada no prazo máximo de 30 dias e beneficiará as populações de municípios que ficam localizados nas proximidades de Jucazinho, como Santa Cruz, Passira, Riacho das Almas, Cumaru, Salgadinho, Casinhas, Bezerros, Gravatá, dentre outros”, explicou Mário.

Em paralelo, a Barragem do Prata, em Bonito, continuará garantindo o fornecimento de água para um quantitativo elevado de cidades da região. “Apesar de não ter acumulado água durante essas últimas chuvas, o Prata permanece com um nível de armazenamento satisfatório – cerca de 80% – e a tendência é de reter ainda mais tão logo a quadra chuvosa passe a se intensificar. Isso quer dizer que nos encontramos com uma segurança boa no tocante ao abastecimento, haja vista que também contamos com o Sistema Pirangi, em Catende. Torcemos que chova bastante nestes próximos meses para que a população não seja prejudicada”, acrescentou Mário Heitor.

De acordo com a Apac, a previsão para 2018 é de chuvas dentro da média na região Agreste, ou seja, cerca de 700 milímetros durante a quadra chuvosa. Se considerar que o período de inverno oficial das regiões do Agreste, Zona da Mata e Metropolitana do Recife apenas começou, tendo em vista que a quadra chuvosa vai de abril até julho, há esperanças de que os mananciais possam melhorar o seu nível ainda mais.

“Sem dúvidas, essas fortes chuvas já estão contribuindo e contribuirão ainda mais para que possamos fortalecer os calendários de abastecimento em toda a região. Com esse acúmulo, embora pequeno que vem ocorrendo em Jucazinho, a própria cidade de Caruaru vem se beneficiando, porque deixou de abastecer municípios que se encontravam dependendo de seu sistema”, ressaltou o gerente regional do Alto Capibaribe da Compesa, Bruno Adelino.

Futebol: atenções voltadas para os inícios dos Brasileirões

Passados os estaduais, chegou a hora das torcidas voltarem as suas atenções para os pontapés iniciais dos Brasileirões das Séries A, B e C. Os campeonatos nacionais começarão neste fim de semana com a participação de quatro clubes pernambucanos: Sport, Náutico, Santa Cruz e Salgueiro.

Único representante de PE na elite do futebol brasileiro, o Leão fará a estreia na Série A 2018 diante do América-MG, neste domingo (15), a partir das 11h, no Estádio Independência. Até agora fazendo uma temporada abaixo da crítica, o time da Praça da Bandeira aposta na chegada de novos reforços, a exemplo de Ernando (zagueiro), Nonoca (volante) e Carlos Henrique (atacante), para tentar fazer uma boa campanha.

Diferentemente da Série B, que não contará com nenhum participante, na Terceirona, Santa, Náutico e Salgueiro tentarão subir de divisão. Logo na rodada inicial do Grupo A, Náutico e Santa Cruz medem forças, também neste domingo, mas a partir das 19h, na Arena Pernambuco. Será o segundo Clássico das Emoções do ano. No primeiro encontro de 2018, em confronto válido pelo Estadual, o Timbu e a Cobra Coral ficaram no 0 a 0, no Estádio do Arruda.

Pela mesma chave, o Carcará recebe o Botafogo-PB, no mesmo dia, a partir das 16h, no Cornélio de Barros. Comandado pelo técnico Sérgio China, o time sertanejo realizou algumas contratações para a competição nacional, como o goleiro Cézar, o volante Michel e o zagueiro Emerson.

Central chega ao inédito título de vice-campeão

Central 1

Pedro Augusto

Para a torcida centralina, infelizmente o tão almejado título do Campeonato Pernambucano não veio. Sob os olhares atentos de pouco mais de 42 mil espectadores, o Central acabou sendo derrotado pelo Náutico por 2 a 1, no domingo passado (8), na Arena de Pernambuco, ficando com o vice do Estadual. Por um longo período do segundo jogo da decisão, a Patativa esteve melhor em campo em relação ao adversário, criando boas oportunidades de gol e tendo um tento anulado pela arbitragem, porém não conseguiu reverter o placar. Porém, mais do que fazer uma final histórica da competição, o alvinegro caruaruense deve se orgulhar por tudo aquilo que vivenciou nestes pouco mais de quatro meses de temporada.

Com a corda no pescoço devido aos débitos financeiros – mais de R$ 10 milhões –, em 2018, a Patativa estava fadada mais uma vez apenas a figurar como coadjuvante entre os times que disputam a Série A1. Se não bastassem as dívidas, patrocinadores praticamente não existiam e as arquibancadas do todo Estádio do Lacerdão estavam novamente condenadas a comportar aquele número irrisório de mil torcedores que costumava ser sempre contabilizado. Mas para surpresa de muitos e nem tanto para outros, em pouco tempo de trabalho da atual diretoria, essa dura realidade foi se dissipando.

Unidos em prol de garantir a sobrevivência do maior clube do Interior do Estado, os novos gestores alvinegros, em seus determinados cargos, reoxigenaram a história da Patativa parcelando os débitos existentes, captando novos patrocinadores, montando um elenco de futebol aguerrido e inflamando o amor da torcida. Hoje, o Central não só chega forte à 4ª Divisão, mas, principalmente, com perspectivas melhores em relação ao futuro.

Foi o que destacou, em entrevista ao Jornal VANGUARDA, o presidente do Conselho Deliberativo, Márcio Porto. “O Central renasceu! Qual torcedor no maior ápice de seu otimismo acreditava que o clube seria vice-campeão do Estado? Acredito que poucos. É claro que as dificuldades existem e, por sinal, ainda são muitas, porém a Patativa voltou a ser aquela força dentro e fora de campo que todo torcedor pernambucano chegou um dia a ver. Conforme os bons resultados foram acontecendo, passamos a seguir em busca do título, porém nosso principal foco na temporada sempre foi o acesso à 3ª Divisão. Como todo mundo agora pode imaginar, diante de tudo que apresentamos no PE, chegamos forte para disputa da Série D. A base do plantel está sendo mantida, o técnico Mauro Fernandes renovou o contrato e ainda faremos contratações pontuais em termos de atletas”, disse.

De acordo com Márcio Porto, todo o elenco e a comissão técnica possuem vínculo com o Alvinegro até o término do Nacional. “Renovamos o contrato com Mauro Fernandes na noite da última quarta-feira (11). Em conversações, ele se mostrou satisfeito com o que vem realizando no clube, com tudo aquilo que prometemos e estamos cumprindo e com a própria cidade de Caruaru. Mauro continua com o mesmo sentimento de fazer história no Central, desta vez alcançado o acesso para a Série C. Quanto à chegada de reforços, deveremos trazer pelo menos mais um meia e um atacante”, acrescentou.

Quanto às possíveis saídas no elenco, o mandatário alvinegro confirmou que elas ocorrerão de forma natural. “Atualmente, contamos com 31 atletas dos quais 20 participaram da excelente campanha no Estadual. Sendo assim, alguns desses jogadores que não foram utilizados poderão ser emprestados ou até mesmo dispensados. Mas isso só deverá acontecer tão logo os preparativos sejam intensificados.Vale ressaltar ainda que todos os salários do clube estão em dia, bem como os bichos e as premiações”, finalizou Márcio.

Estreia

Os trabalhos dentro de campo visando já a estreia na Série D 2018 serão iniciados na manhã deste sábado (14), no Lacerdão. A Patativa está no Grupo A7 e na primeira rodada visita o Jacuipense-BA, no próximo dia 22, a partir das 16h, no Estádio Valfredã