Hospital Mestre Vitalino receberá 10 novos residentes

A partir deste mês de março, o Hospital Mestre Vitalino irá contar com 10 novos médicos residentes, sendo quatro deles da Universidade Federal de Pernambuco, e seis aprovados no Processo Seletivo da Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Os residentes da UFPE iniciarão suas atividades hoje (02) e irão atuar na clínica médica, os residentes do HMV estarão na unidade a partir do dia 16, divididos da seguinte forma: três na clínica médica, dois na cirurgia geral e um na anestesiologia.

O HMV é unidade de ensino e irá formar esses seis profissionais no período de dois ou três anos, dependendo da especialidade.

HMV sediou Seminário de Gestão Estratégica da Filantropia do HTri

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De 28 de fevereiro até 01 de março, o Hospital Mestre Vitalino sediou o Seminário de Gestão Estratégica da Filantropia do HTri, realizado pela Audisa. O objetivo do evento foi promover uma imersão dos gestores das 10 unidades administradas pela O.S, sobre o 3º setor e sua normatização. “Nesse seminário nós trouxemos para os gestores um embasamento legal sobre o 3º setor, discutindo sobre as organizações sem fins lucrativos e não governamentais, as filantrópicas, até chegar às filantrópicas de saúde”, explicou Eduardo Melo, Sócio Diretor da Audisa.

Durante os três dias, os participantes tiveram palestras ministradas por Eduardo Melo, Ricardo Monello, Carlos Silva e Tatiane Balhes. Para Ricardo Monello, Sócio Diretor da Audisa, o seminário é um espaço onde todos os gestores podem ter uma visão maior sobre o 3º setor, e isso chega diretamente à ponta do serviço, que é o atendimento aos pacientes. “Durante esses dias trouxemos abordagens sobre a legislação específica, o que viabiliza um planejamento mais eficaz das responsabilidades de uma O.S. Isso favorece uma gestão melhor, e acaba permitindo também um atendimento melhor”.

“Para nós do HTri foi sobretudo, um momento de encontro, de partilha de cultura, de ensinamento e de conhecimentos de tudo que preconiza o 3º setor. Esse seminário foi engrandecedor para todos nós, e veio para possibilitar uma compreensão neste momento de mudanças do eSocial e de modernização das OS’s”, destacou Dr. Gil Brasileiro, gestor administrativo da Organização Social de Saúde Hospital do Tricentenário.

Além dos gestores, estiveram presentes representantes da Província da Santa Cruz das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, congregação e entidade mantenedora a qual o Hospital do Tricentenário é vinculado.

Integrador logístico tem perspectivas positivas para a região Nordeste

A Intecom Logística, integrador logístico com mais de 15 anos de história, está apostando na ampliação dos negócios na região Nordeste do País. Com um dos mais modernos centros de distribuição, às margens da BR-101, a empresa tem capacidade e soluções inovadoras para atender a região Nordeste e a todo Brasil com agilidade no recebimento e no embarque de cargas, evitando o acúmulo de mercadorias no estoque e gerando redução de custos.

Com tecnologia de última geração e segurança, o espaço tem capacidade para comportar clientes dos mais diversos setores e portes, além de representar um diferencial logístico. “Nosso armazém no Nordeste está muito bem localizado, dentro da região metropolitana de João Pessoa (PB). No mercado nordestino há quase 10 anos, entendemos bem a dinâmica e o comportamento do mesmo. Apostamos em uma retomada nesta região este ano e estamos concentrando nossos esforços”, ressalta Rodrigo Boniaris, especialista em logística e gerente comercial da Intecom Logística.

Por meio deste armazém, com estrutura de mais de 30 mil m² e possibilidade de expansão para 60 mil m², a empresa já atende a grandes clientes como a rede de farmácias Walmart. Nesta operação, especificamente, a Intecom realiza o transporte de cargas e a armazenagem de produtos farmacêuticos, perfumaria e higiene pessoal para diversos pontos do Nordeste com agilidade.

A unidade instalada na Paraíba também realiza operações de integração logística para outros clientes representativos como Cless Cosméticos, Baruel, Salon Line, BRSports, BRLight, entre outros projetos específicos, com uma estratégia de distribuição e otimização de custos diferenciada.

Entre os setores em que a Intecom Logística aposta em um crescimento na região Nordeste estão vestuário, calçadista, cosmético, higiene e beleza. “A Intecom tem buscado parcerias sólidas baseadas em qualidade e elevado nível de serviço. Acreditamos no crescimento da região, que consideramos estratégica para o desenvolvimento de nossos negócios”, conclui Boniaris.

Sobre a Intecom Logística

Fundada em 2001 para atender clientes de todo o Brasil, a Intecom é uma empresa dedicada à excelência na gestão, armazenagem e distribuição de produtos. Com mais de 350 colaboradores diretos e mais de 700 indiretos, realiza, em média, 200 mil entregas e chega a distribuir mais de 200 mil toneladas de cargas anualmente. Em seu portfólio de clientes estão diversas empresas de setores como varejo alimentar, indústria automobilística, fármacos e cosméticos, entre outros.

A Intecom Logística possui capilaridade nacional a partir de seus armazéns localizados nas cidades de João Pessoa (PB), atendendo ao Norte e Nordeste, Betim (MG), atendendo toda a região de Minas e parte do Centro Oeste, Barueri e a nova unidade em Cajamar (SP), que atendem Sudeste, Sul e parte do Centro Oeste. Com essas unidades, a empresa cobre as necessidades dos clientes de todas as regiões do País.

Mais informações em www.intecomlogistica.com.br.

IPC-S desacelera a 0,17% em fevereiro após alta de 0,69% em janeiro

Agência Estado

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou o ritmo de alta de 0,69% em janeiro para 0,17% em fevereiro, conforme divulgou na manhã desta quinta-feira, dia 1º, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 0,85% no ano e de 3,07% em 12 meses. Essa marca de 3,07% é inferior à de 3,22% acumulada em 12 meses finalizados em janeiro.

A variação do IPC-S do segundo mês do ano ficou dentro do intervalo das expectativas da pesquisa do Projeções Broadcast (de 0,05% a 0,30%), mas inferior à mediana de 0,20%.

O IPC-S da última quadrissemana de fevereiro também arrefeceu em relação à terceira leitura, quando atingiu 0,26%. Nesta medição, seis dos oito conjuntos de preços apresentaram decréscimo em suas taxas da terceira para a quarta quadrissemana do mês, sendo que Educação, Leitura e Recreação foi destaque (de alta de 0,73% para recuo de 0,05%).

Os demais grupos que ajudaram a conter o IPC-S foram os seguintes: Alimentação (-0,07% para -0,29%), Transportes (de alta de 1,31% para alta de 1,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (de alta de 0,50% para alta de 0,40%), Comunicação (-0,05% para -0 21%) e Despesas Diversas (de alta de 0,24% para alta de 0,20%).

Já Habitação, que saiu de recuo de 0,12% na terceira leitura para elevação de 0,19%, e Vestuário, que passou de queda de 0 77% para declínio de 0,76% na quarta quadrissemana, tiveram acréscimo em suas taxas, conforme a FGV.

Desemprego atinge 12% da população: veja 10 passos para organizar as finanças

Com 12,7 milhões de brasileiros desempregados, número equivalente a 12% da população (dados do IBGE), é imprescindível falar sobre como agir frente a essa situação. Se para quem está empregado existe o medo, para quem perde o emprego a situação é praticamente de desespero.

Contudo, faço um grande alerta: nessa hora, é preciso estar centrado, por mais que possa parecer impossível. Sempre afirmo que é com os tombos que aprendemos a andar; assim, é hora de buscar uma restruturação financeira, para atravessar esse período e, posteriormente, estar prevenido para imprevisto. Veja algumas orientações:

1- Pagar dívidas imediatamente? – caso perca o emprego, qual deve ser a primeira ação? Se estiver endividado, por mais que pareça correto querer quitar com o dinheiro do fundo de garantia, isso pode ser um erro, pois, se usar muito deste dinheiro, estará sob o risco de ficar sem receitas para cobrir gastos à frente. Então, planeje-se melhor em relação a esses valores antes de qualquer medida.

2- Crie uma reserva emergencial – o desempregado tem de ter dinheiro guardado, para as despesas, mas, eventualmente, para investir também em cursos e retomar a carreira. A primeira medida a ser tomada é reter os valores ganhos de fundo de garantia, seguro desemprego e férias vencidas. Esse dinheiro só deverá ser mexido após estabelecer uma estratégia.

3- Analise sua realidade – é fundamental que tenha total domínio de seus números nesse momento, portanto, se deve saber o valor que possui guardado e somar com o que será ganho. Também deverá fazer um levantamento de todos os gastos mensais, minuciosamente, desde cafezinho até parcela da casa própria, nada deve passar despercebido. Tendo dívidas e parcelamentos, os some também.

4- Congele ferramentas de crédito – cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser momentaneamente esquecidas de sua vida; evite mesmo em caso de emergência, pois, caso não consiga pagar esses valores, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de difícil volta.

5- Faça uma faxina financeira – o que realmente é prioridade em sua vida? Pense muito bem nessa questão, pois chegou a hora de cortar muitos gastos que não agregam à vida. Repense em itens como TV a cabo, celulares e smartphones, balada e ida a restaurantes, água, energia e outros pequenos gastos que podem ser reduzidos. Priorize o que é realmente é fundamental nesse período.

6- Mude seu padrão de vida – sei que pode parecer difícil, pois se acostumou com o padrão de vida, mas é hora de reestruturação e não de manter a pose. Nos momentos de dificuldade, a humildade é um diferencial. Então, o primeiro passo para mudar sua a realidade é aceitar que a situação mudou e não tentar viver de aparências.

7- Negocie as dívidas – ainda falando de humildade, chegou a hora de buscar os credores e ser o mais franco possível, mostrar que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, buscando assim diminuir os juros e esticar os débitos. Lembrando sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia.

8- Fuja dos exploradores – infelizmente, por mais que seu momento seja de desespero, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. Não permita abusos; muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes, é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas.

9- Busque fazer bicos – por mais que não seja em sua área de atuação, busque fontes alternativas de ganhos. Em momentos assim toda renda-extra é bem-vinda, portanto considere colocar em prática seus talentos e habilidades.

10 – Levanta e sacode a poeira – agora é hora de buscar o mais rápido possível a recolocação profissional. Use sua rede de contatos e se posicione como alguém que está à espera de oportunidades no mercado. Lembre-se, as oportunidades geralmente aparecem para quem está atrás dela. Esqueça o desânimo, levante a cabeça e olhe para o futuro.

Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

ARTIGO — Reflexões sobre Negociações

Edmarson Bacelar Mota

Todos nós negociamos muitas vezes a cada dia. Um bom líder, por exemplo, precisa pelo menos saber motivar sua equipe, obter a colaboração de pares e auxiliar seus projetos, administrar expectativas e conseguir o apoio de superiores, sócios e demais stakeholders, incluindo a sociedade, seja parcial ou integralmente e conseguir a orientação de seus clientes, a cocriação com e o seu aceite de produtos/ serviços.

Profissionais de vendas e de compras trabalham negociando praticamente o tempo todo. Os vendedores, para aumentar suas probabilidades de sucesso em viabilizar negócios, buscam recursos internos e condições, incluindo crédito, de um lado, e de outro interagindo com o cliente no levantamento de informações sobre seus desejos e necessidades, incluindo características e benefícios esperados da solução, ideias a respeito dela, orçamento e prazo. Os compradores otimizando processos de compra, qualidade, preços, condições de pagamento e de entrega.

É comum precisarmos obter a colaboração de pessoas sobre as quais não temos posição hierárquica superior, na busca de nossos objetivos. Na vida pessoal não é diferente. Na educação de filhos, nas relações com cônjuges, sobre o futuro desejado, sobre criação dos filhos, a divisão de tarefas e responsabilidades e tantas outras coisas e com pais, irmãos e demais parentes, amigos, vizinhos etc.

Há situações em que uma negociação mais competitiva pode ser indicada, em especial quando os relacionamentos não forem importantes e a disputa envolver uma única variável, o chamado “bolo fixo” ou “jogo de soma zero”, em que tudo que uma parte ganha necessariamente a outra perde. Por exemplo, imaginemos uma prova como o ENEM ou um concurso público em que se deve levar uma caneta esferográfica preta, de corpo transparente e chegar pontualmente. Se dois candidatos chegassem em cima da hora, sem a caneta e ouvissem um vendedor ambulante anunciando sua última caneta, não restaria alternativa a não ser competir, fosse tentando chegar ao vendedor mais rápido que o outro ou oferecendo pagar um valor mais elevado que o outro.

No entanto, isso é muito mais raro do que tendemos a acreditar. Há mais benefícios em se abordar uma negociação de forma colaborativa sempre que os relacionamentos forem importantes ou for possível, como enxergar diferentes pontos de vista e perceber diferentes formas de atender as partes; por exemplo, se em prova semelhante fosse necessário um determinado lápis em vez da tal caneta, os dois poderiam quebrar o lápis, dividindo-o entre ambos ou acrescentar uma outra variável à negociação, aumentando as chances de se chegar a uma composição ganha-ganha.

Exemplificando essa última situação, na compra de um carro novo, quando as condições em discussão ainda não são suficientes para a produção de um acordo, mesmo já tendo sido consideradas outras variáveis como preço do usado, valores e prazo de parcelamento etc., talvez a inclusão de um seguro possa ajudar a fechar o negócio, se o comprador perceber que teria que comprar o seguro de qualquer jeito e o vendedor considerar abrir mão de sua comissão, ou de parte dela, para oferecer um desconto maior ao cliente, dando prioridade à comissão que ganhará na venda do carro.

Enfim, a vida em sociedade, incluindo nosso lado profissional, exige muito mais frequentemente a tomada de decisões e a criação e manutenção de acordos e relacionamentos que considerem o longo prazo e que, portanto, devem ser benéficos para os envolvidos, com a cuidadosa composição dos interesses de todos. Como benefício adicional, a colaboração aumenta a probabilidade de que os acordos sejam cumpridos.

Temer sofreu tentativa de golpe da Globo e “desmascarou” Joesley e Janot, diz Lula

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Congresso em Foco

O presidente Michel Temer sofreu uma tentativa de golpe da TV Globo, foi corajoso, enfrentou e “desmascarou” o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o empresário Joesley Batista, seus algozes. A observação não foi feita por nenhum aliado do emedebista, mas pelo ex-presidente Lula. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Lula surpreendeu ao defender o presidente. Voltou a atacar a Lava Jato, que, segundo ele, está a serviço dos Estados Unidos, defendeu-se das acusações que sofre na Justiça e disse que vai resistir até o último instante para ser candidato. Descartou discutir qualquer plano B à sua candidatura e afirmou que só se elegerá presidente quem tiver apoio do PT ou do PSDB.

Para Lula, a Globo queria tirar Temer do Palácio do Planalto por não considerá-lo uma “figura palatável” e substituí-lo pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“E é importante ter em conta que o Temer teve uma vitória quando derrubou o golpe que a TV Globo, o [ex-procurador-geral Rodrigo] Janot e o [empresário] Joesley [Batista] tentaram dar nele. Aquele golpe tinha como pressuposto básico o Temer cair, o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] assumir a presidência e o Janot ter um terceiro mandato [na PGR]”, disse. “Houve uma tentativa de golpe. Senão, me explica o que aconteceu”, emendou.

De acordo com o ex-presidente, Temer foi corajoso ao “desmascarar” Janot e Joesley e seguir na Presidência. “Ora, o Temer resolveu enfrentar. Teve a coragem de desmascarar o Janot, o Joesley e ficou presidente. E ainda ganhou duas paradas no Congresso Nacional [para impedir que o processo contra ele no STF seguisse], não se sabe a que preço. A imprensa dizia que R$ 30 bilhões foram gastos, não sei quantos bilhões. Mas ganhou.”

Veja os principais pontos da entrevista de Lula à colunista Mônica Bergamo:

Golpe contra Temer

“Eu respeito que todo mundo seja candidato. Até o Temer resolveu ser! Qual é a aposta dele? É a de defender os seus três anos de mandato. E é importante ter em conta que o Temer teve uma vitória quando derrubou o golpe que a TV Globo, o [ex-procurador-geral Rodrigo] Janot e o [empresário] Joesley [Batista] tentaram dar nele. Aquele golpe tinha como pressuposto básico o Temer cair, o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] assumir a presidência e o Janot ter um terceiro mandato [na PGR]. Porque era importante manter o Janot. Era importante tirar o Temer. E era importante colocar o Rodrigo Maia. Isso para mim tá claro. [Interrompendo] O Temer se prestou a fazer o serviço do golpe. Mas não era uma figura palatável, e houve uma tentativa de golpe. Senão, me explica o que aconteceu. Você acha que na Globo [que publicou a primeira reportagem sobre a delação da J&F] alguém faz jornalismo livre? O jornalista decide e faz uma denúncia como aquela que foi feita contra o Temer? No mesmo dia já tinha jornalista apostando na renúncia do Temer. E já tava se discutindo quem ia assumir e o que ia acontecer. Ora, o Temer resolveu enfrentar. Teve a coragem de desmascarar o Janot, o Joesley e ficou presidente. E ainda ganhou duas paradas no Congresso Nacional [para impedir que o processo contra ele no STF seguisse], não se sabe a que preço. A imprensa dizia que R$ 30 bilhões foram gastos, não sei quantos bilhões. Mas ganhou. [E o senhor o admira por isso?] Não. Eu continuo pensando o mesmo do Temer. Eu estou contando o fato. E o fato histórico não tem sentimentalismo. Tem uma fotografia.”

Críticas a Moro

“Eu acredito na democracia, eu acredito na Justiça. E acredito que essas pessoas [Moro e desembargadores] mereciam ser exoneradas a bem do serviço público. […] A Justiça não é uma coisa que você dá 24 horas, 24 dias ou 24 meses. Ela tem o tempo necessário para fazer a investigação correta e punir quem está errado. E quem deveria ser punido era o Moro, o MPF, a PF e os três juízes que fizeram a sentença lá.”

Triplex do Guarujá

“Porque houve mentira na denúncia [feita pela] imprensa [que revelou a existência do tríplex], no inquérito da Polícia Federal, na acusação do Ministério Público Federal, na sentença do Moro e na confirmação do TRF-4. Então o que eu espero? Que o Supremo Tribunal Federal [que deve julgar habeas corpus em que Lula pede para não ser preso] analise o processo, veja os depoimentos, as provas e tome uma decisão. Por isso tenho a crença de que vou ser candidato.”

Relação com a imprensa

“Para não ser ingrato com os outros meios, eu vou olhar bem nos seus olhos e dizer: duvido que em algum momento da história desse país um presidente tenha tratado os meios de comunicação com a deferência e a “republicanidade” que eu tratei. Eu tinha uma relação maravilhosa com o velho [Octavio] Frias [de Oliveira, publisher da Folha morto em 2007]. Eu tratei bem o Estadão. Eu tratei bem o Jornal do Brasil, a Globo, a Bandeirantes, o SBT, a Record. Você há de convir que tenho comportamento exemplar no meu tratamento com a imprensa brasileira. Mas acho que eles não são honestos na cobertura. Eu não tive uma relação boa só com esse setor que você falou. Eu tive uma relação boa com todos os segmentos sociais desse país.”

Eles x nós

“Quando eu falo “eles” e “nós”, é porque você tem lado na política brasileira. Quando ganhei as eleições, fiz questão de conquistar muita gente. Criei o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [com representantes de empresários, trabalhadores e setores sociais]. Tinha gente que achava que eu queria criar uma fissura na relação entre Senado e Câmara com a sociedade. Eu falei ‘não, eu quero é estabelecer uma política de convivência verdadeira com a sociedade’”.

Sítio de Atibaia

Primeiro disseram que o sítio era meu. Aí descobriram que ele tem dono. Então mudaram [para dizer que] me fizeram favor. Se fizeram, não me pediram. Eu fiquei sabendo desse sítio no dia 15 de janeiro de 2011. Não, você não é juíza. Eu vou esperar o juiz. Porque se eu responder para você, o Moro vai fazer outras. Aí, quer discutir a questão da ética, vamos discutir. É um outro processo. Eu quero saber onde eles vão chegar. Eu quero saber o limite da mentira.

Corrupção

É possível não saber [que havia corrupção nos governos dele e de Dilma] até hoje. Você tem filho? Sabe o que ele está esta fazendo agora? Quando você esta na cozinha e ele no quarto, você sabe? Outro dia vi o caso de venda de sentenças em gabinetes de juízes. E eles foram inocentados porque não eram obrigados a saber o que estavam fazendo do lado de sua sala. Deixa eu te falar uma coisa: ninguém é colocado no governo pra roubar. Ninguém traz na testa “eu sou ladrão”. Há um critério rigoroso de escolha [de diretores de estatais].

Lava Jato

“E hoje eu estou convencido de que os americanos estão por trás de tudo o que está acontecendo na Petrobras. Porque interessa para eles o fim da lei que regula o petróleo, o fim da lei que regula a partilha. O Brasil descobriu a maior reserva de petróleo do mundo do século 21. E não se sabe se tem outra. Não sei se você já tem uma compreensão sociológica de junho de 2013 [mês de grandes manifestações no país]. O Brasil virou protagonista demais. E ali eu acho que começava o processo de tentar dar um jeito no Brasil. Como diria meu amigo [e ex-chanceler] Celso Amorim, eu não acredito muito em conspiração. Mas também não desacredito.”

Filhos desempregados

“Eu não tenho que encontrar saída. O que vocês da imprensa têm que pedir são provas. Vocês não podem retratar “ipsis litteris” [como está escrito] a mentira da Polícia Federal. Essa gente está me acusando há cinco anos. Essa gente não sabe o mal que causou à minha família. Eu tenho todos os meus filhos desempregados. Todos. E ninguém consegue arrumar emprego. Essa gente já foi na minha casa. Ficaram três horas, levantaram o colchão da minha cama, revistaram tudo e não encontraram nada. Poderiam ter chamado a imprensa e falado “queríamos pedir desculpas”. Eles saíram com o rabinho no meio das pernas e não falaram nada.”

Antônio Palocci

“É uma pena. A história dele se esvaiu com isso. O Palocci demonstrou gostar de dinheiro. Quem faz delação quer ficar com uma parte daquilo de que se apoderou. Não vejo outra explicação.”

Vítima desnecessária

“Vamos aguardar, querida. Se eu acreditar que o jogo está definido, o que eu estou fazendo nesse país? Eu quero saber o seguinte: eu, proibido de ser candidato, na rua fazendo campanha, como eles vão ficar? Eles estão me transformando numa vítima desnecessária.”

Plano B para o PT

“Não abro. Não abro. Se eu fizer isso, minha filha, eu tô dando o fato como consumado. Eu vou brigar até ganhar. E só vou aventar a possibilidade de outra candidatura quando for confirmado definitivamente que não sou candidato. […] Quando chegar o momento certo, o PT pode discutir todas as alternativas. Eu sou contra boicotar as eleições.”

Ciro Gomes

“Eu não ando vendo o que o Ciro tá falando porque ele anda falando demais. O Ciro ou vai para a direita ou não pode brigar com o PT. Eu fico fascinado de ver como uma pessoa inteligente como o Ciro fala tão mal do PT. Não consigo entender.”

PT x PSDB

“Vamos ser francos: pela direita, ninguém será presidente sem o apoio dos tucanos. Pela esquerda, ninguém será presidente sem o PT. Eu, se entendo um pouco de política, vou dizer uma coisa: a disputa deverá ser outra vez entre tucanos e PT.”

Resistência

“Eu não tenho essa perspectiva nem de me matar nem de fugir do Brasil. E vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é o meu lugar. Eu não tenho medo de nada. Só de trair o povo desse país. É por isso que eu estou aqui, fazendo a minha guerra.”

Agreste recebe 2.573 unidades do Minha Casa, Minha Vida Rural

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Foi publicada na quarta-feira, 28, no Diário Oficial da União a relação de novas unidades habitacionais que serão construídas pelo Minha Casa Minha Vida Rural em Pernambuco. No Agreste do Estado serão construídas 2.573 unidades em 23 municípios.

As cidades contempladas foram: Agrestina (53), Águas Belas (170), Amaraji (91), Angelim (30), Barra de Guabiraba (33), Bom Conselho (350), Bom Jardim (40), Buíque (309), Caetés (79), Caruaru (500), Correntes (39), Gravatá (4), Iati (5), João Alfredo (28), Jupi (450), Pesqueira (47), Sairé (47), Santa Cruz (12), São Bento do Una (28), São Joaquim do Monte (108) e Tupanatinga (150).

Além de serem contempladas pelo programa rural, os municípios de Águas Belas (200), Caruaru (200) e Buíque (300) também foram beneficiados pelo Minha Casa, Minha Vida Urbano, com 700 unidades a serem construídas.

O programa que estava paralisado foi retomado com novos critérios e processo de seleção ao longo da administração do ex-ministro Bruno Araújo. No total serão 5.756 unidades construídas em 65 municípios do Estado. O Estado também foi beneficiado com cerca de dois mil unidades pelo Minha Casa Minha, Vida Entidades Urbanas.

“O anúncio é a concretização de uma etapa iniciada ao longo da nossa gestão no Ministério das Cidades e agora formalizada pelo ministro Alexandre Baldy. Essa medida irá beneficiar mais de 20 mil pernambucanos”, destacou Araújo.

Gilmar Mendes e Barroso batem boca mais uma vez

Agência Estado

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso protagonizaram na quarta-feira, 28, nova troca de acusações públicas. Desta vez, a discussão foi sobre a possibilidade de se investigar um presidente da República por fatos anteriores ao mandato e a demissão do delegado Fernando Segovia do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Em entrevista ao blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, Gilmar fez críticas ao colega de Supremo. “O Barroso que não sabe o que é alvará de soltura, fala pelos cotovelos. Antecipa julgamento. Fala da malinha de rodinha. Precisaria suspender a própria língua.”

Questionado pelo blog sobre as declarações de Gilmar, Barroso respondeu: “Não frequento palácios, não troco mensagens amistosas com réus e não vivo para ofender as pessoas”.

Barroso é relator do inquérito no Supremo que investiga se o presidente Michel Temer beneficiou uma empresa que atua no Porto de Santos com a edição do Decreto dos Portos. O emedebista nega irregularidades envolvendo a medida.

Quando ainda era diretor-geral da PF, Segovia se manifestou sobre a investigação e foi intimado pelo relator a prestar esclarecimentos. Na terça-feira, 27, o delegado foi demitido do cargo pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

“Jamais antecipei julgamento. Nem falo sobre política. Sou um juiz independente, que quer ajudar a construir um País melhor e maior. Acho que o Direito deve ser igual para ricos e para pobres, e não é feito para proteger amigos e perseguir inimigos” afirmou Barroso em resposta ao colega de tribunal.

Ex-assessor

O termo “malinha” citado por Gilmar foi referência ao episódio em que o ex-assessor da Presidência e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) foi filmado carregando uma mala com R$ 500 mil. Loures também é alvo do inquérito contra Temer.

Em dezembro passado, ao discutir com Gilmar no plenário do STF, Barroso afirmou que viu “a mala de dinheiro”. Antes, o colega havia dito que a investigação contra o presidente era “um grade caos”.

Refis de Temer vai perdoar R$ 62 bi, o dobro do previsto

Agência Estado

O perdão concedido pelo governo federal no último parcelamento de débitos tributários, o Refis, deve chegar a R$ 62 bilhões – quase o dobro do valor calculado inicialmente pela Receita Federal. A estimativa oficial foi atualizada porque a versão final do programa, com regras mais generosas, acabou incentivando uma adesão maior que a esperada.

A primeira versão do programa não previa descontos em multas e juros, o que acabou sendo incorporado pelo governo. Mesmo assim, houve pressão de parlamentares para melhorar as condições do programa, que acabou dando descontos de até 70% em multas e 90% em juros.

Em agosto do ano passado, antes de o projeto ser aprovado no Congresso, a previsão da Receita era que a renúncia chegasse a R$ 35,1 bilhões ao longo dos 15 anos de parcelamento. “Renunciamos mais do que era previsto”, admitiu o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, ao apresentar os dados da arrecadação de janeiro.

Os parcelamentos especiais permitem que empresas refinanciem dívidas com descontos sobre juros, multas e encargos. Muitas vezes, os juros são maiores que o débito original. Em troca, o governo recebe uma parcela da dívida adiantada, mas abre mão de uma parcela do que ganharia com juros e multas.

Parlamentares, muitos deles inclusive com dívidas com o Fisco, fizeram ao longo de 2017 forte pressão sobre o governo para melhorar as condições do Refis, lançado em janeiro e que acabou virando lei só em outubro do ano passado. Em meio às investidas, o governo cedeu de olho num futuro apoio à reforma da Previdência – que acabou sendo engavetada.

Com os abatimentos, a renúncia do Refis do ano passado – oficialmente chamado de Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) – pode superar o Refis da Crise, lançado no fim de 2008, depois que as empresas brasileiras foram atingidas pelo impacto da crise financeira internacional. Esse até agora é o maior em renúncias: R$ 60,9 bilhões.

Motivo

A justificativa do Congresso para tentar ampliar os descontos do último programa era sempre dar condições aos empresários afetados pela crise para regularizar a situação com o Fisco, voltar a ter capacidade de investir e poder pagar suas obrigações em dia.

O que a Receita já identificou é que, além de a renúncia de recursos ter ficado acima do previsto, muitos contribuintes que aderiram ao parcelamento optaram pelo pagamento à vista, em janeiro de 2018. Isso, segundo a Receita indica que eles não tinham dificuldade de caixa a ponto de precisar parcelar a dívida em até 15 anos, apenas queriam ter os descontos generosos. Com isso, o governo registrou um ingresso de quase R$ 8 bilhões em receitas com o Refis – metade dos pagamentos à vista.

“Esses programas de renegociação de dívida se tornaram disfuncionais no Brasil. Você acabou criando indústria de não pagar imposto e deixar para depois”, disse o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper.

O Fisco é historicamente contra a edição de parcelamentos especiais porque, além da elevada renúncia, a prática estimula o não pagamento de tributos. Contribuintes que aderiram ao último Refis deixaram de pagar R$ 3,1 bilhões em tributos que venceram a partir de maio de 2017.