Financiamento para compra de veículos fecha 2017 com alta de 22,9%

O total de recursos liberados pelo sistema financeiro registrou alta de 22,9% em 2017 e atingiu a soma de R$ 101,1 bilhões. Esta foi a primeira vez, desde 2014, que o montante destinado às operações de financiamento e leasing superou a marca de R$ 100 bilhões. À época, o volume foi de R$ 111,2 bilhões.

Na comparação com 2016, quando foram liberados R$ 80,2 bilhões, o crescimento no volume de negócios foi de 22,9%. Isso comprova que os bancos de montadoras e instituições independentes possuem liquidez para atender a demanda do consumidor e oferecer crédito. Além disso, com a melhoria do cenário econômico, o brasileiro voltou a investir na aquisição de bens de maior valor agregado.

“Esse resultado supera a nossa expectativa, que era de liberar R$ 90,6 bilhões. Depois de três anos de recessão, as vendas financiadas voltaram a crescer. Isso é reflexo da redução da taxa básica de juros e de outros indicadores econômicos, que garantem maior previsibilidade ao consumidor”, afirma o presidente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), Luiz Montenegro.

A redução da taxa média de juros também contribuiu para elevar a procura pelo crédito. De acordo com o último balanço divulgado pela entidade, as taxas de juros praticadas pelos bancos de montadoras foram de 18,85% ao ano e de 1,45% ao mês – as menores desde dezembro de 2014. Já os índices cobrados pelas instituições independentes foram de 22,2% ao ano e de 1,68% ao mês – mais baixos do que os cobrados há três anos, que foram, pela ordem, de 22,3% e 1,69%.
“Com a redução das taxas de juros e maior estabilidade econômica, o consumidor se sentiu mais confiante e foi às compras. Havia uma demanda muito reprimida pelo crédito. O brasileiro é muito consciente e só fecha um negócio quando tem certeza de que terá condições de quitá-lo”, avalia Montenegro.

Projeções
A expectativa da ANEF para 2018 é de que o mercado de crédito para a compra de veículos deverá manter a retomada dos negócios. “Nossa estimativa é de que o volume de recursos liberados cresça 15,1%, passando de R$ 101,1 bilhões para R$ 116,4 bilhões. Já o saldo de financiamento deverá ser de R$ 185,1 bilhões, aumento de 8,6%. Em 2017, o montante foi de R$ 170,5 bilhões”, afirma o presidente da ANEF.

Modalidades de pagamento
O financiamento é a modalidade de crédito preferida pelo brasileiro na hora de fechar a compra de um veículo zero quilômetro, de acordo com os dados do boletim da ANEF. No ano passado, o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) respondeu por 48% dos negócios fechados. Na sequência, vem o pagamento à vista, com 45% dos negócios realizados, seguido pelo consórcio (5%) e pelo leasing (2%).

No segmento dos veículos pesados, o Finame foi responsável por 61% dos contratos, seguido pelo CDC (20%), compras à vista (10%), consórcio (6%) e leasing (2%).

Com 32% do volume de negócios, o consórcio, deixou de ser a modalidade de crédito escolhida pelos compradores de motocicletas. As vendas financiadas foram responsáveis por 38% dos contratos e as compras à vista, por 30%.

Saldo das carteiras
A retomada da procura pelo crédito reflete também no aumento do saldo das carteiras. Em 2017 o total foi R$ 170,5 bilhões, alta de 4,8% na comparação com o ano passado, que foi de R$ 162,7 bilhões. As operações de CDC respondem por R$ 166,8 bilhões, o que representa um aumento 5,4% em doze meses. Os R$ 3,7 bilhões restantes referem-se ao leasing, que registrou queda de 1,59% em relação a 2016.

O saldo de crédito para a aquisição de veículos para pessoas físicas e jurídicas corresponde a 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto), mesmo índice registrado em novembro do ano passado. Esse montante representa 5,5% do total do crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) e 10,8% do total das operações de crédito – Recursos Livres.

Negócios em dezembro
No último mês de 2017, o sistema financeiro liberou R$ 9,8 bilhões para os contratos de CDC, aumento de 3,9% na comparação com novembro e de 21,3% em relação ao mesmo período de 2016. Desse total, R$ 8,4 bilhões foram destinados às pessoas físicas, alta de 3,2% no mês e de 17,3% em doze meses. Para as pessoas jurídicas, foram liberados R$ 1,3 bilhão, crescimento de 8,5% na comparação com o mês anterior, e de 55% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já para as operações de leasing, o volume concedido foi de R$ 222 milhões, alta de 46,1% na comparação com novembro, e de 37% em relação a 2016. O maior montante, de R$ 183 milhões, foi destinado às pessoas jurídicas, com aumento de 53,8% na comparação com novembro e de 47,6% com o mesmo período do ano passado. Para as pessoas físicas, foram liberados R$ 39 milhões, crescimento de 18,2% em relação a novembro e de 2,6% na comparação com o mesmo período de 2016.

Acumulado do ano
No acumulado do ano, o montante destinado ao financiamento foi de R$ 99,2 bilhões, alta de 23,7% em doze meses. Para às pessoas físicas foram destinados R$ 87,3 bilhões, aumento de 22,3% em relação ao mesmo período do ano passado; e os R$ 11,9 bilhões para as empresas, crescimento de 35,8% na comparação com 2016.

Já para as operações de leasing, foram liberados R$ 1,8 bilhão, queda de 9,2% em relação ao ano passado. As empresas responderam pelo maior montante, com R$ 1,5 bilhão, elevação de 6,9% em relação ao ano passado. Para as pessoas físicas foram liberados R$ 342 milhões, recuo de 45,8% em doze meses.

Inadimplência
Pelo terceiro mês consecutivo, a taxa de inadimplência nos contratos de CDC firmados pelas pessoas físicas manteve-se estável e fechou dezembro em 3,8%. Na comparação com o mesmo período de 2016, a queda é de 0,8 ponto percentual. Já entre as pessoas jurídicas, o índice de não pagadores foi de 2,7%, queda de 0,2 ponto percentual em relação a novembro e de 2,3 pontos percentuais em doze meses.

Nas operações de leasing, as taxas também entraram em curva decrescente: o percentual de pessoas físicas que deixaram de quitar os seus negócios foi de 2,3%, menos 0,1 ponto percentual que o registrado em novembro, e 1,5 ponto percentual inferior na comparação com o mesmo período de 2016. Entre as empresas, a taxa foi de 2,0%, recuo de 0,1 ponto percentual no mês, e de 1,6 ponto percentual em doze meses.

Campanha de conscientização no carnaval ganha força em aplicativos

Segundo estudo realizado pela FGV, no Brasil já existem 208 milhões de celulares conectados 24 horas por dia. Sabendo dessa alta conectividade do brasileiro e da cultura do exagero durante a folia de Carnaval, a ABRABE (Associação Brasileira de Bebidas) se uniu ao Waze e à GOL Linhas Aéreas Inteligentes para alertar os foliões de todo Brasil sobre a importância do consumo responsável de bebidas alcoólicas, seguindo a mensagem-chave: Se for dirigir, não beba! A campanha, que conta com ativações on e off-line, será veiculada nos aplicativos parceiros durante todo o período das festas de carnaval. A expectativa é atingir mais de 3,7 milhões de pessoas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo até o fim do carnaval.

Segundo Jean Twenge, professora de psicologia da Universidade Estadual de San Diego, atualmente os jovens estão menos preparados para a vida adulta, bebem menos, mas, começam a beber cada vez mais cedo. Por meio da plataforma de consumo responsável, o Sem Excesso, a associação vem desenvolvendo várias ativações online para ampliar a conversa com a chamada “geração smartphone”.

Dando início à ação nos ares, a mensagem de consumo consciente será divulgada por meio da plataforma GOL Online nos voos dos principais destinos do Verão e Carnaval. A ativação permitirá que o Portal Sem Excesso seja acessado durante esses voos, fazendo com que os passageiros conheçam as iniciativas do projeto e a expectativa é atingir um potencial de 147 mil pessoas até o final de fevereiro.

Além da parceria com a companhia aérea, o Sem Excesso irá impactar usuários do Waze que tracem os principais destinos do carnaval nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo como: praias, cidades do interior e claro, os badalados bloquinhos que agitam as capitais. Os passageiros que usarem o aplicativo, que só na Grande São Paulo já conta com mais de 3,8 milhões de usuários, serão alertados com mensagens de consumo responsável.

“Sabemos que o consumo de bebida alcoólica se intensifica durante as festividades de carnaval e é de extrema importância divulgarmos a mensagem do consumo consciente nesse período, alertando sobre a proibição da mistura “bebida alcoólica e direção”. Para ampliar o alcance de nossas campanhas, o uso de estratégias digitais se torna cada vez mais importante, como é o caso da parceria com aplicativos que nos colocam em contato com públicos mais abrangentes”, explica José Augusto Rodrigues da Silva, presidente executivo da ABRABE.

Todas as ações seguem acompanhadas por um conteúdo customizado que leva a mensagem do consumo moderado e conversa com os canais do Sem Excesso – Site, Youtube, Facebook (cuja fanpage já tem mais de 980 mil curtidas) e Twitter (com mais de 74 mil seguidores). Além dos posts personalizados, o Youtube da plataforma contará com animações que seguem a temática de cada mês de ação, dando continuidade à campanha.

Sobre o Sem Excesso
Lançado em novembro de 2011, o Sem Excesso é uma iniciativa pioneira no País e reforça o compromisso da ABRABE com o consumo responsável de bebidas alcoólicas. Foi por acreditar na importância e na força de ações com esse foco, que a entidade criou, em 2010, a primeira campanha coletiva de conscientização para o público jovem, com a participação conjunta de grandes representantes do setor de bebidas. Por meio do slogan “Comemore com Sucesso, sem Excesso”, a iniciativa estabeleceu interação e reflexão acerca do consumo consciente, nos ambientes online e offline. Reconhecida com o 30º prêmio POP de Opinião Pública, a campanha foi ampliada com a inauguração do portal Sem Excesso.

Sobre a ABRABE
A Associação Brasileira de Bebidas – ABRABE – é uma organização de âmbito nacional representativa do setor de bebidas, que reúne produtores, representantes, importadores e exportadores de cachaça, vinho, destilados, cervejas e energéticos, entre dezenas de outras categorias. São, atualmente, 40 empresas associadas, que representam a grande maioria do mercado e detêm as principais marcas de bebidas nacionais e mundiais. Um dos objetivos da entidade é fazer com que as empresas associadas tenham um compromisso permanente com a postura responsável sobre o consumo de bebidas alcoólicas.

Entenda como funciona o Documento Nacional de Identificação

Documento único vai reunir título de eleitor, CPF e certidão de nascimento, entre outros. Saiba como será a emissão e quais os benefícios da DNI

O que é o Documento Nacional de Identificação?
O DNI vai reunir em um único documento CPF, título de eleitor, certidão de nascimento… E isso será feito de forma totalmente digital. Todos os seus dados ficarão reunidos em um aplicativo.

Quem pode solicitar o DNI?
A partir de julho, todos os cidadãos brasileiros já deverão ter acesso ao Documento Nacional de Identificação. Por enquanto, o DNI está em fase de testes e apenas servidores do Ministério do Planejamento e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terão acesso ao documento.

Como solicitar o DNI?
O primeiro passo é baixar o aplicativo DNI, disponível para celulares e tablets com sistemas operacionais Android ou iOs. Depois, é só fornecer os dados solicitados para fazer um pré-cadastro no sistema. O aplicativo vai indicar os pontos de atendimento mais próximos onde o servidor deve ir para validar os dados cadastrais e a biometria.

Será preciso sair de casa?
Apenas para emitir o documento. Quando o cidadão vai ao posto de atendimento, um código chamado QR Code vai aparecer na tela do servidor que vai atendê-lo. Com o próprio celular, ele deve capturar uma imagem com esse código. Depois disso, vão aparecer na tela do celular: o número do DNI, a foto, nome e CPF do cidadão.

E se meu celular for perdido ou roubado?
Não precisa se preocupar, ninguém poderá se passar por você. Depois de criar sua DNI, você vai cadastrar uma senha de acesso ao documento. Mesmo que alguém esteja na posse do seu celular, não vai conseguir abrir a sua DNI. Além disso, por motivos de segurança, o documento só pode ser cadastrado em um aparelho por vez.

Viagens a serviço do governo serão apenas na classe econômica; entenda

Governo do Brasil proibiu a compra de passagens na primeira classe e na executiva em viagens a serviço, no país ou ao exterior
Como era

Antes do decreto, era possível adquirir passagens na primeira classe ou na executiva para viagens a trabalho, dependendo do cargo e posição na administração pública. Isso também valia para autoridades com 65 anos ou mais, com deficiência física e aos que realizassem viagens com trechos de duração superior a oito horas.

Como vai ser

A partir de agora, as autoridades e todos os servidores públicos federais só poderão viajar a serviço em voos da classe econômica.

Quando vale

Como a medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa terça-feira (6), passou a valer para viagens a serviço que sejam da administração pública federal, tanto em voos nacionais quanto em internacionais, e já está em vigor.

Brasileiros são os latinos que mais estendem viagens a trabalho para fazer turismo

Um estudo desenvolvido pela Amadeus com passageiros de Brasil, Argentina, México e Colômbia descobriu que o viajante corporativo brasileiro é, entre os quatro países pesquisados, o que mais aproveita as viagens a trabalho para visitar atrações turísticas, ou estende a estadia para aproveitar por conta própria o destino assim que o trabalho estiver finalizado.

Chamada de bleisure, essa tendência vem se tornando especialmente importante nos últimos anos, com a maior flexibilidade das empresas em relação à escala de trabalho de seus funcionários, e configura-se em oportunidade para que as agências que atendem as corporações possam potencializar seus ganhos ao atender o viajante também como pessoa física.

A pesquisa concluiu que 97% dos viajantes brasileiros aproveitam a viagem a trabalho para fazer ao menos uma ação turística, seja visitar um monumento ou fazer compras, ou até viajar para outros lugares. O número cai para 87% na Colômbia, 85% no México e 79% entre os argentinos.

“A pesquisa veio a confirmar algo que o mercado de viagens já vem identificando informalmente há algum tempo. É do perfil do brasileiro aproveitar as oportunidades para curtir além das obrigações laborais. Isso reflete uma maior abertura nas políticas corporativas e também se configura em oportunidade para agências e fornecedores”, disse Paulo Rezende, diretor comercial da Amadeus no Brasil. Embora o estudo tenha identificado essa forte tendência entre os viajantes corporativos brasileiros, ele também mostrou que as agências ainda subaproveitam o potencial lucrativo da tendência “bleisure” na nação.

A pesquisa descobriu que 48% dos brasileiros buscam informações e reservas da parte turística de suas viagens corporativas com a própria agência que efetivou a compra pela empresa. Na Argentina, esse número é de 50%. Mas esses são valores pequenos se comparados a outros meios de compra bleisure. A pergunta sobre como os viajantes corporativos faziam tais reservas tinha respostas múltiplas, nas quais se destacaram as agências online (92% dos entrevistados), metabuscadores (87%) e sites dos fornecedores (75%).

“A cada número que a ciência da estatística nos dá, temos mais certeza que a produtividade é algo sem limites. As agências precisam trabalhar com as empresas para determinar um programa claro de ajuda ao viajante bleisure, e as corporações também tem um papel, estabelecendo regras claras para que o viajante se sinta seguro de estar atuando dentro da política da empresa. Aparentemente, esses dois fatores estão um pouco atrasados no Brasil, pois não há por que deixar de aproveitar o serviço do agente que já está te ajudando”, argumenta Paulo Rezende.

Tribos de viajantes

O estudo realizado pela Amadeus também mensurou como o viajante brasileiro se situa no âmbito das seis tribos identificadas pelo estudo Traveler Tribes 2030. Os entrevistados liam duas afirmações que remetiam a uma determinada tribo e poderiam assinalar com quais delas ele concordava. Se o respondente aderisse às duas assertivas, significava que era muito identificado com uma tribo. Ele também poderia ser um pouco identificado (1 assertiva) e nada identificado (nenhuma).

A tribo com maior penetração no Brasil é a dos Puristas Culturais, com 80% dos viajantes possuindo alguma identificação com ela. Os puristas culturais gostam de viver as experiências locais tal como são, sem grande influência de fatores externos. Em segundo lugar, vieram os Caçadores de Simplicidade, que buscam basicamente evitar dificuldades durante a experiência total, da compra até a chegada.

Também bem posicionados estão os Buscadores de Capital Social, com 70%. Esse viajante procura compartilhar suas experiências nas redes sociais para gerar interação com seus conhecidos.

O estudo da Amadeus ouviu 1.000 viajantes em quatro países em 2017.

Carnaval: colar havaiano, espuma, máscara, confete e serpentina têm mais de 40% de imposto, alerta ACSP

O Carnaval vem aí. E, com ele, alegria e descontração. Mas, por trás dos artigos mais procurados durante a folia estão altos impostos. Estes podem passar de 40% do preço final, por exemplo, de colar havaiano (45,96%), spray de espuma (45,94%), máscara de plástico (43,93%), confete e serpentina (43,83%) e máscara de lantejoulas (42,71%).

Os dados são de levantamento encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) ao Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). As bebidas estão no topo da lista no quesito carga tributária: caipirinha (76,66%), chope (62,20%), cerveja (55,60%), refrigerante em garrafa (46,47%) e em lata (44,55%).

“O ICMS e o IPI são os impostos que mais pesam sobre as bebidas. Em contrapartida, a alta do consumo desses produtos é o que movimenta as vendas de bares, restaurantes e lanchonetes”, diz Marcel Solimeo, superintendente institucional da ACSP.

“O Carnaval impacta pouco o varejo tradicional paulistano, pois o consumo concentra-se na aquisição de itens de menor valor. Além disso, fevereiro já é um mês mais fraco para o comércio por ter menos dias úteis. Por outro lado, o Carnaval pode beneficiar o setor de serviços”, analisa ele.

No levantamento, as menores taxas são verificadas em três produtos: preservativo (18,75%), passagem aérea (22,32%) e hospedagem em hotel (29,56%).

O superintendente institucional da ACSP ressalta que a tributação geral dos produtos no Brasil é alta, “o que emperra a elevação do poder de compra e a engrenagem da economia”.

ARTIGO — O frevo Pernambucano

Por Herlon Cavalcanti

Para todos nós pernambucanos, é um orgulho o nosso frevo ter sido escolhido pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Desde 2007, ano do seu centenário, o frevo já era reconhecido com o título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

É certo que já estávamos esperando o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade por tudo que a força da cultura pernambucana, através das suas manifestações populares transmite. O frevo é uma expressão rítmica, forte e envolvente no período carnavalesco. Segundo fontes oficiais do Iphan, “sua origem se deu enraizada no Recife e em Olinda, no Estado de Pernambuco. Trata-se de um gênero musical urbano que surgiu no final do século 19, no Carnaval, em um momento de transição e efervescência social como uma forma de expressão popular nessas cidades”.

O frevo tem três modalidades: frevo de rua, frevo de bloco e frevo-canção. As pessoas se identificam com os passos, as canções, os blocos de rua, as irreverências, as cores, os brilhos, as alegrias, as criatividades e harmonias que envolvem todos sem distinção de cor, raça, crença e classe social. Porém, é preciso recordar.

Para que esse título fosse concedido, foi preciso tomar algumas precauções. Quem não se lembra quando a Prefeitura de Olinda, na gestão de Luciana Santos, proibiu no período de Carnaval a execução de músicas de axé, eletrônica ou outros sons que não fossem o frevo? Isso, na época, gerou uma polêmica danada, principalmente entre os jovens.

Particularmente, vibrei com aquela atitude da prefeita. Hoje, podemos colher os bons frutos culturais daquela decisão.

Acredito que, se não fosse tomada aquela atitude, talvez, hoje ,nosso Carnaval tivesse outra cara. Provavelmente, nosso velho e bom frevo teria sido esquecido. São atitudes como essa que precisamos acordar.

As nossas festas populares e os nossos ritmos tais como forró, xaxado, xote, entre outros, precisam ser mais valorizados e preservados, pois estamos falando das nossas manifestações e tradições.

Que neste Carnaval, o frevo possa ser atração principal.

As orquestras de frevo são verdadeiros patrimônios artísticos, tocando pérolas da música brasileira. O que seria do frevo sem os maestros e seus músicos? O que seria do frevo sem os passos dos capoeiristas? Sem Nelson Ferreira? Capiba? Claudionor Germano? Bloco da Saudade? E tantos outros.
Que venha o nosso carnaval e que possamos brincar em paz respeitando sempre as diversidades de ritmos.

ARTIGO — Entenda as novas regras do MEI

Por Dora Ramos

Desde o dia 1º de janeiro de 2018, os microempreendedores individuais (MEI) têm de seguir novas regras para se encaixar no Simples Nacional, regime de tributação aplicado a micro e pequenas empresas. A principal mudança é a ampliação do limite do faturamento de R$ 60 mil para R$ 81 mil anuais, o que pode gerar muitos questionamentos para os microempresários.

Quem estourou o limite do ano passado em até 20% (ou seja, faturou entre R$ 60 mil e R$ 72 mil) pode continuar no programa do MEI mediante o pagamento de um acréscimo sobre o valor excedente. Contudo, esse valor dependerá do setor de atuação no mercado: os percentuais para atividades ligadas ao comércio, para a indústria e para os serviços são, respectivamente, de 4%, 4,5% e 6%.

O microempreendimento que tiver faturado entre R$ 72 mil e R$ 81 mil também pode se enquadrar no MEI, porém o valor do acréscimo será calculado sobre o faturamento total – e não apenas sobre o valor excedido. Por exemplo, se uma empresa do comércio tiver faturado R$ 75 mil em 2017, terá de pagar R$ 3 mil em multa.

Vale ressaltar também que, para essas empresas que faturaram acima do limite no ano passado, a permanência como MEI não é mais automática. O responsável tem de informar à Receita Federal, por meio do Portal do Simples Nacional, que pretende voltar a se enquadrar como MEI.

Com essas mudanças, o empresário precisa avaliar se vale realmente a pena continuar como microempreendedor individual, pagando a nova taxa, ou se é melhor migrar para a categoria de microempresa (ME), cujo faturamento anual pode ser de até R$ 180 mil. O ideal, nesse caso, é buscar a ajuda de um profissional de contabilidade para julgar, em conjunto, a melhor decisão para o futuro dos negócios.

Além das regras sobre enquadramento, a partir deste ano, alguns profissionais, como personal trainers, não poderão mais ser enquadrados no MEI. Eles devem solicitar o seu desenquadramento pelo Portal do Simples Nacional. Por outro lado, novas ocupações agora podem ser consideradas microempreendimentos individuais: apicultores; cerqueiros; locadores de bicicletas, motocicletas, videogames e equipamento esportivo; viveiristas; prestadores de serviço de colheita, poda, preparação de terrenos, semeadura e roçagem, destocamento, lavração, gradagem e sulcamento – todos devem ser trabalhadores independentes.

Carnaval deve mobilizar 72 milhões de consumidores, aponta estudo do SPC Brasil e CNDL

O ano de 2018 mal começou e muitos brasileiros já fazem planos para comemorar a festa mais popular do país. Um levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que o Carnaval deve mobilizar mais de 72 milhões de consumidores em todas as capitais do país. De acordo com o estudo, 48% dos brasileiros devem realizar alguma compra ou contratação de serviços para aproveitar os dias de feriado. Os que não devem consumir produtos relacionados ao Carnaval somam 27% dos entrevistados, enquanto 25% mostram-se indecisos.

Por ser um dos feriados mais extensos do calendário, o Carnaval é uma data em que muitas pessoas decidem viajar para aproveitar a folia longe de casa. De acordo com o levantamento, 32% dos entrevistados devem viajar a lazer na data, 27% pretendem viajar para a casa de parentes e amigos, enquanto 20% devem participar de eventos na própria cidade onde moram. Os que vão descansar em retiros espirituais somam 4% da amostra. Os locais de hospedagem mais comuns devem ser a casa de familiares e amigos (46%), hotéis e pousadas (23%) e apartamentos, sítios ou casas alugadas (14%).

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, além de fazer parte da cultura nacional, o Carnaval representa um grande potencial de consumo para os empresários brasileiros. “Mais do que uma grande festa, o Carnaval é um grande negócio, que impulsiona muitos setores da economia. Se por um lado, o país inteiro está prestes a mergulhar em um longo feriado coletivo, por outro, a indústria do turismo e empresas de comércio e serviços comemoram o enorme alcance da data e se preparam para atender a uma demanda de consumo diversificada”, afirma Pellizzaro Junior.

De acordo com o levantamento, considerando os brasileiros que devem desembolsar no Carnaval deste ano, 49% planejam participar de blocos de rua para comemorar o feriado. Outras atividades comuns neste ano serão as festas em clube ou boates (26%), ensaios de escola de samba (24%), shows em trios elétricos (23%) e desfiles em escolas de samba (20%).

Gasto médio por consumidor será de R$ 847; consumo de cerveja e idas a bares e restaurantes serão principais gastos

De acordo com a pesquisa, a maior parte dos consumidores deve reduzir os gastos com o Carnaval ou mantê-los parecidos com os do ano passado. Quatro em cada dez (40%) entrevistados planejam gastar menos, enquanto 32% vão desembolsar a mesma quantia que em 2017. Os que pretendem aumentar os gastos somam 21% da amostra.

No total, o gasto médio do consumidor brasileiro com os dias de folia deve ser de aproximadamente R$ 847,35, cifra que sobe para R$ 969,10 entre os homens e para R$ 1.185,42 entre as pessoas das classes A e B.

O consumo de bebidas, como cerveja (57%), refrigerantes (52%) e água (52%), além de lanches (51%) e protetor solar (43%) serão os produtos mais consumidos no Carnaval deste ano. Destaca-se ainda que três em cada dez (31%) entrevistados devem adquirir alguma fantasia ou adereços para comemorar o feriado e 24% vão comprar preservativos.

Considerando os serviços, os mais procurados devem ser os de bares e restaurantes (50%), taxis ou serviços de transporte por aplicativos (31%), passagens aéreas (24%) e hospedagens em hotéis e pousadas (23%).

66% dos consumidores vão concentrar compras em supermercados. Apesar da inflação baixa, sensação é de que Carnaval está mais caro

Os supermercados são os locais que devem concentrar a maior parte das compras ligadas ao Carnaval: 66% dos consumidores devem frequentar algum desses estabelecimentos. Em segundo lugar aparecem os shopping centers (30%), em terceiro as lojas de rua (30%) e logo depois, as lojas de departamento (27%).

Apesar de a inflação ter se mantido abaixo da meta estipulada pelo governo em 2017, a maioria dos entrevistados (51%) acredita que os preços dos produtos e serviços ligados ao Carnaval estão mais caros neste ano do que no mesmo período do ano passado. Outros 30% consideram que estão na mesma faixa de preço, ao passo que 15% pensam estar mais baratos.

Considerando as despesas com comida e bebida, a pesquisa indica que a maioria tem a intenção de pagar à vista, seja em dinheiro (68%) ou no cartão de débito (47%). Algo semelhante ocorre com os gastos previstos com viagens nesse período. A metade (50%) desses entrevistados planeja pagá-las em dinheiro, enquanto 39% vão optar pelo cartão de débito e 38% escolherão as parcelas no cartão de crédito. Para quem vai dividir as despesas da viagem em prestações, a média é de seis parcelas, o que significa que o orçamento do consumidor ficará comprometido com esses gastos pelo menos até o mês de agosto.

Dois em cada dez entrevistados vão curtir o Carnaval sem ter planejadoorçamento. Carnaval do ano passado deixou 21% com o nome sujo

O levantamento demonstra que a empolgação com os gastos de Carnaval pode comprometer as finanças do brasileiro. Embora a maioria (80%) dos foliões garanta ter feito um planejamento para os gastos que farão no feriado, 20% das pessoas ouvidas disseram que vão aproveitar a data sem ter estipulado um teto de gastos ou juntado dinheiro para isso.

De modo geral, 40% dos consumidores que terão gastos no Carnaval deste ano admitem ter o costume de extrapolar o orçamento quando festejam a data, sobretudo com comidas e bebidas (24%), festas (14%) e viagens (12%).

O Carnaval do ano passado é um lembrete de que o excesso de gastos não planejados no orçamento pode trazer prejuízos e complicar a vida financeira do consumidor. Dados do levantamento apontam que 21% dos brasileiros que tiveram gastos no período do Carnaval de 2017 ficaram com o nome sujo por conta de pagamentos pendentes da data. E considerando aqueles que manifestaram a intenção de gastar no Carnaval de 2018, 31% estão com o CPF em cadastros de inadimplentes, principalmente os consumidores de 35 a 49 anos (41%) e das classes C, D e E (36%).

Para o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, a descontração e euforia típicas do Carnaval são naturais, mas os excessos podem custar caro ao bolso do consumidor. “Se o consumidor se deixar levar pela empolgação, o risco assumido é o de passar grande parte de 2018 lidando com as dívidas de poucos dias de festa. É necessário estabelecer um limite para os gastos e planejá-los com antecedência”, orienta Vignoli.

Maioria vai pegar estrada para aproveitar o Carnaval e 72% temem sofrer alguma violência

Outra constatação do estudo é que a maioria dos foliões vai pegar a estrada para passar o Carnaval. Considerando o meio de transporte, 64% vão optar pela viagem de automóvel, 35% escolherão ônibus e outros 23% devem viajar de avião.

De modo geral, sete em cada dez (69%) consumidores que vão aproveitar o Carnaval pretendem usar seus perfis nas redes sociais para compartilhar com os amigos os momentos de descontração. Apesar de toda a alegria associada ao Carnaval, 72% dos entrevistados temem sofrer algum tipo de violência durante as festas do feriado.

Metodologia

Inicialmente foram ouvidos 1.211 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia consumir no Carnaval e, depois, a partir de 648 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo. A margem de erro é de no máximo 2,8 e 3,8 p.p, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%.

ARTIGO — Como fazer um planejamento eficiente nas vendas?

Carlos Cruz

O ano de 2017 foi marcado por uma leve retomada na economia do país e, consequentemente, nas vendas. Segundo o Indicador Movimento do Comércio, apurado pela Boa Vista SCPC, o setor cresceu 1,5% no ano passado, na comparação com 2016, o que representa a primeira expansão desde 2014. Seguindo esses dados, podemos esperar que 2018 seja um período ainda melhor para as vendas.

Mas será que você, gestor, está preparado para vender mais? Fazer o planejamento de todo o ano é fundamental, levando em conta todas as estratégias e táticas – sim, elas têm significados diferentes: a estratégia mostra a posição atual e traça a trajetória para se chegar à posição desejada; já a tática é a implementação dessa estratégia, é o colocar em prática as ações pré-definidas. Enquanto a estratégia é abstrata e baseada em objetivos de longo prazo, a tática é concreta e baseada na descoberta das melhores ações imediatas.

Para definir o plano e tirá-lo do papel, é necessário reservar um tempo para estudar o seu negócio, para avaliar o potencial de cada proposta, para conhecer o perfil dos seus clientes, para identificar as oportunidades e os gaps. Confira algumas ações fundamentais para potencializar as vendas neste ano:

1. Defina objetivos – Para planejar as atitudes que serão tomadas durante o ano, determine o que deseja alcançar. É impossível optar por uma tática, sem ter um norte para seguir. Por exemplo, busque aumentar a carteira de clientes, com o intuito de melhorar as vendas e expandir seu networking;

2. Saiba analisar- Após definir quais são as metas, é importante analisar se o que está sendo feito atualmente é eficiente. Se a resposta for “não” ou “não o suficiente”, está na hora de mudar as táticas de vendas. O vendedor que não consegue realizar uma negociação de forma assertiva, por exemplo, deve investir na quantidade de contatos realizados;

3. Estude o mercado e a clientela – O vendedor deve conhecer bem o seu setor e os responsáveis pela tomada de decisão. Isso ajuda a enxergar os problemas e a oferecer as soluções corretas, porém exige que o profissional reserve um tempo para estudo e planejamento;

4. Coloque em prática – Depois da fase de análise, existem as ações táticas. Avalie quais atitudes serão tomadas, por qual motivo e o que é preciso fazer para atingir os objetivos propostos. Para aumentar o ticket-médio, por exemplo, uma estratégia é estimular o time de vendas com workshops e comissões diferenciadas, com o intuito de oferecer aos profissionais novas técnicas de abordagem e ainda mantê-los concentrados;

5. Estipule prazos – Para o período tático, faça cronogramas com os passos que deverão ser dados dentro do período estipulado. Possuir todo o planejamento em um documento permite ter uma noção de prioridades e urgências. Monte o seu Plano Tático de Vendas e bons negócios!