Comarcas do Cabo e de Paulista vão receber Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania

O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Resolução e Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) vai implantar duas unidades de Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), nas Comarcas do Cabo de Santo Agostinho e de Paulista. Os eventos de implantação serão realizados nesta quarta-feira (22/11).

O Cejusc do Cabo de Santo Agostinho vai ser implantado às 10h, no Fórum da comarca, localizado na Avenida Presidente Getúlio Vargas, nº 482, Centro. A unidade será coordenada pelo juiz Roberto Jordão, que atua na 5ª Vara Cível do Cabo.

O Cejusc de Paulista é fruto da parceria firmada entre o TJPE e a Faculdade Joaquim Nabuco, no dia 14 de novembro, e vai funcionar nas dependências da instituição de ensino. A implantação do Cejusc da comarca acontece às 17h. A unidade terá o juiz Leonardo Asfora como coordenador.

“As unidades vão funcionar em prol da população como mais uma opção de composição amigável dos conflitos, uma vez que as demandas direcionadas aos Cejusc’s serão tratadas pela conciliação judicial”, afirma o coordenador adjunto do Nupemec, juiz Breno Duarte.

Os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania são unidades auxiliares do Poder Judiciário de Pernambuco que possuem a finalidade de promover a solução dos conflitos por meios e técnicas consensuais, a exemplo do que ocorre nas Câmaras de Conciliação e Mediação. Para atendimento no local, não é obrigatório o acompanhamento de advogado para fazer um pedido de conciliação.

Serviço:

Implantação do Cejusc do Cabo de Santo Agostinho
Data: 22/11
Hora: 10h
Local: Fórum da Comarca do Cabo de Santo Agostinho
Endereço: Avenida Presidente Getúlio Vargas, nº 482, Centro. Cabo de Santo Agostinho – PE.

Implantação do Cejusc de Paulista
Data: 22/11
Hora: 17h
Local: Faculdade Joaquim Nabuco (pavimento térreo, próximo à Câmara de Conciliação)
Endereço: Avenida Marechal Floriano Peixoto, s/n, Centro, Paulista – PE.

‘Se não houver fraude, estarei no 2° turno’, diz Bolsonaro

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Folhape

Em entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que, se não houver fraude nas eleições de 2018, com certeza chegará ao segundo turno da disputa. “Sou diferente de todos os presidenciáveis que estão aí. Quem declara voto em mim dificilmente mudará. Não havendo fraude, com certeza estarei no segundo turno”, afirmou.

O pré-candidato diz contar com a simpatia de grupos específicos, como os evangélicos, os que querem ter arma em casa e setores do agronegócio. Acredita, no entanto, que as eleições em urnas eletrônicas no Brasil não são limpas, e por isso defende a impressão do voto.

Bolsonaro participou de uma série do programa “Canal Livre” com os presidenciáveis. Foi entrevistado, na madrugada de domingo (19) para segunda (20), pelos jornalistas Fabio Pannunzio, Fernando Mitre, Julia Duailibi, Sérgio Amaral e Mônica Bergamo. Por quase uma hora, tratou de temas como economia, segurança pública e a relação entre Executivo e o Congresso.

Questionado sobre manifestações pelo país que defendem o autoritarismo, disse que nunca pregou uma intervenção militar. “Mas se chegarmos ao caos, as Forças Armadas vão intervir para a manutenção da lei e da ordem”, afirmou, ecoando comentário similar do general Antonio Hamilton Mourão em setembro deste ano.

Bolsonaro disse ser favorável à privatização de estatais, mas defendeu que cada caso específico seja analisado com cuidado. Vê com receio, por exemplo, a entrada de capital chinês no país. “A China não está comprando do Brasil, e sim o Brasil.”

Bolsonaro fez críticas à Folha de S.Paulo ao ser questionado a respeito de um levantamento de sua carreira no Congresso publicado pelo jornal. O texto revela que, a despeito do discurso liberal adotado recentemente, ele votou com o PT em temas econômicos durante o governo Lula. “A Folha não é referência de nada. Não atendo mais a Folha. Eles deturpam tudo.”

Na conversa, Bolsonaro afirmou ainda ser imune à corrupção e que, em caso de vitória, não seguirá o modelo “toma lá, dá cá” para distribuir cargos. Comporá um eventual ministério, afirmou, guiado apenas por critérios de competência, sem buscar agradar movimentos feministas, negros ou LGBTIs.

Quanto a este último ponto, criticou a discussão de gênero nos colégios. “Eu quero que todos, inclusive os gays, sejam felizes, mas que esse tipo de comportamento não seja ensinado nas escolas”, argumentou. “Os pais querem ver o filho jogando futebol, não brincando de boneca por causa da escola.”

Ao tratar o tema da segurança pública, um dos principais eixos de seu discurso, defendeu maior rigor e a adoção de medidas enérgicas no combate ao crime. “Se morrerem 40 mil bandidos [por ano, por ação da polícia], temos que passar para 80 mil. Não há outro caminho. Não dá para combater violência com políticas de paz e amor”, afirmou.

“Preso não deve ter direito nenhum, não é mais cidadão. O sentido da cadeia não é ressocializar, mas tirar o marginal da sociedade.”

No encerramento do programa, em suas considerações finais, Bolsonaro afirmou que o Brasil “precisa de um presidente honesto que tenha Deus no coração”.

Marina Elali canta no aniversário do Manhattan Café Theatro

marina elali foto rogério fidaldo

A cantora Marina Elali dá mais um passo significativo para elevar sua carreira a nível nacional. Com mais de 17 canções compondo trilhas sonoras de novelas globais, a artista, agora, lança a faixa “O Que a Gente Faz Agora?”, cuja produção foi assinada por Dudu Falcão. O lançamento, feito em todas as plataformas digitais – Youtube, Spotify, Deezer – e é tema da novela “Tempo de Amar”. Os fãs da musa poderão conferir o som em apresentação comemorativa aos 12 anos no Manhattan Café Theatro, marcada para o dia 02 de dezembro, às 21h. A abertura do show fica por conta dos Garçons Cantores.

Marina, há mais de uma década, foi participante do reality musical Fama, apresentado por Angélica. Não foi vencedora, mas sua participação foi marcante. A voz singular não seria esquecida. No ano seguinte, lançou “One Last Cry”, canção em inglês que encabeçou o topo das paradas musicais brasileiras e, de quebra, foi tema em “Páginas da Vida”, produção de Manoel Carlos. “Eu Vou Seguir” deu continuidade ao legado de sucesso da cantora. Ao todo, Marina lançou quatro álbuns – sendo dois deles registros ao vivo -, intitulados Marina Elali e De Corpo e Alma Outra Vez.

“O Que a Gente Faz Agora?” Foi composta há mais de dez anos. Marina, por sua vez, optou por guardá-la. No momento oportuno ofereceu-a ao projeto certo. “Um dia desses li que a Rede Globo estava produzindo uma novela romântica, de época. Vi algumas fotos das filmagens e tive certeza de que tinha chegado o momento da música. Enviei a gravação e ela foi escolhida para compor a trilha da novela”, conta a cantora. O vídeo para divulgar o single conta com imagens do seu casamento com o produtor JC Salvatierra.

Inovador, o Manhattan Café Theatro reúne em um mesmo ambiente, música de qualidade e uma boa gastronomia, promovendo o encontro de pessoas que, além de se divertir com a família e amigos, dispõem de uma opção de entretenimento nas noites recifenses. O Manhattan Café Theatro fica na Rua Francisco da Cunha, 881, Boa Viagem. O couvert artístico custa R$ 100.

Pernambuco tem maior taxa de desemprego

Folhape

O desemprego em Pernambuco registrou queda pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o que mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) para os meses de julho, agosto e setembro, quando 17,9% dos pernambucanos economicamente ativos estavam sem ocupação, contra 18,8% nos três meses anteriores. Apesar da diferença, Pernambuco teve a pior taxa entre as unidades federativas, muito acima da média nacional de 12,4%. No mesmo período de 2016, a taxa de desemprego marcava 15,5%. Este ano, é a segunda vez que o Estado fica em último no ranking trimestral.

O desempenho do Recife foi ainda pior. A capital apresentou aumento no percentual de desempregados, de 19,7 para 20%. Em dois anos – na comparação com o terceiro trimestre de 2015 – a desocupação entre os recifenses quase dobrou (era de 10,2%). Na época, a estatística municipal estava menos de dois pontos percentuais acima da média brasileira. Hoje, a diferença conta quase 7 pontos. Na análise regional, o Nordeste tem a maior taxa do País – 14,8% estão sem trabalho. Dos estados nordestinos, apenas três registraram média inferior à nacional: Paraíba (10,8%), Ceará (11,8%) e Piauí (12%).

De volta a Pernambuco, 26 mil novos trabalhadores passaram a ter carteira assinada e 22 mil tornaram-se empregadores. Na análise por “posição na ocupação”, que estuda as relações entre empregado e patrão, apenas o contingente de pessoas engajadas no trabalho por conta própria (porém sem funcionários) caiu. Everaldo Silva, de 49 anos, sonha ingressar na categoria “empregador”, à medida que seu negócio de salgados e doces continuar dando certo. Desempregado há três anos, o ex-gari decidiu parar de procurar emprego para investir nos próprios produtos, que vende pelas ruas da Região Metropolitana do Recife.

A cor da pele do vendedor também virou estatística. Segundo o IBGE, 55,1% dos trabalhadores brasileiros por conta própria são pretos ou pardos. Entre essas etnias, 2,5% são ambulantes. Para o instituto, os números revelam a desigualdade do mercado de trabalho brasileiro, fruto de um processo que iniciou no Brasil colonial.

Diferentemente de Everaldo Silva, Ezequias Dias, 34, entrou para os números de desemprego no começo deste ano e ainda não desistiu da busca. Os contatos que tem feito mantêm acesa a esperança de terminar 2017 empregado. Ele se queixa das exigências acadêmicas impostas pelas empresas, no entanto. Dizem que “não levam em consideração se a pessoa tem experiência ou não”. Enquanto isso, Giannino Gama, 36, está fora do mercado formal desde 2012. Ele recorre a pequenos trabalhos para custear o aluguel e o sustento dos dois filhos e da mulher, que também está desempregada. “O desemprego tá muito grande, não só pra mim, mas no Brasil inteiro”, fala.

“Sou candidato a governador e vou ganhar a eleição”, diz FBC

Inaldo Sampaio/Folhape

O senador Fernando Bezerra Coelho informa à coluna que após demorada reflexão sobre o cenário político estadual para 2018, decidiu: “Sou candidato a governador e vou derrotar esse governo (Paulo Câmara) por muitos votos”. Foi a primeira vez nos últimos 60 dias que o senador assumiu-se claramente como candidato ao Palácio do Campo das Princesas, sem embargo do diálogo mantido com outras forças políticas da Oposição a exemplo do senador Armando Monteiro, do ministro Mendonça Filho e do ex-ministro Bruno Araújo. Ele nota disposição em Armando no sentido de concorrer pela segunda vez ao Governo do Estado, percebe Mendonça na expectativa de compor a chapa de Alckmin como representante do DEM na região Nordeste e vê interesse em Bruno Araújo no sentido de disputar uma vaga de senador. Por esse motivo, pretende repetir a mesma estratégia utilizada por Eduardo Campos em 2006: pé na estrada para chegar ao ano da eleição tendo visitado praticamente todos os municípios pernambucanos. O senador se convenceu de que a eleição será em dois turnos e que os finalistas serão ele e Paulo Câmara. No segundo turno, que será nova eleição, o processo se encarregaria de reunir todos contra o governador – de Marília Arraes a Antonio Campos, de Armando Monteiro a Bruno Araújo, de Mendonça Filho a Humberto Costa, passando ainda por Raul Jungmann, Elias Gomes, João Lyra Neto, Sílvio Costa, Joaquim Francisco e Priscila Krause.

Vitória política
Questionado sobre a disputa político-jurídica com Jarbas Vasconcelos pelo controle do PMDB estadual, Fernando Bezerra Coelho respondeu: “Nossa defesa está bem encaminhada, mas politicamente isso já está resolvido! O partido é nosso. No entanto, mesmo que a gente perca na justiça, a direção nacional irá reunir-se no próximo dia 17/12 e dará a palavra final em nosso favor”.

Conselho > Segundo Fernando Bezerra, Jarbas e Raul Henry alegaram em suas ações que só quem pode intervir em diretórios estaduais é o “conselho político” do PMDB, órgão que nunca se reuniu e que foi extirpado do estatuto do partido em 2014. “Portanto, o estatuto que vai valer é o que a direção nacional disser que vale”.

Parecer > O senador também não tem dúvida de que o parecer do deputado Baleia Rossi (PMDB-SP) será favorável à dissolução do PMDB Pernambuco, bem como à sua reestruturação sob o comando dele, do filho, Fernandinho, ministro de Temer, e do prefeito Miguel Coelho (Petrolina).

Placar > Fernando Bezerra e o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá, já mapearam os votos dos 23 membros da executiva nacional do partido. Na pior das hipóteses, diz ele, 17 dos 23 membros votarão em seu favor para dar uma “nova orientação política” ao PMDB estadual.

O centro > Alckmin inicia hoje por Pernambuco sua caminhada em direção à Presidência da República. Para o Brasil, que atravessa dias turbulentos, é o melhor candidato: experiência comprovada, sensatez, equilíbrio e probidade. Mas a decepção do povo com políticos tradicionais é tanta que eventual eleição de Bolsonaro ou de Luciano Huck seria um desastre, mas não uma surpresa.

Criança de 12 anos é baleada pelo irmão durante brincadeira em Gravatá

Folhape

Um menino de 12 anos deu entrada no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na área Central do Recife, após ser baleado pelo irmão, um adolescente de 15 anos. O caso aconteceu em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, no último sábado (20).

O disparo teria sido acidental. Os irmãos estavam brincando de “polícia e ladrão” com uma arma antiga de um parente deles quando houve o disparo. Por ser tratar de uma arma velha, o adolescente não contava que ela estaria municiada.

A criança foi socorrida e levada ao HR. A assessoria de imprensa da unidade de saúde informou que o menino segue internado, em estado grave, na emergência pediátrica do hospital. O garoto segue entubado.

Sábado tem as estórias da Cigana na Madalena

A Cigana Contadora de Estórias - Foto Victor Vargas

No próximo sábado (25), a escritora Gabriela Kopinits, a Cigana Contadora de Estórias, vai estar na Praça Eça de Queiroz, na Madalena, participando da terceira edição do “Eça é a Nossa Praça”. Este ano o evento terá como tema os livros infantis e a Cigana Contadora de Estórias vai falar sobre o seu – “Era uma vez… estórias de uma contadora de estórias” – publicado pela Cepe Editora. “Fiquei muito contente com o convite, ainda mais agora que esgotamos a primeira edição do ‘Era uma vez’ e seguimos com força redobrada para a segunda etapa”, comenta Gabriela.

Além da Cigana, haverá o lançamento de livros infantis, contação de estórias, recreação, troca-troca de livros usados, exposição fotográfica, feira de vinil, comidinhas e show de Muta. A Cepe Editora também vai marcar presença com sua loja-trailer. A entrada é gratuita.

SERVIÇO:
A Cigana Contadora de Estórias no III Eça é a Nossa Praça

Praça Eça de Queiroz (Av. Visconde de Albuquerque com a Rua Januário Barbosa) na Madalena

Dia 25 de novembro, a partir das 15h

Entrada franca

PROGRAMAÇÃO COMPLETA
– Lançamentos de livros infantis
– Estande da Companhia Editora de Pernambuco
– Exposição QuilomBOLA de Costa Neto
– Comidinhas e bebidinhas
– Feira e exposição da Confraria do Vinil de Pernambuco
– Recreação gratuita para as crianças com a Leão Marinho
– Oficina sensorial com a Casa das Asas
– Lambe-lambe com a Bela Vista Photos
– Contação de estórias com O Tapete Voador.
– Comidinhas e bebidinhas
– Show de Muta

Lula diz que Bolsonaro ‘tem direito’ a se candidatar

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Folhape

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no domingo (19) que a esquerda no país está “fragilizada” e que um de seus principais opositores, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), tem o “direito de ser candidato”. “O Brasil tem que colher aquilo que planta”, declarou.

“Eu não sou de extrema esquerda e muito menos o Bolsonaro é de extrema direita. O Bolsonaro é mais do que isso e quem convive com ele sabe o que ele é. Não vou dizer porque acho que ele tem o direito de ser candidato, de convencer as pessoas, e o Brasil tem que colher aquilo que planta”, disse Lula.

Segundo o petista, o Congresso Nacional de hoje -com bancadas conservadoras expressivas-; é o reflexo do “pensamento político da sociedade brasileira em 2014”.
Em discurso de cerca de quarenta minutos durante o encontro do PC do B, em Brasília, Lula disse que a aliança formada por partidos de esquerda “está mais perdendo do que ganhando” e que é preciso mudar o discurso e a postura para vencer as eleições de 2018.

“Nós estamos fragilizados na luta para evitar [o desmonte do Estado], porque os congressistas que estão votando para desmontar não têm compromisso conosco. Se a gente não tomar cuidado, vai piorar nas próximas eleições. Toda vez que se fala em mudança, piora. Precisamos pensar no que fazer”, afirmou o ex-presidente.

“Não tenho mais idade de ficar criando o ‘Fora, Temer’ e ele estar dentro, de ficar criando o ‘não vai ter golpe’ e ter golpe. Vamos ter que parar de gritar e evitar que isso aconteça mesmo”, completou.

Uma militante da plateia chegou a falar que a solução, neste caso, seria “pegar em armas”, em referência aos movimentos contrários à ditadura. Lula respondeu rindo e disse que era melhor “nem falar disso”. “Eu não sei usar [armas]”.

O ex-presidente criticou mais uma vez o governo de Michel Temer e classificou o peemedebista e seus aliados como “ururpadores”. “O compromisso deles é com o mercado, é atender ao desmonte do Estado”, afirmou em referência à reforma trabalhista que, na avaliação do ex-presidente, retira direito dos trabalhadores.

Alvaro Dias lança pré-candidatura presidencial e diz que sociedade deseja “políticos com passado limpo”

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Congresso em Foco

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) divulgou sua pré-candidatura à Presidência em 2018. Em seu discurso de presidenciável, Dias afirmou que a sociedade deseja “político com passado limpo e que saiba administrar”. “O brasileiro real, aquele que está fora do mundo político, não deseja um outsider, não deseja uma disputa entre direita e esquerda. A novidade que as pessoas querem é um político com o passado limpo e que saiba administrar”, ressaltou.

Durante o evento realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, promovido pela juventude de seu partido, nesse domingo (19), o senador elogiou as ações de combate à corrupção do Ministério Público, da Justiça e da Polícia Federal. Em contraponto, fez duras críticas aos grandes partidos políticos. “A situação chegou a tal ponto que o jurista Modesto Carvalhosa pediu a extinção dos nove maiores partidos brasileiros, por corrupção”.

Álvaro Dias também disse que não fará alianças partidárias. “Quero ficar distante das alianças partidárias. Elas são a maior desgraça administrativa que se implantou no país”. Para ele, as últimas derrotas do PSDB nas urnas se deve, em grande parte, às alianças realizadas pela legenda.

“O PSDB já perdeu várias eleições e deve perder mais uma em 2018. Ele está entre os partidos que serão rejeitados na eleição, especialmente por ter feito aliança com o PMDB no impeachment da Dilma”, disse.

Ex-líder do PSDB, Álvaro Dias assinou sua desfiliação da sigla tucana em janeiro do ano passado. Na época, migrou para o Partido Vede (PV), onde ficou até julho deste ano, quando saiu para ingressar no Podemos. A filiação no Podemos foi com o propósito de concorrer à Presidência da República.

Antes de adotar o nome de Podemos, a legenda se chamava PTN. A mudança de nome foi autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio deste ano. O PTN tem registro eleitoral no TSE desde 2 de outubro de 1997. Antes da ditadura militar, a legenda – fundada em 2 de maio de 1945 – foi formada por dissidentes do PTB. Foi pelo PTN que Jânio Quadros se elegeu presidente da República em 1960. A agremiação foi extinta no regime militar (1964-1985) por meio do Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965.

Novo diretor da PF toma posse e promete que combate à corrupção será prioridade em sua gestão

Congresso em Foco

Escolhido pelo presidente Michel Temer (PMDB), Fernando Segóvia tomou posse do cargo de diretor-geral da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (20). Em evento realizado no Ministério da Justiça, que também contou com a presença de Temer e de seu antecessor Leandro Daiello, Segóvia prometeu tratar o combate à corrupção como prioridade em sua gestão.

“Buscaremos o combate incansável à corrupção no Brasil, que continuará a ser agenda prioritária na Polícia Federal”, afirmou. Ao mencionar o combate à corrupção, Segóvia citou operações em curso como as operações Lava Jato, Cui Bono, Lama Asfáltica e Cadeia Velha.

O novo diretor-geral da PF pregou união e trabalho em equipe da categoria. Ele também pediu união para trabalhar com o Ministério Público Federal (MPF), órgão que por vezes entra em embate com a PF. De acordo com ele, há “uma triste disputa” entre a PF e o Ministério Público Federal, mas que conta com a maturidade dessas instituições para encerrá-la.

Formado em direito pela Universidade de Brasília UnB), Segóvia está há 22 anos na Polícia Federal. Foi superintendente regional da PF no Maranhão, base política do ex-presidente da República José Sarney, e adido policial na África do Sul. Em boa parte de sua carreira, exerceu funções de inteligência nas fronteiras do Brasil.

Daiello estava no comando da PF desde 2011 , nomeado na gestão do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e já havia manifestado interesse em deixar o cargo. Ele foi o o diretor-geral mais longevo desde a redemocratização (1985) e estava à frente das operações da Lava Jato desde o início das investigações, cujas primeiras ações foram deflagradas em março de 2014.

Em seu discurso de despedida, desejou “sucesso e êxito” a Segóvia e afirmou que, apesar de estar se aposentando, estará sempre pronto “a ajudar e trabalhar em conjunto na Polícia Federal”. Daiello agradeceu empenho e trabalho dos colegas policiais e citou que maior patrimônio da PF são seus servidores. Sua aposentadoria saiu no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20).

Articulações

Alvos da Operação Lava Jato, Temer é apontado pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o chefe do “Quadrilhão do PMDB”, em denúncia realizada em setembro deste ano ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao lado dele, também são acusados o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os ex-ministros Henrique Alves (PMDB-RN) e Geddel Vieira Lima (PMDB) – ambos presos na Operação Lava Jato. Além deles, seus atuais ministros Eliseu Padilha, Casa Civil, e Moreira Franco, Secretaria-Geral da Presidência, foram denunciados por organização criminosa e obstrução de Justiça.

Sarney também era um dos alvos da Operação Lava Jato, denunciado por obstrução de Justiça, ao lado dos senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR). No entanto, em outubro o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, arquivou o inquérito O ex-presidente ajudou Temer na escolha do novo diretor.

Esse fato suscitou a hipótese de que, com a troca de Daiello, Temer e demais políticos investigados passariam a procurar alguém de perfil moderado para a função. A substituição foi bem recebida pela cúpula do Palácio do Planalto, repleta de investigados.

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, apesar de ter assumido o posto com declarações que apontavam para uma mudança na PF, não participou do processo de escolha e apenas foi comunicado da decisão um dia antes de a indicação ser oficializada pelo presidente.