Divulgado resultado com os pedidos de isenção para concurso do TJPE

Foi divulgada, na terça-feira (1º/8), a lista com o resultado dos pedidos de isenção do pagamento de taxa de inscrição do concurso público para o provimento de servidor do Poder Judiciário de Pernambuco. Das mais de 31 mil solicitações, exatas 22.668 foram deferidas pela organizadora do certame, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). Quem teve o pedido indeferido pode recorrer da decisão das 9h de quarta-feira (2/8) até as 16h de quinta (3/8), pelo horário de Brasília (DF), no site www.ibfc.org.br. Na maioria dos casos, houve problemas com o Número de Identificação Social (NIS).

Após o recurso, quem não tiver a solicitação de isenção aprovada ainda pode se inscrever no certame do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e realizar o pagamento da taxa, que custa R$55,00 para os cargos de nível médio e R$63,00 para os de superior. As inscrições seguem até 24 de agosto, também no site do IBFC, com quitação do boleto permitida até o dia 25. No total, são oferecidas 109 vagas para diferentes níveis de formação, além de cadastro de reserva. Os vencimentos variam de R$4.222,45 (médio) a R$5.502,12 (superior). O certame terá validade de dois anos a partir da publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período.

Começam testes do eSocial para as empresas

Desde a terça-feira (1º), as empresas brasileiras estão podendo acessar o eSocial criado especialmente para elas. Por meio desse sistema, os empresários poderão cumprir todas as suas obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias de forma unificada. Nesse primeiro momento, será disponibilizado apenas o ambiente de testes. O uso do sistema passará a ser obrigatório para os pequenos negócios a partir de 1º de julho do próximo ano.

De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a proposta é oferecer aos microempreendedores individuais (MEI) e às micro e pequenas empresas um sistema com plataforma simplificada, a exemplo do que já acontece com o eSocial Doméstico. “Isso irá unificar as obrigações trabalhistas e previdenciárias, o que reduzirá muito a burocracia e, consequentemente, permitirá que o empresário tenha mais tempo para se dedicar ao seu negócio”.

Afif ainda enfatiza que com essa ação serão eliminadas obrigações que são encaradas mensalmente pelos empreendedores. Assim, as informações que serão encaminhadas ao programa já precisam ser registradas pelas empresas. “O portal é mais um passo dado na redução da burocracia. A forma como os negócios optantes pelo Simples Nacional prestam informações ao governo será ainda mais simplificada”.

A implantação deste período de testes tem como foco a adaptação das empresas ao sistema, além da verificação de falhas e do aperfeiçoamento da plataforma. De acordo com o Comitê Gestor do eSocial, vinculado ao Ministério da Fazenda, esse é o momento para que as empresas possam aperfeiçoar seus cadastros e validar seus sistemas antes do início da obrigatoriedade oficial do uso do portal em 2018.

A criação do eSocial para as empresas faz parte do Empreender Mais Simples, convênio assinado entre o Sebrae e o Governo Federal, no início do ano, para criar uma série de ferramentas com foco na melhoria do ambiente de negócios, na redução da burocracia e na agilidade dos processos de gestão das micro e pequenas empresas. A parceria prevê o aperfeiçoamento ou a criação de dez sistemas que irão diminuir a complexidade e o tempo gasto no cumprimento das obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e de formalização. Para isso, o Sebrae investirá R$ 200 milhões até o final do próximo ano.

“Estamos trabalhando de forma planejada e sem parar”, diz Câmara

IMG_7880

“É preciso honestidade, responsabilidade, zelo com a coisa pública e, acima de tudo, presença no dia a dia das pessoas, para ouvir e poder olhar, de cabeça erguida, para o povo. Eu posso assegurar que estamos trabalhando com afinco, de forma planejada e sem parar”. Esta foi a mensagem central que o governador Paulo Câmara passou, na terça-feira (01/08), na reabertura das atividades da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na área Central do Recife, realizada no novo plenário – batizado com o nome do ex-governador Eduardo Campos.

Durante o reinício dos trabalhos legislativos, o governador citou os avanços da gestão, e destacou o papel do Poder Legislativo na discussão de políticas públicas e na aprovação de projetos importantes para o povo pernambucano. Na ocasião, o governador pontuou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 será mais conservadora em virtude do cenário fiscal do Brasil. “Fizemos uma LDO para 2018 pé no chão porque assim exigem os tempos, mas que prevê os recursos para a Saúde, para a Educação, para questões de funcionalismo público e investimentos. Nosso Plano de Segurança também está totalmente garantido”, esclareceu. Paulo Câmara destacou que, diferentemente de outros estados, Pernambuco tem conseguido realizar investimentos, tendo aplicado, em dois anos e meio, mais de R$ 3,5 bilhões. “A gente espera ter condições de, em 2018, investir algo em torno de R$ 1,5 bilhão”, pontuou.

Durante o discurso, o gestor afirmou que os resultados das ações de governo já começaram a fazer parte da vida das pessoas. Um dos destaques é a educação. Pernambuco é o primeiro lugar tanto do IDEB como no ranking nacional com apenas 1% de taxa de abandono. O Governo também contratou mais de 2.600 professores e possui a menor diferença qualitativa entre o ensino público e privado.

O governador frisou, ainda, que o Plano de Segurança está em plena execução, no qual estão sendo investidos R$ 290 milhões na realização de várias ações estratégicas. O gestor destacou que o combate à seca também é um foco da administração, que já investiu mais de R$ 300 milhões em infraestrutura hídrica. “É preciso honestidade, responsabilidade, zelo com a coisa pública e, acima de tudo, presença no dia a dia das pessoas, para ouvir e poder olhar, de cabeça erguida, para o povo”, ressaltou.

Com relação à retomada das atividades da Alepe, Paulo Câmara frisou que as novas instalações serão revertidas em ações importantes na busca diária do interesse público. “Eu tenho plena confiança no trabalho dos deputados e deputadas, e sei que vou contar com eles para que, juntos, possamos ter condições de avançar por um Pernambuco que precisa oferecer serviços melhores para a população”.

O presidente da Casa, Guilherme Uchôa, destacou a importância das tecnologias instaladas no novo prédio-sede, frisando que será fundamental para que o povo pernambucano acompanhe as atividades legislativas. “A decisão de instalarmos uma série de inovações, como, por exemplo, o painel eletrônico e o registro dos parlamentares, vai ao encontro do que a população quer: obter mais transparência no acompanhamento das ações legislativas”, afirmou Uchôa, acrescentando que o Museu Palácio Joaquim Nabuco – antiga sede da Alepe – passará por um processo de restauração antes de ser aberto para visitação pública.

O deputado estadual e líder do Governo, Isaltino Nascimento, frisou a satisfação de estar integrado a um projeto político em que acredita ser o melhor para Pernambuco. “Somos felizes em retornar ao trabalho legislativo numa sede nova, com condições excelentes e que traz o nome de Miguel Arraes, líder político histórico, e ainda tem um plenário para nossas discussões democráticas cujo nome é Eduardo Campos. Esse é um reconhecimento justo por serem figuras que transcendem Pernambuco, com nomes de relevância nacional”, afirmou.

Acompanharam o governador os secretários Antônio Figueira (Casa Civil); André Campos (Articulação Parlamentar da Casa Civil); e Márcio Stefanni (Planejamento e Gestão); e o chefe de gabinete, João Campos.

Fardamento do Vitalino Comedoria homenageia Luiz Gonzaga

Estampa Luar do Sertão

Cada detalhe do Vitalino Comedoria foi minuciosamente pensado. A atmosfera regional que está na decoração aparece também no fardamento da equipe. Os empresários Cem e Ivone Wu foram buscar no talento do designer pernambucano Guilherme Luigi estampas diferenciadas e exclusivas para compor o look dos uniformes do Restaurante.

O olhar mais atento vai perceber que os lenços e as saias que compõem o fardamento exibem estampas geométricas criadas por Luigi no trabalho intitulado Estamparia Gonzaguiana. Inspirado nas músicas e na paisagem sertaneja do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, o designer criou 12 estampas com referências ao universo de Gonzaga, em homenagem pelo seu centenário. Para o Vitalino Comedoria, as estampas escolhidas foram Balão Multicor e Luar do Sertão. O Balão Multicor é uma estampa geométrica inspirada na música Olha pro céu meu amor. “A forma geométrica provoca um efeito óptico que faz os objetos se multiplicarem e ora se vêem, ora não se vêem, como sugere a canção com os balões”, explica Luigi.

Outra estampa que está no uniforme da equipe do Restaurante foi a Luar do Sertão, em referência à música de mesmo nome cantada por Luiz Gonzaga. O designer explica a concepção da estampa: “da aplicação clássica de estrelas inscritas em hexágonos nos gibões de Gonzaga, foi composta essa estampa geométrica. Roubando as estrelas lá do céu, como predizia a emblemática letra. Apresenta também losangos e triângulos em efeito caleidoscópico”.

Já o estilista responsável pela concepção do fardamento foi Mateus Barros. Ele incorporou as estampas criadas por Luigi e deixou o fardamento do Vitalino Comedoria repleto da identidade cultural do Nordeste.

Sobre Guilherme Luigi

Guilherme Luigi é designer gráfico formado pela UFPE e com mestrado em design de produto pela ELISAVA em Barcelona. Desenvolve projetos na área design de superfície, tipografia, arquitetura e patrimônio como o Dingbat Cobogó, Dingbat Ladrilho e as Estampas Gonzaguianas. Possui projetos premiados como a identidade visual do Centro de Artesanato de Pernambuco que recebeu destaque na bienal da ADG de 2013 e participações em mostras no Brasil (10º Bienal da ADG, Cidade Gráfica) e na Europa (FAD Expo, EL millor disseny de l’any). Atualmente, trabalha focado na pesquisa da paisagem gráfica das cidades brasileiras e com e prestação de serviço voltado à cadeia produtiva da cultura.

Caruaru sedia seminário sobre Programa Especial de Regularização Tributária

A Associação dos Contabilistas de Caruaru e Agreste de Pernambuco (Accape), em parceria com a OAB Subseccional Caruaru e a Acic, realiza o Seminário sobre o PERT – Programa Especial de Regularização Tributária – MP 783/2017. O evento será promovido na próxima segunda-feira, dia 7 de agosto, das 15h às 17h, no auditório da Acic.

A proposta do seminário é trazer orientações à classe contábil, aos advogados e empresários sobre o Programa Especial de Regularização Tributária, que foi instituído pelo governo federal, através da medida provisória 783/2017, no dia 31 de maio. De acordo com o governo, as novas regras possibilitam que os contribuintes possam liquidar dívidas perante a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional vencidas até o dia 30 de abril de 2017, desde que efetivem a adesão ao programa até o dia 31 de agosto deste ano.

Para debater o tema, as entidades convidaram profissionais de referência na área que atuam no município, como o procurador-chefe da Procuradoria Seccional da Fazenda Nacional (PSFN) em Caruaru, Jovaldo Nunes, e o auditor fiscal da Receita Federal em Caruaru, José Francisco Filho. Ambos irão ampliar o entendimento referente às mudanças causadas com a MP 783/2017 e detalhar as modalidades que o programa oferece e qual melhor se enquadra para cada perfil de contribuinte.

Na sequência, haverá uma mesa redonda com os dois palestrantes e representantes das entidades apoiadoras do evento.

Copom sinaliza que pode manter ritmo de corte na taxa Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sinalizou que vai manter o ritmo de corte na taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião, o comitê cortou a Selic em 1 ponto percentual para 9,25% ao ano.

A informação consta da ata da última reunião do comitê, divulgada hoje (1º), em Brasília. Segundo o documento, a manutenção do ritmo de corte vai depender da continuidade do cenário econômico e de estimativas de extensão do ciclo de redução da Selic. “De forma geral, a magnitude da flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”, disse.

Na ata, a diretoria do BC informa que discutiu sobre a importância de sinalizar os seus próximos passos, mas reiterou a “preferência por explicitar as condicionalidades sobre a evolução da política monetária, o que melhor transmite a racionalidade econômica que guia suas decisões”. “Isso contribui para aumentar a transparência e melhorar a comunicação do Copom”, acrescentou.

Aumento de tributação

Na ata, os membros do Copom avaliaram os impactos sobre a inflação do aumento da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre os combustíveis.

A estimativa é que a inflação vai aumentar em 0,45 ponto percentual em julho e agosto, com maior concentração do efeito neste mês. “Parte desse impacto já estava contemplada nas projeções condicionais do Copom”, acrescentou.

O Copom também avaliou o efeito da mudança da bandeira tarifária de energia elétrica de verde para amarela sobre a inflação do mês de julho, cuja estimativa de impacto é 0,15 ponto percentual.

“Todos [os membros do Copom] concluíram que essas oscilações pontuais – em particular dos reajustes de preços de combustíveis e de energia elétrica, que têm sido mais voláteis – não têm implicação relevante para a condução da política monetária [definição sobre a taxa Selic]”, diz a ata.

Balança comercial brasileira tem melhor julho da história

Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 6,3 bilhões em julho. Trata-se do melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do governo, em 1989. O saldo positivo supera o recorde de julho de 2006, quando a balança ficou positiva em US$ 5,659 bilhões.

Os dados foram divulgados hoje (1°) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. De janeiro a julho deste ano, a balança acumula superávit de US$ 42,5 bilhões. O valor também é o maior da história, superando o recorde de US$ 28,2 bilhões registrado de janeiro a julho de 2016.

O governo elevou de US$ 55 bilhões para mais de US$ 60 bilhões a estimativa de superávit da balança comercial para 2017. Caso se confirme, o resultado será o maior anual da série histórica, superando o saldo positivo recorde de US$ 47,5 bilhões verificado em 2016.

O principal motivo para o bom desempenho da balança neste ano é o crescimento dos preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional). Também aumentaram os volumes exportados de alguns produtos.

A balança comercial tem superávit quando as exportações (vendas do Brasil para parceiros de negócios no exterior) superam as importações (aquisições de produtos e serviços no exterior).

No mês de julho, as exportações brasileiras ficaram em US$ 18,769 bilhões, superando os US$ 12,471 bilhões em importações. As exportações cresceram 14,9% em relação a julho de 2016, segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. Ante junho deste ano, houve queda de 5,1% sob o mesmo critério.

As importações, por sua vez, aumentaram 6,1% na comparação com julho do ano passado e caíram 1% em relação a junho deste ano, também segundo o critério da média diária.

Destaques

Em julho cresceram as exportações de itens básicos (19%), manufaturados (12,6%) e semimanufaturados (8,7%). Entre os itens básicos, foram destaque as vendas de milho em grão (alta de 93,7% na comparação com julho de 2016), minério de cobre (88,2%), petróleo bruto (72%), carne bovina (38,5%), minério de ferro (18,2%) e carne suína (10%).

Nos manufaturados, produtos como óleos combustíveis (273,3 %), tratores (91,7%), máquinas para terraplanagem (83,4 %) e automóveis de passageiros (69,7 %) puxaram a alta das exportações. Entre os semimanufaturados, cresceu a exportação de itens como óleo de soja bruto (94,4 %) e semimanufaturados de ferro e aço (60,1%).

Nas importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes (57,3 %), de bens intermediários (6,8%) e de bens de consumo (3,4%). Por outro lado, caiu a aquisição de bens de capital (22,7%) .

MPF obtém condenação de ex-prefeita e ex-secretária de Pombos

Do Blog da Folha

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco conseguiu na Justiça, a partir de ação da procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, a condenação da ex-prefeita de Pombos, na Mata Sul, Cleide Jane Sudário Oliveira, conhecida como Jane Povão, e da ex-secretária de Assistência Social do município Cláudia Rejane Sudário Ribeiro Leite por improbidade administrativa. De acordo com o órgão, as duas foram responsáveis pelo desvio de recursos federais provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

O MPF já havia obtido decisão liminar na Justiça Federal, em 2015, bloqueando os bens de Cleide Jane e Cláudia Rejane. Apurações do órgãos apontaram que, entre 2009 e 2012, as duas desviaram, em benefício próprio e para terceiros, recursos que deveriam ser destinados ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). O esquema se dava mediante a apropriação de parcelas do salário de funcionários do programa.

No esquema, funcionários do Peti tinham de entregar a elas entre R$ 200 e R$ 300 todo mês. O montante representava cerca de metade dos salários que alguns recebiam. Além disso, eles eram impedidos de ter acesso aos próprios contracheques, bem como eram ameaçados de suspensão e afastamento das atividades caso fizessem questionamentos.

A parte dos salários retida era repassada a outros funcionários que não constavam na folha de pagamento ou destinada à própria ex-secretária de Assistência Social.

O Ministério Público Federal identificou que Cláudia Ribeiro Leite estava à frente da fraude e tinha apoio da irmã, a ex-prefeita do município. Além disso, fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU) ainda constatou o esquema irregular. Em valores atualizados até agosto de 2014, o montante desviado chegou a quase R$ 173 mil.

Os argumentos do MPF foram acatados pela Justiça, que condenou Cleide Jane e Cláudia Rejane à perda de função pública que eventualmente estejam ocupando e à suspensão dos direitos políticos por dez anos. As duas também foram proibidas de contratar com o Poder Público por igual período e ainda terão de ressarcir integralmente o prejuízo causado aos cofres públicos.

Recife tem suspeita de doença da “urina preta”

221588,475,80,0,0,475,365,0,0,0,0 (1)

Da Folhape

Pernambuco registrou dois casos suspeitos da doença de Haff. A enfermidade ganhou notoriedade no País ano passado por estar relacionada ao sintoma de urina preta aliada a fortes dores musculares (mialgia aguda) e altos níveis da enzima CPK. O mal está relacionado com a ingestão de peixes contaminados por toxinas de algas ou corais. Os dois pacientes deram entrada no Real Hospital Português (RHP) no dia 14 de julho.

O policial Maviael da Silva e a professora Arleide Guerra – casados e com 49 anos de idade – compraram um pescado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, o consumiram durante uma refeição em casa e horas depois apresentaram os sintomas. Ele passou sete dias internado e já teve alta. A esposa teve insuficiência renal e precisou de hemodiálise, mas tem quadro estável.

“Comprei um arabaiana para comer em casa. Depois de umas quatro horas ela começou a apresentar sintomas. Dor no pescoço, nas costas, nos braços. Eu só tive no outro dia. Quando cheguei no hospital já estava urinando preto, e olhe que a gente buscou ajuda rápido”, contou Maviael Silva.

O infectologista Filipe Prohaska comentou que o casal, quando deu entrada na unidade hospitalar, passou por uma triagem de leptospirose. Só depois, com a exclusão de sintomas semelhantes e o histórico de consumo de pescado, se chegou à hipótese de Haff .

“Houve uma desconfiança de leptospirose porque as duas doenças se assemelham em alguns pontos. Mas eles não tinham febre. Tinham dores no corpo, o índice de CPK muito alto (que mede lesão muscular) e a urina escura”, contou o médico, acrescentando que a professora deve se recuperar bem apesar do acometimento renal temporário, e a expectativa é que ela não fique com sequelas.

Prohaska comentou que a doença de Haff, geralmente, aparece em surtos. Foi assim em episódios na Amazônia e mais recentemente na Bahia. Em Pernambuco, não há registros oficiais sobre a enfermidade.

O núcleo de Epidemiologia do RHP já notificou verbalmente à Secretaria Estadual de Saúde (SES) os casos suspeitos. Até o fechamento desta edição, a SES informou que não tem registro ou notificação e que é preciso discutir com o Ministério da Saúde critérios para inserção das suspeitas.

O surto da misteriosa doença do “xixi preto” na Bahia começou em dezembro de 2016. Até março de 2017, foram notificados mais de 70 casos e duas mortes. O infectologista Antônio Carlos Bandeira fez parte da força tarefa de pesquisadores que descobriram a implicação da doença de Haff nos quadros de mialgia.

“Esta foi a primeira vez que a enfermidade foi reportada na costa brasileira. Depois de casos na Bahia, tivemos alguns no Ceará. Em Salvador, a grande maioria dos casos estava relacionada ao consumo de Olho de Boi. Tudo indica que essa toxina, de algo que o peixe se alimenta, fica na carne do peixe e resiste ao cozimento ou fritura. Não se degrada pelo calor”, contou.

Pernambuco registrou dois casos suspeitos da doença de Haff. A enfermidade ganhou notoriedade no País ano passado por estar relacionada ao sintoma de urina preta aliada a fortes dores musculares (mialgia aguda) e altos níveis da enzima CPK. O mal está relacionado com a ingestão de peixes contaminados por toxinas de algas ou corais. Os dois pacientes deram entrada no Real Hospital Português (RHP) no dia 14 de julho.

O policial Maviael da Silva e a professora Arleide Guerra – casados e com 49 anos de idade – compraram um pescado no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, o consumiram durante uma refeição em casa e horas depois apresentaram os sintomas. Ele passou sete dias internado e já teve alta. A esposa teve insuficiência renal e precisou de hemodiálise, mas tem quadro estável.

“Comprei um arabaiana para comer em casa. Depois de umas quatro horas ela começou a apresentar sintomas. Dor no pescoço, nas costas, nos braços. Eu só tive no outro dia. Quando cheguei no hospital já estava urinando preto, e olhe que a gente buscou ajuda rápido”, contou Maviael Silva.

O infectologista Filipe Prohaska comentou que o casal, quando deu entrada na unidade hospitalar, passou por uma triagem de leptospirose. Só depois, com a exclusão de sintomas semelhantes e o histórico de consumo de pescado, se chegou à hipótese de Haff .

“Houve uma desconfiança de leptospirose porque as duas doenças se assemelham em alguns pontos. Mas eles não tinham febre. Tinham dores no corpo, o índice de CPK muito alto (que mede lesão muscular) e a urina escura”, contou o médico, acrescentando que a professora deve se recuperar bem apesar do acometimento renal temporário, e a expectativa é que ela não fique com sequelas.

Prohaska comentou que a doença de Haff, geralmente, aparece em surtos. Foi assim em episódios na Amazônia e mais recentemente na Bahia. Em Pernambuco, não há registros oficiais sobre a enfermidade.

O núcleo de Epidemiologia do RHP já notificou verbalmente à Secretaria Estadual de Saúde (SES) os casos suspeitos. Até o fechamento desta edição, a SES informou que não tem registro ou notificação e que é preciso discutir com o Ministério da Saúde critérios para inserção das suspeitas.

O surto da misteriosa doença do “xixi preto” na Bahia começou em dezembro de 2016. Até março de 2017, foram notificados mais de 70 casos e duas mortes. O infectologista Antônio Carlos Bandeira fez parte da força tarefa de pesquisadores que descobriram a implicação da doença de Haff nos quadros de mialgia.

“Esta foi a primeira vez que a enfermidade foi reportada na costa brasileira. Depois de casos na Bahia, tivemos alguns no Ceará. Em Salvador, a grande maioria dos casos estava relacionada ao consumo de Olho de Boi. Tudo indica que essa toxina, de algo que o peixe se alimenta, fica na carne do peixe e resiste ao cozimento ou fritura. Não se degrada pelo calor”, contou.

Chuva no Agreste não altera quadro de colapso da Barragem de Jucazinho

JUCAZINHO 26.07.png1.jpg2

A região de influência da Barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, no Agreste, não recebeu chuvas suficientes para alterar o quadro do maior reservatório para abastecimento humano operado em Pernambuco, que continua seca. A barragem está situada na região que possui o pior balanço hídrico do Brasil e não resistiu à estiagem extrema por sete anos consecutivos, entrando em colapso em setembro do ano passado. Ao contrário de outras barragens do Agreste, Jucazinho ainda não conseguiu se recuperar e atravessa o pior cenário desde a sua inauguração, em 2000. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima – Apac, no estado de Pernambuco ocorre uma má distribuição espacial das chuvas, ou seja, há regiões que há grande concentração pluviométrica e, em outras não chove quase nada.

Ainda de acordo com a Apac, agora em agosto as chuvas começam a ficar mais fracas no Agreste e terão uma duração mais curta, de poucos minutos. “Na região da barragem é esperado que chova em torno de 80 milímetros, mas como este volume de precipitação geralmente não é concentrado, não deve contribuir significativamente para acumular água em Jucazinho. A partir de setembro, o volume de chuvas cai drasticamente, a média mensal histórica de precipitação é em torno de 25 a 30 milímetros de chuvas”, explica o meteorologista da Apac, Roberto Carlos Pereira. A última vez que a Barragem de Jucazinho sangrou foi em setembro de 2011. De acordo ainda com a Apac, para reverter essa situação, seria preciso ocorrer fortes chuvas nos municípios da bacia do Rio Capibaribe – como Jataúba, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Vertentes, Frei Miguelinho e Riacho das Almas – chuvas tão intensas (e concentradas em um ou poucos dias) como as registradas em julho deste ano, na Zona da Mata Sul.

A solução encontrada pelo Governo do estado e Compesa para regularizar o abastecimento de água nas 68 cidades da região foi a Adutora do Agreste, a maior obra estruturadora em Pernambuco para receber as águas da Transposição do Rio São Francisco. Mas para antecipar o uso das tubulações já assentadas da adutora, outras obras foram pensadas para garantir a sustentabilidade hídrica da região: a Adutora do Moxotó, Poços de Tupanatinga, Adutora do Alto Capibaribe e a Adutora de Serro Azul, essas duas últimas ainda não foram iniciadas. “Infelizmente não choveu na região da Barragem de Jucazinho como a gente esperava, por isso, a companhia está desenvolvendo projetos estruturadores para atender a região Agreste. Um deles é o Sistema Siriji que já entrou em operação e está abastecendo João Alfredo, Orobó, Bom Jardim e Surubim e também as cidades do Agreste Setentrional: Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho e Vertentes”, informa o diretor Regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.

Com o colapso de Jucazinho, algumas cidades atendidas por este sistema passaram a ser abastecidas por outras fontes de água, como Caruaru, Gravatá e Bezerros. Para melhorar o fornecimento de água para Caruaru e outras cidades da região, como Santa Cruz do Capibaribe, a companhia está realizando uma obra para ampliar as estações de bombeamento do Sistema do Prata/ Pirangi, que vai aumentar a capacidade de transporte de água do sistema. No caso de Toritama, essa obra vai possibilitar a retirada da população da cidade do colapso – a previsão é que Toritama volte a ser abastecida pela rede ainda no mês de agosto. Já para as cidades de Riacho das Almas, Cumaru, Passira e Salgadinho, que estão sendo atendidas exclusivamente por carros-pipa, o retorno do abastecimento nessas cidades será viabilizado com a construção de uma unidade de bombeamento na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Salgado (ETA), em Caruaru, que vai possibilitar a inversão do sistema – que antes vinha de Jucazinho para Caruaru – para retornar o caminho da adutora levando água do Sistema Prata/ Pirangi para essas quatro cidades.