ARTIGO — Insistir na carreira ou começar tudo de novo?

Por Eduardo Ferraz

Em algum momento da vida, você, certamente, já se fez a seguinte pergunta: “devo insistir em algo ou desistir e começar de novo?”. É preciso ser persisten­te, dedicado, comprometido e paciente quando se tem um bom processo em andamento – e isso vale para um relacionamento afetivo, aplicações financeiras, estudo, emprego, carreira e amizades. No entanto, também há o outro lado da moeda, o de insistir em apostas erradas para tentar recuperar o prejuízo.

Uma boa carreira costuma demorar pelo menos dez anos para dar resultados consistentes. Não se consegue um ótimo emprego sem merecimento e, quando conquistado, precisa de manutenção diária para gerar bons frutos (promoção, au­mento de salário, reconhecimento) no futuro. Mesmo um bom relaciona­mento afetivo demanda tolerância com as diferenças alheias e precisa ser construído aos poucos.

Agora, quantas vezes você já insistiu em algo só por teimosia, medo de ficar sem nada ou vergonha de admitir o erro? Às vezes, mantemos posições equivocadas para tentar reverter uma tomada de decisão infeliz, e continuar investindo tempo, dinheiro e energia em situações das quais deveríamos desistir só piora o prejuízo.

Falando especificamente da vida profissional, muitas vezes, o problema não está no emprego, pois a pessoa está na carreira ou profissão errada. Outras vezes, a carreira é ótima, mas o emprego é ruim. Em outras, ainda, a vida afetiva atrapalha tanto na carreira quanto no emprego.

Se gosta do que faz na carreira, tem perspectivas de evolução nos próximos anos, consegue usar seus talentos com frequência, está motivado para continuar aprendendo, não se vê fazendo outra coisa, você está no caminho certo, com uma carreira promissora, e deve investir toda sua energia para que fique ainda melhor.

Agora, se você odeia o que faz, tem pouca perspectiva de evolução, usa pouco seus talentos, seus pontos fracos atrapalham muito, acha a profissão desagradável, sente-se desmotivado a maior parte do tempo, seu dia a dia profissional é monótono, pensa com frequência em fazer outra coisa e nunca recebe novas propostas de trabalho, é hora de repensar sua carreira. O que está errado? É uma fase ruim (conjuntura, economia fraca, cansaço, emprego ruim) ou um problema mais grave? É possível melhorar alguns desses itens?

Ao analisar esses prós e contras, você pode ter entrado em um dilema ainda maior. Nesse caso, sugiro que concentre seus esforços na parte positiva e tente ajustar, dentro do pos­sível, a parte negativa. Mudança de carreira é coisa séria e complexa, por isso você deveria fazer o máximo para ajustá-la antes de tomar uma drástica decisão de mudar. Não existe carreira perfeita, pois sempre haverá dificulda­des, fases ruins, decisões equivocadas e gente desagradável. Mas também haverá fases ótimas, boas decisões, gente inte­ressante e resultados positivos.

Faz parte do jogo conviver com altos e baixos. Entretanto, tome cuidado com excesso de indecisão: é muito ruim ficar dividido por um tempo pro­longado, pois a dúvida paralisa, trava a tomada de decisões e prejudica os resultados. Logo, não fique em cima do muro. Siga em frente com sua carreira e melhore um pouco a cada dia ou desenvolva um plano B para começar em uma nova profissão, mais próxima de seus ideais.

Agulha da anestesia bucal poderá ser substituída por fita adesiva

Uma das grandes preocupações dos pacientes na ida ao dentista é com a famosa anestesia. Atualmente, inúmeras são as formas para amenizar o desconforto no momento da aplicação da agulha anestésica. Bem recente foi publicado no Portal G1 que pesquisadores da USP de Ribeirão Preto (SP) desenvolveram uma fita adesiva que promete acabar com o medo da injeção vivido por pacientes no dentista.

O estudo feito pelos departamentos de Farmácia e de Odontologia da universidade apontou eficácia no uso de um dispositivo biocompatível e biodegradável que libera um anestésico aos poucos e substitui a temida agulha no consultório. Os testes realizados até agora confirmam que a tecnologia proporciona ao paciente um alívio por pelo menos 50 minutos, garantido, inicialmente, para procedimentos menos invasivos como a raspagem periodontal, microcirurgias e extração de dentes de leite em crianças, além da própria picada da agulha. A ideia é continuar desenvolvendo o adesivo para que ele também seja aplicado em intervenções mais profundas a exemplo de cirurgias de canal.

Os pesquisadores estimam de um a cinco anos para que a inovação chegue ao mercado e seja produzida em escala industrial. Parte da pesquisa foi publicada nas revistas Colloids and Surfaces B: Biointerfaces e Biomedical Chromatography. “Ele tem um efeito anestésico muito satisfatório, eliminando o uso de agulha. Outros procedimentos ainda vão se dar ao longo do desenvolvimento da pesquisa para a gente poder ter a certeza da utilização dessa fita adesiva com procedimentos mais invasivos”, afirma Paulo Linares Calefi, um dos pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) que participaram do estudo.

Curso de Análise de Desempenho no Futebol será realizado em Caruaru

Seguem abertas até este sábado (15) as inscrições para o 1º curso de Análise de Desempenho no Futebol. Com o tema “Enxergando o jogo em uma nova perspectiva”, a capacitação é a primeira do Interior do Estado voltada para o assunto. O curso será promovido no próximo fim de semana, em Caruaru. Ele será destinado para estudantes e profissionais que trabalham ou pretendem atuar direta ou indiretamente com o esporte, especialmente o futebol, com interesse em adquirir conhecimentos modernos sobre a análise de desempenho, e também para todas as pessoas que querem aprender mais sobre o futebol moderno.

A análise de desempenho é uma área que está consolidada no futebol europeu e aos poucos vem chegando ao futebol brasileiro, que trabalha com a perspectiva de resultados a médio e longo prazo. No curso, os participantes terão a oportunidade de aprender desde o perfil do negócio, a identificação do modelo de jogo, análise de desempenho, até como se constitui esta nova área que vem crescendo bastante a cada dia no mercado brasileiro.

A capacitação é uma iniciativa do Caruaru City Sport, em parceria, com o curso de Educação Física do Unifavip/Devry, com o apoio do Atlético Paranaense, que vai disponibilizar seus profissionais da área para ministrá-la. O valor da inscrição corresponde a R$ 389, com descontos de 50% para estudantes, dividido em até 3x no cartão.

As inscrições estão sendo realizadas pelo site www.caruarucity.com.br ou na coordenação do curso de Educação Física do Unifavip/DeVry, que fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, nº 800, Bairro Indianópolis.

FUTEBOL: Atenções agora ficam para as semifinais

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Pedro Augusto

Com a despedida do hexagonal do título, que por sinal não deixou muitas saudades, agora as atenções da torcida ficarão voltadas para as semifinais do Campeonato Pernambucano. Sem muito tempo a perder, haja vista que o calendário do futebol brasileiro é bastante apertado, os jogos de ida desta nova competição serão disputados já neste fim de semana. Classificado em quarto lugar após ter sido derrotado pelo Náutico por 2 a 1 na última rodada do hexagonal, na segunda-feira (10), no Estádio do Arruda, o Santa Cruz recebe o Salgueiro, neste sábado (15), a partir das 18h30, também no José do Rêgo Maciel.

Sabedor das dificuldades que deverá encontrar pela frente, a equipe coral pretende enfrentar o Carcará – isso caso não haja nenhuma contusão de última hora – com força máxima. O respeito pregado ao adversário é bastante justificável, haja vista que nas duas vezes que o enfrentou no hexagonal do título, o Mais Querido obteve uma derrota e uma vitória. Do outro lado do campo, o time sertanejo tentará diante do Santa prevalecer o entrosamento de anos de seu elenco repleto de jogadores experientes. Líder soberano do hexagonal com cinco pontos de diferença em relação ao segundo colocado, o Náutico, o Carcará tem sido figura bastante frequente nos últimos anos nas semifinais do Pernambucano.

Ainda pelos jogos de ida da competição, o Sport duela com o Náutico, neste domingo (16), às 16h, no Estádio da Ilha do Retiro. Em seu último compromisso pelo hexagonal do título, o time da Praça da Bandeira acabou goleando o Central por 3 a 1, no domingo (9), no Arruda, terminando na terceira posição. Com um futebol mais convincente após a chegada do técnico Ney Franco, o Leão não terá desfalques para o clássico contra o Timbu e novamente apostará nas boas fases do meia-atacante Diego Souza e do atacante Rogério para tentar superar o arquirrival. Nas duas partidas em que fez contra o alvirrubro nesta temporada, o rubro-negro pernambucano colecionou um empate e uma derrota.

Tropeçando nos últimos anos sempre na semifinais, o Náutico tentará iniciar, a partir deste domingo, a sua caminhada para voltar a disputar uma final de Estadual, o que não ocorre desde 2014. Para isso, apostará novamente no talento do atacante Erick, que já está sendo apontado pela crônica esportiva como a maior revelação deste Pernambucano, bem como no comando arrojado e vencedor do técnico Milton Cruz. Mesmo com a possibilidade de terminar em quarto, caso perdesse ou empatasse com o Santa, o que evitaria o confronto contra o Sport nas semifinais, o Timbu não fugiu do páreo e derrotou o arquirrival atuando bem.

Final da Páscoa ainda deve incrementar lucros

Páscoa (26)

Pedro Augusto

Os consumos de peixes, vinhos e ovos de chocolate foram gigantescos nos últimos dias, em Caruaru, com o vivenciar da Quinta-feira e da Sexta-feira Santa 2017. Satisfeitos até agora com a alta demanda por produtos relacionados à Páscoa, os supermercados da Capital do Agreste também vêm apostando em boas vendas neste restante de feriado prolongado. Já tarimbados quanto aos efeitos provocados pela crise econômica, a maioria deles não só vem adotando estratégias novas para tentar lucrar ao máximo no período como também não tem deixado de colocar em prática as velhas e conhecidas táticas que costumam agradar bastante os bolsos dos consumidores: as tradicionais promoções.

Uma das unidades do supermercado Pagmenos, por exemplo, deverá utilizar o restante da Semana Santa para fazer queimas de estoque. “Em relação ao mesmo intervalo do ano passado, a demanda por peixes encontra-se 20% superior em 2017. Dentre os mais procurados estão o filé de polaca, a corvina, a sardinha e a cavalinha. Quanto aos ovos de chocolate, eles estão tendo uma saída satisfatória e a expectativa é de que façamos uma queima de estoque a partir deste Sábado de Aleluia (15) para incrementarmos ainda mais o nosso faturamento. Como já tivemos prejuízos devido à compra elevada de ovos, este ano decidimos adquiri-los em volumes menores”, destacou o gerente comercial, Márcio Marcionilo.

Consciente dos apertos orçamentários que ainda estão tendo de encarar os consumidores por conta da crise, o Hiper Bompreço está apostando nesta Páscoa na comercialização de tabletes de chocolate, que custam a partir de R$ 3,98. A empresa investiu em itens importados e exclusivos para a época e espera chegar até a este Domingo de Páscoa (16) ao crescimento de dígito duplo na venda deste tipo de produto sazonal em comparação com o mesmo período do ano anterior. Com o objetivo de aguçar ainda mais o desejo de consumo dos caruaruenses, o Hiper ainda está parcelando as compras de ovos de chocolate e vinhos em até seis vezes sem juros no cartão de crédito Hipercard.

Além dos tradicionais bolos de The Bakery, de fabricação própria, outra novidade do Hiper Bompreço na Páscoa 2017 está se referindo ao panetone Di Páscoa. Em paralelo, para o consumidor que vem buscando economizar sem abrir mão de surpreender o ente querido, a dica do Hiper está sendo montar a sua própria cesta, com pelúcias, e potes temáticos a partir de R$ 6,90. Já no que diz respeito aos peixes, o bacalhau seco está sendo a principal aposta da empresa, que neste ano deve alcançar um crescimento nas vendas de 8% ante o mesmo período do ano passado.

Acostumada a sempre antecipar a compra de produtos para a Páscoa, a aposentada Marília Xavier não descartou a possibilidade de retornar ao supermercado neste Sábado de Aleluia. “Em cada Páscoa sempre fazemos uma projeção de consumo, mas às vezes acabamos utilizando um pouco mais de um ou outro produto na Quinta e na Sexta-feira Santa e precisamos voltar aos supermercados. No Domingo de Páscoa sempre há em casa o tradicional almoço de família, o que acaba incentivando a compra de novos itens. Então, certamente terei de retornar a uma unidade neste fim de semana”, comentou.

Falência de lotéricas é responsabilidade da Caixa Econômica

As lotéricas, que atuam como importantes correspondentes bancários por todo o País, responsáveis em 2016 por 66% das transações da Caixa Econômica estão ameaçadas de extinção. Isso ocorre por conta de grande defasagem no repasse que a CEF faz para cada transação bancária que as lotéricas realizam, deixando-as no no vermelho. Hoje, o valor deveria ser, pelo menos, 63% maior. Em média, uma lotérica tem 60% de seu atendimento concentrado em serviços de grande apelo social, as transações bancárias: pagamento de contas, saques, depósitos, etc. E, em lojas localizadas no interior dos Estados ou em regiões mais pobres, esta média cresce para até 80%.

Somente no ano de 2016 foram 500 lotéricas fechadas, o que gerou 2 mil desempregados. “Não queremos brigar. Queremos atenção e uma solução da Caixa para nosso problema. Lotéricas estão fechando, funcionários sendo demitidos e a população mais carente sente isto também, pois é na lotérica que eles podem recorrer para serviços bancários. Temos um papel social também ao levar serviços bancários às pessoas”, afirma Adriana Domingues, Diretora de Comunicação da ALSPI – Associação dos Lotéricos.

Para protestar e tentarem ser ouvidos, mais de 2 mil lotéricos, de todo o Brasil se reuniram no dia 30 de março na Avenida Paulista, em São Paulo, para reivindicar uma solução. Na data, uma comissão da Associação dos Lotéricos entregou as reivindicações dos empresários lotéricos a representantes da Caixa Econômica, que não se manifestou a respeito até o momento.

Números
Em 2016, as lotéricas foram responsáveis pela maior parte das transações bancárias da CEF (66% da quantidade de transações e 55% do valor transacionado, o que representa 5,8 bilhões de transações bancárias), no entanto, as lotéricas estão trabalhando no vermelho e falindo.

Os repasses para cada transação bancária são 63% menores do que o necessário para que a lotérica cubra os custos da operação. Atualmente, para cada transação, a CEF repassa em média R$ 0,54, enquanto o valor deveria estar na ordem de R$ 0,88. O reajuste, acontece a cada 20 meses, sempre abaixo da inflação do ano.

Além disso, a Caixa não arca com o custo do carro forte para transporte do dinheiro que é da própria CEF, o que causa mais um déficit para as lotéricas.

ARTIGO — Estado emocional alterado aumenta em quase dez vezes risco de colisões no trânsito

por Beatriz Souza

Motoristas, motociclistas, pedestres, passageiros e ciclistas estão no trânsito se deslocando para diferentes destinos e com objetivos igualmente diversos: retorno do trabalho, ida a um compromisso importante ou apenas a passeio. Porém, todos se deparam com situações estressantes, como sinfonia de buzinas, congestionamentos e desrespeito às leis de trânsito. Não raro, esse ambiente democrático torna-se hostil e se revela ideal para a troca de afrontas entre os usuários. Para que acidentes não agravem esse cenário, manter a paciência e a calma são determinantes. Conforme estudo inédito do Instituto de Transportes da Virginia Tech, associadas à direção, raiva, agitação e tristeza aumentam em quase dez vezes os riscos de colisões. Para entender em que momento dirigir passou a ser encarado como um ato estressante, a Perkons ouviu alguns especialistas.

Antropólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Bernardo Conde enxerga o trânsito brasileiro como um retrato de traços culturais específicos, como a hipervalorização da emoção. “As pessoas manifestam suas vontades individuais também em espaços públicos, como o trânsito, onde o esperado é se agir com a razão. Por isso sorrimos ao pedir vez a outro motorista, pois assim, demonstramos emoção. Da mesma forma, agimos emocionalmente quando ao invés de nos planejarmos para sair uma hora antes para percorrer determinado trecho, saímos com atraso de 30 minutos e a mesma expectativa. O resultado é a frustração e, por consequência, o estresse”, elucida. Segundo ele, as oscilações de humor também respingam nas interações entre os usuários, que, em sua maioria, se tratam com distanciamento. “Somos um povo muito cordial e solidário com o que nos comove, mas não com os desconhecidos, como é o caso do motorista ao lado”, completa.

Conforme Conde, mesmo em meio ao sentimento de intolerância generalizada que se alastrou pelo país nos últimos tempos, a falta de gentileza no trânsito não se originou na contemporaneidade, mas veio se consolidando há décadas. “O trânsito está mais caótico e nós menos tolerantes. O estresse traz consequências e agora, com mais informação e divulgação do que acontece no dia a dia, a sensação é de que tudo está pior. Não se pensa no bem comum. Não consigo perceber que sou tanto quem tem pressa dentro do ônibus, como quem está no ponto raivoso com o motorista que não parou”, analisa.

Dominar as próprias emoções pode garantir um trânsito harmonioso
Apesar de decisiva, a abordagem emocional do trânsito ainda é recente e, conforme o vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Mauro Gil, perde espaço para pontos também vitais, como a importância do cinto de segurança e os riscos de associar ao volante celular ou bebida alcóolica. “Estamos predispostos a reagir de maneira agressiva em situações desconfortáveis e embora essa tendência não seja exclusividade do trânsito, costuma ser transportada para ele com frequência. O perigo é o carro ser visto como válvula de escape, mesmo sendo uma arma”, ressalva.

Perceber o trânsito como um espaço democrático, compartilhado e que exige respeito e reciprocidade é, para Gil, o primeiro passo para impedir que as emoções aflorem de maneira nociva. “As pessoas pensam que ditam as regras do trânsito, quando, na verdade, o que acontece é o contrário. Se não houver esse discernimento, os acidentes continuarão a ocorrer. É preciso refletir e questionar as próprias condutas”, aconselha.

Recomendações como essas são a premissa básica do Programa de Educação Emocional no Trânsito (PEET), dirigido pelo educador de trânsito Rodrigo Ramalho. Ele explica que a associação entre estresse e volante remonta à década de 1990 e é conhecida como fenômeno road rage (raiva no trânsito). Mas foi no ano de 2006 que países como Brasil, Rússia e Estados Unidos passaram a apresentar casos mais recorrentes de conflitos violentos no trânsito. Na análise do educador, uma das razões que corroborou para a difusão desses embates foram os recordes de congestionamentos registrados em algumas capitais a partir da década de 2000. E a cada ano, os recordes são superados. “A falta de espaço e de tempo tornaram o ambiente do trânsito muito mais competitivo na década de 2000 do que nos anos 80 e 90. Soma-se a isso, um universo de celulares e outros dispositivos de registro de imagens que flagram esses conflitos”, ressalta.

Sejam os suscitadores da raiva os engarrafamentos ou a postura dos demais usuários, Ramalho acredita ser possível reverter um cenário a priori agressivo em um espaço de convivência pacífica e harmoniosa. “Ter domínio do próprio comportamento e relacionar-se com mais inteligência emocional é um passo importante para o sucesso na vida pessoal, profissional e também no trânsito”, salienta. Para equalizar as emoções e evitar que o estresse interfira na saúde física e mental, ele orienta o desenvolvimento da empatia, o controle da raiva e a aplicação de técnicas de comunicação positiva.

ARTIGO — Cinco passos para redirecionar a carreira

Por Tarsia Gonzalez

A maior dúvida de quem quer mudar o caminho profissional é: por onde começar? Claro que a ajuda profissional é fundamental nessa hora, porque muitas vezes não conseguimos enxergar os problemas sozinhos, e nem mesmo as soluções. Mas, para Tarsia Gonzalez, existem alguns passos que podem ajudar a tomar as primeiras decisões.

1. Invista no autoconhecimento

Entender o que se quer é a primeira grande etapa da mudança e requer uma busca constante de questões que passam pelo que se ama de verdade, quais são as aspirações de vida, quais os propósitos que movem o caminho pessoal e profissional. “Autoconhecimento é algo que não tem fórmula e é um caminho sem fim. Somos seres mutáveis, em constante transformação e, por isso, precisamos ouvir sempre nossa voz interior”, explica Tarsia. Para ela, o primeiro passo para rever o caminho profissional é ter certeza do que se quer: “é preciso jogar fora a indecisão e desenvolver a ousadia, com integridade”.

2. Obtenha informação do mercado

Esse passo é importante para entender como seus talentos serão recebidos e poderão ser utilizados pelo mercado. “Para buscar a melhor vaga ou até mesmo empreender, é preciso entender o que está acontecendo no mundo do trabalho, quais os setores mais prósperos e, mesmo naqueles que ainda estão se reerguendo, quais as funções mais necessárias e de que forma posso contribuir”, enfatiza Tarsia. Ela explica: conhecer o mercado é fundamental para gerar oportunidades”.

3. Busque as ferramentas

Depois se decidir o que quer e entender de que forma o mercado pode receber sua força de trabalho, é importante buscar conhecimento, cursos, consultorias que vão ajudar no processo. “São essas as ferramentas que vão ajudar a construir o planejamento pessoal”, reflete a especialista, que reforça: “sem um plano de vôo, avião nenhum é autorizado a sair do chão. Da mesma forma, não dá para querer atingir um objetivo sem um planejamento de onde se quer chegar”.

4. Trace suas metas

Planejamento traçado, é hora de determinas as metas, em curto, médio e longo prazo: “construir metas reais dá mais força, ânimo e permite galgar os primeiros degraus, gerando coragem e autonomia para ir, aos poucos, aumentando os objetivos a atingir”, explica Tarsia. Ela enfatiza: “de nada adianta colocar metas grandiosas e desistir na primeira dificuldade. Com metas possíveis, reais, o potencial de vitória vai aumentando exponencialmente”.

5. Monte um planejamento anual

Um planejamento, por melhor que seja, precisa ser revisado de tempos em tempos. “Sozinho ou com ajuda de um especialista, é ótimo rever anualmente seus objetivos e metas. O mercado muda, nós mudamos também, e a máxima ‘em time que está ganhando não se mexe’ não vale mais. Agora, o que sabemos é que a palavra de ordem é transformação. Então, é preciso rever, de tempos em tempos, e readequar o caminho profissional”, finaliza.

Sobre Tarsia Gonzalez

Gestora, psicóloga, especialista em finanças, presidente do conselho de uma das maiores companhias do país, consultora e palestrante, Tarsia Gonzalez construiu uma carreira de sucesso observando as pessoas, angariando conhecimento e expertise para gerenciar com propriedade e criar times fortes e coesos. Seu esforço para equilibrar governança corporativa e profissionalização com a felicidade das pessoas que formam a empresa levou a Transpes, companhia fundada por seu pai, a receber por três anos consecutivos o prêmio da Revista Você S/A como Melhor Empresa para se Trabalhar do Brasil.

Consumidor está disposto a gastar 15% a mais nesta Páscoa

Os brasileiros estão dispostos a gastar em média 15% a mais nesta Páscoa, em comparação ao mesmo período de 2016, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC sobre hábitos de consumo relacionados à data comemorativa. Subiu também para 51% (contra 45% em 2016), o total de consumidores que pretende gastar entre R$ 50 e R$ 200 e, de 5% para 8% o que irá gastar acima de R$ 200 com a compra de presentes nesta Páscoa, que este ano será comemorada no dia 16 de abril. O valor médio pretendido para os gastos, por sua vez, será de R$ 94, contra R$ 82 registrados em 2016.

Realizada entre 10 e 20 de março, com 1.224 respondentes, a pesquisa da Boa Vista SCPC identificou que 82% dos consumidores pagarão as compras de Páscoa deste ano à vista, mesmo percentual registrado em 2016. 55% farão uso de dinheiro e 32% do cartão de débito. Outros 12% pagarão com cartão de crédito (parcela única) e, apenas 1% utilizará como meio de pagamento o carnê ou boleto para pagamento das compras de Páscoa.

18% dos consumidores disseram que efetuarão o pagamento das compras de Páscoa de forma parcelada, e 88% que farão uso do cartão de crédito para efetivar o parcelamento. Outros 11% utilizarão o carnê ou o boleto para financiar as compras e 1% o cheque pré-datado.

Preferências

Os ovos de Páscoa voltaram a ser a preferência este ano para 54% dos entrevistados. O item obteve um crescimento de 9p.p. (pontos percentuais) como opção de presente em 2017, se comparado ao ano passado. 46% têm outras preferências, que incluem bombons ou caixas de bombom, colomba pascal, entre outros.

59% disseram que levarão em conta preços e ofertas ao comprarem o presente de Páscoa. 33% considerarão a qualidade. Mesmo apresentando diminuição no número de menções, de 70% para 59%, em comparação ao ano passado, a decisão dos consumidores no momento da compra do presente de Páscoa é, em 1º lugar, por preços. A qualidade dos produtos aparece em 2º lugar, com 33% das menções. Consumidores sem filhos são maioria na busca por qualidade ao invés de preço (37% contra 32%).

A pesquisa da Boa Vista SCPC também constatou que o preço é um dos atributos considerados importantes pelos consumidores no momento da decisão da compra do presente de Páscoa. Já ao observar o grupo de consumidores por expectativa de gasto – o preço prevalece no grupo dos que pretende gastar até R$ 100 com os presentes; e para gastos superiores, a qualidade do produto é levada em consideração para o grupo que está disposto a gastar um pouco mais (valores acima de R$ 100).

Metodologia

A pesquisa da Boa Vista SCPC sobre o comportamento do consumidor para a Páscoa teve como objetivo identificar os hábitos de compras dos consumidores para o período, suas preferências segundo os diferentes tipos de produtos, os motivos que influenciam na decisão de compra, o valor médio pretendido para as compras e os meios de pagamentos que devem ser utilizados. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de link via internet no período de 10 a 20 de março de 2017. O universo é representado por consumidores que buscam informações e orientações no site Consumidor Positivo da Boa Vista Serviços – www.consumidorpositivo.com.br. Ao todo participaram 1.224 respondentes.

ARTIGO — Semana Santa x São João

Por Maurício Assuero

Um dos momentos turísticos mais preponderantes para o agreste pernambucano é a Semana Santa. O Outro é o São João. A cidade de Caruaru está no ponto focal de um e no eixo de abrangência do outro. Embora a crise seja um limitador de sonhos e ações, cada cidade deve estar preparada para atender a demanda de pessoas que se deslocam para participar de tais eventos. E eles são fundamentais porque são os dois maiores do primeiro semestre e no segundo semestre ainda não temos algo que traga um apelo e um envolvimento de pessoas similar.

Caruaru tem recursos amplos de atendimento ao turismo, começando pela gastronomia. E não se fala apenas da quantidade de opções disponíveis de bares e restaurantes, mas da qualidade da qualidade da comida com ou sem o apelo de ser exclusivamente nordestina. Aliado a isso, destaca-se, também, a qualidade de hotéis e pousadas, que colocam à disposição do cliente um café da manhã capaz de nos levar, sem fome, até às 15 horas. Seguramente é o momento de aumentarmos a renda.

A forma de gerar renda passa pelo fornecimento de serviços relacionados ou não com a Semana Santa. Não importa o conteúdo, importa o fim. Na verdade, o que vale mesmo é atrair o turista indo ou vindo de Fazenda Nova, mediante uma programação voltada para ocupar horas ociosas e determinada suficientemente para que o turista não esqueça e indique a outros e/ou volte o ano que vem.

Certamente, dois dados novos precisam ser considerados: o primeiro é que a crise serve como um limitador para obtenção de patrocínio junto a iniciativa privada e, o segundo, é o contingenciamento de gastos públicos provocado pela perda de arrecadação e pela redução de repasses governamentais. Assim, o esforço do município precisa ser bem pensado porque precisa gerar retorno no curto prazo.

Outro detalhe importante para a cidade é que mal terminará a Semana Santa e já se começa a respiração pelo São João que, tradicionalmente, ocupa o mês inteiro de junho. Sabemos o quão Caruaru tem representatividade e esperamos que isso se reverta em benefícios no curto prazo. De resto, há que se pensar o semestre seguinte. Caruaru, dado a sua estrutura poderia trabalhar mais a ideia de turismo de negócios e sediar eventos como feiras, congressos, por exemplo, permitindo que a cidade externasse suas potencialidades, inclusive no setor industrial, visto que este polo precisa de uma identidade tão forte quanto o polo têxtil.