ARTIGO — Cinco passos para redirecionar a carreira

Por Tarsia Gonzalez

A maior dúvida de quem quer mudar o caminho profissional é: por onde começar? Claro que a ajuda profissional é fundamental nessa hora, porque muitas vezes não conseguimos enxergar os problemas sozinhos, e nem mesmo as soluções. Mas, para Tarsia Gonzalez, existem alguns passos que podem ajudar a tomar as primeiras decisões.

1. Invista no autoconhecimento

Entender o que se quer é a primeira grande etapa da mudança e requer uma busca constante de questões que passam pelo que se ama de verdade, quais são as aspirações de vida, quais os propósitos que movem o caminho pessoal e profissional. “Autoconhecimento é algo que não tem fórmula e é um caminho sem fim. Somos seres mutáveis, em constante transformação e, por isso, precisamos ouvir sempre nossa voz interior”, explica Tarsia. Para ela, o primeiro passo para rever o caminho profissional é ter certeza do que se quer: “é preciso jogar fora a indecisão e desenvolver a ousadia, com integridade”.

2. Obtenha informação do mercado

Esse passo é importante para entender como seus talentos serão recebidos e poderão ser utilizados pelo mercado. “Para buscar a melhor vaga ou até mesmo empreender, é preciso entender o que está acontecendo no mundo do trabalho, quais os setores mais prósperos e, mesmo naqueles que ainda estão se reerguendo, quais as funções mais necessárias e de que forma posso contribuir”, enfatiza Tarsia. Ela explica: conhecer o mercado é fundamental para gerar oportunidades”.

3. Busque as ferramentas

Depois se decidir o que quer e entender de que forma o mercado pode receber sua força de trabalho, é importante buscar conhecimento, cursos, consultorias que vão ajudar no processo. “São essas as ferramentas que vão ajudar a construir o planejamento pessoal”, reflete a especialista, que reforça: “sem um plano de vôo, avião nenhum é autorizado a sair do chão. Da mesma forma, não dá para querer atingir um objetivo sem um planejamento de onde se quer chegar”.

4. Trace suas metas

Planejamento traçado, é hora de determinas as metas, em curto, médio e longo prazo: “construir metas reais dá mais força, ânimo e permite galgar os primeiros degraus, gerando coragem e autonomia para ir, aos poucos, aumentando os objetivos a atingir”, explica Tarsia. Ela enfatiza: “de nada adianta colocar metas grandiosas e desistir na primeira dificuldade. Com metas possíveis, reais, o potencial de vitória vai aumentando exponencialmente”.

5. Monte um planejamento anual

Um planejamento, por melhor que seja, precisa ser revisado de tempos em tempos. “Sozinho ou com ajuda de um especialista, é ótimo rever anualmente seus objetivos e metas. O mercado muda, nós mudamos também, e a máxima ‘em time que está ganhando não se mexe’ não vale mais. Agora, o que sabemos é que a palavra de ordem é transformação. Então, é preciso rever, de tempos em tempos, e readequar o caminho profissional”, finaliza.

Sobre Tarsia Gonzalez

Gestora, psicóloga, especialista em finanças, presidente do conselho de uma das maiores companhias do país, consultora e palestrante, Tarsia Gonzalez construiu uma carreira de sucesso observando as pessoas, angariando conhecimento e expertise para gerenciar com propriedade e criar times fortes e coesos. Seu esforço para equilibrar governança corporativa e profissionalização com a felicidade das pessoas que formam a empresa levou a Transpes, companhia fundada por seu pai, a receber por três anos consecutivos o prêmio da Revista Você S/A como Melhor Empresa para se Trabalhar do Brasil.

Consumidor está disposto a gastar 15% a mais nesta Páscoa

Os brasileiros estão dispostos a gastar em média 15% a mais nesta Páscoa, em comparação ao mesmo período de 2016, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC sobre hábitos de consumo relacionados à data comemorativa. Subiu também para 51% (contra 45% em 2016), o total de consumidores que pretende gastar entre R$ 50 e R$ 200 e, de 5% para 8% o que irá gastar acima de R$ 200 com a compra de presentes nesta Páscoa, que este ano será comemorada no dia 16 de abril. O valor médio pretendido para os gastos, por sua vez, será de R$ 94, contra R$ 82 registrados em 2016.

Realizada entre 10 e 20 de março, com 1.224 respondentes, a pesquisa da Boa Vista SCPC identificou que 82% dos consumidores pagarão as compras de Páscoa deste ano à vista, mesmo percentual registrado em 2016. 55% farão uso de dinheiro e 32% do cartão de débito. Outros 12% pagarão com cartão de crédito (parcela única) e, apenas 1% utilizará como meio de pagamento o carnê ou boleto para pagamento das compras de Páscoa.

18% dos consumidores disseram que efetuarão o pagamento das compras de Páscoa de forma parcelada, e 88% que farão uso do cartão de crédito para efetivar o parcelamento. Outros 11% utilizarão o carnê ou o boleto para financiar as compras e 1% o cheque pré-datado.

Preferências

Os ovos de Páscoa voltaram a ser a preferência este ano para 54% dos entrevistados. O item obteve um crescimento de 9p.p. (pontos percentuais) como opção de presente em 2017, se comparado ao ano passado. 46% têm outras preferências, que incluem bombons ou caixas de bombom, colomba pascal, entre outros.

59% disseram que levarão em conta preços e ofertas ao comprarem o presente de Páscoa. 33% considerarão a qualidade. Mesmo apresentando diminuição no número de menções, de 70% para 59%, em comparação ao ano passado, a decisão dos consumidores no momento da compra do presente de Páscoa é, em 1º lugar, por preços. A qualidade dos produtos aparece em 2º lugar, com 33% das menções. Consumidores sem filhos são maioria na busca por qualidade ao invés de preço (37% contra 32%).

A pesquisa da Boa Vista SCPC também constatou que o preço é um dos atributos considerados importantes pelos consumidores no momento da decisão da compra do presente de Páscoa. Já ao observar o grupo de consumidores por expectativa de gasto – o preço prevalece no grupo dos que pretende gastar até R$ 100 com os presentes; e para gastos superiores, a qualidade do produto é levada em consideração para o grupo que está disposto a gastar um pouco mais (valores acima de R$ 100).

Metodologia

A pesquisa da Boa Vista SCPC sobre o comportamento do consumidor para a Páscoa teve como objetivo identificar os hábitos de compras dos consumidores para o período, suas preferências segundo os diferentes tipos de produtos, os motivos que influenciam na decisão de compra, o valor médio pretendido para as compras e os meios de pagamentos que devem ser utilizados. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de link via internet no período de 10 a 20 de março de 2017. O universo é representado por consumidores que buscam informações e orientações no site Consumidor Positivo da Boa Vista Serviços – www.consumidorpositivo.com.br. Ao todo participaram 1.224 respondentes.

ARTIGO — Semana Santa x São João

Por Maurício Assuero

Um dos momentos turísticos mais preponderantes para o agreste pernambucano é a Semana Santa. O Outro é o São João. A cidade de Caruaru está no ponto focal de um e no eixo de abrangência do outro. Embora a crise seja um limitador de sonhos e ações, cada cidade deve estar preparada para atender a demanda de pessoas que se deslocam para participar de tais eventos. E eles são fundamentais porque são os dois maiores do primeiro semestre e no segundo semestre ainda não temos algo que traga um apelo e um envolvimento de pessoas similar.

Caruaru tem recursos amplos de atendimento ao turismo, começando pela gastronomia. E não se fala apenas da quantidade de opções disponíveis de bares e restaurantes, mas da qualidade da qualidade da comida com ou sem o apelo de ser exclusivamente nordestina. Aliado a isso, destaca-se, também, a qualidade de hotéis e pousadas, que colocam à disposição do cliente um café da manhã capaz de nos levar, sem fome, até às 15 horas. Seguramente é o momento de aumentarmos a renda.

A forma de gerar renda passa pelo fornecimento de serviços relacionados ou não com a Semana Santa. Não importa o conteúdo, importa o fim. Na verdade, o que vale mesmo é atrair o turista indo ou vindo de Fazenda Nova, mediante uma programação voltada para ocupar horas ociosas e determinada suficientemente para que o turista não esqueça e indique a outros e/ou volte o ano que vem.

Certamente, dois dados novos precisam ser considerados: o primeiro é que a crise serve como um limitador para obtenção de patrocínio junto a iniciativa privada e, o segundo, é o contingenciamento de gastos públicos provocado pela perda de arrecadação e pela redução de repasses governamentais. Assim, o esforço do município precisa ser bem pensado porque precisa gerar retorno no curto prazo.

Outro detalhe importante para a cidade é que mal terminará a Semana Santa e já se começa a respiração pelo São João que, tradicionalmente, ocupa o mês inteiro de junho. Sabemos o quão Caruaru tem representatividade e esperamos que isso se reverta em benefícios no curto prazo. De resto, há que se pensar o semestre seguinte. Caruaru, dado a sua estrutura poderia trabalhar mais a ideia de turismo de negócios e sediar eventos como feiras, congressos, por exemplo, permitindo que a cidade externasse suas potencialidades, inclusive no setor industrial, visto que este polo precisa de uma identidade tão forte quanto o polo têxtil.

Coelhinho à vista: pesquisa inédita revela hábitos do consumidor na Páscoa

Está chegando a Páscoa, data para reunir a família e resgatar boas memórias. E quem não gosta de ser surpreendido pelo coelhinho da Páscoa e sair à caça aos ovos de chocolate? De acordo com pesquisa encomendada ao CONECTA pela ABICAB — Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, mais da metade da população brasileira (63%) possui o hábito de presentear com chocolate na Páscoa.

Pensando nisso, as indústrias prepararam cerca de 120 novas opções de ovos e produtos de Páscoa para a data este ano, já disponíveis nos principais pontos de venda e lojas especializadas do País. “Com o intuito de atender a demanda deste ano e o paladar dos consumidores, a indústria se organiza para produzir lançamentos e uma grande diversidade de produtos, movimentando a economia brasileira”, afirma Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab.

Outro dado revelado pelos entrevistados da pesquisa é de que cônjuges e namorados são os mais presenteados com ovos de Páscoa (59%), seguido por filhos e sobrinhos (54%), pais (36%) e amigos e outros familiares (31%).

“O comportamento do consumidor brasileiro de presentear os familiares e entes queridos é o que faz da Páscoa do Brasil a maior do mundo, com quase 60 milhões de ovos a cada ano”, completa Ubiracy Fonseca.

Quando perguntados sobre o significado da Páscoa, 55% dos entrevistados consideram que o período é propício para degustar ovos de Páscoa e, por ser uma comemoração religiosa, a data traz um contexto mais familiar para 39% das pessoas, que acreditam que essa é uma data ideal para reunir a família.

Setor de serviços cresce 0,7% em fevereiro, mas cai 5% em 12 meses

O setor de serviços apresentou em todo o país, em fevereiro, crescimento de 0,7%. A alta é em comparação a janeiro, quando houve elevação de 0,2%. Em dezembro, o avanço foi de 0,6%. Os dados foram divulgados hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, na série sem ajuste sazonal, em relação a fevereiro de 2016, o setor teve recuo de 5,1%, após quedas em janeiro (3,5%) e dezembro (5,7%). Segundo o IBGE, com esses resultados, a taxa acumulada no ano apresenta redução de 4,3% e, nos últimos 12 meses, de 5%.

O segmento de serviços prestados às famílias se destacou em fevereiro (0,6%) na comparação com janeiro. Os transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio tiveram crescimento de 0,5% e serviços profissionais, administrativos e complementares de 0,2%.

As quedas ficaram com os segmentos de serviços de informação e comunicação (1,5%) e outros serviços (0,5%). O IBGE destacou que o agregado especial das atividades turísticas anotou crescimento de 0,2% na comparação com janeiro.

Estados

Os maiores taxas de crescimento entre janeiro e fevereiro foram observadas em Rondônia (9,1%), Mato Grosso (8,5%) e Acre (2,5%). Já as maiores quedas ocorreram no Ceará (9,8%), Espírito Santo (5,3%) e Pernambuco (5,2%). Mas quando a comparação é com fevereiro de 2016, na série sem ajustes, Piauí (10%), Mato Grosso (3%) e Acre (0,5%) registraram as maiores altas, enquanto as maiores quedas foram em Tocantins (25,2%), Amapá (18,9%) e Rondônia (18%).

O Distrito Federal se destacou nas atividades turísticas entre janeiro e fevereiro. Teve crescimento de 24%, seguido de São Paulo (5,6%) e Goiás (2,7%). Nove estados acusaram variações negativas: Pernambuco (-14,7%), Espírito Santo (-6,5%), Bahia (-5,1%), Rio de Janeiro (-3,3%), Ceará (-2,4%), Santa Catarina (-2,3%), Paraná (-2,0%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Minas Gerais (-0,9%).

Em relação a fevereiro de 2016, Goiás (16,6%), Santa Catarina (8,0%) e Minas Gerais (3,1%) registraram desempenho positivo e as variações ocorreram no Rio de Janeiro (-18,8%), Espírito Santo e Distrito Federal (-17,1%), São Paulo (-11,2%), Rio Grande do Sul (-8,1%), Paraná (-5,0%), Pernambuco (-3,1%), Ceará (-2,3%) e Bahia (-1,8%).

FGTS: Caixa já pagou R$ 12,3 bi de contas inativas a 8 milhões de trabalhadores

Paulo Virgilio – Repórter da Agência Brasil

O valor sacado na segunda fase do pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre os dias 8 e 10 deste mês, alcançou R$ 6,2 bilhões, o equivalente a 55% do total de R$ 11,2 bilhões previstos para esta etapa. A informação foi dada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, que participou ontem (12) da entrega de 300 imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

Com esse resultado, a Caixa chega a mais de R$ 12,3 bilhões pagos a cerca de 8 milhões de trabalhadores beneficiados pela Medida Provisória (MP) 763/2016. Somente entre os nascidos em março, abril e maio, mais de 4,3 milhões sacaram os recursos das contas inativas do FGTS, o que representa 56% das 7,7 milhões de pessoas nascidas nesse período.

Na primeira fase, que teve início no dia 10 de março, a Caixa pagou mais de R$ 6,1 bilhões relativos às contas inativas do FGTS para 3,7 milhões trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro. O valor representa 88% do total inicialmente previsto (R$ 6,96 bilhões) e aproximadamente 77% do contingente de trabalhadores nascidos nos dois primeiros meses do ano com direito ao saque.

Em razão do fluxo de atendimento acima do esperado em algumas regiões do país, a Caixa abrirá 1.305 agências nesta quinta-feira (13) com duas horas de antecedência. Nos locais em que os bancos abrem normalmente às 9h, as agências funcionarão das 8h às 16h.

A lista com a relação de agência está disponível no link.

Minha Casa, Minha Vida

O Residencial Saboia, condomínio entregue nesta quarta-feira em Santa Cruz, é destinado a famílias com renda de até R$ 1,8 mil e foi construído com recursos de R$ 128,9 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Os 300 apartamentos estão distribuídos em 15 blocos de cinco pavimentos e as unidades têm área privativa de 43 metros quadrados (m²), divididos em dois quartos, sala, cozinha e banheiro.

O Saboia é o último condomínio do empreendimento Tasso Blasso, composto por mais cinco residenciais, já entregues, em um total de 1.720 unidades. Além de infraestrutura de pavimentação, rede de água e esgoto, drenagem, energia elétrica e acesso ao transporte público, o empreendimento conta, em seu entorno, com duas creches, cinco escolas e três postos de saúde.

Inadimplência cresce no primeiro trimestre

O número de pessoas físicas inadimplentes no país aumentou no primeiro trimestre deste ano. No final de março, o volume era de 59,2 milhões de consumidores brasileiros nas listas de devedores. Frente à estimativa de dezembro de 2016, que mostrou cerca de 58,3 milhões de consumidores inadimplentes, houve um saldo de 900 mil novos nomes nas listas de inadimplência. Os dados do indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgados esta semana, mostraram ainda que, em termos percentuais, 39,36% da população adulta, entre 18 e 95 anos, estão com o nome sujo.

A série histórica do indicador mostrou que, após ter atingido a marca dos 59 milhões em setembro de 2016, a estimativa seguiu mostrando pequenas quedas, permanecendo entre os 58 e 59 milhões de consumidores. No início de 2017, entretanto, o número absoluto de negativados no país voltou a apresentar alguma alta ainda que tenha permanecido no patamar dos 59 milhões. “Embora a estimativa tenha crescido no primeiro trimestre, o ritmo de crescimento foi menor do que o verificado no início da crise”, afirmou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Na variação anual do número de pessoas físicas inadimplentes, o indicador apontou queda de -0,36% em março em comparação com o mesmo período de 2016. Após crescer a taxas próximas a 5% entre o final de 2015 e início de 2016, o levantamento mostrou sucessivos recuos ao longo do ano passado, sendo a primeira vez, desde o início da série histórica, em 2010, que o indicador identificou queda anual. Na passagem de fevereiro para março, a inadimplência mostrou alta de 0,44%.

A estimativa por faixa etária indicou que é entre 30 e 39 anos a maior frequência de negativados, uma vez que, no último mês de março, metade dessa população (50,12%) estava com o nome incluído em listas de proteção ao crédito – um total de 17,1 milhões de pessoas. Vale destacar ainda que uma quantidade significativa das pessoas entre 40 e 49 anos está inadimplente (47,15%), bem como entre os consumidores de 25 a 39 anos (46,83%).

Regiões

De acordo com a estimativa do SPC Brasil e da CNDL, a região Sudeste é a região que tem concentrado, em termos absolutos, o maior número de negativados do país somando: 25,10 milhões de consumidores. Em seguida, apareceram no levantamento o Nordeste, que está contando com 15,57 milhões de negativados; o Sul, com 8,34 milhões de inadimplentes; o Norte, com 5,31 milhões de devedores, e o Centro-Oeste, com um total de 4,84 milhões de inadimplentes.

Delator diz em vídeo que Alckmin recebeu mais de R$ 10 milhões da Odebrecht via caixa dois

Lava-Jato

Do Congresso em Foco

Um dos principais nomes do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é um dos 12 gestores estaduais investigados na Operação Lava Jato, em uma relação de quase cem nomes listados pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal. Ex-diretor da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior era quem comandava o chamado “departamento da propina” da empreiteira e, em seu depoimento à Justiça, afirma ter repassado via caixa dois, nas eleições majoritárias de 2010 e 2014, mais de R$ 10 milhões ao então candidato ao governo paulista.

“O governador Geraldo Alckmin é uma pessoa que nós, como empresa, considerávamos, no rol do PSDB, como um dos grandes postulantes a liderar o partido e o país, como presidente. Então, tanto ele quanto Aécio [Neves, senador mineiro e presidente nacional do PSDB] tiveram tratamento muito próximo. Especificamente no caso do governador, em 2010 eu fui procurado pelo meu executivo em São Paulo, Carlos Armando [Paschoal, conhecido como CAP, ex-diretor-executivo da Odebrecht], com uma demanda de uma pessoa que trabalhava dentro da construtora […], em que nós deveríamos nos preparar para fazer uma doação de campanha de dois milhões de reais”, afirmou Benedicto. “Eu autorizei o Carlos que fizesse o planejamento para o pagamento.”

“Especificamente na campanha de 2014, quando o governador se candidatou à reeleição, meu executivo à época […] me procurou dizendo que havia uma demanda do partido, através do secretário de Planejamento Marcos Monteiro, para que a gente fizesse uma doação de dez milhões de reais para a campanha de Geraldo Alckmin […]. Nós fizemos essa doação de dez milhões de reais, em caixa dois, pelo sistema de operações estruturadas da Odebrecht”, acrescenta Benedicto, referindo-se ao famigerado “departamento de propina” da empreiteira.

Quatro anos antes, na campanha de 2010, ainda segundo o delator, Alckmin recebeu R$ 2 milhões também de forma ilegal. Segundo esse relato, parte dos valores foram entregues ao cunhado de Alckmin, Adhemar César Ribeiro.

Geraldinho Lins canta na Semana Santa de Fazenda Nova

unnamed (14)

O feriado da Semana Santa vai ser de celebração, mas também de muito forró romântico com o cantor Geraldinho Lins. O artista se apresenta em dois locais nesse fim de semana com seu repertório de antigos e novos sucessos. Nesta quinta (13), Geraldinho é um dos artistas que se apresentam na Semana Santa de Fazenda Nova, no Brejo da Madre de Deus, em noite que vai ter ainda o cantor Pedrinho Pegação. As apresentações são gratuitas e ocorrem na Vila da Paixão, em uma programação que segue até domingo.

Já no sábado (15), Geraldinho Lins canta no Baile de Páscoa da cidade de João Alfredo. A apresentação tem início às 22h, no Ginásio de Esportes da cidade, que vai receber ainda show da banda Forró de Verdade. Para completar a festa, o público confere as participações especiais de Adenilton Moura e Will Bonner. As entradas para a festa têm o valor de R$ 20 (pista) e R$ 40 (área VIP).

Ex-executivo da Odebrecht diz ter pago R$ 40 milhões em propina a Temer

Temer_Cunha_Antonio-Cruz_Agência-Brasil

Em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-executivos da Odebrecht Márcio Faria da Silva afirmou que participou de uma reunião no escritório de Temer em São Paulo, no dia 15 de julho de 2010. Em depoimento gravado, o ex-executivo diz que só tomou conhecimento que o escritório era de Temer ao chegar no local. A reunião ocorreu para negociar o pagamento de propina de um contrato da empreiteira com a Petrobras. Na ocasião não ficou acertado valores, mas o delator disse ter pago R$ 40 milhões de propina a partir do encontro.

Em nota enviada pelo Planalto, o presidente diz que Faria foi levado ao presidente pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras”, diz trecho do documento. Além disso, Temer chamou de “mentira absoluta” os fatos narrados pelo delator e diz que o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) não participou do encontro.

De acordo com Márcio Faria, no encontro, além de Temer, estiveram presentes Rogério Araújo, executivo da Odebrecht, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves (RN), ambos deputados federais na ocasião. O lobista João Augusto Henriques também participou.

Os R$ 40 milhões de propina foram pagos como contrapartida a um contrato da empreiteira com a Petrobras. O valor correspondia a 5% do total da obra. Na ocasião, não foram tratados de quantias, mas Temer deixou claro, segundo do delator, que Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves estavam ali como representantes dos interesses do partido e sinalizou que qualquer problema seria resolvido com seus “rapazes”.

“Se acontecer qualquer coisa aí, desses rapazes aqui, ele apontou para os dois deputados, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, pode deixar que ela vem e fica aqui. Esses jovens, esses rapazes resolvem para mim lá. Não estou preocupado. Sinalizando para o colo dele. Dando a entender que eles resolveriam os assuntos de interesse do PMDB”, disse Márcio Faria.

Apesar de citado pelos delatores da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que diz não poder investigar o presidente Michel Temer (PMDB). No documento, o procurador explicou ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, que “há impossibilidade de investigação do presidente da República, na vigência de seu mandato, sobre atos estranhos ao exercício de suas funções”. Além disso, o procurador afirma que Temer “possui imunidade temporária à persecução penal, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal”.

Transpetro

Em outra delação narrada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, de acordo com o delator, Temer pediu doações eleitorais à campanha do ex-peemedebista Gabriel Chalita durante a campanha à prefeitura de São Paulo em 2012.

No depoimento de Machado, ele relata um “encontro reservado” na base aérea de Brasília, em 2012, no qual Temer teria dito que estava com problema de financiamento para a campanha de Gabriel Chalita. No encontro, conforme Sérgio Machado, eles acertaram o valor de R$ 1,5 milhão, que foi pago pela construtora Queiroz Galvão ao diretório do PMDB. O valor seria fruto de comissão paga por contratação com a Transpetro.

Leia íntegra da nota enviada pelo Palácio do Planalto:

“O presidente Michel Temer jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria. A narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta. Nunca aconteceu encontro em que estivesse presente o ex-presidente da Câmara, Henrique Alves, com tais participantes.

O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha. A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião.

O presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos. Nunca atuou em defesa de interesses particulares na Petrobras, nem defendeu pagamento de valores indevidos a terceiros.