Domingo tem carnaval em Igarassu com o bloco Azulão

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Quem ainda não quer se despedir do Carnaval vai poder aproveitar um pouquinho mais da folia neste domingo (05), com o Bloco Azulão, em Igarassu. A festa acontece em Cruz de Rebouças, a partir das 13h e, para este terceiro ano da programação, a animação vai ficar por conta dos convidados Neno Moral, Luiz Viola e as bandas Madeirada e É massa, além de três trios elétricos.

Serviço
Bloco Azulão (ano 3)
Data e hora: A partir das 13h, dia 05 de março
Local: Cruz de Rebouças (por trás da fábrica da Janga)
Atrações: Neno Moral, Luiz Viola, Madeirada e banda É massa

Toritama realiza 1º Casamento Coletivo

A Prefeitura Municipal de Toritama, através da Secretária de Assistência Social e 1ª Dama, Elaine Tavares comunica aos casais interessados que estão abertas, até o dia 31/03, as inscrições para o I Matrimônio Civil Coletivo 2017, que será realizado pela Excelentíssima Juíza Lorena Junqueira Victorasso no dia 18 de maio de 2017, de forma gratuita no Bella House Recepções.

As inscrições são limitadas e podem ser feitas no prédio da Secretaria de Assistência Social, localizada na Rua Euzébio Soares, nº 436, Centro, próximo a palmeira da Praça Nossa Senhora da Conceição e no CRAS do bairro Planalto, na Travessa Planalto, nº 38, do bairro, próximo a Igreja Assembleia de Deus.

A documentação necessária para a inscrição é a seguinte:
1. Registro de nascimento original dos noivos;

2. Cópia dos documentos RG e CPF dos noivos;

3. Comprovantes de residência dos noivos;

Para mais informações ligue: 3741-1220.

Crescem os casos de depressão e transtornos psiquiátricos no ambiente de trabalho

Por Érica Coutinho

O ambiente de trabalho pode acarretar uma série de problemas de saúde para os funcionários de empresas públicas e privadas. A depressão e os transtornos psiquiátricos são os casos relacionados à saúde do trabalhador que mais crescem.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que até 2020 a depressão será a doença mais incapacitante do mundo. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) estima que entre 20% e 25% da população tiveram, têm ou terão um quadro de depressão em algum momento da vida.

De acordo com dados recentes da Previdência Social, no ano passado, 75,3 mil trabalhadores foram afastados por conta de quadros depressivos. Isso indica que 37,8% de todas as licenças médicas foram motivadas por transtornos mentais e comportamentais em 2016.

Ainda em 2016, foram registrados mais de 199 mil casos de pessoas se ausentaram das empresas públicas e privadas por possuírem estas enfermidades. Este número supera o total registrado em 2015, que foi de 170,8 mil casos de afastamentos.

O meio ambiente de trabalho também é responsável por provocar uma série de problemas como estresse, ansiedade, depressão, síndrome de Burnout – caracterizada por estresse profissional, exaustão emocional e tensão exorbitante gerada pelo excesso de trabalho.

As origens da depressão relacionadas ao meio ambiente do trabalho têm alguns caminhos conhecidos: cobrança de metas excessivas e/ou inatingíveis, episódios de assédio moral, incentivo exacerbado à competitividade entre trabalhadores, necessidade de cumprimento de jornadas extenuantes, ausência completa de sentido nas atividades laborais, ameaças constantes de demissão. São todas situações que colocam o funcionário em constante frustração e que podem funcionar como verdadeiros gatilhos para o desenvolvimento da doença.

Algumas categorias são bastante atingidas pela depressão. São elas: bancários, operadores de telemarketing, motoristas, profissionais da área de saúde e profissionais da área de assistência social.

Para combater esse mal, primeiramente, é urgente que as empresas levem a sério os transtornos psiquiátricos de seus funcionários e analisem os adoecimentos como possível reflexo de estruturas organizacionais perversas. É importante também que as áreas responsáveis por gestão de pessoas repensem a “romantização” do stress e da alta produtividade.

O trabalhador que desenvolve algum problema psiquiátrico pode receber benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desde que fique afastado por mais de quinze dias.

Porém, o recebimento de benefício não elimina a possibilidade de o empregado ajuizar uma ação contra o seu empregador requerendo pensão mensal, caso se comprove algum grau de incapacidade, além de indenização por danos materiais em razão dos custos com o tratamento médico e psicológico e indenização por danos morais.

Em alguns casos, a depressão ou a doença psíquica pode levar o trabalhador a um quadro de aposentadoria por invalidez. O estado de invalidez é auferido por perícia médica feita pelo INSS na hipótese em que a depressão gera incapacidade definitiva para o trabalho. Trata-se de hipótese gravíssima de adoecimento.

Vale destacar que, apesar da gravidade e do crescimento dos casos de depressão, a postura da Justiça do Trabalho ainda é bastante tímida no reconhecimento das doenças psiquiátricas. O grande desafio é a prova do nexo entre o trabalho e o surgimento da moléstia.

Em razão das dificuldades, é importante que toda a documentação médica do empregado seja juntada ao processo. Além disso, o depoimento de testemunhas pode comprovar informações sobre as más condições de trabalho. Os elementos sobre o estado de saúde do trabalhador e o ambiente de trabalho são fundamentais para que o Judiciário reconheça o nexo entre a depressão e as atividades laborais.

E-commerce impulsiona as exportações

O e-commerce e as novas tecnologias digitais estão mudando a forma de consumo e impulsionando as vendas das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, de acordo com um estudo global encomendado pela FedEx Express, subsidiária da FedEx Corp. (NYSE: FDX) e maior empresa de transporte expresso do mundo.

A pesquisa mostra que 89% dos pequenos e médios empresários brasileiros (PMEs) que exportam seus produtos, vendem ao exterior pela Internet. Estas transações correspondem, em média, por R$ 3,5 milhões (US$ 1,11 milhão) no faturamento entre setembro de 2015 e 2016.

Este valor representa 33% do faturamento das PMEs em 2015 – a média nacional de receita total foi de R$ 10,4 milhões – e está acima da média global encontrada na pesquisa (26%).

Outro dado aponta que, das companhias que utilizam o e-commerce como ferramenta de vendas, 81% também estão no m-commerce – canais de vendas por celular ou dispositivos móveis, seja com um site responsivo ou um aplicativo próprio – e 86% delas usam as redes sociais como plataforma comercial.

Do faturamento médio de R$ 3,5 milhões gerados por exportações via e-commerce, o m-commerce e as plataformas de vendas em redes sociais foram responsáveis por 29% e 30%, respectivamente.

“No Brasil, as PMEs estão mais atentas às novas tecnologias do que a média global de 80%, com uma adesão de 89%”, diz Denise Thomazotti, gerente de Marketing da FedEx no Brasil. “Estes dados mostram que os pequenos e médios empresários brasileiros se preocupam em atender às novas expectativas dos consumidores e o faturamento gerado nos últimos doze meses reflete o sucesso da aposta no e-commerce, m-commerce e transações nas redes sociais – já representando um terço dos resultados”.

Além disso, os empresários ouvidos estão otimistas para os próximos 12 meses – entre setembro de 2015 e 2016. Das 600 empresas consultadas, 55% esperam crescer suas exportações, em média, 27% neste período, enquanto apenas 8% delas disseram que reduzirão suas vendas para o mercado externo no mesmo espaço de tempo. Estas PMEs preveem queda média de 26%.

“Entrar no mercado global ajuda as PMEs a estabilizar suas operações. Quando uma companhia depende totalmente do mercado interno, ela está sujeita a todas as oscilações do cenário local, enquanto uma estratégia que atinja o público estrangeiro diversifica as fontes de renda das empresas”, comenta Denise.

O estudo também mostra as principais áreas de atuação das PMEs brasileiras exportadoras. Segundo o levantamento, Produtos Manufaturados lideram a lista (13%), seguidos por Tecnologia de Informação e Telecomunicações (12%) e Bens de Consumo (11%).

Outro ponto de destaque da pesquisa é a identificação dos principais mercados externos para o pequeno e médio empresário do Brasil. O País tem uma tendência de exportar dentro da própria América Latina, já que 68% dos entrevistados disseram ter negócios na região. O destino principal no continente é a Argentina (54%), seguido por Chile (37%) e Uruguai (36%). Fora da região Latina, os Estados Unidos recebem produtos de 34% das empresas consultadas, enquanto Portugal e Alemanha também são grandes mercados consumidores, alvos de 31% e 26% das PMEs, respectivamente.

A importância dos indicadores na educação

No próximo dia 7 de março, às 15h, o DeVry Unifavip estará realizando palestra com a doutora em economia Amanda Aires para debater “A importância da administração de indicadores na gestão escolar”. Amanda já passou pela Université Laval, Canadá e a Universität Zürich, na Suíça. O evento irá abordar a importância de se profissionalizar a educação e marcará o lançamento da pós graduação do Unifavip em Gestão Escolar.

Além da experiência acadêmica e de ter trabalhado como assessora econômica do Governo do Estado de Pernambuco, ela é autora dos livros Economia Brasileira para Concursos e Economia para concursos – 1000 exercícios para concursos e professora da Devry|FBV. “É relevante saber quais os números que um gestor escolar tem que ter conhecimento para conseguir fazer uma gestão eficiente e gerar resultados, não só econômicos como acadêmicos”, comenta.

PÓS GRADUAÇÃO – A Gestão Educacional do DeVry | Unifavip tem um ano de duração e o foco é especializar o profissional na área de formação e compartilhar experiências acadêmicas diferenciadas. Com uma estrutura e padrão internacional o Centro Universitário está preparado para destacar o seu desempenho no mercado de trabalho. As inscrições vão até o dia 15 de março e aulas acontecem aos sábados, das 8h às 17h e tem uma folga por mês.

Atendendo a pedidos do mercado, editora lança coleção de mini códigos

Após o Código de Processo Civil ficar na lista dos mais vendidos do PublishNews, no ano de 2016, os clientes, estudantes, advogados e livreiros pediram por mais de dois anos que a Edipro publicasse os demais códigos.

Para atender a demanda, em 2017, a editora, conceituada por suas publicações jurídicas, desenvolveu uma coleção de mini códigos em formato portátil, material gráfico inovador, notas de fácil consulta e índice remissivo.

Os volumes do Código Civil, Código Penal, Código de Processo Penal, Código Tributário Nacional e Código de Processo Civil estão atualizados até o DOU (Diário Oficial da União) de 05 de janeiro de 2017.

A iniciativa é a grande aposta para o catálogo jurídico da editora nesse ano e, até o fim de janeiro, a coleção estará disponível para venda nas melhores livrarias do país.

Código Civil: Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – inclui: artigos correlatos do próprio Código; Súmulas; Temas de Repercussão Geral; Enunciados; Súmulas do STF; Temas de Repercussão Geral do STF; Súmulas do STJ; Temas Representativos da Corregedoria da Justiça Federal; Enunciados do Conselho da Justiça Federal; Índice remissivo.

Código Penal: Decreto-lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 – inclui: Temas de Repercussão Geral; Enunciados; Resoluções do CNJ; Lei das Contravenções Penais; Súmulas do STF; Temas de Repercussão Geral do STF; Súmulas do STJ; Resoluções do Conselho Nacional de Justiça; Índice remissivo.

Código de Processo Penal: Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – inclui:artigos correlatos do próprio Código; Súmulas; Temas de Repercussão Geral; Enunciados; Lei de Execução Penal; Súmulas do STF; Súmulas vinculantes do STF; Súmulas do STJ; ADPF nº 130; ADI nº 2.787 e ADI nº 2.860; Resoluções do Conselho Nacional de Justiça; Índice remissivo.

Código Tributário Nacional: Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1966 – inclui: artigos correlatos do próprio Código; Súmulas; Resoluções do Senado; Leis Complementares; Atos complementares; Súmulas do STJ; Súmulas do STF; Súmulas Vinculantes do STF e Índice remissivo.

Código de Processo Civil: Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 – inclui: notas remissivas; artigos correlatos do próprio código; súmulas; temas de repercussão geral; enunciados; enunciados fórum permanente de processualistas; enunciados ENFAM; enunciado – jornada de direito civil; resoluções do CNJ; enunciados administrativos do STJ; resolução nº 203 do TST; súmulas do STJ; súmulas do STF; súmulas vinculantes do STF e índice remissivo.

TAP e TIM te levam para Moscou

A promoção é válida entre os dias 1º a 31 de março de 2017 para todos os clientes TIM pós pago.

Para participar, é necessário ter 18 anos ou mais e ser integrante do Victoria, Programa de Milhagem da TAP. Caso o cliente ainda não participe do programa a inscrição é gratuita e pode ser feita diretamente no hotsite da promoção http://www.tim.com.br/sp/para-voce/servicos-tim/promocoes/tim-me-leva-com-a-tap.

O sorteio acontecerá no dia 08 de abril de 2017. O ganhador poderá levar um acompanhante e deverá marcar a sua viagem de ida e volta até 08 de abril de 2018. Além disso, também terá uma ajuda de custo de R$ 5.000. No total serão 7 dias de passeios com um tour personalizado para esta promoção.

Para ver o regulamento e saber mais acesse: http://www.tim.com.br/sp/para-voce/servicos-tim/promocoes/tim-me-leva-com-a-tap.

Balança comercial tem melhor resultado para fevereiro desde 1989

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 4,56 bilhões em fevereiro. Trata-se do melhor resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica do governo, em 1989. As exportações ficaram em 15,472 US$ bilhões, superando os US$ 10,192 bilhões em importações. Os dados foram divulgados esta semana pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

As exportações cresceram 22,4% em relação a fevereiro de 2016 segundo o critério da média diária, que leva em conta o valor negociado por dia útil. As importações, por sua vez, cresceram 11,8%.

Do lado das exportações, os destaques foram as vendas de petróleo bruto (alta de 326,6% na comparação com fevereiro de 2016), minério de ferro (alta de 126,2%), soja em grão (107%), carne suína (40%), óleos combustíveis (480,7%), veículos de carga (38,8%), ferro fundido (139%), óleo de soja bruto (109,9%) e semimanufaturados de ferro e aço (92,6%).

Nas importações, cresceu a compra de combustíveis e lubrificantes (34,9%) e bens intermediários (16,3%) na comparação com fevereiro do ano passado. Por outro lado, caiu a aquisição de bens de capital (9,8%) e consumo (4,4%).

Saldo acumulado

O saldo positivo de fevereiro ocorreu após o superávit de US$ 2,725 bilhões no primeiro mês deste ano, segundo melhor resultado da história. Em janeiro e fevereiro, há superávit acumulado de US$ 7,3 bilhões, maior saldo no período desde 1989.

Em 2016 a balança comercial também bateu alguns recordes mensais, encerrando o ano no azul em US$ 47,69 bilhões, maior superávit anual já registrado pelo Brasil desde o início da série histórica do governo.

A balança comercial tem superávit quando as exportações, vendas do Brasil para parceiros de negócios no exterior, superam as importações, que são as compras do país também no exterior.

Pernambuco vai celebrar 130 anos de Heitor Villa-Lobos

Da Folhape

O carioca Heitor Villa-Lobos, que celebra 130 anos de nascimento em 2017, vai ser celebrado em Pernambuco. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult), com a Prefeitura do Recife, realizam, no próximo domingo (5), um Concerto Coral-Sinfônico em homenagem ao compositor. Será no teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu.

Quase 58 anos após seu falecimento, Villa-Lobos segue sendo cultuado no mundo inteiro como um dos mais criativos artistas do século 20 e é, até hoje, o compositor brasileiro mais executado no exterior.

A programação integra ainda o rol de atividades comemorativas pelos 70 anos da UFPE e contará com a direção musical e regência do maestro Wendell Kettle, do Departamento de Música da Universidade.

De acordo com o professor Luís Reis, Diretor de Cultura da UFPE, “o projeto, como ação extensionista, na qual o produto formado pelo ensino e pela pesquisa em sala de aula encontra o público, está sintonizado com os ideais do próprio Villa-Lobos, que foi um militante da educação musical no Brasil, autor de projetos de caráter formativo na área. É, portanto, um evento que fortalece ainda mais a riqueza das atividades de extensão desenvolvidas pelo Departamento, engrandecendo assim a cultura de nossa universidade e de nossa região”.

SERVIÇO
Concerto Villa-Lobos 130 anos
Domingo, 5 de março de 2017, às 18h
Local: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu – Boa Viagem/Recife)
Classificação Indicativa Livre
Duração: 60 minutos
Entrada gratuita. Distribuição de ingressos às 17h

São Francisco quase morto em Pernambuco

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Da Folhape

Das 360 espécies de peixes nativos que existiam na bacia do rio São Francisco, apenas 152 ainda são encontradas. E escassamente. O cenário alarmante é revelado por meio de um levantamento inédito divulgado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF). O estudo, que durou cerca de dois anos, aponta as áreas baixa e submédia da bacia do Velho Chico como as mais críticas.

A parte que corta Pernambuco está inserida justamente na submédia, num trecho que abrange os municípios de Petrolina, Belém do São Francisco, Cabrobó e Jatobá. Antes encontrados em abundância, lá não existem mais exemplares de mandi-bagre (Pimelodus spp), piaba (Astyanax bimaculatus), pacamão (Lophiosilurus alexandri), cascudo (Hypostomus affinis), cambeva (Trychomicterus brasiliensis), barrigudinho (Peocilia reticulata).

A lista é extensa. Até espécies endêmicas, como o pirá (Conorhynchos conirostris), conhecido como peixe símbolo do São Francisco, já não é mais visto nas redes dos pescadores artesanais. “É lamentável ver no que o Velho Chico se transformou ao longo dos últimos 50 anos. De todo os 637 mil quilômetros quadrados de extensão que a bacia abrange, as 152 espécies apenas podem ser vistas, e com dificuldade, no médio e alto do São Francisco. Falo de parte da Bahia e Minas Gerais. Porque, nas demais áreas (baixo e submédio), o rio está morto”, lamenta o vice-presidente do Comitê, Maciel Oliveira.

Embora não possa bater o martelo sobre os motivos do sumiço, aponta como possíveis fatores a interferência das hidrelétricas controlando a vazão da água, o despejo do esgoto in natura, a pesca predatória e o assoreamento. “O problema não é só ambiental. Estamos falando de mais de 50 mil pescadores que dependem desse rio para tirar o seu sustento.”
João dos Santos, 41 anos, é um desses pescadores artesanais. No ofício há 30 anos, hoje aposta em outras fontes de renda. “Tive que ser criativo, começar a construir embarcações e tecer redes de pesca. Dá um aperto no coração ver o Chico assim. Antes, num dia bom para a pesca, eu tirava 10 kg facilmente. Hoje, não pego a metade”.

Também na avaliação do biólogo Nelson Noveli, o cenário de desequilíbrio ecológico reflete a interferência humana. “Quando a oferta de peixes diminui, estamos falando de toda uma cadeia alimentar e reprodutiva que está sendo afetada. São peixes maiores que deixam de se alimentar dos menores. Deixam de se reproduzir a oferta para pescadores artesanais diminui. Nisso, supermercados e restaurantes deixam de ser abastecidos, ou seja, é um problema também socioeconômico”, analisa. Noveli lembra que o problema não é só do Chico. “É a realidade de vários manaciais do País. O Capibaribe é outro exemplo.”

O sumiço de mais da metade das espécies nativas em parte do rio, no entanto, não leva o Comitê a afirmar que elas foram extintas. Oliveira adiantou que um termo de cooperação está em processo de negociação com universidades para que um levantamento completo do rio seja feito na esperança de reencontrar os peixes da bacia. “Preferimos crer que eles sumiram apenas de parte do Chico. Um estudo detalhado deverá nos dar uma maior precisão”, acredita Oliveira.

Uma solução para reverter esse cenário, aponta o Comitê, seria se o projeto “Novo Chico”, do Ministério da Integração, saísse do papel. A proposta, apresentada em dezembro passado, prevê investimentos da ordem de R$ 900 milhões até 2019 em iniciativas prioritárias de conclusão das obras de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Seriam executados ainda serviços de requalificação de áreas degradadas e proteção de nascentes.

“Quando se recupera uma nascente estamos falando da recuperação de APPs (Áreas de Preservação Ambiental) de aquíferos e afluentes, que são passagens para reprodução de peixes. Infelizmente, nada virou realidade”, observa Oliveira. Procurado, o Governo Federal não se posicionou.