Como identificar e tratar o AVC

Esta semana, a mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dona Marisa Letícia Lula da Silva, foi internada, em São Paulo, após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, é uma das principais complicações de doenças que afetam os vasos que levam sangue ao cérebro. O entupimento ou rompimento de um desses vasos impede o adequado fluxo de sangue para partes do cérebro e a perda de algumas de suas funções. O AVC pode acometer pessoas de qualquer idade, mas geralmente ocorre em pacientes com idade mais avançada e aqueles com doenças crônicas ou hábitos de vida pouco saudáveis que não fazem acompanhamento médico adequado.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é o mais comum e se dá quando um coágulo bloqueia uma artéria. Esse coágulo pode se formar dentro das artérias do cérebro ou nas artérias do pescoço (quando existem placas de gordura) e no coração (quando existe alguma arritmia ou aumento de suas cavidades), sendo levados para dentro do cérebro quando se desprendem. Já o AVC hemorrágico ocorre quando uma artéria “se rompe” dentro do cérebro. Ele geralmente ocorre quando a pressão arterial está muita alta e sem controle e isso pode levar ao rompimento de pequenas artérias ou de aneurismas (dilatações).

Algumas características dos pacientes podem aumentar o risco de AVC. Dentre elas estão hipertensão, diabetes, arritmias cardíacas, obesidade, sedentarismo, tabagismo e uso de álcool. Para reduzir esse risco, recomenda-se adotar um estilo de vida saudável: cuidar da alimentação, evitando alimentos com excesso de gordura e sal; evitar grandes quantidades de álcool e parar o cigarro; praticar exercícios físicos; aprender a conviver com o estresse. “Além de mudar maus hábitos, é importante procurar um médico para uma consulta de rotina desde jovem”, completa o coordenador da Neurologia do Hospital Esperança Olinda, Dr João Eudes Magalhães.

Dentre os sintomas que ajudam a identificar um AVC, podemos citar: dormência ou paralisia de um lado da face ou do corpo; dificuldade para falar; perda súbita da visão; dor de cabeça muito forte; confusão mental. Um AVC ocorre de forma repentina e qualquer pessoa pode ajudar a identificar os sintomas de forma rápida: peça pra dar um sorriso, levantar os braços e falar uma frase. “Se o paciente está com a boca torta, um dos braços não levanta ou não se consegue entender o que ele fala, isso pode ser um AVC e o socorro imediato é importante para diminuir os danos”, alerta o médico.

O tratamento do AVC inclui inicialmente o controle das funções vitais, como oxigenação, pressão arterial, ritmo cardíaco e nível de glicose no sangue. Alguns pacientes podem precisar de medicamentos para dissolver o coágulo, cirurgia para a retirada de hematomas ou para aliviar a pressão cerebral e até cateterismo para revascularizar as áreas comprometidas. Durante o internamento, as causas do AVC podem ser esclarecidas. Assim que possível também são iniciadas medidas que ajudam a restaurar as funções perdidas. “A reabilitação depende de cada paciente e pode ser necessária por tempo prolongado. O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar que engloba médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde”, diz o neurologista.

Hemodinâmica – Para auxiliar no tratamento de pacientes que sofreram AVC, o Hospital Esperança Olinda conta com o Centro de Hemodinâmica. O setor é acionado caso o paciente precise de uma desobstrução dos vasos cerebrais comprometidos, através do cateterismo cerebral. Os principais tratamentos realizados são a recanalização dos vasos, a dilatação das artérias e o exame angiográfico cerebral. Os aparelhos da Hemodinâmica são de última geração; as imagens radiográficas digitais em 3D têm excelente definição, o que confere rapidez ao tratamento.

A equipe é multidisciplinar, sendo composta por neurovascular, neurocirurgião, neurologista, intensivista, cirurgião vascular, enfermagem, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Recentemente, a Prontimagem e o serviço de Hemodinâmica receberam a certificação Diamante conferida pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) em parceria com o Instituto Qualisa de Gestão (IQG). Trata-se da certificação máxima para o setor e o Esperança Olinda é o único hospital de Pernambuco a recebê-la. O selo atesta o compromisso com a qualidade e segurança na gestão da assistência ao paciente.

Accape oferece curso sobre Planejamento tributário 2017

A Accape inicia o ano de 2017 com a oferta de capacitação para a categoria contábil de Caruaru e região. Estão abertas as inscrições para o curso “Planejamento tributário 2017 – Lucro real, presumido ou simples nacional?”, que será realizado no dia 3 de fevereiro, das 9h às 17h, no auditório da associação.

O objetivo do curso é desenvolver nos participantes, através da realização de simulações práticas, um melhor entendimento sobre as formas de tributação das empresas, sendo elas nos regimes de Lucro Presumido, Lucro Real ou Simples Nacional, para que o profissional possa adotar a melhor opção para cada caso.

Para ministrar o curso, a Accape traz o experiente instrutor Márcio Alberto Balduchi, pós-graduado em Direito Tributário pela Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter), e autor do livro ‘Contabilidade Tributária para Exame de Suficiência do CFC – Comentários sobre o exame técnico e bacharel em Ciências Contábeis’, com atuação na contabilidade industrial. Atualmente, Márcio coordena os cursos de pós-graduações da Faculdade Metropolitana do Grande Recife e é instrutor e membro da Comissão de Integração CRC/PE e IES através da Câmara de Desenvolvimento Profissional de Coordenadores das IES pelo Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco.

O conteúdo programático do curso inclui os seguintes assuntos: Lucro Presumido; PIS E COFINS cumulativo; ISS – regra geral; ICMS – regra geral; IPI – regra geral; INSS patronal sobre folha de pagamento; Lucro Real; PIS E COFINS não cumulativo; ISS – regra geral; ICMS – regra geral; IPI – regra geral; INSS patronal sobre folha de pagamento; Simples Nacional; Forma de apuração – Regra geral; Anexos de I a VI (2017); Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); e Simulações entre os regimes.

O curso tem como público-alvo profissionais da contabilidade, estudantes e demais interessados no assunto. O valor inscrição custa R$ 100 para sócios da Accape e R$ 150 para o público em geral. Mais informações na sede, localizada no 12º andar do Empresarial Difusora (Salas 726 – 727). O telefone para contato é o (81) 3721.0862.

Cursos na Asces-Unita com desconto diferenciado

Os servidores públicos contratados ou efetivos das esferas municipal, estadual e federal podem estudar na Asces-Unita, nos cursos de Educação Física (Bacharelado ou Licenciatura), Administração Pública, Serviço Social e Saúde Coletiva com desconto de 40% na mensalidade. A seleção se dará de forma simplificada e estarão com inscrições abertas até o dia 13 de fevereiro.

Para participar o servidor precisará realizar requerimento na secretaria da instituição localizada no campus I, munido de cópias do RG, CPF, documento que comprove o vínculo enquanto servidor, número do Enem (edições 2014,2015 ou 2016) e boletim equivalente á edição escolhida. No entanto, caso o servidor não tenha realizado a prova do Enem, ele poderá participar da seleção desde que realize uma redação que será aplicada no dia 17 de fevereiro, conforme indicado no edital. Na ocasião da inscrição o servidor precisa efetuar o pagamento da taxa no valor de R$110,00 (cento e dez reais).

O candidato será submetido a entrevista realizada por professores do curso escolhido na inscrição do processo seletivo, já o resultado final será divulgado no dia 22 de fevereiro, com matrícula prevista para o dia 23 do referido mês.

Reforma Trabalhista de Temer é inconstitucional, segundo Ministério Público

O termo “inconstitucional” foi utilizado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para avaliar o conteúdo da reforma trabalhista que o presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional. O líder do PT no Senado, Humberto Costa, ratifica a avaliação e promete lutar no Congresso para que nenhuma das “propostas absurdas que retiram os direitos dos trabalhadores” seja aprovada na Casa.

“Lutaremos até o fim para que nenhum direito seja perdido. Os trabalhadores não merecem perder suas conquistas históricas, não deixaremos essa reforma passar”, garantiu Humberto.

O MPT publicou, na última quarta-feira (25), quatro notas técnicas sobre a reforma e propõe a “rejeição” ou “alteração” das medidas que tramitam no Congresso sobre o tema. O órgão consultou 12 Procuradores do Trabalho que analisaram todas as propostas Projeto de Lei 6787/2016 (PL 6787/2016); Projeto de Lei do Senado 218/2016 (PLS 218/2016); Projeto de Lei da Câmara 30/2015 (PLC 30/2015); e Projeto de Lei 4302-C/1998 (PL 4302-C/1998).

Segundo a análise, nenhuma das alterações que estão sendo apresentadas nos referidos projetos de lei incentivaria a criação de novos empregos. Pelo contrário, retiraria direitos históricos dos trabalhadores. Uma das notas técnicas do MPT fala sobre a “jornada intermitente”, afirmando que o modelo não beneficia o trabalhador, deixando-o completamente “à disposição” do empregador.

A nota chega a apontar: “o projeto (jornada intermitente) equipara os trabalhadores aos demais insumos da produção, pondo em risco (ou inviabilizando) o suprimento das necessidades vitais básicas do ser humano que trabalha, comprometendo um mínimo existencial que não é móvel, variável ou flexível”.

“Não tem cabimento Temer querer autorizar a terceirização da atividade-fim, medida que cerceia todos os direitos dos trabalhadores. O que deveria acontecer era a valorização dos direitos sociais. Esse governo golpista deveria escutar as centrais sindicais, federações e sindicatos para saber os verdadeiros problemas. Mas eles só querem beneficiar o empresariado e prejudicar os trabalhadores brasileiros”, afirmou Humberto Costa.

ARQUIVO — Caderneta de poupança x LCI

Por Maurício Assuero

A aplicação financeira mais tradicional, sem dúvida, é a caderneta de poupança. Sua origem data de um decreto de 1808 da ordem de D. João VI. A poupança é uma aplicação puramente destinada – como diz o decreto – a pequenas economias e a razão disso é sua taxa de rentabilidade: 6% ao ano acrescido da taxa de inflação. A vantagem dessa aplicação é a isenção do imposto de renda.

Como ao longo do tempo o Brasil conviveu com uma taxa de inflação galopante, o indexador da poupança mudou de acordo com as novidades dos planos de estabilização econômica até que chegou num monstrengo chamado TR – Taxa de Referência que, ironicamente, não é índice de preços posto que se trata da taxa média de captação praticada pelos vinte maiores bancos do país. Cabe ressaltar que antes de 2012, com a queda da taxa SELIC até o nível de 7,5% ao ano (o menor da já visto), a caderneta de poupança passou a ser uma aplicação mais competitiva que os títulos do governo, por exemplo. Uma das razões é, como foi dito acima, a isenção do imposto de renda. Numa aplicação em renda fixa, por exemplo, o cliente paga imposto de renda e IOF. Na poupança, não. Com a perda de receita o governo alterou a lei e a poupança ficou esse retrato lamentável e degradante. Daí, a cada mês cresce o volume de recursos que são sacados da poupança e isso afeta diretamente as operações de crédito imobiliário que usam recursos da poupança como lastro para seus financiamentos.

Visando atenuar as perdas com os recursos da poupança, surgiu a LCI – Letra de Crédito Imobiliária que nada mais é do que um título de renda fixa, mas que tem uma finalidade especifica de aplicações dos recursos: o crédito imobiliário. Uma LCI pode ser mais interessante do que a poupança, dependendo em que instituição se faz a aplicação. Trata-se de um título que tem um período de carência de 60 dias (já foi 90!), isto é, não se pode sacar antes de 60 dias e o valor a ser aplicado depende, também, da instituição. Algumas exigem no mínimo R$ 50 mil, outras é possível aplicar R$ 1 mil. O cuidado deve ser a taxa de aplicação. O Banco do Brasil, por exemplo, remunera uma LCI em 70% da taxa do CDI – Certificado de Depósito Interbancário e aí, a LCi pode ser pior do que a poupança. Registre-se também que não há incidência de imposto de renda.

Trata-se de uma operação interessante desde que realizada a uma taxa que supere a poupança. O fato é que, enquanto a taxa de juros está alta, os títulos de renda fixa tornam-se mais atraente. Se a SELIC cair para menos de 10% ao ano, os olhos irão se voltar novamente para a caderneta de poupança. É a ciranda financeira.

O que fazer com o dinheiro do saque do FGTS inativo

A notícia de que os trabalhadores poderão sacar todo o saldo de suas contas inativas do FGTS está animando o mercado, sendo que se projeta a injeção de R$ 30 bilhões na economia. Em um primeiro momento já são cerca de um milhão de trabalhadores sem carteira assinada há três anos ou mais e com contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que podem sacar seus saldos.

Esses trabalhadores não precisarão aguardar o calendário da União, que a partir de fevereiro, vai permitir a retirada de recursos de todas as contas que não têm mais movimentação no país. Isso pelo fato de que quem fica por 36 meses ou mais sem recolhimentos para o fundo pode fazer a retirada do saldo que está parado.

Agora, tanto para quem está desempregado e para quem poderá retirar em fevereiro, a orientação é a mesma, muito cuidado para não colocar em risco essa reserva financeira. Não é porque é uma verba inesperada de deve ser gastada desordenadamente, muito ao contrário, esse dinheiro pode marcar o início de uma virada financeira.

O objetivo do governo é que os valores sejam usados para quitar dívidas, mas, só recomendo essa ação em caso de descontrole no pagamento ou inadimplência, fatos que podem gerar juros abusivos. Agora, quando o endividamento estiver controlado (como é o caso de quem tem parcelamentos em dia da casa própria, veículos, ou para crediários ), esse dinheiro deve ser utilizado para iniciar o planejamento de sonho. Os brasileiros precisam aprender a lidar com o dinheiro de forma sustentável , para que consigam alcançar seus objetivos ao longo da vida com segurança financeira.

Um grande erro que observo é que o FGTS vem sendo posto como a “salvação” dos brasileiros, mas, na verdade será apenas mais um ganho extra, se não tiver cuidado, os resultados serão os mesmo de vários outros valores que os brasileiros recebem, como restituição de imposto de renda, sendo direcionado apenas ao consumo ou ao combate do efeito do endividamento e não das causas.

Mas, como dito, para quem está inadimplente uma orientação especial é interessante: conheça verdadeiramente a sua condição financeira e trace um planejamento para sair dessa situação. Não é com pressa, trocando uma dívida por outra, que o problema irá se resolver, pelo contrário. A mudança precisa ser comportamental, a fim de eliminar costumes e hábitos que levam ao consumismo não planejado e descontrolado.

Conheça orientações para sair das dívidas:

Caminhos alternativos para fugir do endividamento são possíveis. Pensando nisso, veja algumas orientações que indicam como resolver o problema definitivamente:

Se você possui diversas dívidas, mas ainda não está inadimplente, cuidado! A situação é bastante preocupante. Levante todos os valores e estabeleça uma estratégia para que continue adimplente. E lembre-se, estar endividado nem sempre é um problema; o problema é quando não se consegue pagar esse compromisso;

Se já estiver inadimplente, antes de sair negociando, tenha total conhecimento de sua situação. Faça um diagnóstico financeiro, registrando o que ganha e o que gasta, e conheça o seu verdadeiro “eu financeiro”;

Faça um apontamento de despesas diárias, separado por tipo de despesas, durante os próximos 30 dias. Esse é o caminho para que fique tudo mais claro. Somente assim poderá cortar gastos e reduzir excessos;

Muitas vezes, é importante dizer “devo, não nego, pago, como e quando puder”. Nunca se deve procurar o credor (pessoa ou instituição para quem se deve) antes de ter domínio completo da sua situação financeira;

A portabilidade é uma das ferramentas para reduzir o endividamento, portanto procure por linhas de créditos mais baixas. Porém, é importante frisar, isso não resolve a causa do problema;

No planejamento para pagar as dívidas, priorize as que têm os juros mais altos. Geralmente são as de cartão de crédito e cheque especial;
Na hora de negociar, se for parcelar as dívidas, tenha certeza de que cabem em seu orçamento;

Antes de pagar as dívidas, é preciso reunir a família (inclusive as crianças), apresentar o problema e discutir as alternativas. Saiba que, para pagar as dívidas atrasadas, terá que repensar o seu padrão de vida, pois a sua força de pagamento será reduzida nos próximos meses, com o incío do pagamento das parcelas;

Não existe uma porcentagem exata do quanto terá que direcionar para pagar suas dívidas, isso dependerá do diagnóstico financeiro feito previamente;

Além de pagar as dívidas, procure guardar dinheiro para fazer suas próximas compras à vista e obter descontos. Mesmo endividado, inicie o projeto de vida de ser independente e sustentável financeiramente. E não se esqueça: é preciso respeitar o dinheiro e entender que ele é um meio e não um fim.

Enfim, é muito interessante esse dinheiro extra do FGTS que muitos brasileiros receberão, contudo, muito cuidado na hora de usar. Sabendo se planejar, esse pode ser o início de uma mudança positiva em sua vida financeira, ou pode ser apenas um extra para consumo pu pagar dívidas. A opção será de quem recebe o valor

A dura realidade do desemprego

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Pedro Augusto

Se para alguns o período atual é de tentar aproveitar ao máximo os encantos e os atrativos oferecidos pelo Litoral pernambucano, para outros o início de 2017 está sendo utilizado para lutar por uma relocação junto ao sol, ou melhor, ao mercado de trabalho. Se for tomado como parâmetro o retrospecto de 2016, o alcance de uma vaga neste começo de ano encontra-se ainda mais difícil do que no primeiro mês dos anos anteriores, haja vista que na temporada passada Caruaru vivenciou o seu segundo pior intervalo em termos de geração de empregos desde a criação da série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Para se ter ideia, somente no ano passado 3.256 postos de trabalhos formais foram desativados na Capital do Agreste.

Um pequeno exemplo deste quantitativo alarmante de profissionais desocupados pode ser facilmente observado na área interna da Agência do Trabalho de Caruaru, no Bairro Maurício de Nassau. Nela, diariamente, um volume extenso de desempregados vem se concentrando em meio às cadeiras disponíveis à procura de uma oportunidade de trabalho. Por lá, a reportagem VANGUARDA acabou encontrando, na manhã da última terça-feira (24), o desempregado Cícero Adriano, de 40 anos. Pai de três filhos e com um amontoado de contas para pagar, ele já tratou de deixar de lado a busca por vagas voltadas apenas para um segmento profissional: o de motorista.

“Do jeito que as coisas andam no mercado de trabalho local, estou pegando qualquer emprego que possa dar comida aos meus filhos. O meu último trabalho foi de motorista, mas também tenho experiência como auxiliar de escritório e porteiro e, caso surjam oportunidades nestas duas últimas áreas, não pensarei duas vezes em aceitar as propostas. Quem hoje com essa crise se encontra empregado e está de férias, por exemplo, numa praia, pode se sentir um privilegiado. A situação está muito difícil para muita gente, inclusive para minha família”, lamentou Cícero.

O primeiro estudo feito neste ano pela Agência do Trabalho de Caruaru também não deixou por menos a exemplificação do alto quantitativo de desocupados presentes hoje na esfera local. De acordo com o coordenador do serviço, Tássio Patrese, somente no intervalo do dia 1º até o dia 23 de janeiro, 2.986 pessoas estiveram recebendo atendimento na unidade à procura de consultas por vagas. No mesmo período de 2016, o mesmo procedimento foi realizado para 2.498 pessoas. Quanto aos atendimentos voltados para os profissionais que tinham a intenção de protocolar os seguros desempregos, de um ano para o outro, o número referente saltou de 443 para 613.

“Esses números citados demonstram que realmente a situação encontra-se muito difícil em Caruaru em termos de emprego. Pelo menos aqui na nossa unidade, hoje a demanda por postos de trabalho está maior do que o montante de vagas em aberto. Temos percebido que cada vez mais os desempregados estão procurando por postos que exigem qualificações menores para tentar conseguir retornar ao mercado. De um ano para cá, essa migração vem ocorrendo bastante”, confirmou Tássio Patrese.

De acordo com a análise do economista Maurício Assuero, a expectativa é de que o sol volte a brilhar para um número maior de trabalhadores somente no segundo semestre deste ano. “O nível de desemprego no Brasil, incluindo Caruaru, tende a se manter alto neste primeiro semestre do ano, visto que as medidas governamentais propostas não produzirão o efeito desejado no curto prazo. Não vejo como dissociar Caruaru do cenário nacional e regional do ponto de vista econômico, mas acho que a cidade pode implantar políticas públicas para atenuar as perdas. A cidade terá duas datas fundamentais para geração de renda: a Semana Santa e o São João. Como a crise é geral, muito provavelmente estas datas terão um desempenho reduzido em relação ao ano passado, mas é preciso trabalhar bem as potencialidades para que a renda das pessoas volte a subir.”

Conheça algumas opções de franquias para empreender usando o FGTS

Com um saldo total de R$ 41 bilhões em 18,6 milhões de contas inativas, segundo dados da Caixa Econômica Federal, o uso dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), anunciado pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, pode ser uma boa alternativa para quem deseja abrir o próprio negócio. A Medida Provisória 763, publicada no Diário Oficial da União, deve impulsionar a economia e beneficiar os 10,1 milhões de trabalhadores, usuários destas contas e que poderão sacar o dinheiro retido. É um empurrãozinho a mais para quem sempre sonhou em empreender ou não consegue uma recolocação no mercado de trabalho.

Mas é preciso ter cuidado e o uso dos recursos, seja para investir de maneira integral ou como parte do investimento inicial em um negócio, deve ser feito com bastante cautela, afinal foram anos e anos de recolhimento.

Bastante vantajoso, o segmento de franquias é uma opção segura para quem quer começar um negócio. De acordo com pesquisa da ABF (Associação Brasileira de Franchising), com um crescimento de 8%, o setor alcançou um faturamento em torno de R$ 150 bilhões, chegando a 142 mil franquias comercializadas, atingindo um número de 1.220 milhões de empregos diretos em 2016. Para 2017, a expectativa é alcançar entre 7% e 9% e registrar aumento de 2% a 3% no número de empregos.

Além do crescimento, o franchising apresenta como diferencial o fato do empreendedor investir em uma marca já conhecida e testada, o que economiza tempo e dinheiro, além de contar com apoio operacional, estratégico, todo know-how da franqueadora e menor tempo de retorno de investimento. Enquanto 60% das empresas brasileiras não sobrevivem até o quinto ano, no Franchising esse índice cai para 15%, segundo dados do SEBRAE.

Crise econômica cria novas expectativas para empresários da construção civil

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A expectativa de que os juros básicos cheguem a menos de 10% o até o final do ano animou a construção civil. Entretanto, a recuperação esbarra nos estoques de imóveis prontos ou em construção paradas por conta da crise. Para empresários do ramo, não é fácil acreditar que depois de tantos anos de queda nas receitas, o ano de 2017 possa trazer novo brilho para o setor.

Depois de tantas transformações modernistas em áreas das quais não eram esperadas, a construção civil dá um salto tecnológico. A argamassa polimérica chega ao Brasil com o intuito de recriar o jeito de construir. Com a utilização do produto, paredes são construídas em poucos minutos, o tempo de cura é muito mais rápida e o valor investido é bem menor. Além disso, a sustentabilidade, fator pouco levado em consideração no modo convencional, é um dos pontos mais fortes da argamassa polimerizada.

Com a crise instaurada no Brasil, a economia nacional se tornou assunto em todas as esquinas e para recuperar os 750 mil empregos na construção extintos em 2015, a retomada precisa ser mais forte. Para Érico Santos, presidente da Massa Já, empresa de argamassa polimérica, o novo jeito de construir já não é tão novo na Europa. “Aos poucos o brasileiro tem visto as inúmeras vantagens em usar argamassa Polimérica e isso fará toda diferença na retomada de crescimento das expectativas da construção civil ”, destacou o visionário Érico.

Para a funcionária pública, Eduarda Bravo, no início, utilizar argamassa polimérica foi necessidade econômica, e hoje utiliza porque acredita ser a melhor opção. “Não foi fácil convencer os profissionais da obra, eles simplesmente não acreditavam na veracidade do produto, hoje percebo que muitos deles estão utilizando argamassa polimérica em outras obras”, disse Bravo.

“Embora a Construção Civil tenha sido considerada um setor atrasado por muito anos, acredito que a argamassa polimérica chega ao mercado com o propósito de devolver os anos áureos de crescimento para construção civil”, disse Érico.

Érico ainda comenta que aversão a mudança não é tão incomum, dito isso, logo imagina-se as dificuldades encontradas pelos consumidores na chegada dos CD’s, DVD’s, lâmpadas de LED, mídias de armazenamento, televisões e etc. Mais rápido do que o rodar do planeta é o desenvolvimento tecnológico que ocorre nele. “A construção civil não poderia estar tão distante das novas necessidades”, disse Érico.