Raquel e João Lyra participam da posse de João Campos

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A deputada Raquel Lyra e o ex-governador João Lyra Neto estiveram, na tarde de ontem (18), no Palácio do Campo das Princesas, onde o governador Paulo Câmara oficializou mudanças no secretariado estadual. Durante a solenidade, o chefe do Executivo deu posse à Ruy Bezerra, atual Chefe de Gabinete, que terá a missão de comandar a Controladoria Geral do Estado. Já João Campos assume a Chefia de Gabinete do governador.
João Campos assume a função que seu pai, o ex-governador Eduardo Campos, ocupou no segundo Governo Miguel Arraes (1987-1990). Atual controlador-geral, Rodrigo Amaro, segue para a Assessoria Especial com a missão de implantar, num período de 90 dias, a empresa pública de recuperação de débitos e emissão de debêntures.

O presidente do PSB Nacional Carlos Siqueira, a ministra Ana Arraes, o senador Fernando Bezerra e o prefeito do Recife Geraldo Júlio também estavam entre os presentes. A deputada Raquel Lyra desejou um ótimo trabalho a todos os empossados.

Jornalista diz que FHC pagou para ela fazer dois abortos

Do Diario de Pernambuco

A jornalista Mirian Dutra, de 55 anos, ex-repórter da TV Globo, concedeu entrevistas ao jornal Folha de S.Paulo e à revista BrazilcomZ, publicada na Espanha, nas quais fez críticas pesadas ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem manteve um relacionamento amoroso.

À revista, Mirian afirmou que não acredita no resultado do teste de DNA segundo o qual FHC não é o pai de seu filho, Tomás, hoje com 24 anos.

“Eu acho que é mentira, porque eu só vi um documento, mas todo mundo pode enganar com um DNA. Ninguém questionou. Meu filho fez um exame, ele estava em um alojamento nos Estados Unidos, ‘você não pode contar pra sua mãe’. Fizeram escondido de mim, eu nunca proibi que fizessem DNA, nunca proibi absolutamente nada, ao contrário, eu sempre incentivei que fizesse, que tivesse contato, essa coisa toda”, disse Mirian.

À Folha de S.Paulo, Mirian diz que FHC pagou por dois abortos realizados por ela, além de bancar despesas do filho Tomás no exterior através de uma empresa durante o período dos mandatos de Cardoso (1994-2002).

Garantindo ter como comprovar o que afirma, Mirian, que conheceu o ex-presidente há 31 anos, disse que não quer “morrer amanhã e tudo isso ficar na tumba”. “Eu quero falar e fechar a página”, enfatizou.

Em um trecho da entrevista, Mirian revela momentos de quando conheceu FHC, em janeiro de 1985. “[Foi] quando Tancredo estava no hospital […]. Logo que a gente se conheceu, um mês depois, ele disse pra mim ‘Vai ter espaço para mim. Eu tenho que ser presidente. Só eu tenho capacidade para levar este país'”.

Dois abortos
Mirian revela que Fernando Henrique pediu e pagou para realizar dois abortos. “Pediu [para abortar]. Óbvio. ‘Eu te pago o aborto agora’, disse. Durante os seis anos com ele, fiquei grávida outras duas vezes, e abortei”, afirma.

“Quando eu disse que estava grávida, ele disse ‘você pode ter este filho de quem quiser, menos meu’. Eu falei: ‘não acredito que estou escutando isso de uma pessoa que está há seis anos comigo'”, conta Mirian.

A jornalista prossegue. “Eu não queria ter outro filho, tinha minha filha, estava muito feliz. Nunca pude tomar pílular ou colocar DIU porque tenho problema de rejeição a hormônio que venha de fora. Ele sabia disso”.

Anos seguintes
A reportagem questionou se o casal ficou sem se falar até o nascimento de Tomás. “Ele foi duas ou três vezes na minha casa. Quinze dias após o nascimento, foi me visitar”. Entretanto, a jornalista tinha decidido a ir embora do Brasil. “Aí eu antecipei todos os meus planos e meio que fugi mesmo. Lembro do impeachment do Collor, vi esse homem [Fernando Henrique] lambendo as botas do Itamar Franco, que ele criticava a vida inteira. Fui buscar trabalho em Portugal”. Mirian diz que recebeu ajuda do ex-senador Jorge Bornhausen, seu amigo em Santa Catarina.

Falta de reconhecimento e custeamento de Tomás
“Nunca o fez”, diz Mirian, ao ser questionada se FHC reconheceu Tomás como filho. “Em 2009, ele foi para os EUA e simplesmente colocou na cabeça do Tomás que ele não poderia contar para mim, mas que iriam fazer um DNA. Ele visitava o Tomás nos EUA depois da Presidência. Mas nunca foi criado com pai nenhum”.

A jornalista conta mais da relação de FHC com Tomás. “Quando Tomás fez três anos, aceitei que ele pagasse o colégio, pois queria que ele estudasse em um bom colégio”.

Permanência na Europa
Mirian saiu de Portugal e foi para Barcelona, na Espanha. “É quando eu digo que fui exilada, porque eu queria voltar pro Brasil e não permitiram”.

A Folha questionou quem não permitiu. “Antônio Carlos Magalhães (ex-senador da Bahia) pediu para que eu não voltasse para o Brasil”. ACM e seu filho, Luís Eduardo, diziam para ela ficar longe. “Diziam ‘deixa a gente resolver essas coisas aqui'”.

Denúncia
Mirian Dutra diz que, por meio de uma empresa, FHC mandava dinheiro para ela. “Não sei se posso falar. Não quero falar. Foi por meio de uma empresa que ele bancou [o filho Tomás no exterior]”.

Perguntada se possui como provar, ela confirma. “Tenho, tenho contrato. Tudo guardado aqui. Por que ninguém nunca investigou isso? Por que ninguém nunca investigou as contas que Fernando Henrique tem aqui fora? É claro que ele tem contas. Como ele deu, em 2015, um apartamento de 200 mil euros para o filho que ele agora diz que não é dele. Ele deu um apartamento para o Tomás”, questiona.

A versão de FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu à Folha de S.Paulo manter contas no exterior, além de ter mandado dinheiro para Tomás e ter lhe dado de presente o apartamento de 200 mil euros citado por Mirian Dutra.

Segundo FHC, os recursos enviados a Tomás provêm “de rendas legítimas” de seu trabalho, que seriam depositadas em contas legais e declaradas ao imposto de renda.

Fernando Henrique diz que as contas estão “mantidas no BB em Nova York e Miami ou no Novo Banco, em Madri, além de bancos no Brasil”.

O tucano diz que “nenhuma outra empresa, salvos as bancárias já referidas, foi utilizada para fazer esses pagamentos”.

Sobre o DNA, apesar de Mirian negar, FHC afirma que reconheceu Tomás em 2009, mas que fez dois testes nos EUA e que ambos deram negativo. “[Os dois testes comprovaram] que não sou pai biológico do referido jovem”, enfatizou.

Em relação à denúncia dos dois abortos, FHC não respondeu. Apenas declarou que “questões de natureza íntima, minhas ou de quem sejam, devem se manter no âmbito privado a que pertencem”.

Emprego na indústria despenca 6,2% em 2015

Do Terra

O emprego na indústria recuou 6,2% no ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no pior resultado da série histórica, iniciada em 2002, e mantendo a tendência negativa observada desde setembro de 2013.

Em dezembro, o emprego industrial mostrou queda de 0,6%, assinalando a 12ª queda consecutiva. Na comparação com o mesmo mês de 2014, o índice recuou 7,9%, no 51º resultado negativo seguido e o mais intenso da história.

Foram registrados cortes no número de trabalhadores em todos os 18 ramos pesquisados pelo IBGE em 2015, com destaque para meios de transporte (-11,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,9%), produtos de metal (-10,7%) e máquinas e equipamentos (-8,3%).

Hospital Mestre Vitalino é referência no tratamento da Guillain Barré

Da Rádio Jornal

O Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, no Agreste do estado, já funciona como referência na Síndrome de Guillain Barré, doença auto-imune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do sistema nervoso.O hospital atende pacientes de 53 municípios da região e já é referência no tratamento da microcefalia.

O HMV vai dispor de médicos e remédios. Todas as atenções vão ser redobradas para o diagnóstico médico, por isso, todos os profissionais de saúde de unidades da região receberam capacitação para identificar os casos.O gerente da 4a. gerência de saúde, Djair Ferreira afirma que o HMV está pronto para receber os pacientes.

“A gente espera que não tenha pacientes, mas com a epidemia de Zika e sendo a doença um dos fatores predisponentes ao aparecimento dessa síndrome, a gente teve o triste fato da morte da moça de Pesqueira, que foi o que despertou essa necessidade”, disse.Djair Ferreira falou ainda sobre a importância do serviço para o Agreste de Pernambuco e citou que não há casos confirmados da doença na rede pública em Caruaru.

OCDE prevê queda de 4% na economia brasileira este ano

Da Agência Brasil

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê queda da economia brasileira de 4%, este ano. De acordo com as previsões divulgadas hoje (18) no boletim Perspectivas Econômicas da OCDE, em 2017 o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar estável. No ano passado, a projeção era de queda de 3,8% do PIB.

De acordo com a OCDE, o Brasil está passando por uma recessão profunda e só deve começar a emergir da retração em 2017. A China deve continuar a reequilibrar sua economia, desde a produção até os serviços, com previsão de crescimento de 6,5% em 2016 e 6,2% em 2017. A Índia vai continuar a crescer de forma robusta: 7,4% em 2016 e 7,3% 2017, diz a OCDE.

A projeção para o crescimento da economia mundial este ano foi revisada para 3%, menos 0,3 pontos percentuais do que a estimativa anterior.

A organização informa que a revisão é resultado, entre outros fatores, de um corte do investimento e de “um risco substancial” de instabilidade financeira. Para a OCDE, a economia mundial continua debilitada e exige reação urgente dos poderes públicos, com mudanças na combinação de políticas para enfrentar o fraco crescimento atual de forma mais eficaz.

A organização ressalta que confiar exclusivamente na política monetária tem se revelado insuficiente para impulsionar a demanda e produzir um crescimento satisfatório, enquanto a política fiscal é contracionista em várias economias importantes e a dinâmica das reformas estruturais está mais lenta.

Para 2017, a previsão de crescimento mundial é 3,3%.

Eduardo Cunha diz que não se sente derrotado: ‘apenas apoiei o candidato com menos votos’

Do Estadão Conteúdo

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), minimizou na noite desta quarta-feira, 17, a derrota de Hugo Motta (PR), candidato apoiado por ele na disputa pela liderança do PMBD na Casa. Para Cunha, o resultado da votação não representa derrota nem vitória para ele ou para o governo.

“Eu não perdi, pois não estava disputando. Quando eu concorri nunca perdi. Apenas apoiei o candidato com menos votos”, declarou Cunha, admitindo que errou o prognóstico da votação. Motta perdeu a disputa para Leonardo Picciani (RJ), seu único adversário, por 37 votos a 30. Houve dois votos em branco.

“Eleição de Picciani não é vitória nem derrota de ninguém. Eu diria que Hugo Motta é até mais defensor do governo, inclusive votou na presidente Dilma Rousseff”, disse o presidente da Casa.

Cunha avaliou que a vitória de Picciani não interfere na continuidade do processo de impeachment contra a presidente, instaurado por ele. A derrota de seu candidato também não demonstra um enfraquecimento de sua influência no partido, diz Cunha. “Não estou nem nunca estive isolado na bancada do PMDB.”

Em entrevista coletiva após a eleição, Cunha reconheceu a vitória de Picciani. “Na última votação, em 2015, foi uma vitória artificial porque houve apenas um voto de diferença. Desta vez a diferença foi considerável. Ele venceu”.

Questionado se acha que houve irregularidades na campanha por parte de Picciani, o presidente da Câmara afirmou que, se aconteceu, “certamente será uma questão de tempo para isso se tornar público”. “Eu não quero falar, não cabe a mim falar, porque não sou candidato. Aí vocês têm que ir para o Hugo. Se isso aconteceu, certamente vai se tornar público”.

Marcelo Castro reassume Ministério da Saúde após votar em líder do PMDB na Câmara

 

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Da Agência O Globo

Um dia após pedir exoneração do cargo de ministro da Saúde para participar da eleição do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Marcelo Castro foi renomeado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff para reassumir a pasta. Castro havia pedido seu afastamento para retornar ao cargo de deputado federal e ajudar na recondução de Leonardo Picciani, que pertence à ala governista do partido.

Apesar de ser alvo de duras críticas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e de outros deputados do PMDB da parcela oposicionista do governo, o ministro manteve a decisão de apoiar Picciani, cuja eleição era apontada como fundamental para a pauta do impeachment perder força e votações a favor do ajuste fiscal ganharem fôlego no Congresso.

Quando chegou para participar da votação, Marcelo Castro foi recebido com uma chuva de papéis com imagens do Aedes aegypti e abordado manifestantes fantasiados como mosquito, uma crítica ao fato de ter se afastado do Ministério da Saúde no momento em que o país enfrenta um surto do zika vírus, transmitido pelo mosquito. O ato foi comandado pelo partido Solidariedade, cujo presidente, o deputado Paulinho da Força, é um dos principais aliados de Cunha no Congresso.

A renomeação de Castro foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União. O ministro já voltou a exercer normalmente suas funções na pasta da Saúde.

Filha de Eduardo Campos é nomeada para cargo na Prefeitura do Recife

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Do Diario de Pernambuco

Mais um herdeiro de Eduardo Campos toma posse nas gestões locais. A primogênita do ex-governador, morto em agosto de 2015 em um acidente aéreo, e de Renata Campos foi nomeada para um cargo na Prefeitura do Recife. Arquiteta, Maria Eduarda de Andrade Lima Campos tem 23 anos e vai atuar como gerente de Zoneamento Especial do Instituto Pelópidas Silveira na gestão de Geraldo Julio (PSB).

A nomeação não foi feita de forma discreta, sendo publicada no Diário Oficial do dia quatro de fevereiro, quinta-feira da semana pré-carnavalesca, com data retroativa ao dia 1º de fevereiro de 2016.

A notícia, no entanto, só veio à tona nesta quinta-feira, mesmo dia em que o irmão mais novo de Maria Eduarda, João Henrique de Andrade Lima Campos, toma posse como novo chefe de Gabinete do governador Paulo Câmara. Aos 22 anos e estudando Engenharia Civil, ele vai substituir Ruy Bezerra, que comandará a Controladoria Geral do Estado. A posse está marcada para as 17h, no Palácio do Campo das Princesas.

João, que desde cedo, acompanhava o pai nas campanhas eleitorais e no exercício de mandatos políticos, vai exercerá a mesma função que Eduardo Campos ocupou no segundo governo de Miguel Arraes (1987-1990). Inicialmente chegou a ser cogitada sua candidatura ao cargo de vereador do Recife nas eleições deste ano.

São João movimentará o turismo e a economia brasileira

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Por Darse Júnior

Se depender do esforço integrado do Ministério do Turismo, músicos do forró e parlamentares, o som da sanfona do São João vai embalar a economia Brasil afora. Ontem (17), o ministro Henrique Eduardo Alves esteve reunido com artistas como Genival Lacerda e Santana o Cantador, onde se comprometeu a buscar recursos para apoiar o evento e transformá-lo em uma celebração nacional. Está prevista também a realização de uma pesquisa para medir o impacto econômico e ajudar na divulgação desta tradição brasileira nos mercados nacional e internacional.

“Vou conversar com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para usarmos a Olimpíada para mostrar ao mundo o nosso São João”, propôs Henrique Eduardo Alves. A ideia é levar atrações típicas das festas juninas para a Casa Brasil, um espaço dedicado à promoção do país nos jogos olímpicos. “Estamos falando de uma manifestação cultural que tem muito potencial para atrair os estrangeiros”, completou.

O ministro também irá articular, junto ao governo federal, a liberação da emenda da Comissão de Turismo, no valor de R$ 13 milhões, para apoio às festas de São João, além de sugerir que seja realizada uma sessão do Congresso Nacional sobre o tema. Para chamar a atenção da população brasileira, da mídia e de possíveis patrocinadores, Henrique Eduardo Alves promoverá em Brasília, no mês de maio, uma festa de São João com atrações de diversos estados. “Precisamos estar unidos, trabalhar juntos, governo, parlamentares e artistas para fortalecer esta importante manifestação cultural do país”, destacou.

O ex-secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, responsável pela articulação entre cantores, parlamentares e o MTur, ressaltou o aspecto econômico da festa. “O movimento do comércio registrado no São João na Bahia só perde para o Natal. É maior que o Dia das Mães, por exemplo”, avaliou. Ele lembrou que, apesar da comemoração ser mais forte no Nordeste, todo o Brasil comemora o São João. “É uma festa capaz de unificar o país”, afirmou. De acordo com Leonelli, eram vendidos 12 mil pacotes de viagem para a Bahia em 2008 por uma única agência de viagem. Depois de um trabalho estruturado para promover o São João, foram vendidos 40 mil pacotes em 2012.

Para a senadora Lídice da Mata (PSB/BA), o São João é uma forma de diversificar a oferta turística brasileira. “O turismo não pode ser uma atividade apenas do litoral. O Brasil tem um interior rico em cultura e precisamos valorizá-lo”, ressaltou. A audiência contou, ainda, com a presença do secretário de Turismo da Bahia, Nelson Pellegrino, e de diversos deputados federais que firmaram o compromisso de reforçar o orçamento do Ministério do Turismo nos próximos anos, por meio de emendas parlamentares, para apoiar o São João.

Humberto preserva salário de professores e agentes comunitários

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Os senadores aprovaram, ontem (17), uma subemenda proposta pelo líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 128/2015, com o objetivo de preservar o piso salarial dos profissionais do magistério da educação básica pública e dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

Ontem, os parlamentares já haviam aprovado em primeiro turno o texto base da PEC, relatada por Humberto. A proposta, ratificada hoje em segundo turno depois de mais de três horas de discussão, proíbe a União de criar despesas para Estados e municípios sem repasses correspondentes e também veda a criação de gastos para a União, por parte do Congresso Nacional, sem a devida identificação da receita.

A subemenda foi feita por Humberto na emenda apresentada pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e exclui da medida o piso salarial dos referidos profissionais. A sugestão foi aprovada com 62 votos favoráveis e somente um contrário.

Humberto acredita que o debate divide opiniões, até mesmo na bancada do PT, mas que deverá se esgotar durante a tramitação do projeto na Câmara, onde a questão poderá ser construída em termos de um consenso. “Por precaução, no entanto, eu prefiro apresentar essa subemenda de modo a ficarmos absolutamente tranquilos de que não haverá qualquer perda de direitos para professores e agentes comunitários”, declarou.

Portanto, explicou Humberto, os profissionais não serão atingidos pela medida, que estabelece que qualquer lei ou decisão não poderá obrigar os entes federados a assumirem responsabilidades e obrigações para as quais não haja recursos orçamentários.

O líder do PT rejeitou, depois, a emenda apresentada pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que proíbe a União de reduzir alíquotas de alguns impostos sem que Estados e municípios sejam recompensados pela perda de arrecadação decorrente dessas desonerações.

Para Humberto, o tema é complexo e mereceria uma discussão mais ampla na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde há, segundo ele, propostas semelhantes. Os senadores rejeitaram a emenda: foram 42 votos a favor e 25 contrários. Eram necessários 49 votos para passar.

“A fábrica da Fiat, por exemplo, só foi viabilizada em Pernambuco porque uma medida dessa natureza não existe. Caso contrário, não existiria a fábrica. Então, um ato assim prejudicaria as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. É um tema que precisa ser discutido com profundida”, comentou.

A PEC nº 128/2015, de autoria do deputado Mendonça Filho DEM-PE), retorna agora à Câmara, já que foi modificada durante a sua tramitação no Senado.