STF impôs derrota à truculência legislativa de Cunha, diz Humberto

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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de sustar o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, após a tumultuada sessão realizada ontem (8) pela Câmara dos Deputados, foi elogiada pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Em discurso na tribuna do plenário nesta quarta-feira (9), o parlamentar declarou que a Corte “impingiu uma derrota à truculência legislativa” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da oposição, que, em votação secreta, elegeram uma chapa avulsa por 272 votos.
“Felizmente, o STF agiu rapidamente, diante da agressão à Constituição Federal, e mandou sustar os resultados da votação secreta que elegeu essa chapa. O bom direito mostrou de que lado está. Esse é um processo eivado de vícios desde a sua fundamentação”, afirmou Humberto.

Segundo ele, a “desmoralização” vista ontem no plenário da Câmara foi patrocinada por Cunha, “que coordenou a oposição na montagem da chapa avulsa e impôs o voto secreto” à escolha da comissão especial responsável pela análise do processo de impeachment num “flagrante desrespeito ao texto constitucional”.

“A oposição virou o braço de apoio e linha auxiliar de Cunha, ao negociar a sua blindagem em troca do impedimento da presidenta Dilma”, observou. Para o senador, a decisão tomada ontem de noite pelo ministro do STF Luiz Edson Facchin, que será levada ao plenário da Corte na próxima quarta-feira, é mais uma derrota para esse processo de impeachment que “começou torto e não pode acabar bem”.

O parlamentar avalia que Eduardo Cunha deu à cadeira de presidente da Câmara “a estatura de um mero tamborete, que colocou embaixo do braço e tem feito dele o que quer, sem qualquer respeito à lei e às instituições”. “Não fosse o STF, que tem restaurado a ordem dos processos na Câmara, estaríamos vendo o Brasil afundar nas mãos de um déspota, que é o terceiro na linha sucessória da República”, destacou.

Humberto classificou Cunha como uma “figura diminuta”, que usa o cargo para obstruir a justiça e a apuração dos crimes de que é acusado, perseguir desafetos e atacar adversários. “Nenhum brasileiro, independentemente de aprovar ou não o Governo Dilma, pode aceitar que a Constituição seja rasgada para favorecer interesses espúrios”, afirmou.

“Os que querem apequenar as suas biografias, que fiquem à vontade. Mas não apequenem a nossa República com esse flagrante e vergonhoso movimento golpista, que quer derrubar uma governante eleita pela maioria dos brasileiros e transformar o Brasil em uma republiqueta de oportunistas fisiológicos”, cobrou.

Nessa terça-feira, na contramão do desejo de Cunha e da oposição, 16 governadores de Estados de todas as regiões do país assinaram um manifesto condenando a tentativa de impedimento patrocinada pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Bolsa Família
No discurso, o líder do PT também trouxe argumentos para reafirmar que o impedimento da presidenta é totalmente ilegal e desprovido de fundamento jurídico e embasamento constitucional.

Para o senador, não houve qualquer ato praticado pela presidenta da República que possa provocar a perda do seu mandato. “Não houve qualquer dolo praticado por ela, não houve dano ao erário no exercício das suas funções. E quem diz isso não sou apenas eu, mas uma sólida categoria de juristas brasileiros, que esta semana prestou seu apoio à presidenta da República”, sublinhou.

De acordo com o parlamentar, o que há, realmente, é uma deliberada má-fé para querer criminalizar atos sociais e de investimentos praticados por Dilma e apeá-la do cargo em que chegou por meio do voto popular.

Humberto ressaltou que esses atos sustentaram o Minha Casa, Minha Vida e mantiveram o pagamento regular do Bolsa Família para milhões de brasileiros que dependem desses benefícios.

“É isso o que se está usando para querer derrubar essa mulher da Presidência da República, lugar onde ela chegou subindo a rampa do Palácio do Planalto pela frente, com o respaldo dos brasileiros. Derrubá-la é o ato dos que aspiram chegar à Presidência da República pela porta dos fundos”, disparou.

Colégio Motivo realiza matrículas com novidades para 2016

O período de matrículas das unidades do Colégio Motivo em Pernambuco começou desde novembro, mas os interessados tem até janeiro para garantir a vaga. Desde o dia 20 de do mês passado que os alunos novatos e em lista de espera nas unidades de Caruaru e Boa Viagem estão sendo chamados. Nas novas unidades de Petrolina e de Casa Forte, as matrículas também seguem até o início do ano letivo.

No ano letivo de 2016, que começa no dia 1° de fevereiro, o Colégio Motivo irá oferecer vários programas para todas as unidades da rede. O projeto “O Líder em Mim”, que já é referência na Unidade Boa Viagem, será trabalhado nas outras três unidades. O programa consiste em distribuir lideranças entre os alunos do 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental, possibilitando a capacidade criativa e de liderança entre eles. Além disso, os alunos Infantil e Fundamental 1 poderão participar do Sistema Integral de Ensino, onde têm a opção de ficar três ou cinco dias no contra turno do horário normal.

Além disso as quatro unidades terão acesso ao Aplicativo Motivo de Monitoria On-line, que ajuda os alunos do Ensino Médio a tirarem dúvidas, a Agenda Digital, onde os pais terão acesso as atividades dos alunos pelo smartphone ou pela web e o Red Ballon, curso de inglês voltado para crianças e adolescentes.

Outras novidades estão sendo estudadas para o próximo ano, entre elas uma nova forma de aprendizado da Matemática através do HeyMah, baseado em um modelo utilizado em Singapura, e o aplicativo Apprendi, uma plataforma que maximiza as potencialidades do aluno.

Governistas dizem que decisão de Fachin é “respeito à Constituição”

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Do Estadão Conteúdo

Poucas horas depois de serem derrotados em plenário com aprovação da chapa oposicionista para comandar a comissão especial que decidirá sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, deputados governistas comemoraram a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a instalação do colegiado até análise do tribunal.

“É uma decisão que respeita a Constituição e as regras que não podem ser alteradas por conveniência política. Tem que ter regras”, disse o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).

O deputado Sílvio Costa (PT do B-PE) foi mais duro nas críticas. “Um desqualificado como Eduardo Cunha não pode impor suas vontades para se proteger. O STF, que é o guardião da Constituição, respeitou a Constituição”, disse o parlamentar.

“Isso é uma vitória. Esse tipo de golpe não tem sustentação”, disse a líder do PC do B, Jandira Feghali (RJ). A deputada afirmou esperar que o pleno agora siga jurisprudência da Corte e que defina um rito para o impeachment. O STF apreciará o caso no próximo dia 16.

A aliados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal fiador do impeachment, disse que a decisão joga o desenrolar para fevereiro, ajudando a oposição.

“O governo erra tanto, que nos ajuda. Queríamos deixar para depois do Carnaval e é isso que vai acontecer”, disse o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força (SP).

O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse que as decisões do Supremo precisam ser respeitadas, mas afirmou “ter certeza” de que o processo foi feito “sob o manto da Constituição e da legalidade”. “Respeitamos. Aguardemos, mas acho que essa decisão tem que ser submetida ao pleno do Supremo. O Brasil não pode parar a espera dessa decisão”, afirmou.

Segundo Mendonça o processo desta terça-feira, além de respeitar a Constituição, foi balizada conforme o regimento interno da Câmara.

 

ARTIGO — A melhor herança da Lava Jato

Por Cláudio Damasceno

Ainda é cedo para mensurar os efeitos da Operação Lava Jato para o futuro do Brasil. Mas, se realmente aprendermos a lição, o patrimonialismo – esse mal cuja primeira manifestação nestas terras foram as capitanias hereditárias – passará a ser, aos olhos da opinião pública, o principal inimigo do nosso progresso. Numa projeção otimista, deixaremos de ser lenientes com as relações nada decentes entre alguns agentes públicos e capitães da iniciativa privada. Afinal, já conhecemos o resultado dessa relação pouco republicana: a corrupção, que torna o Estado um paquiderme ineficiente, caro e insaciável; um viciado em arrecadação, eternamente crescente e injusta.

Nem tudo, porém, é desalento. Alguns efeitos da Lava Jato são muito positivos, sobretudo quando se referem ao aperfeiçoamento da vigilância das operações financeiras. Um deles é o Projeto Herança, desenvolvido ao longo deste ano, com base na experiência adquirida de fiscalizações no âmbito da operação. Seu foco são agentes públicos e políticos que apresentam indícios de enriquecimento ilícito, e situação incompatível com renda e valores declarados à Receita Federal (RFB).

Antes que poderosos defensores de muitos dos que cairão nas redes do Herança digam que se trata de mais um tijolinho na construção de um Estado policial, que vigia os contribuintes de várias maneiras, é preciso deixar claro que somente quem deve é que tem que temer. Vimos que não falta criatividade àqueles que se fartam do dinheiro obtido ilegalmente. Se uma década atrás o qualificativo “laranja” chocava o Brasil pela frequência no noticiário político-policial, hoje os “trustes” estão na ordem do dia. A corrupção é difícil de ser combatida exatamente porque parte dela paga regiamente profissionais habilidosos, que fazem das brechas na lei a saída de emergência para seus clientes.

O Projeto Herança foi desenvolvido na cidade de São Paulo pela Delegacia Especial de Fiscalização de Pessoas Físicas da Receita Federal (DERPF). Desencadeou 15 ações de fiscalização, que devem resultar algo em torno de R$ 15 milhões em autos de infração. A média de R$ 1 milhão por auto é bem superior à observada nos lançamentos das pessoas físicas – nos últimos cinco anos, girou em aproximadamente R$ 680 mil. O programa foi elaborado paralelamente à atuação de auditores na Lava Jato.

O Herança rastreará também patrimônio não declarado à Receita. Haverá troca de informações com órgãos de registro de aeronaves, embarcações, imóveis e automóveis de alto luxo. A conexão com essas bases de dados é fundamental. São inúmeros os casos de dinheiro recolhido ilegalmente que se torna um bem, colocado em nome de alguém que jamais teria capacidade financeira de obtê-lo. E não por acaso recursos levantados em transações ilegais se transformam em ativos de alta liquidez – não perdem valor e podem ser negociados rapidamente pelos verdadeiros donos, se houver necessidade.

Auditores fiscais que trabalham no Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, em São Paulo, integrarão o projeto. É gente com especialização, adquirida depois de muito se assombrar com aquilo que já viu nas ações de combate à corrupção.

Finalmente o Brasil começa a levar a sério a frase de Mark Felt, o célebre Garganta Profunda, ao indicar como o jornalista Bob Woodward poderia desmontar a estratégia da Casa Branca no Caso Watergate. Seguir o dinheiro (“follow the money”) sempre foi a maneira mais eficaz de combater o enriquecimento ilícito e quebrar a espinha dos assaltantes de Estado e estatais.

O nome do projeto foi bem escolhido pela Receita – “Herança”. Na visão da autoridade fiscal, a ideia é deixar “um importante legado para as futuras gerações”. Justíssimo. Pátria educadora não é somente aquela que põe dinheiro na educação. É aquela que investe bem o dinheiro do cidadão. E investir bem é tapar os furos da corrupção, que enfraquece o Estado, escarnece da ética e gargalha da moral.

Receita abre consulta ao último lote de restituições do IR 2015

A Receita Federal abre hoje (9) a consulta ao sétimo e último lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2015. Estão no lote 2.721.019 contribuintes, totalizando mais de R$ 3,4 bilhões.

Para fazer a consulta, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. Foram incluídas no lote restituições que saíram da malha fina, referentes aos exercícios de 2008 a 2014. O crédito bancários será feito no próximo dia 15.

Os contribuintes que não fizeram as correções na declaração após constatar erros ou omissões estão na malha fina. Para mudar a situação, terão que atualizar a declaração e esperar pelos lotes residuais que serão liberados a partir de janeiro de 2016.

O primeiro passo para fazer as correções é verificar no extrato de processamento da declaração as pendências ou inconsistências que causaram a retenção na malha fina. O procedimento pode ser feito no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC). A Receita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smartphones que permite o acompanhamento das restituições.

A Receita disponibilizou na internet um passo a passo para quem não é cadastrado e deseja fazê-lo. Para quem não sabe usar os serviços no e-CAC, a Receita disponibiliza um vídeo com instruções.

A restituição ficará disponível durante um ano. Se o resgate não for feito no prazo, deverá ser requerido por meio do Formulário Eletrônico – Pedido de Pagamento de Restituição , ou diretamente no e-CAC , no serviço extrato de processamento, na página da Receita na internet.

Terminado o processamento, a Receita constatou que 617.695 declarações de 2015 permaneceram retidas em malha. O número corresponde a 2,1% do total de 29,5 milhões (originais e retificadoras) enviadas.

Segundo a Receita, as principais razões pelas quais as declarações ficaram em malha neste ano são omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes, com 180.755 declarações retidas (29,3% do total em malha); dedução de despesas com previdência oficial ou privada – 148.334 (24%); despesas médicas – 129.587 (21%); falta de comprovação do Imposto de Renda pela fonte pagadora, inclusive ausência da declaração de rendimentos – 43.886 (7,1%), omissão de rendimentos de alugueis – 34.863 (5,6%) e pensão alimentícia com indícios de falsidade – 32.998 (5,3%).

Comitê de Guerra ao Aedes Aegypti une órgãos públicos

Ontem (8), no Centro Administrativo, foi instalado oficialmente o Comitê de Combate ao Aedes Aegypti em Caruaru. Além do prefeito José Queiroz e do vice Jorge Gomes, participam da força-tarefa as secretarias de Saúde, Educação, Serviços Públicos, Participação Social e Políticas Sociais; Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Tiro de Guerra. A situação de Caruaru é considerada confortável pelas equipes técnicas da Secretaria de Saúde e a cidade está longe do grupo de 19 municípios pernambucanos em situação crítica, no que diz respeito ao controle do mosquito, que pode transmitir vírus como zika, dengue e chikungunya. Mesmo assim, a situação é de vigilância permanente. Medidas adotadas e cuidados da gestão pública e população podem fazer toda a diferença mais adiante.

Como a adesão dos caruaruenses é decisiva para o combate ao mosquito, a palavra mais destacada no encontro foi, sem dúvida, educação. O coordenador do Comitê, Paulo Florêncio, Chefe da Vigilância Sanitária, alertou para um dado preocupante. “A maioria dos focos está dentro das residências. Deste modo, precisamos da adesão da sociedade. Precisamos formar uma brigada comunitária”, disse. Os mutirões nos bairros, que continuarão a fazer parte da estratégia, serão a ocasião para um trabalho pedagógico e de amplo esclarecimento sobre como agir para destruir os focos de proliferação dos vetores das três viroses.

O plano para a luta prevê quatro frentes de batalha: ações intersetoriais de combate ao Aedes Aegypti; Mobilização da população para o combate ao mosquito; Qualificação dos trabalhadores envolvidos na linha de frente; estabelecimento de medidas médica para a assistência ao paciente. Também será estruturada uma central de inteligência com mapeamento em tempo real dos casos notificados em cada um dos bairros do município; realização de mutirões nos bairros.

A Secretaria de Saúde do Estado será o elo com Caruaru para um trabalho que não tem data para terminar. E o desafio aqui é o de manter números positivos, mas não definitivos, já que não há uma vitória prevista no horizonte. “Nós estamos um passo à frente, é verdade. Estamos dando exemplo a Pernambuco, mas isso não nos deixa acomodados. Sabemos que temos uma guerra a enfrentar e faremos tudo com muita dedicação e trabalho”, garantiu o prefeito José Queiroz.

A secretária de Saúde, Aparecida Souza, destacou os esforços que vêm sendo realizados pela gestão no enfrentamento ao Aedes. “Além das ações citadas anteriormente, teremos apoio do Exército, Bombeiros, Polícia Militar e do Ministério Público, que embora não possa integrar o comitê estará disponível. O melhor é que todos os órgãos se mostraram sensibilizadas com a gravidade do momento e vão se somar às nossas equipes de agentes comunitários e de endemias que historicamente estão integrados na luta”, destacou.

. Para a Secretaria de Saúde interagir com a população foi criado o whatsapp 98648 3534. Quem identificar pontos críticos, queira dar sugestões e apontar melhorias no trabalho de combate, poderá utilizar o popular meio de comunicação que terá equipes técnicas de prontidão para o atendimento direto aos usuários do SUS.

Para Humberto, queixas de Temer são de ordem pessoal

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou na última terça-feira (8) a carta do vice-presidente da República, Michel Temer, entregue ontem à presidenta Dilma Rousseff, como um “desabafo de ordem pessoal, que não compromete as relações institucionais republicanas”.

Para Humberto, as questões tratadas pelo vice-presidente estão mais dentro da esfera do relacionamento pessoal do que do relacionamento político. “Ele é um democrata de larga tradição e sabe, assim como todos nós, que o momento é de nós baixarmos a temperatura”, afirmou.

Na avaliação do líder do PT, Temer desempenhou um papel importante na articulação política durante o governo da presidenta Dilma. “Não é o Governo que está em jogo, mas sim o país. Por isso, acredito que devemos caminhar para o campo do entendimento”, disse.

O parlamentar acredita que a situação do país exige responsabilidades e que não é hora de colocar “lenha na fogueira”. “É preciso trabalhar para restaurar a tranquilidade política no momento em que a presidenta é alvo de um processo de impeachment ilegal e ilegítimo aberto na Câmara dos Deputados”, finalizou.

Na carta de caráter pessoal entregue ontem à Dilma, Temer escreveu sobre episódios que demonstrariam a “desconfiança” que a presidenta teria em relação a ele e ao PMDB, partido que preside.

Fiuk na Paixão de Cristo: estou nervoso

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O ator e cantor Fiuk desembarcou, ontem, no Aeroporto do Recife, para alegria das dezenas de fãs que o esperavam para tirar fotos e pedir autógrafos. Eles chegou no final da manhã para gravar, na capital pernambucana,  o áudio  da dublagem do personagem João que viverá na temporada 2016 do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém.  No mesmo dia ele seguiu para a cidade-teatro, localizada no município do Brejo da Madre de Deus, onde participa até a quinta-feira das filmagens dos vídeos promocionais da peça.

Com simpatia e demonstrando uma certa inibição, Fiuk confessou que está nervoso diante do desafio de viver a sua primeira experiência teatral de verdade e ainda mais por ser nos palcos-plateia do maior teatro ao ar livre do mundo. “Nunca fiz teatro, pra mim será muito boa experiência. Estou com aquele frio na barriga o que me ajuda bastante a buscar meu melhor nos palcos, seja para cantar ou atuar”. O artista conta que recebeu com alegria o convite para atuar na Paixão de Cristo.  “Conheço a fama do espetáculo e quero conhecer o local e viver essa experiêcia”.

Para se preparar para viver o apóstolo João ele afirmou estão obtendo informações por meio da leitura dos textos bíblico.  “Não conhecia muito da história do meu personagem, por isso estou buscando inspirações na Bíblia.  Espero que meu personagem possa passar uma mensagem que chegue a todos os corações.  Sobre a influência do seu pai, o cantor e ator Fábio Jr., sobre o seu trabalho artístico, ele conta que a interação entre os dois é permanente. “Sempre trocamos muitas informações. Ele lhe dou uns toques e ele também: ‘faz assim moleque’”.

Para viver um dos discípulos de Jesus, Fiuk teve de abandonar a cabeleira azul e chegou ao Recife com o cabelo preto com um corte bastante curto.  “Mudei meu estilo pra que possa ficar o mais próximo do personagem, mas depois o azul voktará”. Para ele, caracterização de João, com trajes da época do início da era cristã, será bastante divertido.

Questionado se gosta mais de ser ator ou cantor, ele afirmou que faz tudo o que lhe dá prazer. “ Sou ator, cantor e tudo que me faz bem ou possa fazer bem a outras pessoas”.  Fiuk disse ainda que  participará este ano uma série no canal GNT e que tem planos de CD no primeiro semestre do próximo ano.

Pernambuco será referência no enfrentamento à microcefalia

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Pernambuco foi o destaque pelo enfrentamento à microcefalia na reunião da presidente Dilma Rousseff com governadores, ontem (8), no Palácio do Planalto. O Estado foi citado pela chefe do Executivo nacional e por demais governadores pelo pioneirismo das notificações nos casos de microcefalia em Pernambuco e na rapidez da instalação da rede de referência para assistência a crianças nascidas com essa má formação congênita. Presente à reunião, o governador Paulo Câmara foi o primeiro gestor estadual a falar. Ele destacou a “transparência e a rapidez” com que tratou do problema e destacou, uma a uma, as ações que o Governo Estadual vem fazendo.

“Pernambuco virou modelo para outros Estados enfrentarem este grave problema de saúde pública. Estamos à disposição de todos vocês para reproduzir esta experiência, podermos trocar conhecimento e combater esse mal de forma mais efetiva”, afirmou Paulo Câmara. Na ocasião, os governadores apresentaram, em suas falas, as demandas de cada Estado.

O governador pernambucano reforçou os pedidos feitos pessoalmente à presidente no último sábado, quando Dilma esteve no Comando Militar do Nordeste, em Pernambuco. Entre as demandas dos gestores estão: revogação da portaria do Ministério da Saúde de Agentes de Endemia 1.243 (define forma de repasse de recursos da União para o cumprimento do piso salarial de Agentes de Combate às Endemias); revisão da portaria do Ministério da Saúde 1.025 (que define a quantidade de agentes contratados); pagamento integral do bloco de financiamento da média e alta complexidade, cuja previsão atual é de não ser pago em dezembro de 2015; modificação na legislação para facilitar o acesso a prédios fechados ou abandonados; financiamento para Centros de Reabilitação; e investimentos em novas tecnologias para combate ao mosquito.

O encontro foi aberto pela presidenta Dilma, que agradeceu a presença de todos e frisou o momento de gravidade pelo qual passa a saúde pública brasileira. Ela reforçou que não faltará recursos para os Estados afetados, mas não estabeleceu quantitativo e prazos. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, e o chefe da Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, fizeram apresentações sobre o enfrentamento ao Aedes aegypti, que já foram mostrado no último sábado, no Comando do Exército do Nordeste.

Além do ministro da Saúde, Dilma estava acompanhada dos chefes das pastas da Integração Nacional, Gilberto Occhi; da Casa Civil, Jacques Wagner; e da Defesa, Aldo Rebêlo, De Pernambuco, participaram o secretário estadual de Saúde, Iran Costa, e o secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios, o prefeito Cumaru, Eduardo Tabosa.

Líder do PT na Câmara minimiza reações à carta de Temer

Da Agência Brasil

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), minimizou hoje (8) as reações sobre a carta enviada pelo vice-presidente Michel Temer a Dilma Rousseff. Segundo o petista, o peemedebista fez apenas um desabafo. “Todos somos seres humanos e temos sentimentos”, afirmou o parlamentar. Em resposta às críticas de peemedebistas descontentes com a relação com o Planalto, Sibá ainda afirmou que o PT “sempre teve respeito” por Temer e apostou que a situação será “resolvida rapidamente”.

Sibá Machado manteve tom otimista em relação à aliança do PT e PMDB no Parlamento. Para ele, a carta não vai impulsionar uma debandada de peemedebistas em direção ao movimento pró-impeachment da presidenta Dilma Rousseff. “Todas as bancadas tiveram dificuldade em unanimidade nas matérias votadas este ano. Esta é mais uma”.

O vice-líder do governo na Câmara, deputado Sílvio Costa (PE), disse que a carta foi “inoportuna e não condiz com o caráter do Michel Temer que eu conheço”. “Ele diz na carta que no primeiro mandato era uma figura decorativa. Então, por que ele aceitou ser vice no segundo mandato? Eu lamento que Michel Temer, vice-presidente da República, preste tamanho desserviço ao Brasil”, afirmou o deputado, após reunião do ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, com líderes de partidos da base aliada na Câmara. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto.

Costa informou que a reunião tratou da montagem da estratégia dos partidos da base para a chapa oficial que vai disputar hoje os votos do plenário para a comissão especial da Câmara que analisará o pedido de impeachment de Dilma.

“O PMDB é um partido que vive sempre em entropia, em desorganização, tem várias correntes. É evidente que existe uma luta política pesada que eu acho que se encerra às 14h, prazo para indicar os membros. É claro que a gente sabe que neste momento tem muita gente reunida tentando surpreender o governo. Agora, conversamos com o deputado Leonardo Picciani [líder do PMDB] e a gente está evidentemente tranquilo em relação aos nomes que o PMDB governista indicou. O PMDB oposicionista tenho certeza de que não vai ganhar”, completou Costa.

Para o líder do governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), a carta “faz parte do mundo democrático onde você tem um conjunto de ideias que passou pelas urnas em 2014 e continua até 2018”.

A senadora petista Gleisi Hoffmann (PR) disse que o momento do país não é para mágoas. “Eu respeito muito o vice-presidente Michel Temer, mas acho que estamos em um momento do país que não cabem mágoas. Não são mágoas que temos que externar, acho que todos temos e queremos enfrentar o problema, principalmente nas questões mais da economia, unir os esforços para que a gente tenha esse enfrentamento dentro da legalidade e da constitucionalidade”, disse.

PMDB

Mais cedo, no Salão Verde da Câmara, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) fez uma avaliação contrária aos integrantes da base aliada. Para ele, a carta vai forçar mudanças dentro do PMDB. “O Michel Temer é uma grande liderança então, na hora que levou sua insatisfação, logicamente que ele vai ter a solidariedade dos amigos”, avaliou.

Uma das primeiras reações já começou a ser desenhada hoje, quando parlamentares da legenda se reuniram com partidos de oposição e outros partidos aliados que estão insatisfeitos com o Planalto, como PSC e PTB, para alinhavar nomes para uma chapa alternativa de parlamentares que vão disputar vagas na comissão especial responsável pela análise do pedido de impeachment.

Depois da reunião, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) disse que a insatisfação se intensificou com a carta de Temer. “Esta reação começou quando líderes trouxeram nomes de forma impositiva feita pelo governo agredindo o Parlamento”, disse. “Na carta, ele [Temer] indica o menosprezo hegemônico dos que estão no Poder e tratam aliados como subalternos”.

Bueno não quis antecipar nomes que serão apresentados e afirmou que as assinaturas continuarão sendo colhidas ao longo do dia. Segundo ele, ainda não há uma definição sobre quem será indicado para assumir a presidência e a relatoria do caso na comissão especial.

Para ser aprovada, a chapa precisa do voto de 257 deputados em plenário. Ainda não há definição se a votação será aberta ou secreta.