Museus de Caruaru reabrem seguindo protocolos de segurança sanitária

Os Museus de Caruaru reabriram suas portas após mais de um ano sem receber seus visitantes devido aos cuidados com a pandemia. Agora, continuando com todos os protocolos de segurança sanitária, os moradores, visitantes e turistas poderão frequentar os espaços culturais.

Uma das novidades é a reabertura da Casa-Museu Mestre Vitalino, após requalificação da área externa, e com todos os móveis e utensílios pertencentes ao Mestre Vitalino restaurados.

Para celebrar o retorno das atividades, o Museu do Barro traz a exposição temporária “O surrealismo do Mestre Galdino”, com peças e um pouco da história do artesão.

Os museus estarão seguindo as orientações sugeridas pelas autoridades sanitárias, como EPIs, distanciamento social e controle de visitantes por sala. Os ambientes estarão sempre sendo higienizados.

Horários de funcionamento:

•Museu do Forró Luiz Gonzaga

•Museu do Barro Espaço Zé Caboclo

•Museu da Fábrica de Caroá

•Casa-Museu Mestre Vitalino

•Memorial Mestre Galdino

Terça a sábado: 8h às 17h
Domingo: 9h às 13h

‘Operação Smurf’ cumpre mandados contra Prefeitura de Alagoinha, empresas e servidores

A Operação Smurf, deflagrada nesta quinta-feira (26), no Agreste de Pernambuco, cumpre nove mandados de busca e apreensão contra a Prefeitura de Alagoinha, empresas e servidores públicos.

A ação foi desencadeada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e pela Polícia Militar de Pernambuco.

As ordens judiciais são cumpridas nas cidades de Alagoinha, Pesqueira e Garanhuns.

Segundo o MPPE, o nome da operação vem do método conhecido como “smurfing”, que consiste na modalidade de lavagem de dinheiro em que o agente criminoso dissemina dinheiro fracionado em diversas contas bancárias em variados dias e locais para difundir os recursos e dificultar o rastreio.

As investigações foram iniciadas em 2019 e a operação busca colher documentos e equipamentos para contribuir com a apuração em desfavor dos alvos.

“A operação está sendo realizada em empresas, residências e prédios públicos visando solidar a investigação e trazer mais subsídios que possam confirmar a para a hipótese que está sendo apurada. A investigação ainda está em curso e não descartamos a possibilidade de novas atividades no momento futuro”, comentou o coordenador do Gaeco, o promotor Frederico Magalhães.

Foram apreendidos aparelhos celulares dos indivíduos alvo da operação, cheques, notebook, HDs e pendrives, CPU, documentos e dinheiro.

Os investigados foram notificados para oitava a ser realizada na próxima segunda-feira (30). O não comparecimento poderá configurar crime de desobediência.

Na operação desta quinta-feira, duas pessoas foram conduzidas até a delegacia por portar arma de fogo de forma irregular.

Em contato com a reportagem, o atual prefeito de Alagoinha, Uilas Leal (PSB), afirmou não ter “nada a declarar” sobre a operação por sua gestão não ser o alvo.

“Não é da nossa, gestão. É da gestão anterior à minha. A gente não tem nada a declarar, mas acredito que tudo será esclarecido”, disse, resumidamente.

Folhape

Bolsonaro quer passar ‘mensagem de esperança’ em ato do 7 de setembro em São Paulo

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que quer passar uma “mensagem de esperança” à população no ato de 7 de setembro convocado por seus apoiadores para a avenida Paulista, em São Paulo. A declaração foi dada pelo mandatário em entrevista à Rádio Jornal, nesta quinta-feira (26).

Segundo Bolsonaro, ele cumprirá, pela manhã, agenda em Brasília. À tarde, o presidente estará na principal via da capital paulista para participar do ato no dia da Independência do Brasil.

“Pretendo, sim, participar do evento na Paulista, onde devo chegar por volta das 15h30, [e fazer] um pronunciamento mais demorado, falar com a população, dar uma mensagem de esperança e mostrar para o mundo a imagem do local e o quão o povo está preocupado com seu futuro”, disse Bolsonaro.

Pela manhã, ainda em Brasília, o presidente informou que irá participar de solenidade no Palácio da Alvorada, com hasteamento da bandeira nacional, e um rápido discurso a apoiadores na Esplanada do Ministérios.

Bolsonaro ainda afirmou que não pretende desencadear uma guerra civil no País. Ele comentou declarações recentes, como a do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), que citou a possibilidade de uma guerra civil por causa da instabilidade política.

“Qualquer pessoa que fala algo, que exagera, que extrapola, tem qualquer ligação comigo. Se tem um plástico no seu carro escrito ‘Bolsonaro’, o pessoal vincula a mim como se aquela pessoa fosse meu porta-voz. O que eu entendo do Otoni de Paula é que tem toda a sua liberdade de se expressar. Não acredito em guerra civil, não provocamos e nem queremos isso daí”, afirmou o presidente.

O presidente também criticou o que chama de “outro lado” em protestos. “Acredito que esse movimento do dia 7, como todos os outros feitos por pessoas simpáticas ao nosso governo ou àquilo que nós defendemos, são movimentos extremamente pacíficos”, disse.

“O outro lado, quando vai para esses movimentos, antifas, pessoal do MST, com bandeira vermelha, foice e martelo, depredam agências bancárias, tocam fogo em pneus nas ruas, atiram pedras em policiais. Não fizemos, não fazemos e não faremos isso. Reconheço a liberdade que o povo tem de manifestar, contra ou a favor de quem quer que seja”, completou o presidente.

Economia
Na entrevista, Bolsonaro afirmou que a economia do Brasil “está se recuperando” e voltou a criticar prefeitos e governadores por medidas como lockdown tomadas durante a pandemia de Covid-19. Apesar de confiante, o presidente acredita que a recuperação econômica deve demorar.

“As coisas não vão ser tão rápidas como muitos querem. Estamos vendo a inflação na casa dos 7%. Lógico que os alimentos estão muito acima disso, o que é preocupante. Todos estão sofrendo”, afirmou Bolsonaro.

Ao falar sobre o aumento do preço dos combustíveis, o chefe do Executivo afirmou que não pode resolver sozinho.

“O combustível está caro? Nao está? Já ultrapassou os R$ 6 ou R$ 7 na ponta da linha. Temos alternativas? Temos, mas eu sozinho não tenho como resolver esse assunto. Passa por um entendimento com os governadores”, completou o presidente.

Transnordestina e Suape
O presidente comentou a informação de que a Transnordestina não passaria por Suape, mas direto para Pecém, no Ceará. Bolsonaro disse que é uma questão da iniciativa privada.

“Não é dinheiro do Governo Federal, são contratos que fazemos com a iniciativa privada e esta visa, obviamente o lucro. Eu me comprometo com vocês que vou entrar em detalhe sobre isso com a minha equipe. Esse é um problema que se arrasta desde 2014, quando a obra foi paralisada. Nós queremos concluí-la e atender ao Nordeste”, frisou Bolsonaro.

O contrato de concessão da ferrovia deve ser ajustado para excluir o trecho que vai de Custódia, no Sertão de Pernambuco, ao Porto de Suape, segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Esse trecho pernambucano deverá ser objeto de outra parceria com a iniciativa privada.

Eleições em Pernambuco
Questionado sobre quem apoiará na eleição para governador de Pernambuco no próximo ano, Bolsonaro diz que o assunto está “em segundo plano”.

“Tenho interesse em uma bancada de deputado federal e um bancada de senadores. Interessa governador? Interessa, mas isso fica em segundo plano. Até porque não consegui ter um partido para dizer que vamos disputar as eleições e o nosso compromisso”, disse.

Ele ainda citou o ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado, como quem lhe fornece informações sobre Pernambuco.

Impeachment de Alexandre de Moraes
Na quarta-feira (25), o presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco, rejeitou pedido de Bolsonaro pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O pedido havia sido apresentado pelo presidente da República em caráter pessoal e será arquivado.

“Lamento a posição do sr. Rodrigo Pacheco, mas continuaremos no limite dentro das quatro linhas buscar garantir a liberdade para o nosso povo”, comentou o presidente.

“Os poderes são independentes. Entrei com uma ação no intuito que o processo fosse avante. O presidente do Senado, o senhor Pacheco, entendeu e acolheu uma decisão da sua advocacia. Quando chegou uma ordem do ministro Barroso para abrir a CPI da Covid, ele mandou abrir e ponto final. Ele agiu de maneira diferente de como agiu no passado e vocês sabem que nessa briga eu to praticamente sozinho nela. Ele [Alexandre de Moraes] simplesmente ignora a Constituição”, afirmou Bolsonaro.

Folhape

Sesc Arcoverde abre exposição com obras de Lasar Segall

Após mais de um ano, o Sesc Arcoverde volta a movimentar a Galeria de Artes Alder Júlio Ferreira Calado, fechada por causa da pandemia do novo coronavírus. Nesta quinta-feira (26/08), entra em cartaz no espaço a exposição “A Gravura de Lasar Segall – Poesia da Linha e do Corte” que vai contar com obras do pintor, escultor e gravurista que nasceu na Lituânia em 1889. A visita à exposição segue até 29 de outubro, sempre de segunda a sexta, das 9h às 19h, com entrada gratuita e classificação indicativa Livre.

Conhecido principalmente por suas pinturas, Lasar se destacou também por suas gravuras. Algumas das matrizes originais foram reimpressas pelo Museu Lasar Segall, que fica em São Paulo, cidade que o artista adotou em 1923 e onde morreu em 1957, aos 68 anos. Na exposição do Sesc, o público vai poder admirar 35 obras que narram a sua trajetória como gravurista e revelam duas características: a capacidade em expressar o ser humano e a importância da gráfica em seu percurso.

A visitação segue as normas de biossegurança, com o uso obrigatório de máscara e distanciamento entre as pessoas no espaço interno da Galeria. Para agendamento de escolas, é preciso fazer contato com a Central de Relacionamento do Sesc pelo telefone (87) 3821.0864. “A Gravura de Lasar Segall – Poesia da Linha e do Corte” faz parte do ArteSesc, projeto do Departamento Nacional que tem como objetivo democratizar o acesso aos bens culturais e faz circular obras de artistas que ajudaram a construir a cultura artística do Brasil.

Sesc – Fundado em 1947 em Pernambuco, o Serviço Social do Comércio é uma instituição privada mantida pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Atuante na Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste e Sertão, oferece atividades gratuitas ou a preços populares nas áreas de Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde para comerciários e dependentes. As 23 unidades, incluindo os hotéis em Garanhuns e Triunfo, operam respeitando os protocolos de saúde e alinhadas aos órgãos públicos, e têm ações presenciais, virtuais ou híbridas. No campo digital, a instituição oferece o aplicativo Sesc-PE, facilitando acesso às atividades, renovação e habilitação do cartão, entre outras funcionalidades, e disponibiliza a plataforma Sesc Digital

(https://cursos.sescpe.com.br/todos). Por ela, é possível conhecer o cronograma de cursos e realizar a inscrição de forma online e segura. Para acompanhar todas as informações sobre o Sesc, acesse www.sescpe.org.br. Além disso, os empresários do comércio de bens, serviços e turismo que possuem o Cartão do Empresário, da Fecomércio, podem adquirir produtos e serviços do Sesc em condições diferenciadas.

Mais informações: www.cartaodoempresario.com.br.

Serviço: Exposição “A Gravura de Lasar Segall – Poesia da Linha e do Corte”

Período da exposição: de 26 de agosto a 29 de outubro

Local: Galeria Alder Júlio Ferreira Calado do Sesc Arcoverde – Av. Arlindo Pacheco de Albuquerque, 364, Centro

Visitação: de segunda a sexta, das 9h às 19h

Entrada gratuita

Informações: (87) 3821.0864

I Jornada Nutri Nassau realiza palestras e oficinas gratuitas

A Faculdade UNINASSAU Caruaru, por meio do curso de Nutrição, realiza entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro a primeira Jornada Nutri Nassau. O evento celebra o Dia do Nutricionista, comemorado em 31 de agosto, e os 54 anos da regulamentação da profissão no país. As inscrições são gratuitas e voltadas aos alunos do curso de Nutrição da Instituição, mas também é aberto a estudantes de outras instituições e comunidade. As atividades serão presenciais e remotas.

Na programação, temas como “Desmistificando a nutrição enteral”, “Nutrição esportiva no vegetarianismo”, “Como criar habilidades para mudar o comportamento alimentar de um paciente”, além de oficinas presenciais e on-line, com temáticas como “Práticas integrativas complementares”.

Segundo a coordenadora do curso de Nutrição da UNINASSAU Caruaru, Steffany Pontes, o evento mais que celebra o Dia do Nutricionista e os 54 anos da regulamentação da profissão no Brasil, mas proporciona aos participantes uma troca importante de conhecimento, inclusive sobre novidades da área. “As atividades vão trazer dicas importantes sobre estratégias nutricionais modernas na prática da nutrição clínica e esportiva, além de oficinas para que vivenciem na prática temáticas importantes”, explica a coordenadora e nutricionista.

Os interessados em participar devem realizar a inscrição através do site de Extensão da UNINASSAU – https://extensao.uninassau.edu.br/HomePortal.aspx, escolhendo a opção Pernambuco e Caruaru. Posteriormente, deve clicar no nome do evento.

Barroso sobre ataques de Bolsonaro: ‘não discuto miudezas’

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), minimizou as críticas que tem sofrido ao longo das últimas semanas do presidente Jair Bolsonaro. Entre as ofensas dirigidas ao magistrado, o chefe do Executivo já se referiu a ele como “idiota”, “tapado”, e “filho da p*”.

“Ataques pessoais eu ignoro, trato com a indiferença possível. Não sou ator político. Não participo de bate boca, não paro para discutir miudezas. Eu sou um ator institucional, só atuo quando considero importante proteger as instituições, porque essa é a causa da minha geração, que foi a conquista e a preservação da democracia, e não me desvio desse caminho por nada, e acho que a sociedade brasileira está madura o suficiente para não aceitar qualquer tipo de desvio institucional que, aliás, nos tornaria párias mundiais”, frisou Barroso.

A declaração dele foi dada durante um evento organizado pela XP Investimentos, nesta quarta-feira (25). Barroso também falou sobre voto impresso, um dos motivos de maior desavença entre Bolsonaro e ele. O ministro sempre se colocou contra essa pauta por entender que as urnas eletrônicas são seguras e que instituir um mecanismo de votação com papel colocaria em risco as eleições do país, ao contrário do que defende o presidente da República.

Recentemente, a Câmara dos Deputados rejeitou uma proposta de emenda à Constituição que buscava implementar o voto impresso já para as eleições de 2022. “O país tem tantos problemas. Inflação fugindo de controle, desemprego batendo recordes, desinvestimentos, juros subindo, e a gente discutir voto impresso é uma total perda de foco, porque estamos discutindo algo em que não há problema”, lamentou o magistrado.

Barroso voltou a afirmar que as urnas eletrônicas não são suscetíveis a invasões. “Desde 1996 nós utilizamos urnas eletrônicas. Elegemos o Fernando Henrique Cardoso para o segundo mandato, o Lula para dois mandatos, a Dilma Rousseff para dois mandatos e o Bolsonaro, inclusive com alternância no poder em diferentes momentos. Nunca se documentou alguma fraude. Quem disse que tinha provas não as apresentou. O sistema é totalmente seguro e auditável em todos os seus passos”, garantiu.

“Tudo é transparente, seguro e auditável. Nós trabalhamos pela democracia brasileira, não trabalhamos para candidato algum”, acrescentou o ministro, que também disse que, “ao contrário do que possa parecer, o voto impresso não seria um mecanismo a mais de auditoria, não nas circunstâncias brasileiras”.

“Teríamos que transportar 150 milhões de votos nesse país em que se rouba cargas. Há problemas de milícia, PCC, Comando Vermelho, Amigos do Norte, problemas de segurança. Depois, teríamos que armazenar. A história do Brasil é de urnas que apareciam grávidas, nos tempos das urnas de lona, em que apareciam mais votos do que eleitores. E, depois, a proposta era contagem manual pública de votos, que eram aquelas cenas pavorosas no Maracanã ou nos centros de apuração em que os fiscais comiam voto. Seria um retrocesso na história do Brasil voltarmos aos modelos das fraudes eleitorais.”

Banco Mundial diz que apenas 7% deixam Bolsa Família de forma gradual

Brasília – Cidade estrutural

A maioria dos beneficiários do Bolsa Família não deixa o programa de forma gradual, o que, segundo um estudo do Banco Mundial, leva a crer que a regra criada para ajudar na transição do beneficiário para o mercado de trabalho não está sendo cumprida de forma adequada. De acordo com o relatório Equilibrando Estabilidade e Transição – Primeira Avaliação da Regra de Permanência no Programa Bolsa Família, divulgado hoje (25) pelo banco, apenas 7% dos beneficiários fizeram uso dessa regra para deixar o programa.

A Regra de Permanência (RP) tem por objetivo garantir segurança ao beneficiário durante o período de transição para o mercado de trabalho. De acordo com o levantamento do Banco Mundial, no entanto, essa transição vem sendo prejudicada por causa da forma abrupta com que o benefício tem sido encerrado, gerando instabilidade financeira entre os que tentam se inserir no mercado.

“Somente uma minoria de famílias sai do Bolsa Família passando pela Regra de Permanência, ou porque completaram todo o ciclo de vida de benefícios variáveis de seus filhos, ou porque a renda delas era maior que o limite”, diz o estudo. Os dados apresentados pelo banco demonstram que “somente 7% de todos os benefícios foram cancelados porque a família concluiu um período de dois anos na Regra de Permanência. Dos cancelamentos, 14% estão relacionados a famílias que atualizam as informações de renda e/ou a composição da família e, como resultado, a renda delas se torna mais alta do que o limite da regra, de 0,5 salário mínimo per capita”, diz o estudo.

Além disso, apenas 2% dos benefícios são cancelados porque os membros da família deixam de ter as características sociodemográficas para receber benefícios variáveis, como filhos que atingem a idade adulta.

O Banco Mundial diz que, diante das “frequentes verificações cruzadas” feitas com outros registros administrativos públicos para a averiguação cadastral – e das obrigações impostas às famílias, para “realizarem a recertificação periodicamente” –, aproximadamente 1,6 milhão de cancelamentos de benefícios ocorreram nos 12 meses anteriores à pandemia da Covid-19.

O levantamento acrescenta que 51% dos cancelamentos do benefício ocorrem no momento da averiguação cadastral, quando não é possível se beneficiar das vantagens da Regra de Permanência (RP). “A principal causa de cancelamento é a descoberta de que a família não está em conformidade durante a verificação cruzada da renda familiar feita periódica e automaticamente”, diz o estudo. Nesse processo, famílias que ultrapassem as linhas de benefício programa podem ser excluídas.

De acordo com o estudo, nos últimos anos, foi adotada pelos gestores do programa a prática de “aceitar as informações de diferentes cadastros”. No entanto, a interoperabilidade dos cadastros acabou por levar à penalização de “beneficiários que não declaram alterações em suas rendas”.

Agência Brasil

Pernambuco deve ter 3ª dose da vacina contra Covid-19, mas 480.966 da população nem tomou a 2ª

Com o anúncio feito pelo Ministério da Saúde para o início da terceira dose da vacina contra a Covid-19 já começar a ser aplicada em idosos e em imunossuprimidos a partir de setembro, em coletiva realizada nesta terça-feira (25), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou que o planejamento da aplicação do reforço já está sendo estudado pelo Estado. O secretário informou que o Comitê Estadual de Imunizações contra Covid-19 vai se reunir nesta quinta-feira (26), para tratar o assunto, que também deve ser pauta de conversa na reunião da Comissão de Intergestores Bipartite, que também acontece na quinta.

De acordo com André, a decisão da terceira dose vem sendo amadurecida a partir de uma várias constatações de trabalhos realizados, sobretudo seguindo estudos, como o recente feito pela Universidade de São Paulo (USP) sobre a duração dos efeitos da vacina. “Hoje, as evidências apontam para a necessidade da terceira dose de reforço após seis meses das pessoas que têm maior vulnerabilidade. Pernambuco, com certeza vai fazer todo o trabalho para garantir que essa vacina seja prioritária, tão logo seja liberada pelo Ministério da Saúde e distribuídas as doses. A gente precisa ver qual esquema será utilizado, provavelmente será o esquema heterólogo, com doses de vacina diferente do esquema proposto. Se a pessoa tomou duas doses de um imunizante, vai tomar de outro. Precisamos saber qual imunizante estará disponível para fazer a terceira dose e toda uma logística será montada com os municípios”, explicou.

Com uma população com idosos acima de 60 anos superior a 1,2 milhão, Longo ressaltou que a expectativa é vacinar todo o contingente com a terceira dose, sem esquecer dos profissionais de saúde que estão na linha de frente. “Estudos mostram que essa vulnerabilidade começaria aos 55 anos, vamos ter que debater se vamos recuar a idade. Vai ser inevitável que toda a população tenha que tomar a terceira dose, é natural que se faça de forma decrescente, por faixa etária, atendendo alguns públicos vulneráveis e de maior importância no contexto pandêmico. É preciso lembrar que os trabalhadores da saúde foram os primeiros a se vacinar por estarem na linha de frente, vamos aguardar a posição do Ministério da Saúde com relação a esses trabalhadores. Hoje à tarde teremos uma reunião do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde com a presença do ministro da Saúde, e também vamos colocar a necessidade desses trabalhadores para serem incluídos no primeiro grupo, é um contingente em torno de 300 mil pessoas aqui no Estado”.

Longo chamou atenção para o cuidado que o Estado deve ter na organização da terceira dose para não comprometer o esforço do ciclo completo com a primeira e segunda dose de parte da população. “Temos que tomar cuidado para não comprometer a segunda dose. Pernambuco já bateu a meta de idosos acima de 70 anos, já temos mais de 90% com o ciclo vacinal completo, que é importante. Entre 60 e 69 anos chegamos a 85%, próximo de 86% de cobertura desse grupo. Ainda precisamos vacinar mais com a segunda dose, mas esse conjunto de idosos precisa ter esse reforço e todo o nosso empenho será no sentido de que isso se dê da melhor maneira possível”.

Na última quarta-feira (18), o ministro Marcelo Queiroga havia afirmado ser contra o uso obrigatório de máscara como medida de proteção da Covid-19, além de não aceitar a aplicação de multas a quem não usa a proteção. Questionado pelo DP se Pernambuco vai manter a posição da obrigatoriedade a partir da fala do ministro, o secretário André Longo disse não ter visto a manifestação, mas garantiu o uso obrigatório no Estado.

“Enquanto o cenário epidemiológico existir, enquanto a gente não tiver segurança, é fundamental o uso da máscara por reduzir a transmissão e a carga viral que você pode receber de outra pessoa. A máscara é fundamental para evitar a transmissão nesses momentos, e que ainda há uma circulação viral importante, mais ainda quando temos a perspectiva da variante como a Delta. Precisamos continuar insistindo para que as pessoas tenham consciência de usar corretamente a máscara”, ressaltou.

População em falta com a segunda dose
Segundo o secretário em coletiva, dados atualizados do Estado mostram que 430.966 pessoas ainda não tomaram a segunda dose contra a Covid-19. “Sendo 255.34 mil da AstraZeneca, 120.693 da Coronavac e 55.239 da Pfizer. Não há outra recomendação que não seja procurar fazer a busca ativa dessas pessoas, que elas se conscientizem para buscar o agendamento ou o posto de saúde do município que residem. Acabamos de mostrar dados que reforçam essa necessidade do ciclo vacinal completo, 90% das pessoas que desenvolveram a forma grave em julho no Estado não tomaram as duas doses. É fundamental que a gente tenha esse controle a partir do ciclo completo. Estamos falando da necessidade de uma terceira dose, é óbvio que para chegar nela a gente precisa tomar a segunda, tem que ter o ciclo vacinal mínimo completo para o avanço”, mostrou.

Diario de Pernambuco

Governadores querem reunião com cúpula das Forças Armadas

O Comando Conjunto realiza cerimônia de encerramento das atividades, no Campo de Parada General Zenóbio da Costa, na Vila Militar, O evento contará com mais de 3 mil militares da Marinha, Exército e Força Aérea.

Governadores de vários estados do país vão pedir uma reunião com a cúpula das Forças Armadas para falar sobre as manifestações de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Os gestores locais pretendem diminuir as tensões e externar aos militares preocupações com o tom ameaçador que os organizadores dos atos têm adotado contra as instituições e a democracia.

A preocupação dos governadores com o 7 de Setembro aumentou após a descoberta de que policiais militares estavam usando as redes sociais para convocar os colegas de farda a participarem dos atos do Dia da Independência — o regulamento da corporação proíbe manifestações políticas de seus membros.

Na segunda-feira, o governador de São Paulo, João Doria, um dos principais adversários de Bolsonaro, anunciou o afastamento do coronel Aleksander Lacerda, que chefiava o Comando de Policiamento do Interior-7 da PM do estado. Além de convocar “os amigos” para as manifestações, o oficial dirigiu ofensas ao próprio governador, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e ao STF.

Os gestores estaduais pretendem que a reunião com a cúpula das Forças Armadas seja presencial e ocorra na próxima semana. A ideia surgiu ontem, um dia depois da reunião do Fórum Nacional dos Governadores. Durante o evento, com o mesmo objetivo de prevenir casos de violência e outras perturbações, 25 chefes de Executivos estaduais e do Distrito Federal decidiram pedir uma reunião com Bolsonaro e com os presidentes do Congresso e do STF.

O ofício que trata dessa solicitação diz que o objetivo é “identificar e pautar pontos convergentes e estratégias visando salvaguardar a paz social, a democracia e o bem-estar socioeconômico da população brasileira”.

Os governadores também assumem o compromisso de “zelar para que a missão das polícias estaduais ocorra nos limites constitucionais e da lei, como se tem verificado na história do país desde a promulgação da Constituição de 1988”.

Pesquisa
Um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com a Decode Pulse, investigou a adesão dos policiais militares à agenda conservadora de Bolsonaro. Esse trabalho se concentrou nas manifestações de representantes das corporações em ambientes digitais.

A pesquisa mostrou que 41% dos perfis públicos de praças da PM endossam as pautas do presidente, enquanto 25% adotam um discurso mais radicalizado. O estudo também apurou os posicionamentos pessoais em relação às instituições públicas, costumes sociais, distanciamento social na pandemia da covid-19, imprensa, direitos humanos, entre outros temas. O resultado mostrou que 12% dos PMs compartilham conteúdos contra as instituições, que incluem a defesa do fechamento do STF e da prisão dos ministros da Corte.

À reportagem, o deputado estadual e coordenador-geral da Associação Nacional de Praças (Anaspra), Marco Prisco Caldas Machado (PSC-BA), conhecido como Soldado Prisco, admitiu que Bolsonaro desfruta de grande simpatia entre os PMs de todo o país. Ele defendeu o direito de os agentes se politizarem e disse que os regulamentos das corporações são “opressores”, por proibirem manifestações políticas por parte de membros da tropa.

“A politização dos policiais militares, dependendo do ponto de vista, eu não vejo nada de ruim. Eu acho que a tropa tem de, cada vez mais, se politizar. Para mim, politização é conscientização. Os policiais militares, desde sua fundação até hoje, são uma categoria esquecida pela Constituição Federal, e os governadores são mais repressores possível”, acusou. “Isso porque os regulamentos de todas as polícias militares brasileiras são opressores”, acrescentou ele, que coordena uma entidade com cerca de 15 mil policiais e bombeiros militares filiados.

Defensor da desmilitarização da PM, Soldado Prisco disse não ver problemas em um agente da corporação participar de manifestação, desde que pacífica.

Já a Associação dos Militares Estaduais do Brasil (Amebrasil) divulgou nota, ontem, afirmando que “as polícias militares não podem ser empregadas de forma disfuncional por nenhum governador, pois são instituições de Estado, e não de governo”. O comunicado destaca, ainda, que, em caso de ruptura institucional, essas corporações atuarão como forças auxiliares do Exército.

A nota da Amebrasil é assinada pelo coronel da reserva Marcos Antônio Nunes de Oliveira, que foi comandante-geral da PM do DF. O texto afirma que “às Forças Militares Estaduais e do Distrito Federal (Polícias Militares) compete a segurança e a ordem pública conforme mandamento da Constituição Federal no seu artigo 144”. Também segundo o comunicado, “afora essas missões, ainda lhes são atribuídas, no campo da defesa interna ou no caso de ruptura institucional (estado de sítio ou de defesa), compor o esforço de mobilização nacional para a defesa da Pátria, a garantia dos Poderes constitucionais e garantir a lei e a ordem”.

Ameaças na web
Na internet, proliferam manifestações de PMs. Além de São Paulo, veja outras unidades da Federação:

Rio de Janeiro

Eduardo da Silva Marques Junior, o sargento Da Silva, não comanda batalhões, mas se comunica com um grande contingente. Tem mais de 162 mil seguidores no Facebook. No domingo, o militar da ativa publicou uma foto em que aparece fardado ao lado do presidente Jair Bolsonaro. “Soldados do povo! Guerreiros por natureza! 7 de Setembro será um grande dia! Milhões de cidadãos de bem de todas as regiões do Brasil estão com o senhor!”, escreveu o policial, que tentou ser vereador do município de Belford Roxo (RJ) na eleição de 2020.

Espírito Santo

Na Assembleia do Espírito Santo, o capitão Assumção (PSL) é o principal representante do bolsonarismo. Ele tem usado as redes sociais para convocar apoiadores para uma manifestação no dia 7, que terá como bandeiras a volta do voto impresso e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Chegou a hora do basta!”, postou o capitão.

Santa Catarina

O subtenente Rudinei Floriano preside o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) desde o início do governo de Carlos Moisés (PSL), em janeiro de 2019. As atribuições na autarquia não o impediram de se manifestar politicamente nas redes, nas quais chama Bolsonaro de “mito” e ecoa críticas do presidente a ministros do Supremo. No Facebook, publicou vídeo do chefe do Planalto convidando para a manifestação com frases como “7 de setembro eu vou” e “vai ser gigante”. Por sua vez, o deputado Sargento Lima (PSL) também tem pedido para que seus apoiadores compareçam. “Chamar de gado é fácil. Difícil vai ser aguentar o estouro da boiada. Vai ser gigante em SC.”

Ceará

Davi Azim, coronel da reserva do Corpo de Bombeiros do Ceará, convocou “o nosso grande artista Sérgio Reis, todos os caminhoneiros, todos do agronegócio e todos que estarão em Brasília para o dia 7 de Setembro” a participarem de invasão ao STF e ao Congresso. “Quero dizer a vocês que ninguém pode ir a Brasília simplesmente para passear, balançar bandeirinhas e, tampouco, ficarmos somente acampados. Nós que estamos, se Deus quiser, em milhão ou mais (…), teremos pessoas com conhecimento de como podemos fazer formações de grupamentos para adentramos ao STF e ao Congresso”, disse em vídeo postado nas redes sociais.

“(…) Queremos entrar na paz, mas, caso haja reações, aí, sim, nós vamos ter de enfrentar. Mesmo com a força, porque, o que tiver lá para nos impedir, nós poderemos atropelá-los. (…) Não vou mais a lugar nenhum se não for para adotar atitudes, ficar no blá, blá, blá; no mimimi (…). Não estamos mais para qualquer brincadeira.”

Paraíba

Na Paraíba, o cabo Gilberto Silva (PSL) publicou: “Quem vai dia 7? Acabou a democracia. Temos de lutar pela nossa liberdade. Faremos a maior manifestação da história deste país!”

Lira defende atos “ordeiros”
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu o direito às manifestações, como as previstas para 7 de setembro, mas enfatizou que os atos não podem agredir o Estado democrático de direito. “A democracia é feita para isso”, frisou, durante participação num evento virtual promovido pela XP Investimento

“O que esperamos é que qualquer manifestação seja ordeira, sem ato antidemocrático e que não agrida nenhuma instituição. É importante que a população coloque em pauta suas satisfações ou insatisfações, mas que respeite o funcionamento do Estado do Brasil”, destacou. “O que espero é isso: de forma ordeira e respeitosa, sendo ouvida por quem precisa ouvir e refletida por quem tem de refletir, isso é normal da democracia.”

Na Câmara, deputados estão preocupados e defendem punições aos congressistas que incentivarem movimento golpista. “As instituições e o interesse público devem ser rigorosos com esses parlamentares. Acho que isso é localizado em algumas lideranças, e essas pessoas têm de responder na forma da lei, com prisão e perda de mandato”, argumentou o deputado Afonso Florence (PT-BA).

“Esses boatos geram preocupação, há uma onda de fake news, mas há policiais cometendo crimes. Esses têm de responder na forma da lei. São as mesmas pessoas que defendem milicianos, querem acabar com o voto popular e manter Bolsonaro sem eleição. São pessoas que fazem questão de desgastar o tecido social e instalar o caos para atingir esse objetivo”, criticou.

Correio Braziliense

Guedes diz que pode começar 2022 furando teto de gastos ‘dependendo da inflação’

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta quarta-feira (25) que, por causa do aumento dos precatórios (dívidas da União reconhecidas pela Justiça) e da alta da inflação, poderá ser forçado a descumprir o teto de gastos –regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação.

O governo afirma que não esperava que os precatórios em 2022 subiriam para R$ 89,1 bilhões, o que representa uma forte alta em relação aos R$ 54 bilhões previstos no Orçamento de 2021.

“Não tenho como pagar os R$ 90 bilhões sem afetar o funcionamento da máquina pública”, afirmou Guedes ao comentar a dificuldade na elaboração do Orçamento de 2022 durante divulgação da arrecadação recorde em julho registrada pela Receita Federal.

Em seguida, o ministro disse: “Principalmente com a inflação subindo como está subindo agora, acaba com o espaço de ampliação dos programa sociais; acaba o espaço; até mesmo, dependendo do nível da inflação, eu já posso começar o ano furando o teto”.
Na segunda (23), Guedes negou que haja descontrole de preços no país e declarou que, com inflação de 7% ou 8%, o Brasil está “dentro do jogo”.

O problema apontado pelo chefe da equipe econômica nesta quarta é que a inflação corrige despesas obrigatórias da União, como aposentadorias, pensões e benefícios (seguro desemprego, etc).

A aceleração inflacionária, portanto, eleva o valor mínimo a ser desembolsado pelo governo no próximo ano, deixando uma margem ainda menor para despesas discricionárias (que não são obrigatórias), por exemplo, o custeio da máquina pública ou mesmo a ampliação do Bolsa Família.

Ele repetiu que a alta nos precatórios pode tornar o Orçamento de 2022 inexequível.
Guedes também apresentou o aperto nas contas públicas em função de decisões judiciais do lado da receita, principalmente em questões ligadas ao ICMS na base do PIS/Cofins.

A União sofreu uma derrota no julgamento desse tema no STF (Supremo Tribunal Federal) e, segundo Guedes, o governo precisa que a decisão seja modulada, ou seja, haja uma regra para suavizar o impacto imediato da medida nas contas públicas.

O ministro afirmou que, por decisões judicais, o governo tem sido obrigado a devolver imposto que efetivamente não haviam sido pagos, e sim contabilizados como compensação tributária antes do julgamento do STF.

Segundo ele, esse assunto também pode ser considerado um “meteoro” nas contas públicas, pois houve uma alta de 146% em sentenças judiciais, essencialmente relacionada ao ICMS.

“Precisamos ter essa compreensão de que, embora os Poderes sejam independentes e possam aprovar despesas, a capacidade de execução do Poder Executivo vai sendo mutilada a todo tempo. O certo é que quem aprova despesas nos dê capacidade também de dizer de onde vem os recursos”, disse o ministro.

Folhapress