Termina hoje programa de redução de jornada e suspensão de contratos

As empresas devem encerrar hoje (31) os acordos de redução de jornada e salário ou de suspensão de contratos. Isso porque termina nesta quinta-feira o Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda (BEm), programa do governo federal que permitiu a medida excepcional em função da crise gerada pela pandemia de covid-19.

O BEm foi instituído em abril, por meio da Medida Provisória nº 936/2020 e transformado na Lei nº 14.020/2020 em julho. O programa foi prorrogado duas vezes ao longo deste ano.

“Não há previsão de prorrogação do Programa Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda para o próximo ano, já que o Decreto Legislativo 6, de 20 de março de 2020, estabelece os efeitos de reconhecimento do estado de calamidade pública até 31 de dezembro de 2020”, diz o Ministério da Economia, em nota.

Para o ministério, o BEm “cumpriu todos os objetivos propostos em sua criação, preservando o emprego e a renda de 10,2 milhões de trabalhadores, bem como a existência de 1,5 milhão de empresas”.

Até o início de dezembro, acrescenta o ministério, foram formalizados 19,8 milhões de acordos de suspensão contratual temporária ou de redução proporcional de jornada e salários. “Estes números tornam o Bem o maior programa de preservação de empregos já realizado no país”, acrescenta o ministério.

O BEm equivale a uma porcentagem do seguro-desemprego a que o empregado teria direito se fosse demitido e é pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

No caso de redução de jornada e salário em 25%, 50% ou 70%, o governo paga um benefício emergencial ao trabalhador para repor parte da redução salarial. As empresas podiam optar ainda por pagar mais uma ajuda compensatória mensal a seus funcionários. No total, o benefício pago podia chegar até a R$ 1.813,03 por mês.

No caso de suspensão do contrato de trabalho em empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, o trabalhador recebia 100% do valor do seguro-desemprego a que teria direito. Para empresas com faturamento maior, o valor do benefício que era pago pelo governo chegava a 70% do seguro-desemprego, enquanto a empresa pagava uma ajuda compensatória mensal de 30% do valor do salário do empregado.

Estabilidade
O trabalhador tem direito de permanecer no emprego pelo mesmo tempo de duração do acordo por meio do BEm. Por exemplo, um acordo de redução de jornada de 90 dias de duração garante ao trabalhador a permanência no emprego por 90 dias após o fim do acordo.

Caso o empregador não cumpra essa regra, terá que pagar todos os direitos do trabalhador, já previstos em lei, além de multas.

Mensagem de Ano Novo do vereador Nelson Diniz

Chegamos ao fim de 2020. Um ano marcado por dores, preocupações e boas novas. Um tempo de surpresas e de novos e oportunos sentidos sobre o que de fato é a vida.

Tivemos que retroceder em alguns aspectos, isso é verdade, mas foram momentos que nos conectou com os valores essencias que havíamos perdido, como também nos impulsionou a ir além, em passos firmes. Dentre tantos acontecimentos, a tristeza das perdas, estas jamais esquecidas. Ainda fomos agraciados pelas conquistas, um excepcional registro na memória.

Meu sincero desejo de um 2021 repleto de saúde e luz. Que os ensinamentos de 2020, sobretudo, a oportunidade de reconexão com a nossa essência e as boas conquistas, continuem enraizadas em nossos pensamentos e movimentos para um ano novo de oportunidades. Eu tenho fé! Um forte abraço e um Feliz Ano Novo!

Nelson Diniz

“Meu foco é Caruaru”, ressalta prefeita Raquel Lyra

A prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB) participou do programa Cidade em Foco da Rede Agreste de Rádios e comentou sobre sua reeleição, ida à Brasília e ressaltou que não tem intenção em disputar às eleições de 2022.

“Agradeço a confiança da nossa gente que reconheceu o que fizemos por Caruaru. Pois tivemos um grande resultado e o trabalho de uma eleição não é feito apenas na campanha, tivemos quatro anos de um mandato em que atendemos as necessidades das pessoas e priorizamos ações para a periferia do município”, disse.

A prefeita também reforçou sua agenda em Brasília na busca por investimentos para Caruaru e destacou a parceria com Gilson Machado (Ministro do Turismo) e Sílvio Nascimento (Diretor de Marketing e Comunicação da Embratur).

Raquel Lyra se mostrou favorável a reforma do Pacto Federativo para que os recursos sejam mais direcionados aos cofres públicos municipais. “De todas as reformas, a do Pacto é fundamental, pois as pessoas vivem nos municípios e os recursos estão concentrados na União e Estados. As cidades tem aumentado suas responsabilidades corriqueiramente e os recursos não tem chegado a contento”, disse.

Por fim, Raquel foi questionada sobre a lembrança de seu nome pelo grupo de oposição em Pernambuco para disputar as eleições estaduais em 2022. “Estou focada em Caruaru, acabei de ser reeleita a poucos dias e precisamos direcionar nossa atenção a cuidar do povo que nos confiou seu voto. Agradeço a lembrança por meu nome e sei que isso é fruto do trabalho que estamos fazendo em Caruaru”, pontuou a prefeita.

Anvisa muda regras para uso emergencial de vacina contra Covid-19

“A publicação foi alterada em pontos específicos referentes aos documentos a serem submetidos à agência”, disse a Anvisa, em nota.

A mudança foi divulgada um dia depois da farmacêutica Pfizer informar, em comunicado, que não solicitará o uso emergencial de sua vacina no Brasil.

O imunizante foi desenvolvido em parceria com a empresa alemã BioNtech e já é utilizado em países como Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e França, entre outros.

A Anvisa modificou um dos pontos destacados pela Pfizer como entrave para o uso emergencial. O dispositivo exigia a apresentação de um cronograma de distribuição da vacina específico para o Brasil, bem como a informação precisa da quantidade de produto acabado disponível para compra. Segundo a multinacional farmacêutica, tais pontos “só poderão ser definidos na celebração do contrato definitivo”.

Novas regras
Pelas novas regras da Anvisa, passou a ser necessário apresentar somente “informac%u0327o%u0303es sobre a previsa%u0303o da quantidade de produto acabado disponi%u0301vel para importac%u0327a%u0303o e/ou disponibilizac%u0327a%u0303o”.

O outro ponto alterado diz respeito ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a ser elaborado com os dados específicos da vacina que se pretende autorizar para uso emergencial.

A Anvisa incluiu nos requisitos a sugestão de que seja utilizado o modelo simples disponibilizado pelo governo do Reino Unido. Pode ser empregado também “outro modelo desenvolvido pela empresa”, segundo a nova redação do Guia 42/2020.

No comunicado de segunda-feira (28), a Pfizer disse ter se reunido com técnicos da Anvisa em 14 de dezembro para esclarecer as dúvidas sobre o pedido de uso emergencial, e que, até aquele momento, concluiu ser mais célere submeter a vacina aos trâmites normais de autorização.

Agência Brasil

Taxa de desocupação no Brasil sobe para 14,3%, segundo o IBGE

A taxa de desocupação chegou a 14,3% no trimestre de agosto a outubro de 2020, com um crescimento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho (13,8%) e 2,7 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2019 (11,6%). De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE). Com isso, o número de pessoas desempregadas chegou a 14,1 milhões no trimestre encerrado em outubro. É um aumento de 7,1% em relação ao trimestre terminado em julho, o que representa 931 mil pessoas a mais à procura de emprego no país. Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estava empregada no trimestre de agosto a outubro.

Segundo o IBGE, aumentou o número de pessoas à procura de emprego (2.8%), e esse movimento de busca fez com que a população ocupada subisse para 84,3 milhões de pessoas. “Esse cenário pode estar relacionado a uma recomposição, ao retorno das pessoas que estavam em afastamento. Nesse trimestre, percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho”, explica a analista da pesquisa Adriana Beringuy.

Apesar do aumento no número de pessoas ocupadas frente ao trimestre anterior, ainda há queda na ocupação e aumento na população fora da força de trabalho, em comparação com o mesmo período de 2019. “Se compararmos com o mesmo trimestre do ano anterior, temos uma população ocupada que é menor em quase 10 milhões de pessoas e um aumento de 12 milhões na população fora da força. Então esse pode ser um início de uma recomposição, mas as perdas acumuladas na ocupação durante o ano ainda são muito significativas”, afirma Beringuy.

O maior responsável por esses resultados foi o aumento do trabalho informal, sem carteira assinada (no setor privado e trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores e por conta própria) ou sem remuneração (auxiliam em trabalhos para a família). A taxa de informalidade chegou a 38,8% da população ocupada, o que representa 32,7 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, essa taxa foi de 37,4%. Já o nível da ocupação ficou em 48%, ou seja, apesar do aumento de 0,9 ponto percentual frente ao trimestre anterior (47,1%), menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado aumentou 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a 9,5 milhões. Já o contingente dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ cresceu em 918 mil no trimestre encerrado em outubro. “Esses dois contingentes são importantes no trabalho informal. Dessa expansão da população ocupada de 2,3 milhões no total, 89% são de trabalhadores informais. Isso mostra que essa retomada da ocupação está sendo puxada pelo trabalhador informal, principalmente o trabalhador sem carteira do setor privado e o conta própria sem CNPJ”, diz a especialista do IBGE.

A pesquisa do IBGE também aponta estabilidade do rendimento médio real habitual (R$ 2.529 no trimestre terminado em outubro frente ao trimestre anterior (R$ 2.568), e alta de 5,8% no confronto com o mesmo trimestre de 2019 (R$ 2.391). A massa de rendimento real habitual (R$ 207,9 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 5,3% (menos R$ 11,7 bilhões) em relação ao mesmo trimestre de 2019.

Setores
O crescimento do emprego ocorreu em quatro dos dez grupos de atividades pesquisados pelo IBGE: agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%), Indústria (3%), Construção (10,7%) e Comércio e reparação de veículos automotores (4,4%). Nos demais, o cenário foi de estabilidade. Já em relação ao mesmo trimestre de 2019, a ocupação recuou em oito das 10 atividades: Indústria (-10,6%), Construção (-13,7%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-11,2%), Transporte, armazenagem e correio (-13,4%), Alojamento e alimentação (-28,5%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-4,0%), Outros serviços (-20,4%) e Serviços domésticos (-25,4%). Houve estabilidade na ocupação da agricultura e da administração pública nessa comparação.

A força de trabalho potencial, que inclui pessoas que não estavam nem ocupadas nem desocupadas, mas com potencial para se transformarem em força de trabalho, caiu 14% (ou 2 milhões de pessoas). Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve aumento de 54,9% (4,3 milhões de pessoas). Os desalentados, que são um subgrupo de pessoas da força de trabalho potencial, foram estimados em 5,8 milhões, estável em relação ao último trimestre. No entanto, ao ser comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, o aumento é de 25%.

Correio Braziliense

Polícia deflagra operação para combater prostituição e exploração de adolescentes em Pernambuco

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta quarta-feira (30), a Operação Fim de Festa, com o objetivo de desarticular integrantes de uma organização criminosa suspeitos de praticar prostituição e exploração de adolescentes no Estado.

Segundo a polícia, estão sendo cumpridos nesta quarta-feira quatro mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão domiciliar. Todas as ordens foram expedidas pela Primeira Vara dos Crimes Contra Criança e Adolescente da Capital.

As investigações da operação, sob a presidência do titular da Delegacia de Crimes Contra Criança e Adolescente (Decca), o delegado Geraldo Silva da Costa, tiveram início em agosto de 2017.

Ainda de acordo com a corporação, os suspeitos são investigados pelos crimes de induzimento à prostituição de adolescente, favorecimento à prostituição, manutenção de casa de prostituição, rufianismo (crime de obter vantagem econômica de quem pratica a prostituição) e armazenamento de imagens pornográficas de adolescentes. 

Ao todo, 30 policiais civis participam da deflagração da operação, entre delegados, agentes e escrivães.

Mais detalhes sobre a ação serão divulgados em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, na sede operacional da Polícia Civil de Pernambuco, no Recife.

Folhape

Em dois anos, Bolsonaro esvaziou órgãos que cuidam de questões ambientais, indígenas e agrárias

Cumprindo promessas e indicativos que deu durante a campanha eleitoral de 2018 e em boa parte de sua carreira política, Jair Bolsonaro ampliou de forma expressiva em seus dois primeiros anos de governo um processo de desmonte e esvaziamento dos órgãos responsáveis por cuidar do meio ambiente e das questões indígena e agrária.

Como resultado, paralisia generalizada, embates internos, retrocessos, um ministro sob constante pressão para ser substituído –Ricardo Salles, do Meio Ambiente– e uma coleção de números negativos, o que, entre outras consequências, resultou em uma forte degradação da imagem do país no exterior.

Paralelamente à precarização da infraestrutura e redução de verbas do principal órgão fiscalizador, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o desmatamento e as queimadas deram um salto no país.

A estimativa é a de que mais de 11 mil km2 de florestas tenham sido destruídas na Amazônia Legal de 1º agosto de 2019 a 31 julho de 2020, alta de 9,5% em relação ao período anterior e a maior área desde 2008 (devido ao período chuvoso e de seca, o desmatamento é sempre medido nos 12 meses de agosto de um ano a julho do ano seguinte).

Os dados são do sistema Prodes, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgão que Bolsonaro e Salles procuraram desacreditar quando os primeiros resultados ambientais negativos da gestão foram divulgados, em 2019.

De acordo com dados do projeto Queimadas, também do Inpe, o país encerrou 2019 com 318 mil km² de vegetação consumida pelo fogo nos seis biomas, aumento de 86% em relação ao anterior. Em 2020, o Pantanal atingiu o recorde histórico de 22 mil focos de incêndio, 13 vezes mais do que em 2018. Os focos na Amazônia Legal também são os maiores desde 2010.

Um dos alvos preferenciais de ataque de Bolsonaro, o Ibama sofreu corte de verbas para 2021 (4%), sendo que um terço do orçamento está condicionado a aprovação do Congresso.

Sofre, ainda, crescente abalo em sua função fiscalizatória. A aplicação do instrumento mais eficaz para barrar o desmatamento, os chamados termos de embargo, despencou 60% nos seis primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, que já havia diminuído em relação a 2018.

“Na verdade eles puseram [no comando do Meio Ambiente] uma pessoa ideal para promover o desmonte”, afirma Elizabeth Eriko Uema, secretária-executiva da Ascema (Associação Nacional dos Servidores de Meio Ambiente), que em setembro publicou o levantamento “Cronologia de um desastre anunciado: Ações do governo Bolsonaro para demontar as políticas de meio Ambiente no Brasil”.

“Ele [Salles] retirou dos orgãos ambientais a autonomia e a possibilidade de atuar concretamente. Na verdade, o que a gente avalia é que o um projeto de destruição mesmo, intervenção dentro dos órgãos, assédio institucional, dificuldades burocráticas”, diz Elizabeth.

O Ministério Público Federal já reuniu cinco tentativas de afastar Salles do cargo, mas o relator dos pedidos no Tribunal Federal da 1ª Região, Ney Bello, negou os pedidos. Em julho, ação civil pública movida por 12 procuradores da República acusou Salles de “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente” por meio de ações normativas, orçamentárias, de fiscalização e transparência.

Um dos elementos citados foi a reunião ministerial em que Salles fala em aproveitar as atenções voltadas à pandemia do corovavírus para “passar a boiada” na flexibilização das normas ambientais e de outras áreas reguladas por decretos, portarias e resoluções – sem necessidade de aprovação do Congresso.

Levantamento da reportagem em parceria com o Instituto Talanoa mostra que em março e maio deste ano o governo acelerou a publicação de atos sobre meio ambiente –foram 195 atos no Diário Oficial contra 16 do mesmo período de 2019.

“É um acúmulo em série de vários resultados negativos bastante expressivos”, diz Suely Araújo, especialista sênior em políticas públicas do Observatório do Clima, que presidiu o Ibama no governo de Michel Temer (2016-2018).

Ela cita a elevação do desmatamento, das queimadas, dos gases de efeito estufa e o desmonte dos órgãos de fiscalização como alguns dos dados mais preocupantes. Destaca também o esvaziamento do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), que teve cerca de 80% de sua composição cortada, em prejuízo de ONGs e estados, colocando o órgão sob controle do governo.

Ela ressalta que o estrago só não foi maior devido à resistência do Congresso e do Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal, acionado por diversas vezes por organizações da sociedade civil, em conjunto com partidos de oposição.

Em uma das últimas decisões da Justiça, por exemplo, a ministra Rosa Weber, do STF, concedeu uma liminar derrubando a decisão de Salles que permitia a exploração de mangues e restingas do país. A ação havia sido apresentada pela Rede Sustentabilidade

Assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), Alessandra Cardoso reforça: “Salles e o governo conseguiram passar muitos bois alterando medidas infralegais, mas acho que a resistência em suas variadas formas e instâncias foi Importante para reduzir o tamanho do desmonte”.

Segundo ela, “o governo conseguiu em dois anos perder o controle sobre o desmatamento, estimular a grilagem, arruinar sua credibilidade perante a comunidade internacional e gerar insegurança jurídica quanto a sua capacidade de cumprir as leis e acordos internacionais em matéria ambiental e climática”.

Na questão indígena e na refoma agrária o quadro se repete. Não houve nenhuma terra indígena identificada, declarada (autorizada a ser demarcada fisicamente) ou homologada em 2019 e 2020. No governo Michel Temer, que até então detinha a pior marca, houve três terras declaradas e uma homologada.

‘No que depender de mim, não tem mais demarcação de terra indígena’, disse o já presidente eleito no final de 2018.

Em 2020, o Ministério Público Federal encaminhou manifestação ao Congresso pedindo a recomposição das verbas do órgão.

O Inesc aponta que o leve aumento nominal do orçamento da Funai de 2021 (R$ 649 milhões) nem de longe remedia as perdas dos últimos anos (em 2013 o orçamento era de R$ 870 milhões). Além disso, o percentual do orçamento que depende de aprovação de crédito suplementar pelo Congresso subiu de 20% para 52%, aumentando as chances de não ser executado.

“A gente precisa considerar que a Funai já está passando por um estrangulamento orçamentário há muito tempo, que não é uma obra específica do governo Bolsonaro, mas que obviamente quando Bolsonaro assume esse estrangulamento se torna um processo muito mais acentuado, de guerra declarada mesmo”, afirma Leila Saraiva, assessora política do Inesc.

Ela aponta o alto número de militares e de policiais em postos de comando –22 dos 39 coordenadores regionais–, sem relação conhecida com as políticas indigenistas e muitos sem experiência de gestão pública, além da ausência de relação prática entre a Funai e o Ministério da Justiça, a quem o órgão está formalmente vinculado.

Ao assumir Bolsonaro tentou passar a Funai para a pasta da Agricultura e, depois, para a da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandada pela pastora evangélica Damares Alves, mas o Congresso barrou a medida.

Na reforma agrária, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) homologou apenas 5.409 famílias de processos antigos de regularização, o pior desempenho de um governo desde pelo menos Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Centenas de processos estão paralisados desde 2019 e a proposta de orçamento para 2021 praticamente reduz a zero a verba de algumas das principais ações destinadas a sem-terra e a melhorias dos assentamentos.

Para o Reconhecimento e Indenização de Territórios Quilombolas, o orçamento que em 2013 era de R$ 48 milhões foi pulverizado para R$ 330 mil em 2021.

“Em 2016, com o golpe [impeachment de Dilma Rousseff], houve paralisia total. Com a entrada do Bolsonaro houve um regresso total, um verdadeiro desmonte do programa nacional de reforma agrária”, diz Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra).

A reportagem procurou e enviou perguntas ao Palácio do Planalto, ministério do Meio Ambiente, Ibama, Incra, ICMBio e Funai.

Só a Funai respondeu. O órgão disse que a atual gestão não é contra demarcações, mas sim contra “irregularidades nesses processos praticadas por gestões anteriores” e que já gastou R$ 36 milhões com regularizações pendentes de áreas já demarcadas.

Diz ser ainda necessário considear as restrições de campo no período da pandemia e que a fatia do orçamento condicionada a aprovação pelo Congresso é similar aos demais órgãos da Administração Federal.

Folhapress

PE: ano letivo de 2021 começará em 3 de fevereiro nas escolas estaduais

O ano letivo de 2021 da rede estadual de ensino em Pernambuco começará em 3 de fevereiro. A data consta em portaria da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) publicada na edição desta quarta-feira (30) do Diário Oficial do Estado.

O texto da normativa elenca fatores como responsabilidades da infraestrutura das unidades escolares, que deverão ter “padrão básico de funcionamento com vista à organização, limpeza e manutenção dos ambientes escolares”, além de deliberar sobre a manutenção do mínimo de 200 dias letivos.

O primeiro semestre letivo deverá ser encerrado no dia 5 de julho. Já o segundo semestre está marcado para começar em 22 de julho e acabar em 21 de dezembro.

Ao longo do calendário acadêmico, a SEE prevê encontros das famílias dos estudantes com as escolas nos dias 11 de fevereiro e 19 de agosto, datas próximas ao início de cada semestre.

A rede estadual possui 1.060 escolas distribuídas por todos os municípios de Pernambuco e atende aproximadamente 580 mil estudantes.

As férias do ano letivo de 2020 para os estudantes serão entre 4 de janeiro e 3 de fevereiro.

Veja datas do calendário escolar
Formação continuada/planejamento: 03/02/2021
Ação Protagonista de Acolhida ano 2021: 03/02/2021
Início do ano 2021: 03/02/2021
Encontro Família/Escola: 11/02/2021
Formação continuada/planejamento: 12/05/2021
Reunião de pais e mestres: 20/05/2021
Término do 1º Semestre: 05/07/2021
Recesso escolar: 06/07/2021 a 20/07/2021
Formação continuada/planejamento: 21/07/2021
Início do 2º Semestre: 22/07/2021
Reunião de pais e mestres: 06/08/2021
Reunião de pais e mestres: 24/09/2021
Encontro Família/Escola: 18/08/2021
Reunião de pais e mestres: 24/11/2021
Término do Ciclo 2020/2021: 21/12/2021
Novas oportunidades de aprendizagens e recuperação final: 22/12/2021 a 28/12/2021
Organização escolar, término das atividades escolares e autoavaliação com os profissionais das escolas: 29/12/2021 e 30/12/2021

Matrículas
O processo de matrícula nas escolas da rede estadual acabam nesta quarta-feira. Todo o cadastro deve ser feito pela internet, através do site Matrícula Rápida.

Os responsáveis pelo aluno cadastrados devem efetivar a matrícula presencialmente na escola escolhida entre 4 e 15 de janeiro de 2021. Neste momento, deve ser entregue a documentação.

Segundo a secretaria, as vagas não confirmadas retornarão para o sistema de cadastro e poderão ser preenchidas entre os dias 18 e 22 de janeiro. Os responsáveis pelo cadastro nesta fase devem efetivar as matrículas presencialmente nas escolas entre os dias 25 e 29 de janeiro.

Folhape

Sequestrador é preso em flagrante no Agreste; vitíma é libertada sem ferimentos

Um homem suspeito de sequestrar uma vítima na PE-160, no distrito de Poço Fundo, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, foi preso em flagrante por policiais do 24º BPM, no início da tarde desta terça-feira (29).

De acordo com a Polícia Militar, o efetivo foi acionado após uma série de denúncias chegarem à Central de Operações do batalhão sobre um suposto sequestro que estava acontecendo por volta das 8h na rodovia estadual.

Segundo o comandante do 24°BPM, Major Roque, que estava à frente das buscas, a vítima foi abandonada pelos sequestradores ainda no distrito de Poço Fundo. “Estávamos realizando as buscas e nos deparamos com um homem pedindo socorro. De acordo com o réfem, dois sequestradores teriam o abordado na estrada e iniciado o sequestro, mas logo depois teriam desistido e empreendido fuga com o veículo que estava em posse da vítima”.

Diante da informação foi montada uma força tarefa com o efetivo da Unidade para localizar os suspeitos. No entanto, apenas no início da tarde, os policiais conseguiram localizar um dos sequestradores , em Jataúba, também no Agreste do Estado.

Com o suspeito foi apreendida uma pistola .40. Após a prisão, a ocorrência foi conduzida para e delegacia de Santa Cruz do Capibaribe para que sejam tomadas as providências cabíveis.

Folhape

Alceu Valença diz ter sido assintomático para Covid-19

Em um ano marcado pelo impacto da Covid-19 na música, o pernambucano Alceu Valença declarou ter sido assintomático para o coronavírus. Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (29), o cantor explicou que ele e a família, apesar dos cuidados do isolamento, se infectaram com o vírus, mas que não possuem carga viral nos corpos.

“No decorrer ano, fiz algumas lives e gravei 33 músicas que me acompanharam, diariamente, junto ao meu violão, nessa quarentena. Todas as vezes que precisei trabalhar, fiz exames. Resultados sempre negativos. Recentemente, nos submetemos a novos exames e constatamos que, apesar de todo o cuidado possível, fomos contaminados de forma assintomática. Já não temos o vírus e adquirimos anticorpos.”, disse Valença em um dos trechos.

Conscientização

O cantor também enfatizou a importância dos cuidados com a pandemia. “Tivemos muita consciência da gravidade da pandemia e, mesmo assim, fomos contaminados. Apesar da imunidade, continuarei recluso, usando máscara ao sair de casa e evitarei qualquer aglomeração. Responsabilidade social é fundamental para ultrapassarmos essa fase tão difícil. Desejo a todos um feliz ano, mais solidário e esperançoso. Já, já, chegará a vacina, guilhotina, navalha, para degolar o Corona canalha.”, finalizou o post.

Folhape