Para Humberto, Dilma fez discurso histórico contra condenação injusta

Depois de recepcionar a presidenta Dilma Rousseff na entrada do Senado Federal na manhã desta segunda-feira (29), onde ela ganhou flores e gritos de apoio, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), assistiu atentamente aos mais de 40 minutos do discurso de defesa da presidenta no plenário e o classificou como histórico.
“Dilma foi contundente, verdadeira e teve a humildade e a coragem de se defender de um processo absolutamente inconstitucional, liderado por setores da elite nacional”, afirmou Humberto.
Para o senador, que defendeu no plenário o direito de liberdade de expressão de Dilma perante o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski,  a chefe do Poder Executivo brasileiro mostrou aos parlamentares, que irão julgá-la nesta semana na etapa final do impeachment, que todo o processo de seu afastamento é resultado de uma trama com todas as características de golpe de Estado,
Dilma lembrou que o procedimento foi iniciado a partir de uma chantagem explícita feita pelo então presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) – afastado do mandato pelo STF após ser considerado “delinquente”.
“A presidenta Dilma foi corajosa ao vir ao Senado e pedir a nós, parlamentares, que votem pela democracia para fazer justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu ato ilegal, na vida pessoal ou funções públicas que exerceu. Ela reiterou que jamais haverá justiça na sua condenação, pois o processo está marcado por clamoroso desvio de poder, que explica absoluta fragilidade das acusações”, afirmou Humberto.
Segundo o senador, diante de um plenário lotado, que contou com a presença do ex-presidente Lula e do compositor Chico Buarque na galeria, Dilma foi contundente, verdadeira e transparente ao trazer tantos temas caros à sua vida, inclusive pessoal, aos brasileiros. Ela chegou a se emocionar em alguns momentos, principalmente quando lembrou que superou uma doença grave (câncer) e foi torturada na ditadura por militares quando lutava por democracia.
“A presidenta ressaltou que arquitetaram a sua destituição, independentemente da existência de fatos que pudessem justificá-la perante a nossa Constituição. Estamos a um passo de uma grave ruptura institucional, a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de Estado. Ironia da história? Respondeu que não. Trata-se de ação deliberada que conta com o silêncio cúmplice de setores da grande mídia brasileira”, disparou.
O líder do PT no Senado observou que os senadores serão lembrados para a história pelas decisões que irão tomar sobre o impeachment de Dilma. De acordo com o parlamentar, como disse a presidenta, cedo ou tarde, todos acabarão pagando perante a sociedade e a história o preço do seu descompromisso com a ética.
Humberto está inscrito para fazer perguntas à presidenta na sessão desta segunda-feira. Dilma deve acabar de responder aos questionamentos dos senadores na noite de hoje.

“Não me condene antes da hora”, diz Dilma a Aníbal

dilma 22

Dilma criticou o posicionamento do senador José Aníbal (PSDB-SP) e sua atuação “como juiz” no processo de impeachment.

“Espero que o senhor tenha em relação a esse processo uma posição de imparcialidade, e que o senhor não me condene antes da hora”, afirmou.

Ela lamentou que Aníbal “não cumpra os mínimos princípios do devido processo legal”, que, segundo Dilma, “assegura o devido direito de defesa”.

“Não pretendo transferir as minhas responsabilidades, mas peço que não transfira as tuas”, afirmou. “A história do rito não basta, senador. É preciso que o rito formal seja seguido, mas é imprescindível que o conteúdo também seja objeto da maior consideração. E lamento que para o senhor não tenha sido”.

Presidente diz defender reforma tributária

Em resposta ao senador Armando Monteiro Neto, Dilma voltou a criticar o congelamento do teto de gastos públicos, sugerido pela equipe de Michel Temer.

“Nós acreditamos que a fase de ajuste de curto prazo não tem mais fôlego, que era fundamental agora procurar fazer as reformas necessárias ao país”, disse.

Assim como o ex-ministro, a presidente afastada defendeu uma revisão do regime fiscal. “Este é um país que tem uma estrutura tributária altamente regressiva. Ou seja, paga mais, que menos tem. Paga menos quem mais tem.”

Ela comparou Brasil à Eslovênia, que, “salvo engano, não tributa lucros e dividendos”.

“Lembro aos senhores que estava previsto que em 2015 teríamos US$ 5 bilhões de saldo comercial, e chegamos a US$ 19,7 ou US$ 19,6 bilhões de saldo comercial”, disse. “Este ano estávamos prevendo chegar de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões de saldo comercial. Temo que essa política cambial em operação no Brasil, que valorizou novamente o real, impeça esse fato”.

Dilma: Quem interrompeu programas foi Governo interino

O senador Cidinho Santos (PR-MT) perguntou à Dilma Rousseff se ela não tinha conhecimento da “gravidade da situação” em que a economia brasileira se encontrava antes de ser reeleita.

Também questionou por que a presidente “propôs um programa de governo [em 2014]” e executou um “totalmente contrário ao que se propôs” após a posse.

Na resposta, Dilma errou o nome do senador, chamando-o de “Cidinho Campos”.

“Acho que o senhor está mal informado”, afirmou a presidente ao senador. “Nós não só mantivemos o Minha Casa, Minha Vida, como entregamos inúmeras que estavam em construção.”

Ela disse que não ela, mas o governo provisório foi responsável por interromper parte de programas sociais, como Pronatec, Ciência Sem Fronteiras e faixas do Minha Casa Minha Vida.

Dilma afirmou ainda que foi criticada por manter alguns desses programas e não ter enxugado despesas em no meio do ano. “Eu não contingenciei porque se contingenciasse não sobrava meio programa social”, afirmou.

Previsão é que fase atual termine às 23h

O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirmou que a fase de perguntas à presidente afastada Dilma Rousseff deve acabar por volta das 23h.

Até o momento, 34 senadores inscritos para perguntas ainda vão se pronunciar. O senador Cidinho Santos (PR-MT), que fala agora, é o 18º a fazer questionamentos nesta segunda (29).

Chico é alvo de tietagem

chico

Um dos aliados de Dilma Rousseff que passou no Palácio do Alvorada na manhã desta segunda-feira (29) – antes de a presidente afastada ir ao Senado depor no julgamento final do processo de impeachment – relatou ao Blog que se deparou com um ambiente ameno, de confiança e “tietagem”. Segundo este interlocutor de Dilma, o único movimento fora do script – e que chamava a atenção –, era o assédio ao cantor e compositor Chico Buarque, que viajou a Brasília para acompanhar no plenário, como convidado da petista, a sessão de julgamento. Ex-ministros do governo Dilma e outros aliados tiraram fotos com o músico e elogiaram o trabalho e a posição política do artista. No Senado, Chico acompanhou o discurso inicial e o interrogatório de Dilma ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio ao interrogatório, senadores dilmistas subiram à galeria para tirar fotos com o cantor e compositor.

Após discursar por 46 minutos, Dilma denunciou, durante o interrogatório, que é vítima de um “rotundo golpe”. Na manifestação inicial, ela havia se emocionado duas vezes. Em uma delas, ao citar torturas que sofreu na ditadura, ela criticou adversários políticos, como o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB). Entre os convidados de Dilma no Senado está a ex-ministra da Secretaria da Política para Mulheres Eleonora Menicucci. Na ditadura, ela ficou presa na mesma cela de Dilma.

Contrato de Prestação de Serviços da Iluminação Pública será prorrogado

A Secretaria de Gestão e Serviços Públicos prorrogará por mais 60 dias, como preconiza a lei, o contrato de prestação de serviços de manutenção e reforma do sistema de iluminação pública de Caruaru que seria concluído no próximo dia 25 de setembro, tendo agora como prazo final 25 de novembro.

O período será suficiente para conclusão e publicação do próximo Edital de Concorrência. Atualmente, a Secretaria tem atendido 95% das solicitações da zona urbana em até três dias úteis (72h). No período máximo de 30 dias, os reparos e serviços na zona rural também serão atendidos neste prazo.

Para auxiliar na melhoria destes serviços, a Secretaria lembra que a população deve utilizar os canais de atendimento oficias pelos números 3701-1455 ou 3727-2248 para efetuar as solicitações, somente desta maneira é possível realizar os reparos dentro do prazo. É de fundamental importância informar o endereço correto, barramento do poste e pontos de referência.

Ruas do Alto da Boa Vista recebem Operação Tapa Buracos

3

Em Gravatá, os serviços da Operação Tapa Buracos não param. O trabalho, que ocorre por meio de uma parceria firmada entre a Prefeitura de Gravatá e o Governo do Estado, irá beneficiar 229 ruas de diversos bairros da cidade. Ao todo, cinco mil metros lineares de calçamento serão reconstruídos nas vias públicas.

Na manhã desta segunda-feira (29), o gestor de Gravatá, Mário Cavalcanti vistoriou os trabalhos nas ruas da Paz e São Sebastião, ambas no bairro Alto da Boa Vista. “A ação é um desejo antigo dos moradores de Gravatá que sofrem com tantos buracos nas ruas. Os trabalhos começaram no início do mês e eu faço questão de ver de perto o andamento dos serviços. Pelas ruas que passamos, pedimos o apoio dos moradores para que sejam pacientes e evitem passar com carros e motocicletas nos locais onde os buracos foram tapados. É preciso aguardar a cura do concreto para a liberação da via”, enfatizou.

Do total de cinco mil metros lineares que serão contemplados em toda a operação, até a última sexta-feira (26), 1.200 metros de calçamentos foram reconstruídos. De acordo com o engenheiro responsável pela operação, Dayvson Ribeiro a meta para esta semana é recuperar mais 800 metros. “Estamos empenhados para a conclusão desta operação em Gravatá. A nossa equipe receberá um reforço para adiantar ainda mais os serviços”, destacou.

Iniciado no dia 08 de agosto, a ação irá contemplar um total de 229 ruas, no prazo de 90 dias. Os serviços estão orçados em R$ 650 mil. A verba para a realização da Operação Tapa Buracos é proveniente da Emenda Parlamentar nº 140 / 2016, do Deputado Estadual Waldemar Borges. A ação priorizará não somente os corredores com maior intensidade de tráfego, mas, também, localidades da periferia.

Parques ambientais ganham novos brinquedos

IMG_5586

Quatro dos cinco parques ambientais de Caruaru estão de cara nova. Novos brinquedos foram instalados nos locais para a alegria da criançada. São gangorras, balanços, escorregos e casinhas, que deixarão o passei muito mais divertido. “Apesar de passar por manutenção toda semana, os parques estavam precisando de novos brinquedos, pois o fluxo de crianças nos parques é intenso e temos sempre que renovar os equipamentos, tanto para o visual quanto para a segurança”, explica Guilherme Guerra, superintendente de Meio Ambiente.

O trabalho de manutenção dos parques Rendeiras, Baraúnas, Severino Montenegro e São Francisco é realizado todas as segundas, e a cada 90 dias existe vistoria em equipamentos de ginástica e brinquedos.

Dilma dará o tom, dizem senadores de Temer

Portal G1

Senadores da base governista se reuniram na manhã deste domingo (28) para definir a estratégia a ser adotada durante a participação nesta segunda-feira (29) da presidente afastada Dilma Rousseff no julgamento do processo de impeachment no Senado.

Dilma terá 30 minutos para fazer um pronunciamento em defesa própria, tempo que poderá ser estendido a critério do presidente da sessão, o ministro Ricardo Lewandowki, do Supremo Tribunal Federal (STF). Depois do discurso, a presidente afastada receberá perguntas do senadores, às quais poderá responder ou não.

Ao chegar para o encontro neste domingo, no gabinete da liderança do PSDB no Senado, o senador Aécio Neves (PDSB-MG), presidente nacional do partido, disse que os questionamentos à presidente afastada serão respeitosos, mas que, se ela subir o tom nas respostas, os senadores favoráveis ao impeachment farão o mesmo.

“O interesse em radicalizar e polemizar é da própria presidente da República. Obviamente, se ela, na nossa avaliação, errar no tom, as nossas respostas serão no mesmo tom. Estamos preparados

Aécio disse ainda que o momento não é de “festa” e que se trata de um processo que deixa “traumas” tanto no Congresso quanto na sociedade, mas que está confiante de que será uma “sessão histórica”.

“Obviamente, ela dará o tom. Esperamos que seja um tom à altura desse momento difícil por que passar o Brasil. Não é um momento de festa, nem para aqueles que apoiam o impeachment. Sabemos que um processo como esse deixa traumas, não apenas no Congresso, mas na própria sociedade”, disse.