07 de setembro: 24 estados e DF protestam contra Temer

Do Portal G1

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Manifestantes realizaram atos contra o presidente Michel Temer em ao menos 24 estados e no DF ao longo desta quarta-feira (7), Dia da Independência. Em alguns locais, os protestos foram realizados durante o Grito dos Excluídos, ato tradicionamente realizado por movimentos sociais no 7 de Setembro.

As manifestações ocorriam em Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe, além de DF.

Até as 18h45, cerca de 171 mil pessoas participavam dos atos segundo os organizadores e 3 mil pessoas de acordo com a Polícia Militar. Quarenta e três cidades registravam manifestações até o horário.

O maior ato contra Temer era registrado às 16h em Salvador (BA) – a organização diz que 100 mil pessoas participavam do ato e a Polícia Militar não tinha informações sobre o número de pessoas. As demais manifestações até esse horário, entretanto, eram bem menores, com algumas dezenas de pessoas participando.

No Rio de Janeiro, um homem vestido de Homem Aranha foi detido após uma discussão. Ele teria respondido a provocações de estudantes de um colégio militar e agredido um deles com um brinquedo de borracha. No DF, um manifestante foi detido após agredir um repórter. Nas demais localidades, não houve registro de confusão.

SP tem protesto após desfile de 07 de Setembro

Da Folha de São Paulo

Manifestantes protestam contra o presidente Michel Temer na tarde desta quarta (7), após desfile de Sete de Setembro. Grupo caminha na avenida Brigadeiro Luis Antônio, em direção à avenida Paulista.

Mais cedo, Temer foi recebido aos gritos de “Fora, Temer” por parte da arquibancada que acompanhava o desfile de 7 de Setembro em Brasília.

Temer dispensou o carro aberto e chegou num veículo presidencial fechado, acompanhado da mulher, Marcela. O presidente não usou a tradicional faixa presidencial.

Ao subir à tribuna, o público de parte de uma arquibancada perto da tribuna das autoridades passou a gritar “Fora, Temer”.

O protesto foi ouvido da tribuna e de outras arquibancadas ao redor do desfile. Pouco depois, um outro grupo reagiu aos gritos de “a nossa bandeira jamais será vermelha”.

Seguranças da Presidência nas arquibancadas mais próximas às tribunas disseram que estaria proibida qualquer manifestação de cunho político. Um homem com um adesivo escrito “Fora Temer” colado na camiseta foi obrigado a retirar o adesivo, segundo as autoridades.

FHC prevê prisão de Lula e admite fim do PSDB

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos principais articuladores do golpe de 2016, admite que seu próprio partido, o PSDB, é parte da “velharia da política”. “Parece, infelizmente me parece [que PSDB e PT integram a velharia]”, disse.

“Infelizmente, nós não fomos capazes de superar esses entraves enormes, que eu chamo de atraso. Não é direita e esquerda. É outra coisa, é cultural. São pessoas que querem tirar proveito do Estado”, comentou, em entrevista ao jornalista Josias de Souza, do portal UOL, publicada nesta quarta-feira 7.

Sobre o ex-presidente Lula, ele diz não acreditar na versão do petista sobre o sítio em Atibaia e o apartamento no Guarujá. “É difícil colar”, diz FHC. “É difícil porque houve uso reiterado dos bens. É claro que a Justiça vai ter que provar. Às vezes não é fácil provar”, acrescenta.

Recentemente, o tucano foi acusado pela ex-amante, Miriam Dutra, de ter apartamentos em Paris e Nova York, além de uma fazenda em Minas, em nome de um laranja.

Ele prevê ainda a prisão de Lula. Em sua opinião, há dúvida de que “há o risco” de Lula ser remetido à cadeia. “Risco não só para ele, para todos nós, pelas consequências disso”, afirma.

A eventual prisão de Lula, segundo FHC, será “uma questão delicada do ponto de vista político”. “Imagino que os procuradores e os juízes estão numa situação complicada, porque eles têm a lei. Se houver fatos, o que o juiz vai fazer?”, questiona.

O ex-presidente prevê no Brasil o surgimento de um populista como Donald Trump. “Pode [surgir um Trump], porque a descrença nos partidos é muito ampla, sobretudo nos mais jovens”, afirma. “Há uma desconexão. É mundial. Para dizer de uma maneira mais genérica: a democracia representativa liberal está em crise porque não há mais essa conexão entre classe, partido e poder”.

Ministro Eliseu Padilha ironiza protesto

Do Portal G1 

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (7), após o desfile de 7 de Setembro, em Brasília, que não há democracia sem manifestações e minimizou os protestos que partiram das arquibancadas em frente ao palanque oficial.

Ao chegar ao palanque para dar início ao desfile, o presidente Michel Temer foi recebido com gritos de “Fora, Temer” e “golpista” por uma parte do público e com aplausos por outra parte, que reagiu gritando “Fora, comunistas” e “Nossa bandeira jamais será vermelha”.

“Dezoito pessoas em 18 mil. A dimensão está boa”, respondeu Padilha ao ser indagado sobre a dimensão da manifestação de uma parcela da arquibancada.

Para o ministro, a democracia implica liberdade para protestos. “Vocês já ouviram falar em democracia em que não haja liberdade de manifestação? A mim, não surpreendeu absolutamente nada”, afirmou.

Ao final do desfile, quando Temer desceu do palanque para se dirigir ao carro oficial, um grupo entoou o coro “Golpistas, fascistas, não passarão”

De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, o público das arquibancadas situadas em frente ao palanque oficial era formado por convidados do Palácio do Planalto. Todos os servidores do palácio têm direito a convites, sem triagem prévia, somente com o fornecimento de nome e foto do convidado por razões de segurança, informou a assessoria.

O evento do 7 de Setembro foi a primeira aparição pública de Temer depois de ter sido empossado presidente após o impeachment de Dilma Rousseff. Logo depois da posse, no último dia 31, ele viajou para a China, onde participou do encontro de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e chegou de volta ao Brasil nesta terça-feira (6).

Grito dos Excluídos se une contra Temer no Recife

Do Portal G1 PE

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A 22ª edição do Grito dos Excluídos, neste 7 de setembro, se uniu ao ato “Fora temer – Recife contra o golpe”, promovido pelo grupo Organização Diretas Já, e reúne milhares de manifestantes nas ruas da área central da cidade. A concentração começou por volta das 9h, na Praça do Derby. Perto das 11h, a marcha teve início, tendo como destino final a Praça da Independência.

Vários manifestantes seguram cartazes e faixas contra o presidente Michel Temer. Um participante se fantasiou como o ex-presidente Lula e chamou atenção de quem passava. Também há na marcha gente envolvida com a bandeira do Brasil. Um enterro simbólico da democracia foi realizado por participantes que vestiam preto, simbolizando o luto.

Durante a passagem da marcha, várias vias da área central da cidade foram fechadas pela manifestação. O percurso inclui as avenidas Agamenon Magalhães, Governador Carlos de Lima Cavalcanti e Conde da Boa Vista. De acordo com a CUT, o protesto reúne 20 mil pessoas. A Polícia Militar não vai divulgar estimativa de público.

7 de setembro com gritos de “Fora Temer” em Brasília

Michel Temer foi surpreendido com gritos de “Fora Temer” e “golpista” na abertura do desfile militar de 7 de Setembro nesta manhã, em Brasília, em seu primeiro evento público após ser efetivado na presidência da República, há exatamente uma semana.

Os gritos partiram do público posicionado em uma das arquibancadas cobertas próxima ao peemedebista, onde os convidados são selecionados. A manifestação aconteceu quando Temer chegava à tribuna de honra, de onde assiste ao evento ao lado da esposa, Marcela Temer, e autoridades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

O desfile foi oficialmente aberto por Temer às 9h15 desta quarta-feira. Temer não usa faixa presidencial neste quarta, como segue a tradição, e com medo de protestos, não se deslocou para a tribuna no Rolls-Royce conversível do Planalto, usado em ocasiões especiais, mas sim em um carro fechado.

O feriado da Independência, quando tradicionalmente acontece o Grito dos Excluídos, promete manifestações em todo o País contra o impeacment, o governo de Michel Temer, a retirada de direitos e em defesa da democracia.

Reencontro marcado

 Folha de S.Paulo

A Polícia Federal e o Ministério Público começaram a abrir a caixa-preta dos fundos de pensão. Os investigadores terão muito trabalho pela frente. Pelas estimativas iniciais, o rombo deixado pelo esquema pode alcançar os R$ 50 bilhões.

O dinheiro pertencia a servidores de estatais como Petrobras e Correios. Por anos a fio, eles fizeram depósitos para garantir uma aposentadoria tranquila. Agora descobrem que as economias foram torradas em negócios “temerários” ou “fraudulentos”, segundo os investigadores.

À primeira vista, a Operação Greenfield ameaça rivalizar com a Lava Jato. Na estreia, bloqueou R$ 8 bilhões e listou 78 investigados. Alguns personagens do petrolão ressurgem no novo escândalo, como o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e o ex-tesoureiro petista João Vaccari.

Entre as 38 empresas sob suspeita aparecem grandes bancos e a holding da JBS, a maior financiadora de campanhas políticas em 2014. Até quatro meses atrás, seu conselho de administração era presidido pelo doutor Henrique Meirelles. Nesta terça, o ministro evitou comentar a operação e disse que “ainda vai se informar do que está acontecendo”.

Quem buscou se informar nos últimos anos sabe que os fundos sofreram forte interferência política nos governos petistas. O PT dominava a Petros (Petrobras) e a Funcef (Caixa Econômica Federal), e o PMDB dava as cartas no Postalis (Correios).

O primeiro relatório da operação descreve a existência de um “núcleo político” que atuava “de forma mais obscura e, em geral, sem deixar muitos rastros”. Quando seus protagonistas forem identificados oficialmente, o caso deverá subir ao Supremo Tribunal Federal.

“Investigação é fio de novelo, vai puxando e vamos ver o que vem”, disse nesta terça (6) o procurador Rodrigo Janot. Quando este novelo for puxado, teremos uma situação curiosa: separados pelo impeachment, políticos do PT e do PMDB devem se reencontrar no banco dos réus.

Humberto defende aumento a advogados públicos para beneficiar os mais pobres

Com o apoio do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e da bancada do partido, o Senado aprovou e mandou à sanção presidencial o projeto de lei que reajusta os vencimentos de servidores da Defensoria Pública da União (DPU). A proposta estabelece um crescimento gradual anual para os funcionários do órgão, considerado fundamental por Humberto no trabalho de auxílio às pessoas mais carentes.

O parlamentar considera justa a previsão de aumento dos salários dos mais de 650 advogados públicos, pois “são esses profissionais que têm dado uma sustentação importante à camada mais pobre da sociedade”. Segundo ele, os governos do PT procuraram, desde o início em 2003, implementar no país políticas inclusivas em todos os seus aspectos.

“Não poderíamos deixar de garantir uma política inclusiva também no que diz respeito ao direito da população ao acesso à Justiça”, observou. Da tribuna do plenário do Senado, Humberto ressaltou que os valores foram objeto de negociação com o governo da presidenta Dilma.

Ele explicou que tudo está previsto no orçamento e que nas negociações realizadas tudo foi calculado. “Não é nada que surgiu daqui, nem nada novo, nem nada que não esteja definido dentro da capacidade financeira da União. Então, nós queríamos ressaltar isso”, complementou.

Para o senador, os advogados públicos são os profissionais responsáveis por dar assistência jurídica às pessoas mais pobres. “São eles que precisam, muitas vezes, buscar justiça para preservar ou promover os direitos dos mais carentes, que, só assim, podem dispor desse serviço”, disse.

O senador ressaltou ainda que foi até a DPU de Pernambuco recentemente e teve a oportunidade de conhecer várias pessoas com histórias fantásticas de ganhos justos na Justiça. Humberto ponderou, porém, que o ideal seria fazer com que o povo brasileiro aumentasse a sua renda para não precisar mais de um advogado público.

O Projeto de Lei da Câmara nº 32/2016 estabelece que o defensor público-geral federal, chefe do órgão, receberá um aumento de 8,6%. O maior índice de reajuste (67%) foi aplicado à remuneração da categoria segunda de defensor público, aumentando o respectivo subsídio a partir de 2018.

TSE vai apertar o cerco contra candidatas laranjas

O TSE detectou fraudes no registro de candidaturas de mulheres no país. A Justiça Eleitoral identificou casos de siglas que recorreram a “laranjas” — registrando mulheres sem o consentimento delas — ou ofereceram vantagens financeiras para inflar o número de representantes do sexo feminino. Desde 2009, os partidos são obrigados a ter mulheres em pelo menos 30% dos nomes lançados. A corte pretende apertar o cerco nesta eleição contra legendas que tentam burlar a regra.

Um dos casos sob análise ocorreu em José de Freitas, no Piauí. O TSE determinou que o tribunal regional apure se eleitoras se filiaram a uma sigla diante de promessas de emprego e de aposentadoria e se tornaram candidatas à revelia, em 2012.

Polícia Civil prende assassino de filho de radialista

A Polícia Civil prendeu, na cidade de São João, no Agreste do Estado, Alex André Ramos Criado, 23 anos. O Disque-Denúncia Agreste estava oferecendo recompensa por informações que levassem à prisão do criminoso.
Ele era procurado por homicídio. A vítima, Alceu dos Santos Silva, foi morto no dia 05 de dezembro de 2015, em Caruaru. Desde então, Alex estava foragido.
Havia um mandado preventivo expedido pela Vara do júri da comarca de Caruaru, contra Alex. A prisão foi realizada nessa segunda-feira (05), por policiais civis lotados na 3ª Divisão de Homicídios Agreste, Núcleo de Inteligência e 20ª Delegacia de Homicídios.
A vítima era filho de um radialista policial atuante em Caruaru.