Tucanos pressionam PMDB a assumir liderança do impeachment

Da Folha de S. Paulo

A cúpula do PSDB mandou um recado direto ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) na semana passada, às vésperas de sua viagem à Rússia. Disse que o impeachment da presidente Dilma Rousseff só ocorrerá se o PMDB, principal beneficiário do afastamento precoce de Dilma, assumir a liderança do processo.

Segundo a Folha apurou, a mensagem foi repassada ao vice-presidente por três líderes do PSDB: o senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra (SP).

Aécio falou com Temer no último dia 11, antes de o vice viajar para o exterior. Procurados pela Folha, tanto o senador mineiro como a assessoria de Temer disseram que os dois falaram pelo telefone e que o assunto foi um projeto de lei que permite trocas de partido antes das eleições municipais do próximo ano.

No mesmo dia, à tarde, Temer recebeu Serra em sua residência, em São Paulo. Segundo o senador, eles conversaram sobre a situação econômica e a crise política apenas “genericamente”. Serra e o vice-presidente são amigos.

Aliados de Aécio, FHC e Serra dizem que os três concordam com a ideia de que o PSDB não pode ser o condutor do processo de impeachment, e que o partido só deve assumir posição de protagonismo se for chamado a debater publicamente a situação política e os rumos do país.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, outra liderança influente do partido, também prefere a cautela, segundo aliados. Ele teme que, se o partido não calcular seus movimentos com cuidado, acabe dando à presidente Dilma a chance de se apresentar como vítima diante da crise.

Numa conversa recente com um aliado, Aécio disse que ele e Fernando Henrique estão fechados com essa tese e emendou: “Se nos convidarem para conversar às claras, à luz do dia, não há como negar. Mas não vou, na calada da noite, fazer conversas sobre o desfecho da crise”.

Segundo esse aliado, o senador avaliou que seu partido só terá legitimidade para debater abertamente o suporte a um eventual governo Temer depois que o peemedebista fizer um “pronunciamento firme de que a nação precisa de uma nova fase”.

“Se ele fizer isso, eu e o Fernando Henrique seremos os primeiros a sentar na mesa, porque não jogamos contra o país”, afirmou Aécio, segundo o aliado. Serra, o líder tucano mais próximo de Temer, teria feito a mesma avaliação.

QUEM PISCA

Esse entendimento está orientando a atuação da chamada tropa de choque da oposição, deputados mais jovens que participam mais ativamente do grupo que trabalha para que a Câmara aceite discutir em breve um dos vários pedidos de impeachment apresentados contra Dilma.

Segundo esses deputados, Aécio os tem orientado a continuar ao lado dos que defendem o afastamento de Dilma, “mas nunca na primeira fila”, como disse numa conversa recente com um deles.

Do lado do PMDB, os mais próximos do vice-presidente dizem que não se deve esperar dele nenhum movimento incisivo. “Ele chegou onde chegou sendo cauteloso e não vai mudar”, diz um aliado.

Sempre que é cobrado sobre o assunto, Temer diz que não quer a pecha de conspirador ou golpista. Por isso, alguns dos principais nomes de seu partido no Senado e na Câmara advogam que seja a oposição, em especial Aécio, o principal vetor para deflagrar o afastamento de Dilma.

Aliados do tucano dizem que ele descarta a hipótese. Aécio não vai baixar o tom das críticas ao governo, mas manterá o discurso de que o impeachment, mesmo legal, exige cautela e base jurídica.

Em tom irônico, um parlamentar do PSDB afirmou que “eles não podem esperar que o Michel, sem voto, com o fantasma da Lava Jato rondando o PMDB, ganhe a cadeira sem botar as caras”. Integrantes de outros partidos de oposição, como o DEM, têm a mesma posição.

OPINIÃO: As lições do príncipe

Por MENELAU JÚNIOR

Recentemente, uma nova abordagem de O Pequeno Príncipe chegou aos cinemas. Publicado em 1943, o livro, do escritor e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, ganhou pejorativamente o título de “livro de miss”, numa referência ao fato de ter sido, durante muito tempo, o preferido pelas candidatas a concursos de beleza. Quase um paradoxo: O Pequeno Príncipe é um manual de busca da beleza interior.

Ao longo da obra, Exupéry usa metáforas para falar sobre amor e responsabilidade: “é no deserto que encontramos a verdade”. O Príncipe não representa a infância em que nada faz sentido, mas a que precisa de explicação por meio de perguntas. Na infância criada por Exupéry, tudo tem sentido, mas é preciso buscar.

Imagino que as crianças, que estão ainda com o prazer de ler (por que será que elas perdem depois?), devem conhecer O Pequeno Príncipe. E seria maravilhoso que ele lhes fosse apresentado pelos pais. Sim, os pais deveriam ler a obra para seus filhos. Ler e explicar. Nas páginas supostamente escritas para as crianças, estão lições que os adultos esqueceram. Uma das mais belas, talvez, seja a de que cada pessoa é única no mundo – e por isso especial. É preciso ensinar a nossas crianças que “só se vê bem com o coração, porque o essencial é invisível aos olhos”.

O livro é, em essência, um diálogo entre o príncipe, que veio do planeta B-612, e um aviador. E essa é a grande verdade da história: só aprendemos através do diálogo, da arte de saber ouvir e falar. Do contato com o outro. E de compreendermos também o valor dos silêncios.

Antes de voltar a seu planeta, o menino de cabelos dourados aprende lições como responsabilidade (cuidar de sua flor, porque é sua), solidariedade e amizade (“tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”). Se nossas crianças realmente aprendessem a cuidar de si, dos outros e do mundo, talvez os adultos não fossem tão simplórios. Se aprendêssemos as lições contidas nesse grande livro, provavelmente os campos de trigo fariam sentido para nós. Mesmo que fôssemos raposas.

Até a próxima semana.

menelau blog

 

Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todos os sábados. E-mail: menelaujr@uol.com.br

Greve dos funcionários dos Correios atinge 15 Estados e o DF, diz federação

Da Agência Brasil

A greve dos funcionários dos Correios já atinge 15 estados e o Distrito Federal. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect), 85% dos trabalhadores já aderiram à greve, o que engloba 21 sindicatos. De acordo com a federação, os estados atingidos são: São Paulo, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Rio de Janeiro e Tocantins.

O diretor nacional da Fentect, Rogério Ubine, informou que os funcionários reivindicam 12% de reajuste salarial, mais R$ 200 de reajuste linear, a não alteração do plano de saúde, realização de concurso para a contratação de 17 mil novos funcionários e melhoria da segurança nas agências. “Além disso, queremos que o governo assuma a responsabilidade com relação a um rombo de R$ 5 bilhões no nosso fundo de pensão.”

Ubine ressaltou que a federação está esperando que os Correios abram nova rodada de negociação e faz assembleias diárias em todo o país. Entretanto, ele não soube detalhar onde estão ocorrendo atos, mas disse que as atividades estão sendo organizadas regionalmente em cada sindicato.

O diretor de Imprensa e Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e Zona Postal de Sorocaba (Sintect-SP), Douglas Melo, informou que, dos sete sindicatos paulistas, cinco aderiram à greve. “Já há 80% dos trabalhadores paralisados em toda a área operacional, que inclui carteiros, atendentes, motoristas, motociclistas, operadores de triagem.”

Na manhã de hoje (16), foram feitos atos em dois complexos estratégicos da empresa, um no edifício-sede, no bairro do Jaguaré, e outro na Vila Maria. Outros atos devem ocorrer no decorrer da semana e haverá nova assembleia segunda-feira.

“A empresa ofereceu zero de aumento e bônus de R$ 150 mensais durante 12 meses e quer retirar dependentes do nosso plano de saúde e começar a cobrar mensalidade. Dessa forma, fica inviável qualquer tipo de acordo, sendo que a empresa não quer nem repor inflação no período. Estamos tentando negociar há 60 dias, e a greve foi a última alternativa para conquistar alguma coisa”, disse Melo.

A reportagem visitou duas agências de grande circulação dos Correios na cidade de São Paulo, e o serviço estava normal em ambas. Uma delas funcionava com quadro reduzido de trabalhadores, mas sem comprometimento do atendimento.

De acordo com a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do estado, o consumidor que contratar serviços, como entrega de encomendas e documentos, que não forem prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Em caso de danos morais ou materiais pela falta de prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça.

O Procon-SP informou ainda que, se o consumidor tiver adquirido produtos de empresas que fazem a entrega pelos Correios, estas são responsáveis por encontrar outra forma de entregá-los ao comprador no prazo contratado. Empresas que enviam cobrança por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável para o consumidor, como internet, sede da empresa e depósito bancário.

Entretanto, o Procon-SP alertou para o fato de que não receber a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança não isenta o consumidor de fazer o pagamento. “Se não receber boletos bancários e faturas, por conta da greve, o consumidor deverá entrar em contato com a empresa credora, antes do vencimento, e solicitar outra opção de pagamento, a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos, negativação do nome no mercado ou ter cancelamentos de serviços.”

A Agência Brasil entrou em contato com a direção dos Correios, que, até o fechamento desta matéria, não havia respondido.

Problemas de atenção e processamento de informação causam mais de 60% dos acidentes fatais

A Semana Nacional de Trânsito, promovida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), traz como tema em 2015 “Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito – 2011/2020: Seja você a mudança”. O objetivo é incentivar comportamentos seguros para a redução de acidentes. Durante o período, acontecerão ações de abrangência nacional, como convite à participação de toda a sociedade no esforço para um trânsito mais seguro.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizaram cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países, em 2009. Ainda segundo a organização, as principais causas de mortalidade no trânsito são excesso de velocidade, uso de álcool e condução, falta de uso do cinto de segurança, de dispositivos de segurança para crianças e de capacete por motociclistas. De acordo com informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), “é importante alertar que, para mudar esse quadro, dependemos da mudança de atitude de todos os atores no trânsito (pedestres, ciclistas, passageiros e condutores). O ator do trânsito deve ser tratado como alguém que tem o poder de decidir o seu destino e que é responsável pelas próprias ações e vai sofrer as consequências de suas escolhas”.

Para a especialista Renata Torquato, doutoranda em Psicologia pela Universidade de Oslo, mudar comportamentos no trânsito não é uma tarefa simples. Por isso, para se aumentar a chance de sucesso é necessária uma estratégia que envolva diferentes ações, focadas em aspectos de educação, fiscalização e engenharia. “Depois de delimitar o público-alvo e o comportamento que se pretende mudar ou estimular, é necessário educar e informar os usuários das vias públicas sobre o comportamento em questão, bem como suas consequências. Nessa etapa, pode-se fazer o uso de campanhas, palestras, competições, entre outros”, afirma.

Na opinião da psicóloga, é necessário que se discuta e se cobre das autoridades um planejamento de mobilidade que tenha como premissa os deslocamentos dos pedestres e ciclistas. “A interação entre os diferentes tipos de usuários das vias deve ser pensada, com estratégias que minimizem os conflitos entre os usuários da via, ou as possíveis consequências desses conflitos. A manutenção de um ambiente seguro e favorável para todos os usuários deve ser o ponto de partida para se estimular outros meios de transporte que não sejam motorizados”, sugere.

O gerente de Produtos da Perkons, Ricardo Simões, lembra que há tecnologias que podem coibir o mau comportamento no trânsito. Para ele, a fiscalização é indispensável para que ocorram mudanças de conduta. “As possibilidades de aplicação da tecnologia para desencorajar os comportamentos inseguros no trânsito estão crescendo. Condutas que não eram possíveis de serem medidas, agora podem ser monitoradas por câmeras de videomonitoramento em rodovias e cidades”, conclui.

Fator humano é a principal causa de acidentes

José Aparecido da Silva, psicólogo e professor titular do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, explica que raramente ocorrem problemas mecânicos sérios responsáveis pelos acidentes fatais. Do mesmo modo, o ambiente tem sido otimizado e acidentes dificilmente são provocados por algum fator ambiental. Por outro lado, a ação humana, por envolver fatores cognitivos (inteligência), emocionais-motivacionais e de personalidade são responsáveis por boa parte dos acidentes fatais. “Problemas relacionados ao processo de atenção, tomada de decisão e processamento de informação são responsáveis por mais de 60% dos acidentes fatais. Aliado a isso, fatores de personalidade e cognitivos têm elevado esta porcentagem”, informa.

O professor acredita que é preciso selecionar melhor os motoristas, através de exames de habilitação que realmente possam prever a capacidade dos mesmos em identificarem situações de risco no trânsito. Na Austrália e outras nações europeias, por exemplo, é utilizado o Hazard Perception Test, um simulador com diferentes cenários e situações de trânsito, onde é possível avaliar a capacidade dos motoristas em detectar situações de perigo, considerando percepção, atitudes e velocidade de processamento de informação.

Dicas para um comportamento consciente no trânsito

– Os limites de velocidade devem ser respeitados

– Jamais dirija depois de consumir bebida alcoólica

– Utilize sempre o cinto de segurança. O mesmo vale para todos os ocupantes do veículo

– Fale ao celular somente quando não estiver dirigindo (antes de iniciar a jornada ou durante, se estacionar o veículo em local adequado)

– Não escreva mensagens ou utilize aplicativos no celular quando estiver dirigindo

– Sempre obedeça a sinalização

– Pare para descansar quando estiver cansado ou não estiver se sentindo bem

Governadores defendem CPMF e pedem divisão de recursos

A contrapartida exigida por eles recai sobre a garantia de que a arrecadação seja compartilhada (Foto: ABr)

Da Agência Brasil

Reunidos com parlamentares da base aliada, governadores de seis estados – Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins, Piauí, Alagoas, Ceará – e representantes de Sergipe e do Rio Grande do Sul reiteraram, na Câmara dos Deputados, que são favoráveis à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), como foi proposta pelo governo há dois dias. A contrapartida exigida por eles recai sobre a garantia de que a arrecadação não fique apenas com a União e que o percentual cobrado seja superior ao 0,2% sinalizado.

“Estamos irmanados em defesa da CPMF e pedindo ampliação para 0,38%”, defendeu o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Ele explicou que a proposta dos estados é pelo compartilhamento da contribuição para ser investida nas áreas de seguridade social e saúde. O dinheiro seria dividido igualmente entre estados e municípios. “São os dois grandes gargalos nos estados e municípios, porque retiraram a CPMF e não colocaram nada no lugar”.

Na conversa sobre o pacote econômico com os deputados governistas, Pezão disse que a contribuição só foi derrubada há oito anos porque destinava os recursos exclusivamente para a União. Para ele, “nunca é tarde” para o retorno da CPMF. Pezão disse acreditar que há apoio mesmo entre os governadores de oposição.

Wellington Dias, governador do Piauí, disse que, em conversas com governadores de partidos contrários ao governo, eles reconsideraram posições “a partir do momento em que foi ampliada a discussão para a situação de estados e municípios. “No primeiro momento, o posicionamento era um percentual de 0,2% apenas para União”. Na opinião dele, assim seria difícil aprovar a CPMF.

O governador da Bahia, Rui Costa, engrossou o coro ao considerar o pacote necessário, mas alertou que os estados querem participar das discussões em torno de uma alternativa para a situação econômica. “Precisamos de medidas de curto prazo que nos ajude a atravessar a grave crise fiscal, não importa como foi estabelecida. Esta questão não é partidária, mas de encontrar um marco estrutural para o país”, afirmou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois de uma conversa de uma hora com alguns dos governadores, afirmou que a situação dos estados e municípios “é delicadíssima”. “Se a União está perdendo em arrecadação, os estados e municípios estão perdendo mais fortemente, só que não podem se endividar, emitir títulos; não podem nada. Estão apelando não necessariamente para a CPMF, mas para solucionar o problema deles”, afirmou.

A conversa não o fez mudar de opinião. Cunha continua contrário à contribuição e sequer acredita que, em função dos prazos da Casa para analisar a proposta, vai solucionar o problema no próximo ano. “Com muita boa vontade, se passar, vai entrar em vigor em julho de 2016”, apostou.

O peemedebista garantiu que, se a recriação do imposto avançar, não fará obstrução à apreciação da matéria. “Eu nem posso votar [pelo Regimento]. Nem eleitor eu sou. Tenho minha opinião contrária à CPMF. É um aumento de carga tributária pernicioso porque incide em cascata. Não é cumulativa, então vai em todas as etapas”, explicou, reiterando que o governo deveria fazer um corte real nas contas da União.

Pelos cálculos do parlamentar, 75% dos cortes anunciados são relativos a recursos de “terceiros”. Ele comparou a economia anunciada com os cortes de ministérios às medidas tomadas na Câmara. “Se coloca apenas R$ 2 bilhões de despesas discricionárias, dizendo que R$ 200 milhões é pela redução de ministérios. Só nossa redução de horas extras aqui [na Câmara] vai dar R$ 80 milhões por ano. Ora, 40% do corte de ministérios equivale às horas extras da Câmara? O governo não está fazendo seu sacrifício”, criticou.

Servidores federais anunciam para dia 23 protestos contra medidas fiscais

Da Agência Brasil

A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) anunciou hoje (16) que, em protesto contra as medidas de austeridade fiscal anunciadas pelo governo federal, fará na quarta-feira (23) paralisações em todos os estados. De acordo com a assessoria da entidade, outras 20 entidades sindicais devem participar do movimento, chamado Dia Nacional de Luta.

De acordo com a Condsef, estão previstas atividades em frente a diversos órgãos do governo federal. Os organizadores afirmaram que as medidas de austeridade não se justificam por não estarem focadas nas áreas onde realmente há excesso de recursos. Por meio da assessoria, a entidade informou que o governo “não está tirando da gordura” para atingir a meta fiscal.

Representando cerca de 800 mil servidores – metade dos quais já aposentada – a Condsef acredita que, devido à preocupação causada pelo anúncio do governo, a paralisação alcance uma adesão “bastante significativa”, uma vez que as medidas preveem suspensão de concursos e a eliminação do chamado abono de permanência, concedido aos servidores que atingem condições para aposentadoria, mas continuam a trabalhar.

A entidade estima que atualmente há no país cerca de 101 mil servidores na ativa que já poderiam estar aposentados.

Ministro Armando Monteiro critica propostas de ajuste do governo

Da Folha de S. Paulo

O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) criticou as medidas apresentadas pelo governo que atingem o Sistema S e o programa Reintegra.

As propostas fazem parte do pacote fiscal anunciado segunda-feira (14) para tentar reequilibrar as contas públicas.

Após reunião nesta quarta-feira (16) com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Monteiro disse que as medidas de ajuste que impactam o Sistema S poderiam ter sido feitas de uma maneira mais negociada.

“Embora não tenha participado de forma direta, eu entendo que o melhor desenho seria uma solução negociada. O sistema, por todas as razões, compreende as dificuldades que o país vive, e eu acho que haveria disposição para poder oferecer uma contribuição nessa hora, a partir de um modelo negociado, de parceria”, disse o ministro.

A proposta do governo, que busca formas de reduzir o orçamento deficitário de 2016, planeja destinar parte dos recursos que são pagos pelas empresas e destinadas ao Sistema S (grupo que reúne entidades criadas para aprendizagem, cultura e bem-estar do trabalhador) para a Previdência Social.

Monteiro lembrou das parcerias estabelecidas que envolvem entidades do Sistema S, como o Pronatec, e disse que o modelo de solução negociada é sempre o melhor caminho.

O ministro chamou ainda de “mau sinal” a proposta apresentada pelo governo que reduz os benefícios do programa Reintegra, programa que devolve aos exportadores parte de seus custos. A economia estimada com a redução é de R$ 2 bilhões.

“Na medida em que você instabiliza as regras, e nesse caso é muito importante a previsibilidade das regras, isso afeta o calculo econômico do exportador, e o setor já havia dado uma contribuição quando se negociou a redução de 3% para 1%”, disse o ministro.

Wi-fi facilita a vida dos consumidores do Shopping Costa Dourada

Hoje em dia a Internet é uma necessidade e muita gente não consegue se desvincular das suas redes sociais, sem falar da facilidade de pagar contas, resolver aquele e-mail urgente, agilizar um assunto profissional e marcar um encontro.

Pensando nisso, o Shopping Costa Dourada expandiu a Internet de qualidade que todos tinham na Praça de Alimentação. Agora, o serviço está disponível em toda a área do centro de convivência do Cabo de Santo Agostinho.

Com a implantação do Wi-fi gratuito, o Shopping Costa Dourada facilita a vida dos seus usuários, que poderão acessar sites de lojas comerciais e de serviços, além de conferir a programação dos cinemas do centro de compras. Agora, enquanto passeia e faz suas compras, o cliente também pode aproveitar para pedir opinião e consultar dicas de moda experimentando as roupas. Para saber mais sobre o shopping acesse www.shoppinncgcostadourada.com.br

Gravatá oferece 15 vagas para curso gratuito de Camareira

Mais uma oportunidade gratuita para se capacitar em Gravatá. A Prefeitura através da Secretaria de Assistência Social / Executiva de Trabalho e Renda em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, está com 15 vagas disponíveis para o curso gratuito de Camareira. As inscrições acontecem nos dias 17 e 18 de setembro no Centro de Formação Profissionalizante das 8 às 15 horas.

Para a matrícula é necessário levar os seguintes documentos: Xerox do RG, CPF e Comprovante de Residência. As aulas começam na segunda feira, 21 de setembro e segue até o dia 24, das 8h30m às 16h30m, os participantes receberão lanche e almoço, e todo o material do curso é gratuito.

Professora da FGV lança 2ª edição do Congresso de Acessibilidade online e gratuito

O Congresso de Acessibilidade, idealizado por Dolores Affonso, professora da Fundação Getúlio Vargas, coach e consultora em acessibilidade e inclusão, lança sua segunda edição e será novamente realizado de forma gratuita pela internet, de 06 a 12 de dezembro de 2015.

O evento foi o primeiro neste formato no Brasil e na América Latina e, na primeira edição, realizada em setembro de 2014 e reexibido em abril de 2015, reuniu 40 especialistas de diversas áreas para falar sobre temas ligados à acessibilidade, tecnologia e inclusão.

O grande diferencial do evento é a acessibilidade. Além de um conteúdo impressionante e contar com os maiores especialistas do Brasil e do mundo, o evento é gratuito e online, o que facilita a participação, já que não é necessário se deslocar, podendo ser acessado de computadores, tablets e smartphones, nem investir nada. As palestras contam ainda com legendas, audiodescrição e tradução em Libras.

“Foram mais de 20 mil pessoas cadastradas, 50 mil assistiram no Brasil e em mais de 15 países e diversas instituições brasileiras veicularam o evento”, comemora Dolores. A audiência foi composta não somente por pessoas com algum tipo de necessidade especial, mas também amigos, parentes, profissionais da área de saúde, cultura e esporte, educadores, instituições de ensino e de apoio e empresas, no mais, todos os interessados em estimular o potencial das pessoas com deficiência e em aumentar sua participação na sociedade.

Fugindo do óbvio, o Congresso não tratou somente da acessibilidade, mas procurou promover a inclusão efetiva por meio de palestras e discussões sobre temas cotidianos como empreendedorismo, carreira e relacionamento. Para Carlos Henrique de Souza, estudante de pedagogia da Universidade Estadual de Maringá, foram abordados temas com enfoques não evidenciados pela mídia: “Me levaram a uma reflexão de atitudes e comportamentos. Além disso, gostei muito da configuração de palestras online, pois possibilitou a todos poderem participar sem ter que se deslocar para longe”, comenta.

Empresas, instituições de ensino e de apoio, órgãos governamentais, diversas divisões de Secretarias de Estado e Município, instituições do sistema S (Senac, Sebrae, Senai, Sesi e Sesc) concederam apoio ao evento online, assistindo, veiculando para seus colaboradores, alunos e associados, participando, interagindo e divulgando. “Foi uma comoção nacional”, ressalta Dolores.

Para o evento deste ano, a organização promete novidades! Além das palestras e entrevistas, também serão exibidos minicursos. A proposta da segunda edição é desenvolver a Autonomia e o Protagonismo da Pessoa com Deficiência na Vida e na Sociedade. O evento contará ainda com curtas metragens acessíveis para a criançada participar com a família, na escola etc.

As pessoas, empresas e instituições que se interessarem em transformar vidas podem participar do congresso como parceiros, apoiadores, patrocinadores, fornecedores de brindes, divulgadores de produtos, entre outros. Para isso, entrem em contato com a idealizadora do evento Dolores Affonso através do email contato@congressodeacessibilidade.com.