Ucrânia tem milhões de toneladas de grãos sem local para armazenamento

Colheita de soja, agricultura

Mais de 60 milhões de toneladas da última safra de grãos na Ucrânia estão sem local para serem armazenadas. O período de colheita se estende pelo menos até o início do outono europeu, em setembro.

Apesar de registrar queda de mais de 45% na produção, não há onde armazenar o estoque existente. Com os portos fechados, só foi possível escoar 5 mil toneladas de grãos, sendo que há mais de 22 mil toneladas se deteriorando por falta de armazenamento correto.

Programa alimentar

O Programa Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) depende da Ucrânia para garantir cerca de metade do seu estoque. A situação se agrava pelo fato de a Índia, outro grande produtor de grãos, estar atravessando um período de seca extrema, que compromete a colheita deste ano.

Novos bombardeios

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, no nordeste do país, foi novamente atingida por mísseis de forças russas. Um dos projéteis atingiu um prédio, de onde foi resgatada uma mulher com cerca de 70 anos. No centro da cidade, pelo menos três pessoas morreram e 28 ficaram feridas.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a garantir

Competição de “hackers do bem” abre inscrições no Rio de Janeiro

Imagem ilustrativa mostra homem digitando código em computador

O Rio de Janeiro recebe em setembro deste ano a 5ª edição do Hacking.Rio. O evento é autointitulado o maior hackathon da América Latina, tipo de competição que reúne programadores de computação para tentar solucionar desafios propostos.

Na edição deste ano, que acontece de 1º a 4 de setembro, o Hacking.Rio tentará buscar soluções para desafios relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). As inscrições seguem abertas até 10 de agosto e podem ser feitas por meio do site da Hacking.Rio.

“Nossa primeira edição do Hacking.Rio foi em 2018, com ‘hackers do bem’, desenvolvedores, programadores, designers, para a gente desenvolver uma solução inovadora para um problema real da sociedade, do mercado. Nessa 5ª edição, os desafios são relacionados aos 17 ODS da ONU”, explica a fundadora do Hacking.Rio, Lindalia Junqueira.

Podem participar equipes, mentores, instituições de ensino e comunidades tech do Brasil e do exterior.

Formato híbrido

Este ano, pela primeira vez depois do início da pandemia de covid-19, o Hacking.Rio será realizado em formato híbrido, com participação presencial e on-line. As equipes terão 42 horas para apresentar suas soluções aos desafios propostos.

Os vencedores receberão o prêmio máximo de R$ 25 mil. Já os que ficarem em segundo e terceiro lugares terão premiações de R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente.

Edição: Paula Laboissière

Calor e incêndios colocam Portugal em estado de contingência

Bombeiro trabalha durante incêndio florestal na Califórnia

Portugal prepara-se para dois dias de atenção máxima ao risco de incêndios, sobretudo nas zonas rurais. Com as temperaturas muito altas e a terra extremamente seca, o governo colocou o país, desde a meia-noite, em situação de contingência. O decreto segue pelo menos até a noite da próxima sexta-feira (15).

O estado de contingência está sendo aplicado pela primeira vez em Portugal diante do risco de incêndios florestais. A situação de alerta permite que a defesa civil mobilize todos os meios de que o país dispõe para combater os incêndios.

A previsão é que, até o final desta semana, as temperaturas possam chegar a 45 graus Celsius (°C) em várias regiões do país.

Mega-Sena acumula e pagará R$ 27 milhões dia 13

Mega-Sena, loterias, lotéricas

O concurso 2499 da Mega-Sena, realizado neste sábado (9), acumulou e pagará na próxima quarta-feira (13) prêmio estimado em R$ 27 milhões. As apostas podem ser feitas até as 19h. A aposta mínima custa R$ 4,50. Prêmio: R$ 4.098.826,27

A quina (cinco acertos) teve 30 apostas ganhadoras, com R$ 74.169,24 para cada uma delas. E a quadra (quatro acertos) registrou 3.158 apostas ganhadoras, com R$ 1.006,54 para cada uma.

Transparência: MPPE recomenda a entidades conveniadas com prefeituras de Caruaru e Gravatá se adequarem às exigências legais

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou aos dirigentes das entidades do terceiro setor Associação dos Criadores, Marchantes e Fornecedores de Carne de Pernambuco, Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Caruaru, Círculo de Trabalhadores Cristãos de Gravatá e Casa Beneficente Vicente Soares da Silva e Maria Alice que adotem, em até 20 dias, as medidas cabíveis para cumprir as exigências previstas na Constituição Federal e na Lei de Acesso à Informação.

Conforme as recomendações, publicadas no Diário Oficial Eletrônico do MPPE dessa quinta-feira e sexta-feiras (7 e 8), as duas primeiras entidades possuem parcerias firmadas com o município de Caruaru e as outras duas, com o município de Gravatá. Por essa razão, têm a obrigação de assegurar à sociedade o direito de acompanhar a destinação dos recursos públicos recebidos.

Por esse motivo, os dirigentes deverão tomar as providências para sanar irregularidades verificadas nas suas páginas na internet, de modo a permitir o acesso a dados relativos às próprias entidades e aos instrumentos firmados com a Prefeitura de Caruaru.

As recomendações foram expedidas pelas Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Caruaru e de Gravatá, com suporte do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) com atribuição na Defesa do Patrimônio Público.

Projeto Divulga Mais — idealizado pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público (CAO Patrimônio Público), o projeto preza pelo exercício do controle social da administração pública por meio da divulgação de dados nos Portais da Transparência, tanto pelos municípios quanto por entidades do terceiro setor que fazem uso de recursos públicos.

Para cobrar o respeito aos preceitos da Constituição Federal e da Lei de Acesso à Informação, o projeto almeja articular Promotorias de Justiça locais e o GACE para instaurar procedimentos administrativos destinados a conferir as informações disponibilizadas pelos entes públicos e do terceiro setor na internet, com a intervenção ministerial através de recomendações e termos de ajustamento de conduta ou ajuizamento de ações civis públicas, conforme a situação concreta em cada município.

Covid-19: Brasil registra 56 mortes e 21,9 mil novos casos

Garçonete com máscara de proteção serve clientes em Cuenca, na Espanha

Segundo o boletim epidemiológico publicado neste domingo (9) pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 21.963 novos casos de covid-19 em 24 horas. O total de casos soma 32.896.464.

O documento informa que houve 56 óbitos no período. O número total de mortes em decorrência da doença é de 673.610. Existem 3.233 óbitos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em investigação.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia no Brasil.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia no Brasil. – Ministério da Saúde

O boletim também mostra que a taxa de casos ativos teve leve queda, enquanto a taxa de recuperação teve pequena alta. No momento, 94.8%% do total de infectados são considerados livres de sintomas. O total de casos ativos e em acompanhamento é de 1.041.788.

Estados

ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (171.569), Rio de Janeiro (74.288), Minas Gerais (62.347), Paraná (44.030) e Rio Grande do Sul (40.184). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (2.007), Amapá (2.141), Roraima (2.153) , Tocantins (4,169) e Sergipe (6.370).

Vacinação

O vacinômetro do Ministério da Saúde aponta que, até o momento, 454.264.544 doses de vacinas contra covid-19 foram aplicadas no país. Destas, 177,5 milhões como primeira dose, 158 milhões como segunda e 4,9 milhões como dose única. A dose de reforço já foi aplicada em 96,9 milhões de pessoas e a segunda dose extra ou quarta dose, em 12,3 milhões. O painél registra ainda 4,3 milhões de doses como “adicionais”.

Cursos sobre defesa do consumidor estão com inscrições abertas

A Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC) do Ministério da Justiça e Segurança Pública  está com inscrições abertas para 23 cursos que tratam de relações de consumo, os direitos do consumidor, orçamento doméstico e planejamento financeiro. 

As aulas são online e abertas ao público acima de 16 anos. Para os cursos que começam em agosto, o prazo para inscrição é até 25 de julho.  As cargas horárias variam entre 15 e 20 horas/aula.

Alguns cursos de conhecimento específico são exclusivos para funcionários de Procons, Ministérios Públicos, Defensorias Públicas, Tribunais de Justiça e Agências Reguladoras.

Mais informações estão disponíveis no portal de Defesa do Consumidor. (https://www.defesadoconsumidor.gov.br/escolanacional)

Bioma amazônico tem 30 a 40 mil espécies só de plantas, mostra estudo

floresta Amazônica

Açaí, tucumã e buriti são os insumos da Amazônia que mais apareceram em estudos científicos publicados de 2017 a 2021 por instituições de pesquisa brasileiras sobre matérias-primas da região. Os estudos foram mapeados na publicação Bioeconomia amazônica: uma navegação pelas fronteiras científicas e potenciais de inovação, divulgada hoje (8).

O levantamento foi coordenado pela World-Transforming Technologies (WTT), com a participação da Agência Bori, e mapeou 1.070 artigos científicos publicados nos últimos cinco anos na base internacional de periódicos Web of Science. As áreas mais pesquisadas são ciência das plantas, ciências ambientais, ciência e tecnologia de alimentos, ecologia, bioquímica e biologia molecular.

“A gente precisa dar visibilidade à ciência feita na Amazônia e sobre a Amazônia. Há muita pesquisa sobre os ativos da biodiversidade que têm o potencial de resolver problemas importantes da sociedade, como tratamento de câncer, tratamento para prevenção de infecção com mercúrio, biomateriais, bioplástico. Há muita coisa interessante sendo pesquisada que pode, de fato, virar tecnologia, solução para problemas da sociedade”, diz o idealizador do estudo e gerente de operações da WTT, Andre Wongtschowski.

O bioma amazônico é continental, ocupa quase metade do território do país, é compartilhado por países vizinhos como Colômbia e Peru e se destaca como território de megabiodiversidade. Conforme ressalta a publicação, o número total de espécies de animais e plantas ainda não é conhecido, mas estima-se que existam pelo menos de 30 a 40 mil espécies apenas de plantas.

Insumos mais citados

A partir do mapeamento dos 1.070 artigos científicos, foram analisados 621 estudos, que seguem critérios de geração de novos conhecimentos e possíveis inovações a partir da sociobiodiversidade amazônica. Entre eles, 11 insumos aparecem em praticamente uma a cada três pesquisas: açaí, tucumã, buriti, piper, aniba, castanha do Brasil, andiroba, cupuaçu, lippia, guaraná e bacaba.

As pesquisas são variadas. Nelas, os insumos são usados, por exemplo, para supressão tumoral de células de câncer de ovário, agente sensibilizador para terapia fotodinâmica de câncer e como agente em combate a doenças infecciosas. As pesquisas trabalham também com a validação científica da utilização de insumos tradicionalmente empregados na medicina popular no tratamento de anemia, diarreia, malária, dores, inflamações, hepatite e doenças renais, dadas as atividades anti-inflamatória e antidiarreica, entre outras.

A aplicação pode ser feita também em diversas atividades industriais, como produtos artesanais, fabricação de tecidos, fios e redes de pesca, materiais cimentícios para construções sustentáveis, filmes biodegradáveis.

“Temos que dar visibilidade a essas pesquisas promissoras, para que elas saiam das prateleiras, saiam do papel e, de fato, se transformem em soluções para problemas importantes”, defende Wongtschowski.

Política nacional de inovação

Segundo o pesquisador, é necessária uma política nacional de inovação que estabeleça grandes objetivos a partir dos desafios do Brasil, que precisam ser resolvidos com a ciência. Nas soluções, é preciso engajar a comunidade científica, empresas, governos, organizações não governamentais e a sociedade em geral.

“É importante que esses desafios conversem com os desafios da sociedade, essas soluções precisam justamente olhar para os desafios que a gente tem como sociedade, sejam eles sociais ou ambientais”, diz Wongtschowski. “É preciso ter realmente a colaboração entre esses vários setores para que as soluções desenvolvidas fiquem de pé, para que configurem uma cadeia de valor de ponta a ponta, que entregue benefícios à população, que fomente a manutenção da floresta em pé, ou seja, que dê valor para os produtos da biodiversidade”, complementa.

A publicação traz ainda, em destaque, o resumo de sete estudos, selecionados a partir de critérios como potencial inovativo e relevância científica, social e econômica, além de cinco artigos analíticos inéditos escritos por pesquisadores, gestores e empreendedores de renome na área.

Ciência na Amazônia

A publicação destaca também que as especificidades e a complexidade da Amazônia devem ser levadas em consideração quando se trata de inovação. Uma vez que bases da bioeconomia no Amazonas encontram-se diretamente ligadas aos recursos nativos da fauna, flora e microrganismos do bioma amazônico, é preciso, acima de tudo, conservar a floresta e levar em consideração as populações locais.

Os autores propõem quatro princípios: conservação da biodiversidade; ciência e tecnologia voltadas ao uso sustentável da sociobiodiversidade; diminuição das desigualdades sociais e territoriais e expansão das áreas florestadas biodiversas e sustentáveis.

“Cada processo inovador necessita considerar as questões culturais, as salvaguardas socioambientais, os diversos territórios e o impacto a ser gerado para que essas tecnologias possam ser transformadoras do mundo, em um processo que fortaleça as populações locais e mantenha a floresta em pé”, diz a professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Tatiana Schor, em um dos artigos da publicação.

Cem anos do rádio no Brasil: Recife foi “berço”, dizem pesquisadores

Equipamentos de som,rádio antigo,Rádio

Em 7 de setembro de 1922, centenário da Independência do Brasil, ocorreu o que os pesquisadores chamam de primeira grande demonstração pública radiofônica no Brasil. Houve, na ocasião, a inauguração da Exposição Internacional do Rio de Janeiro, que comemorava os 100 anos da emancipação do país.

A demonstração de rádio foi organizada pela empresa Westinghouse International Company, usando a estação SPC, instalada no Corcovado. Naquele dia, houve o discurso do presidente Epitácio Pessoa e as ondas chegaram até a Niterói, a Petrópolis e a São Paulo. Mas, a história do rádio pode ter começado bem antes deste que é considerado por muitos o marco inicial do veículo no Brasil. E em uma cidade que fica a mais de dois mil quilômetros da antiga capital do país.

Recife era uma cidade de 230 mil pessoas no ano de 1919 e respirava a brisa da modernidade daquelas primeiras décadas do século 20. Três anos antes da transmissão carioca, apontada como a primeira transmissão radiofônica do Brasil, a Rádio Clube de Pernambuco teve papel indiscutível e pioneiro para o desenvolvimento do rádio como veículo de comunicação de massa.

Ex-premiê japonês Shinzo Abe morre após ser baleado em comício

Premiê japonês, Shinzo Abe

O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu hoje (8), após ser baleado durante comício na cidade de Nara, perto de Quioto. A notícia foi dada pela NHK, a televisão estatal do Japão, e confirmada pelo hospital.

A polícia japonesa deteve um suspeito do ataque, Tetsuya Yamagami, com cerca de 40 anos. Ele é acusado de tentativa de homicídio e usou “equipamento semelhante a uma arma”.

Shinzo Abe, de 67 anos, foi primeiro-ministro do Japão entre 2006 e 2007 e, mais tarde, entre 2012 e 2020.

O comício desta sexta-feira ocorria antes das eleições para o Senado japonês, marcadas para domingo (10). Abe discursava em apoio a Kei Sato, um membro da câmara alta do Parlamento que concorre à reeleição como representante da cidade de Nara.