Brindes alavancam faturamentos das gráficas

Gráficas (5)

Pedro Augusto

O ano de 2017 já se encontra na sua reta final e as empresas da Capital do Agreste já vêm presenteando os seus colaboradores, clientes e fornecedores com os tradicionais brindes. Bom para os contemplados, que têm tido a oportunidade de ganhar itens bastante úteis no dia a dia, excelente para as gráficas locais, que são as responsáveis pelas fabricações destes tipos de produtos e mais uma vez não estão tendo do reclamar em relação às encomendas absorvidas. Longe disso… De acordo com os comerciantes que atuam neste setor, na temporada em que a crise financeira deu sinais de enfraquecimento, a demanda por agendas, canecas personalizadas, canetas etc, se encontra superior no comparativo com o mesmo intervalo de 2016.

Na Brindgraf, por exemplo, de acordo com o proprietário Tiago Santos, a procura por brindes está 20% maior em relação ao fim de ano passado. “Na medida em que a crise se acentuou, muitos empresários tiveram de sair das suas zonas de conforto e passaram a investir, haja vista que é importante tentar cativar ao máximo não só os seus funcionários, como também os seus clientes. Os brindes funcionam justamente como uma espécie de fidelização da parceria entre todos os envolvidos e costumam ser bastante demandados nesta época do ano. Na nossa empresa, por exemplo, as encomendas destes tipos de produtos se intensificaram desde o início de novembro”, destacou.

Na Núcleo Digital – outra gráfica bastante conhecida do mercado local –, a procura pelos brindes vêm se direcionando com uma maior intensidade para os modelos mais tradicionais. “Diferentemente do calendário, que a sua demanda diminuiu bastante ao longo dos últimos anos devido à utilização cada vez maior de novas tecnologias, a caneta continua sendo o brinde mais procurado pelas empresas. Isso porque possui um custo baixo em relação a sua aquisição e ainda é considerada muito útil em relação a sua utilização. Até agora, a demanda pela caneta como também pelos demais brindes tem sido tão satisfatória que as suas comercializações deverão ser responsáveis por pelo menos 40% do faturamento anual da Núcleo. Um impulsionamento, realmente, espetacular”, avaliou o proprietário Luciano Vasconcelos.

A boa procura por presentes padronizados não vem se limitando apenas nas gráficas locais. No mercado informal também há quem esteja lucrando bastante com a fabricação de brindes. Que o diga o designer Hugo Kerly. De uma temporada para outra, o autônomo viu a sua comercialização de canecas quase que redobrar. “Realmente está sendo um fim de ano muito positivo em termos de vendas. Como várias empresas decidiram substituir os tradicionais copos de plástico pelas canecas, justamente para economizar nesta época de crise, tenho aumentado o meu expediente para dar conta de tantos pedidos. Nelas, os funcionários e os clientes têm a possibilidade de terem as suas caricaturas registradas e as solicitações têm sido grandes”, comemorou Hugo.

Funcionária de um consultório médico, Fernanda Silva disse à reportagem VANGUARDA que não se cansa de ganhar os tradicionais brindes. Ela ressaltou a importância deles no seu dia a dia. “Trabalho como secretária e como posso organizar os horários dos médicos se não consigo nem organizar os meus? Para isso, abro mão do computador e não dispenso a boa e velha agenda, que aos longos dos últimos anos tenho sido presenteada não só pelo consultório, mas também pelos próprios pacientes. Ganho em média três modelos, a cada fim de ano, e não tenho do que me queixar”, afirmou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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