Operações desarticulam grupos com atuações no Agreste

Coletiva (2)

Pedro Augusto

A manhã da última quarta-feira (13) ficou reservada para a realização de três operações da Polícia Civil, em parceria com a Polícia Militar. Durante a Tocandira, a Serra Segura e a Torniquete, os trabalhos conjuntos das polícias acabaram desarticulando grupos criminosos de alta periculosidade e com a atuação em diversos crimes, dentre eles homicídios, tráfico de drogas, roubos e portes ilegais de armas. Em coletiva realizada no mesmo dia, no auditório da Dinter 1, às margens da BR-104, em Caruaru, o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehrle do Amaral, divulgou o balanço geral das três operações.

“A Tocandira foi realizada em Caruaru, Cupira, Panelas e demais municípios, a Serra Segura ocorreu em Gravatá e a Torniquete foi desencadeada em Cupira. Ou seja, todas elas aconteceram na região Agreste. Ao todo, 56 suspeitos acabaram sendo presos, sete revólveres calibre 38, bem como três pistolas calibre 380, duas espingardas calibre 12 e 53 munições foram apreendidas, além de oito veículos, uma carga de cigarros, 21 aparelhos celulares, 1kg de crack, sete kg de maconha prensada e meio quilo de cocaína, que também foram encontrados com as quadrilhas e acabaram sendo recolhidos”, disse.

Responsável por presidir o inquérito referente ao bando que vinha tocando o terror principalmente nos municípios de Caruaru, Cupira e Panelas, o delegado Bruno Vital detalhou o saldo da operação Tocandira. “Vínhamos investigando essa extensa organização há pelo menos seis meses. Ela utilizava-se de extrema violência para praticar em grande parte roubos de carros. Após as investidas, ela falsificava os documentos dos automóveis e os revendia com preços menores. Além disso, o bando também foi responsável pela prática de diversos homicídios, bem como era especializado no tráfico. Dos 18 integrantes da quadrilha, dois já morreram e os demais foram presos na data de hoje (última quarta).”

Em seguida foi a vez do diretor da Dinter 1, delegado José Rivelino, falar a respeito do balanço da Serra Segura. De acordo com o policial, a organização desmanchada era especializada na prática de diversos crimes. “Além de tentativas e consumações de homicídios, esse bando também cometia tráfico de drogas e roubos. Inclusive, com ele, acabamos apreendendo um extenso volume de cigarros proveniente de um roubo de carga. Não só Gravatá, mas Vitória de Santo Antão também vinha sofrendo bastante com a atuação desse grupo”, comentou.
Na Serra Segura foram cumpridos 34 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão. Já na operação Torniquete, a Polícia Civil acabou cumprindo apenas um mandado de busca e apreensão. Todos os suspeitos presos foram encaminhados para unidades prisionais do Estado.

Para o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, somadas, a realização dessas três operações proporcionará uma maior segurança para os moradores da região Agreste. “Haja vista que as organizações eram bastante perigosas, tanto é que foram responsáveis por diversos tipos de crimes. Não temos dúvidas de que as suas desarticulações impactarão de uma forma imediata na redução da criminalidade no Agreste. Ainda é importante frisar que essas organizações também vinham sendo responsáveis por mortes de seus próprios integrantes. Ou seja, eram de alta periculosidade”, finalizou Joselito do Amaral.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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