Cantarelli cobra atenção especial sobre o caso Jorge Quintino

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Foto: Vladimir Barreto

A gravação do ex-diretor do Departamento Municipal de Feiras e Mercados, Jorge Quintino, voltou a ser assunto na Casa Jornalista José Carlos Florêncio. Quarto vereador a discursar na sessão desta quinta-feira (16), Eduardo Cantarelli (SDD) solicitou atenção especial dos colegas sobre o caso.

“Não podemos colocar uma peneira e esquecer tudo aquilo que foi dito pelo ex-diretor. Se for para implantar CPI aqui iremos implantar. Já contamos com sete assinaturas para tal procedimento e agora só falta uma. Precisamos que os demais vereadores que ainda não assinaram tenham a consciência da importância de investigarmos tais denúncias.

Entenda o Caso

A exoneração do diretor de Feiras e Mercados, Jorge Quintino, ocorrida na semana passada, quando o gestor entregou sua carta de demissão, pode ter sido causada por declarações que ele deu e estão circulando na cidade, através de uma gravação. Em um trecho de pouco mais de três minutos que o blog teve acesso, o ex-diretor fala em falcatruas, citando a empresa de nome Cunha Lanfermann de ser a responsável por estes atos dentro da Prefeitura de Caruaru. Segundo Jorge Quintino, em muitos casos operações são realizadas para burlar o processo licitatório e levar vantagens para os diretores.

Jorge Quintino, que na administração passada de Queiroz (PDT) foi diretor de Meio Ambiente e depois saiu por declarações polêmicas, retornou ao governo nesta gestão e estava sem espaço de destaque até ser indicado como chefe no Departamento de Feiras e Mercados. Nas gravações, ele acusa o secretário Paulo Cassundé de fazer esquema na reforma do Matadouro. “Todos os grandes empreendimentos da prefeitura estão sendo feitos por essa empresa: a Cunha Lanfermann. Essa empresa tinha um gerente chamado Paulo Cassundé. Trabalhou nela há um ano. Ele era um dos gerentes”, conta o ex-diretor. “A Cunha Lanfermann está participando da transição do aterro sanitário e do Matadouro”, completa Jorge.

Ele afirmou ainda que a interdição do Matadouro foi proposital, para a reforma ser feita sem licitação, já que entraria no regime de urgência. “O problema do Matadouro… Doutor Francisco ligou para mim e disse: ‘Jorge, sou seu amigo, mas estou com problema sério e vou ter que interditar’. Eu liguei para o secretário (Paulo Cassundé) e disse: ‘Secretário, a gente vai ter um problema sério com o Matadouro’. Ele disse: ‘Não, Jorge, deixa para lá’. Com a questão do Matadouro e tudo, o que aconteceu? Não precisou de licitação para a obra, que era urgente e também conseguiu os recursos da construção”. O ex-diretor ainda faz ataques a empresas e pessoas.

A secretária de Imprensa da PMC, Carolina Miranda, informou que o prefeito José Queiroz teve acesso às gravações na manhã da última sexta-feira (10) e negou qualquer irregularidade denunciada por Quintino. Segundo ela, o chefe do Executivo teria uma reunião com o seu secretariado para tratar do assunto.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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