Seleção treina em Londres para jogo contra a Arábia

Comandada pelo treinador Tite, a Seleção Brasileira de futebol se preparou para enfrentar o time da Arábaia Saudita, em jogo amistoso nesta sexta-feira (12), às 15h, no Estádio King Saud University, em Riade. Os treinos foram realizados no Centro de Treinamento do Tottenham, em Londres.

Na última terça-feira (9), Tite dividiu os jogadores, enquanto um grupo fazia um exercício técnico com seus auxiliares, o outro participava do chamado treino fantasma, em que os atletas se posicionam e movimentam em campo sem adversários.

Os dois grupos estavam assim divididos: o primeiro com Ederson, Fabinho, Pablo, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Renato Augusto; Philippe Coutinho, Gabriel Jesus e Neymar. O segundo reuniu Alisson, Danilo, Eder Militão, Miranda e Filipe Luís; Arthur e Walace; Lucas Moura, Roberto Firmino, Richarlison e Malcom.

Argentina

No dia 16, em Jeddah, também na Arábia Saudita, o Brasil fará outro amistoso: terá pela frente a rival Argentina, desfalcada do craque Lionel Messi, que pediu para não ser convocado.

Para os dois jogos na Arábia Saudita, o treinador não convocou nenhum atleta dos quatro clubes que estavam na semifinal da Copa do Brasil (Flamengo, Corinthians, Cruzeiro e Palmeiras). O único clube do país que teve jogador chamado por Tite foi o Grêmio: o goleiro Phelipe e o atacante Everton.

Tite terá uma baixa em relação à lista de convocados no último dia 21. O lateral-esquerdo Marcelo, do Real Madrid, foi cortado após sofrer lesão na panturrilha direita. Para a vaga do jogador, Tite chamou Filipe Luís, do Atlético de Madrid, na última quinta-feira.

Sport tem parada dura pela frente

Pedro Augusto

Com Globo Esporte

Nada como a conquista de uma vitória para tentar retomar o fôlego. Que o diga o Sport, que após o êxito sobre o Internacional por 2 a 1, na semana passada, na Ilha do Retiro, voltou a se animar para sair da zona de rebaixamento. Atualmente, na vice-lanterna do Brasileirão da Série A, com 27 pontos, o Leão tem uma parada dura pela frente nesta 29ª rodada, quando mede forças com o Atlético-PR, no domingo (14), a partir das 19h, na Arena da Baixada.

Para este confronto, o técnico rubro-negro Milton Mendes não deverá contar com o zagueiro Ronaldo Alves, que esteve fora dos treinamentos desta semana, por conta de dores na coxa esquerda. Além dele, o zagueiro Max também não apareceu na movimentação da última terça-feira (9), mas, segundo a assessoria de imprensa, ele treinou durante o período da manhã e, de tarde, fez apenas um treino complementar na academia. O caso dele não preocupa tanto.

Além de Ronaldo Alves e Max, também na terça, outros três jogadores chegaram a aparecer no campo, mas saíram mais cedo. O zagueiro Durval, o volante Jair (que está suspenso) e o meia Michel Bastos estavam acompanhados do assistente-técnico Marcio Corrêa e, segundo o clube, já era previsto que eles não participassem da atividade até o fim.

Ciente da difícil situação em que ainda se encontra o clube leonino, Milton Mendes fez questão de conter a empolgação pelo retorno das vitórias. “Nós somos bons, não atravessávamos um momento bom e não é por causa de uma vitória que tudo muda. Estamos ainda em posição complicada, ganhamos um jogo difícil, legal, mas a caminhada é árdua. Temos uma final neste domingo contra o Atlético-PR, que é uma equipe difícil”, disse.

“Devagarzinho estamos montando o que pretendemos em forma de trabalho, dedicação e entrega. E uma série de coisas que, a meu ver, são importantes. Os jogadores estão de parabéns. Eu digo que nós demos um passo importante, mas ainda não finalizamos”, finalizou Milton.

Sport pode ir a campo com: Magrão; Raul Prata, Adryelson, Ernando e Evandro; Marcão, Fellipe Bastos e Marlone; Gabriel, Mateus Gonçalves e Mateus Peixoto.

Setores devem gerar 59,2 mil vagas para o fim de ano

Faltando três meses para a chegada das festas de fim de ano, os setores de comércio e serviços já abriram as portas para a contratação de trabalhadores. Para os empresários, essa pode ser a última oportunidade do ano para recuperar os prejuízos, enquanto os profissionais desempregados veem nesse período a chance de voltar ao mercado de trabalho.

Uma pesquisa, feita nas capitais e interior do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), estima que, pelos próximos meses, aproximadamente 59,2 mil vagas serão abertas nos segmentos do comércio e serviços. O número é levemente superior aos 51 mil novos postos que foram previstos para o mesmo período do ano passado.
Para este ano, os dados mostram um cenário de moderada melhora na comparação com 2017. Embora ainda representem a maioria, caiu de 82% para 72% o percentual de empresários que não têm a intenção de fazer contratações extras nesse fim de ano. Em sentido oposto, aumentou de 13% para 17% o percentual dos que devem integrar ao menos um novo colaborador à sua equipe.

Reforçar o quadro de funcionários para dar conta do aumento da demanda neste período do ano (81%) é o motivo mais citado na hora de justificar as contratações, mas há também empresários que contratam pensando em melhorar sua competição no mercado (8%) e aqueles que se planejam para lidar com a rotatividade de funcionários (5%). A maior parte (46%) dos empresários consultados deve contratar apenas um funcionário, enquanto 28% pretendem contratar dois novos colaboradores.

Já entre aqueles que não irão contratar, 49% acham que o movimento nas lojas não crescerá de forma que justifique admissões. Outros 15% não possuem verba suficiente e 11% consideram os encargos trabalhistas elevados, o que não compensa esse tipo de investimento. Em alguns casos, mesmo sem contratar funcionários, os empresários devem adotar outras estratégias para lidar com o período aquecido de vendas, tanto que 17% planejam ampliar as horas trabalhadas por dia da atual equipe.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, embora o número de 59,2 mil vagas seja uma pequena fração diante do contingente de quase 13 milhões de desempregados no país, os dados sinalizam uma recuperação gradual da economia e injetam algum otimismo para o início do novo ano. “Para um país que há pouco tempo fechava postos de trabalho, esse número serve de alento e de oportunidade para muitas pessoas”, afirmou.

Faturamento da Sulanca é incrementado com data

Como dita a tradição, na última Feira da Sulanca antes da comemoração da data – na segunda (8) -, a maior demanda por produtos se concentrou nos bancos que comercializam vestuários infantis e nos de brinquedos. De acordo com a avaliação da sulanqueira Magda Soares, que vende artigos para criança, o movimento desta semana foi considerado satisfatório.

“Esperávamos um pouco mais, mas deu para lucrar alguma coisa. Ao menos, deu para superar as vendas das últimas feiras. Comercializei em torno de 400 peças, o que é considerado bom para uma feira que antecede a data”, comentou.

Especializada na comercialização de brinquedos populares, a feirante Maria Sales também analisou de forma positiva o desempenho da Sulanca desta semana. “Vendi boa parte de meu estoque, o que foi considerado muito bom. Ainda tenho certa quantidade de mercadoria que espero comercializar até a manhã desta sexta-feira (12)”, disse.

Dia das Crianças deve injetar R$ 9,4 bilhões no varejo, aponta pesquisa

Apesar da lenta retomada da economia refletir no ânimo dos brasileiros, a maioria dos consumidores (72%) deve ir às compras este ano no Dia das Crianças – em especial as mulheres (77%). É o que revela pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais. No ano passado, 67% compraram presentes na data. Para 2018, a expectativa é de que o varejo movimente cerca de R$ 9,4 bilhões.

Diante de um cenário com alto índice de desemprego e renda achatada, os gastos do consumidor também prometem ser ponderados. De acordo com o levantamento, 39% dos entrevistados que presentearão, principalmente filhos, sobrinhos, netos ou afilhados, pretendem gastar o mesmo valor que o ano assado, enquanto 24% planejam comprar menos. No total, cada consumidor deve desembolsar, em média, R$ 187 com presentes.

O Dia das Crianças representa a última festa comemorativa antes do Natal e dará sinais de como será o desempenho das vendas no final do ano. “As intenções de compra da data servirão de termômetro para o fim de ano, ao trazer as primeiras impressões do que deve acontecer no Natal, principalmente em um momento que o poder de compra das famílias continua sendo afetado pelas dificuldades econômicas”, explicou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Aperto
Os impactos da crise ainda estão presentes no dia a dia das pessoas e contribuem para que boa parte gaste menos na data. A principal razão para que haja um freio no consumo daqueles que pretendem gastar menos este ano deve-se ao orçamento apertado (34%), enquanto 24% desejam economizar, 18% estão desempregados e por essa razão se veem impossibilitados de comprar e 9% têm outras prioridades de aquisição (9%), como carro e casa. Há ainda os que precisam pagar dívidas em atraso (8%).

Embora os consumidores estejam cautelosos, a pesquisa mostra que cerca de um terço (30%) pretende comprar dois presentes e 25% apenas um. A maioria (66%) espera pagar os produtos à vista e o dinheiro será a opção de 51% dos entrevistados. Em segundo lugar, aparece o cartão de crédito parcelado (34%) e, em terceiro, o cartão de débito (28%). Entre os que planejam parcelar as compras, a média de prestações é de quatro parcelas.

Os shopping centers são o lugar preferido dos consumidores para fazer suas compras (42%), embora 35% optem pela internet, provavelmente motivados pela comodidade e praticidade de encontrar seus presentes. Já 28% mencionaram que buscarão o tradicional comércio de rua. Mesmo com uma inflação menor, se comparada ao auge da crise, a maioria dos entrevistados (59%) avalia que os preços dos presentes estão mais caros do que em 2017. Para 31%, os preços estão na mesma faixa e apenas 6% dizem estar mais baratos.

ARQUIVO — Acomodação do mercado

Dados os resultados do primeiro turno das eleições, o mercado se aquietou de uma forma surpreendente e num curto espaço de tempo. A Bolsa de Valores subiu 3,8%, o dólar caiu para menos de R$ 3,80, mas a expectativa de inflação cresceu enquanto o PIB vem apresentando sinais de queda. Esse último resultado, plenamente esperado porque já havia uma tendência de queda há tempos prenunciada. O difícil ainda está por vir.

Os candidatos presidenciais eleitos apresentam propostas econômicas totalmente antagônicas. Uma voltada para uma economia de mercado e outra mais fechada e com impactos econômicos graves. Ambos erram quando falam de isentar imposto de renda para uma determinada faixa de salário. Não que a população não mereça isso, mas pelo fato de que o momento não permite e vai agravar o rombo das contas públicas do país.

Independente de quem seja eleito, o Brasil vai passar por uma necessidade de ajuste muito grande. Buscar a competividade através de políticas objetivas, tangíveis, que possam ser aplicadas no curto prazo. A privatização de empresas é uma opção real de readequação do mercado e se for feita diferente do que fez FHC, certamente trará resultados em duas frentes: redução da corrupção e ganho de escala produtiva.

Os desafios do próximo governo são enormes e passam pela necessidade de implantar reformas prioritárias. Nisso, fala-se da reforma tributária e imediatamente se pensa que o debate é no sentido de aumentar imposto. Nós temos uma estrutura tributária terrível e muitas vezes dar eficiência à arrecadação importa num ganho financeiro extraordinário. A fiscalização existe porque a sonegação é eminente. Se houve meios de reduzir a sonegação, haveria redução de custos de arrecadação.

Os sinais apontados pelo mercado indicam que o resultado está de acordo com as expectativas. Essa tranquilidade pode ser quebrada com a divulgação das pesquisas de intenção de votos. Se houver mudança no quadro, haverá “choro e range de dentes”. Não custa lembrar que em outubro de 1989, Mario Amato, então presidente da FIESP declarou que se Lula fosse eleito 800 mil empresários sairiam do Brasil, do mesmo jeito que 80 mil empresários abandonaram Portugal com a Revolução dos Cravos em 1976.

No meio de tudo isso está a população, carente, desempregada, acreditando que em 2019 estaremos melhor. Que seja! Desde que não passemos a ver nenhum dos dois postulantes como salvador da pátria. Nosso futuro a gente precisa construir.

Prefeitura realiza mais de 160 serviços

A Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Urbanismo e Obras, realizou, no período de 24 a 28 de setembro, mais de 160 intervenções de manutenções em toda a cidade. Na área de manutenção da pavimentação, 63 intervenções foram executadas, obtendo a recuperação de 241,91m² de pavimento em paralelepípedo, contemplando 12 bairros, sendo eles: Maria Auxiliadora, Maurício de Nassau, Nova Caruaru, Riachão, Rendeiras, São José, Inocoop, Alto do Moura, São Francisco, Salgado, Petrópolis e São João da Escócia.

As manutenções em saneamento totalizaram um número de 102, com a troca de 318m de tubulação, 78,40m de desobstrução, 16 limpezas de caixas, oito reformas de caixas, além de 34 novas caixas, beneficiando 15 bairros da cidade. Já com os serviços de regularização de vias não pavimentadas, as máquinas percorreram os bairros São João da Escócia, Maria Auxiliadora, Encanto da Serra e José Carlos de Oliveira, regularizando um total de dez vias e um campo.

Festa Literária é promovida nas escolas

A Secretaria de Educação promove, até esta quinta-feira (11), a Festa Literária: Juntos no mundo Literário. O objetivo é desenvolver com os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e com as escolas da rede, atividades de contação de histórias, proporcionando aos estudantes a vivência com a ludicidade e fruição artística.

A programação começou na terça (9), na Escola Municipal Dom Bernardino Marchior. Na quarta (10) foi a vez da Escola Municipal Padre Pedro Batista de Aguiar desfrutar da festa. E para encerrar, na quinta-feira (11), a leitura aporta na Cesarina Moura Vieira Costa, localizada na Vila do Rafael, e também no Parque Municipal Severino Montenegro, com os alunos de creches de Caruaru.

O evento tem a parceria das secretarias de Políticas para Mulheres, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e Fundação de Cultura e Turismo.

ARQUIVO — Só faltava essa

O maluco desvairado presidente dos Estados Unidos resolveu colocar o Brasil nas suas ações ardilosas. Sem muita razão acusou nosso país de ser intransigente no comércio exterior com eles. Na verdade, temos uma política voltada para a proteção do nosso produto e naquele período de formação econômica do Brasil (início do Século XX) tínhamos um programa de substituição às importações. Não fosse isso, o país estava dependente de outros em vários aspectos, inclusive, tecnológico.

Ocorre que as exportações brasileiras são mais fortes em produtos do agronegócio, destacando-se soja e carne, mas temos uma matriz que inclui aço, veículos, etc., ou seja, produtos cuja elasticidade renda é diferenciada comparativamente aos do agronegócio (quantos caminhões de bananas deverão ser vendidos para comprarmos um computador de última geração?). No final das contas, a gente não tem o mesmo padrão tecnológico que eles e o que importamos de tecnologia acaba sendo superior ao que importamos. O fato é que isso vai afetar, ainda mais, a economia brasileira no cenário de incerteza eleitoral.

Nesse sentido, o mercado parece que já se acomodou com a ideia de ter Bolsonaro presidente. A queda na taxa de câmbio, fazendo o dólar voltar para um patamar de R$ 3,85, bem como o aumento da Bolsa de Valores em 3,80% deu sinais claros que isto esta associado a Bolsonaro porque as ações que puxaram a Bolsa para cima são de empresas que seriam privatizadas pelo candidato.

A gente tem dito aqui em vários momentos que dificilmente um candidato será eleito sem o crivo do mercado e na conjuntura atual, nota-se que o mercado não quer saber de Fernando Haddad, embora ainda não tenha valorizado o que significa Jair Bolsonaro. A informação clara é a proposta econômica dele. Em contrapartida, o controle dos bancos para baixar taxa de juros, proposto por Haddad, implica em perda de lucro e nem bancos nem acionistas querem isso. Por isso, essa proposta parece estar enterrada.

Ao longo do tempo, principalmente de 2012 para cá, a economia brasileira passou a sofrer o impacto da derrocada mundial. O desemprego gerado é a maior constatação dos equívocos econômicos e embora se tenha, ainda este mês um presidente legítimo eleito pelo povo, precisamos ter consciência de que ele não vai resolver nossos anseios em 24 horas. No meio de tudo isso, vem Donald Trump jogar gasolina no fogo. Daqui a pouco teremos a 6ª Frota Americana nas nossas costas.

Artigo – Ensino básico de qualidade para o Brasil avançar

É bastante comum a indústria receber entre os candidatos a operadores para o estágio inicial da categoria pessoas que possuem ensino médio completo, mas que demonstram ter dificuldades para ler, escrever e entender textos, assim como realizar as quatro operações básicas da matemática. Diante deste cenário, a empresa logicamente precisa complementar o conhecimento básico antes de oferecer uma qualificação técnica ao recém-contratado, afinal como ensinar controle e estatística de processo, que exigem o domínio de algumas contas, para uma pessoa que precisa operar um maquinário de R$ 2 milhões, se ela não sabe somar, subtrair, dividir e multiplicar?

Assim, em vez de investir em eficiência de produção, por exemplo, com a modernização de seu parque de máquinas, a empresa retira parcela disso para proporcionar conhecimentos básicos de matemática e língua portuguesa, com o objetivo de preparar minimamente aquele profissional que irá trabalhar na indústria, o que reflete no aumento do custo de mão de obra. Significa ir ao sentido oposto: ter despesa onde deveria haver investimento.

Assim como no passado o Brasil já desenvolveu iniciativas voltadas para os ensinos técnico e superior, que foram muito importantes, o País precisa investir no ensino básico, do fundamental ao médio, para realmente oferecer uma base de ensino que habilite os jovens a progredirem para a educação mais avançada. Esta é também uma condição para se desenvolver a qualidade na indústria, a bandeira do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA).

Países desenvolvidos, como a Alemanha e o Japão, ensinam noções de estatística para os estudantes mais novos porque possuem escolas bem estruturadas em diversos aspectos, como formação do professor, infraestrutura de instalações e até alimentação. É fundamental oferecer cedo a oportunidade de conhecer as diversas disciplinas e seus desdobramentos, porque as crianças despertam o interesse pelas áreas humanas, exatas ou biológicas até os 10 anos de idade. Não adianta, por exemplo, tentar ensinar arte para um jovem no final da adolescência e início da idade adulta, caso ele não tenha tido contato com informações e opções básicas desta área, no período antes dos 10 anos. O mesmo vale para as áreas de humanas e exatas.

Seria interessante o Brasil se inspirar na história da Coreia do Sul, que iniciou uma revolução educacional nos anos 1960, com prioridade de investimentos no ensino básico, e obteve excelentes resultados, deixando para trás aquela nação com baixos índices de desenvolvimento social ao final da década de 1950. O Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático, que era inferior ao do Brasil à época do início da revolução educacional coreana, é três vezes maior na atualidade.

Certamente, os resultados não são imediatos, mas o primeiro passo precisa ser dado para que os efeitos apareçam daqui a 30 ou 40 anos na direção do aumento de produtividade, qualidade e eficiência do Brasil. Mas isso somente será realidade se houver melhor capacitação da matéria-prima humana, que suporte a indústria nacional a acompanhar a velocidade do desenvolvimento de outras economias.

* Flávio Nascimento Mateus é engenheiro e diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)