ProUni abre inscrições amanhã; estudantes podem consultar vagas

As inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) começam amanhã (26). Os interessados podem consultar as vagas que serão ofertadas no segundo semestre na página do programa.

Ao todo serão oferecidas 174.289 vagas, sendo 68.884 bolsas integrais e 105.405 parciais em 1.460 instituições de ensino superior privadas. As vagas podem ser consultadas por curso, por instituição ou por município.

Para se candidatar, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, ter alcançado no mínimo 450 pontos e ter tido nota superior a zero na redação.

Além disso, só podem participar alunos brasileiros sem curso superior e que tenham cursado o ensino médio completo na rede pública ou como bolsista integral na rede privada.

Alunos que fizeram parte do ensino médio na rede pública e a outra parte na rede privada na condição de bolsista ou que sejam deficientes físicos ou professores da rede pública também podem solicitar uma bolsa.

Bolsa integral

O candidato que quiser uma bolsa integral deve ter uma renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais de 50% são destinadas aos alunos que têm uma renda familiar per capita de até três salários mínimos.

Quem conseguir uma bolsa parcial, e não tiver condições financeiras de arcar com a outra metade do valor da mensalidade, pode utilizar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As inscrições poderão ser feitas de amanhã (26) até sexta-feira (29), na internet. Os resultados com a lista dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis também na página do ProUni, a partir do dia 2 de julho para a primeira chamada, e 16 de julho para a segunda.

Aplicativo

Os candidato podem baixar o aplicativo do ProUni, disponível na Google Play e App Store. A inscrição deve ser feita pela internet, mas pelo aplicativo o estudante pode acompanhar as divulgações das notas de corte dos cursos, pesquisar bolsas e acompanhar todo o calendário do processo seletivo.

Fonte: Agência Brasil

Perfil do desempregado é mulher, nordestina, entre 18 e 24 anos, diz pesquisa

O desempregado no Brasil tem um perfil: é mulher, nordestina, e com idade entre 18 e 24 anos. Ela tem ensino fundamental incompleto e mora em regiões metropolitanas. É o que consta da seção Mercado de Trabalho, da Carta de Conjuntura, divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Tendo por base dados obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estudo identifica um comportamento distinto da ocupação, dependendo da idade do trabalhador e de seu grau de instrução. De acordo com o Ipea, o recuo da taxa de desocupação ocorre “de modo disseminado em todas as categorias, sendo mais significativo nas regiões Norte e Centro-Oeste e no grupo de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, com ensino médio incompleto e não residente nas regiões metropolitanas”.

Na comparação com os números obtidos em 2017, os estados que registraram aumento da desocupação foram Piauí, Sergipe, Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro. Já os estados que apresentaram queda mais acentuada no índice de desemprego foram Amazonas, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Idoso

A população ocupada com idade superior a 60 anos aumentou em 8%, percentual bem acima ao do registrado na população de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, que aumentou 0,9% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017. Entre os com ensino médio incompleto, a ocupação aumentou 10%. Já entre os com ensino fundamental, a ocupação recuou 9%.

Na avaliação do Ipea, o crescimento dos mais idosos na força de trabalho tem ocorrido pelo fato de a parcela de idosos que decidem deixar a força de trabalho e ir para a inatividade vem recuando, e não devido ao aumento do número desses trabalhadores que estão saindo da inatividade e retornando ao mercado de trabalho.

Alguns fatores são citados pelos pesquisadores como relevantes para explicar a permanência dos mais velhos no mercado de trabalho. Um deles está relacionado à busca por um aumento na renda. O outro fator está relacionado ao aumento de expectativa de vida do brasileiro.

Desemprego

Citando números divulgados pelo PNADC, o estudo mostra que em abril o desemprego voltou a cair, após ter apresentado aumento no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017. Se comparado aos números de abril do ano passado, o recuo do desemprego ficou em 0,7 ponto percentual (p.p.). A construção civil apresentou saldos mensais positivos mas, no acumulado de 12 meses, o setor continua apresentando “destruição de empregos”, segundo o Ipea.

“Em maio de 2018, esse setor abriu mais de 3 mil vagas com certeira assinada, apresentando um resultado bem superior ao observado no mesmo mês de 2017”. O setor que apresentou maior dinamismo foi o de serviços, com um saldo positivo líquido próximo a 190 mil novos postos de trabalho nos 12 meses até maio.

Autora da pesquisa, Maria Andréia Lameiras avalia que apesar de o mercado ter apresentado sinais de melhora nos últimos trimestres, dados recentes apontam uma estabilidade que “coloca em dúvida o ritmo da recuperação”. Devido à desaceleração do crescimento da população ocupara, a taxa de desocupação vem se mantendo em torno de 12,5%. “Viemos de um período de retração muito grande. Nossa recuperação apresenta bases ainda frágeis, com muita informalidade, o que traz alta volatilidade para o setor, tanto em termos de ocupação, quanto de rendimento”, explicoua pesquisadora do Ipea por meio de nota.

No primeiro trimestre de 2018, o grupo instituído pelos chamados desalentados – pessoas que não procuram emprego por não acreditarem na possibilidade de conseguir uma vaga – voltou a avançar “de forma mais significativa, correspondendo a quase 3% do total da população em idade ativa”. De acordo com o Ipea, o aumento desse grupo “ocorreu por conta da migração de trabalhadores que até então estavam ocupados, mas ao perderem seus postos de trabalho transitaram diretamente para o desalento, ao invés de permanecerem na desocupação”, não estando, portanto, relacionado a pessoas que estavam sem emprego e desistiram de procurar emprego.

PRF registrou, em Pernambuco, 54 acidentes e 39 feridos durante o São João

Folhape

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou nesta segunda-feira (25) o balanço da Operação São João. Foram registrados 54 acidentes nas rodovias federais em Pernambuco, que deixaram 32 feridos e dois mortos, números que representam uma redução de 27% na quantidade de feridos e de 65% na de mortos em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 55 acidentes, com 44 feridos e seis mortes.

A operação se estende até o final do mês de junho por causa das festividades juninas que ocorrem, principalmente, no Agreste do Estado. Até o momento, mais de cinco mil pessoas foram fiscalizadas e 69 motoristas foram autuados no combate à embriaguez no trânsito.

Os acidentes mais graves ocorreram no sábado (23), na BR-316, em Araripina, no Sertão, e na BR-104, em Caruaru, no Agreste. O primeiro caso foi uma colisão lateral entre uma motocicleta e um veículo não identificado, resultando na morte do condutor da moto, de 37 anos, e deixando o passageiro ferido. O outro acidente foi um atropelamento, que resultou na morte de um homem de 29 anos. O veículo envolvido no acidente fugiu.

Fiscalizações
No período da operação, 5.050 pessoas e 4.210 veículos, segundo a PRF, foram submetidos à fiscalização, sendo emitidas 2.466 autuações por diversas infrações, dentre elas, ultrapassagens indevidas (105), não uso do cinto de segurança (94), falta de cadeirinha (19) e do capacete (10). Ainda foram registradas, pelos radares, 589 imagens de veículos com excesso de velocidade.

No combate à alcoolemia, foram realizadas 69 autuações e quatro prisões de motoristas embrigadados em meio aos 1.504 testes e bafômetro feitos durante a operação. Do total de autuações, 56 foram por recusa em soprar o aparelho e 13 por constatação.

Em quatro dias, foram recolhidos 361 veículos, 85 Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLVs) e 72 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs), por diversas irregularidades.

Dólar abre a semana em baixa de 0,32%

A intervenção do Banco Central (BC) com o anúncio de um leilão de linha (com promessa de recompra) de US$ 3 bilhões para esta semana serviu para reduzir a cotação da moeda norte-americana na abertura do pregão. O dólar abriu o dia recuando 0,32%, cotado a R$ 3,7689 para venda às 9h20, depois de alta de 0,53% registrada na última sexta-feira (22).

O índice Ibovespa abriu o pregão de hoje (25) estável no início da manhã, marcando 0,01% às 10h09 e em seguida com tendência de alta registrando 0,28%, com 70.839 pontos às 10h43.

Prejuízo com depredação e roubo chegam a R$ 3,2 milhões

Mesmo localizada quase que, totalmente, no espaço subterrâneo, a rede coletora de esgoto também é alvo de vandalismo. As partes aparentes da rede coletora, que são as tampas de poços de visita e das caixas de inspeção, instaladas nas ruas e calçadas – e por onde se faz as inspeções na rede e a manutenção do sistema de esgotamento sanitário – são constantemente depredadas ou roubadas. Por mês, são substituídas cerca de 500 tampas desses equipamentos na Região Metropolitana do Recife, um custo de quase R$ 270 mil, incluindo os gastos com a instalação e mão de obra. Se for considerado o período de um ano, esses custos chegam a R$ 3,2 milhões. Os números foram levantados pelo Programa Cidade Saneada, a Parceria Público Privada entre a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a BRK Ambiental, que faz a manutenção dos sistemas operados na RMR. Além dos prejuízos, esses equipamentos depredados representam um risco iminente de acidentes para pedestres e veículos.

Boa parte dessas ações de vandalismo foram registradas nas áreas mais afastadas dos centros urbanos, nos bairros periféricos e com menos circulação de pessoas. No entanto, os bairros ‘campeões’ das ações para troca de tampa de poços de visita e caixas de inspeção são Brasília Teimosa, Afogados e Santo Amaro, no Recife. “A substituição das tampas gera um custo significativo, que poderia ser revertido para a modernização e ampliação do sistema de esgotamento sanitário da RMR. Em alguns trechos ainda é necessária a pavimentação no entorno das tampas em decorrência do vandalismo”, informa a gerente operacional da Compesa, Noélia Lopes, pontuando que a responsabilidade pelo uso correto das redes, seja de água ou esgoto, também é da população, cabendo às concessionárias a manutenção preventiva e corretiva dos sistemas.

De acordo com a gerente, estão sendo realizadas ações para minimizar essas ocorrências, tendo em vista que os serviços de manutenção preventiva e corretiva seguem rigorosos critérios exigidos pela Compesa e são balizados por indicadores internos. “Para a questão do roubo, estamos substituindo as tampas depredadas por tampas de ferro fundido com uma trava antifurto, impedindo a abertura manual e indevida”, informa Noélia Lopes. Nesses casos, apenas a utilização de uma chave específica permite o destravamento da tampa.

Navegabilidade do Rio Capibaribe se arrasta há seis anos, denuncia Silvio

Prometido como alternativa para a mobilidade urbana da Região Metropolitana do Recife, o projeto da navegabilidade do Rio Capibaribe é mais uma obra abandonada pelo Governo Estadual. Se arrastando há quase seis anos, o projeto, com 13.9 km de extensão, divididos em dois ramais (Norte e Oeste) deveria ficar pronto para a Copa do Mundo de 2014, com sete estações espalhadas pelas margens do rio.

O deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), cobrou na tribuna da Casa, por respostas do Governo do Estado ao povo de Pernambuco de quando a obra deve ser concluída. Segundo o parlamentar, apenas na dragagem, foram gastos mais de R$76,4 milhões, e o serviço terá que ser feito novamente. “O projeto da navegabilidade seria uma alternativa para fugir do trânsito e daria uma maior rapidez ao transporte de passageiros que escolhessem trocar o ônibus, mas infelizmente isso sequer saiu do papel. Além de não apresentar nenhum projeto novo, o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio não dão respostas sobre o andamento do serviço”, pontuou.

Entre os problemas encontrados pela Bancada de Oposição, que visitou as estações, estão a não remoção das palafitas das margens do Capibaribe, que impedem a dragagem da calha do rio e a construção das cinco estações do Ramal Oeste, além de problemas na licitação e falta de licenciamento ambiental. “Segundo as informações da Caixa, todas as quatro metas do projeto estão com pendências sob responsabilidade do Estado ou da Prefeitura do Recife, que mais uma vez tropeçam nas próprias pernas”, criticou o parlamentar.

Lançado em 2012, o projeto está com as obras paradas em todas as suas frentes desde 2016, apesar de já ter recebido R$76,4 milhões dos recursos previstos, de um total estimado de R$ 289 milhões. Os recursos já repassados ao Estado representam 26,4% do orçamento inicial da obra, que acumula atualmente 1853 dias de atraso. Para Silvio, o projeto, que integra o PAC da Mobilidade do Governo Federal, é mais um exemplo da ineficiência administrativa do Governo do Estado.

“Sempre ouvimos do Estado e da Prefeitura do Recife que os projetos de Pernambuco estão parados por causa do Governo Federal, mas, nesse caso, o dinheiro foi repassado, mas foi gasto com um serviço que precisará ser refeito”, enfatizou.

O líder da Oposição vai solicitar informações detalhadas sobre o projeto ao governador Paulo Câmara e à Secretaria das Cidades, a fim de ter detalhes sobre a paralisação e os prazos para entrega do projeto.

Como a felicidade pode ser transformadora nas organizações

A felicidade e o bem estar em qualquer ambiente, seja ele de convívio social ou profissional, é uma preocupação que ganha cada vez mais espaço quando o assunto é aprimorar relações interpessoais e de autoconhecimento. Entendendo como funcionam todos os mecanismos que proporcionam um crescimento individual, é possível fazer com que todos os ambientes sejam agradáveis.

Compreender e estruturar a felicidade como um todo para aplicá-la de forma eficaz e transformadora nas organizações, tem sido uma busca cada vez maior das grandes empresas. O autodesenvolvimento e o bem estar pessoal fazem com que a parte profissional seja melhor desempenhada, pois há motivação para isso. E isso traz uma série de benefícios, tanto para o empresário, que consegue melhores resultados, quanto para a equipe, que passa a ter uma melhor qualidade de vida no trabalho.

O médico do trabalho, Eros Tal, diz estar habituado a conversar com pessoas infelizes dentro de seus ambientes profissionais, sem apoio institucional para superar tais problemas. “O mundo de dentro de cada pessoa é tão importante quanto o mundo de fora. Para vencer os desafios, é necessário estar bem consigo constantemente”, explica. Para ele, a importância de pensar nesse aspecto é definitiva para uma produção de qualidade.

Recentemente, participando de um Congresso Internacional de Felicidade, Eros conheceu o ISAE – Escola de Negócios e a partir disso, deslocou-se algumas vezes de Telêmaco Borba à Curitiba para participar do curso oferecido pela instituição, relacionado a esse mesmo tema: o GBA da Felicidade: Transformando pessoas e organizações. O curso trabalha com o objetivo de ajudar o desenvolvimento pessoal de forma integral e consciente, harmonizando todos os aspectos da vida. Priorizando a conexão entre corpo e mente, é possível melhorar aspectos como concentração, foco e clareza, reduzindo stress e ansiedade.

O programa permite entender profundamente os conceitos sobre felicidade, transformar travas e impedimentos para o autoconhecimento e como isso pode conduzir diretamente para uma vida mais feliz. “Entender que produtividade e sustentabilidade são irmãs gêmeas da prosperidade e da felicidade é essencial para pessoas e profissionais de todas as áreas”, completa Eros. O curso é destinado aos líderes de organizações, indivíduos em transição de carreira e profissionais dedicados à transformação de pessoas e empresas.

UNINASSAU prorroga prazo para envio de currículo da seleção para docentes

A Faculdade UNINASSAU Caruaru prorrogou as inscrições para o processo seletivo de contratação de professor. Os interessados podem enviar o Currículo Lattes até o próximo dia 02 de julho. A seleção está aberta para diversos cursos da unidade do semestre letivo 2018.2. As vagas são para 55 disciplinas, distribuídas entre as áreas de exatas, saúde e humanas, abrangendo os 19 cursos de graduação e de curta duração (tecnólogos) ofertados pela Instituição.

O Lattes deve ser enviado para o e-mail ana.tereza@mauriciodenassau.edu.br. A avaliação do Currículo Lattes será eliminatória, levando-se em consideração a formação acadêmica; Produção científica, tecnológica, artística ou cultural; atualização profissional; e a experiência como docente.

O candidato deve ter, prioritariamente, título de doutor; disponibilidade para ministrar aulas no período noturno e/ou diurno nos horários estabelecidos pela coordenação do curso; Curriculum lattes atualizado e comprovado, contendo a relação dos títulos acadêmicos, relação de experiência profissional, atividades de magistério superior e realizações científicas, técnicas, culturais, humanísticas ou artísticas.

Para a diretora da UNINASSAU Caruaru, Aislane Belo, a Instituição tem o dever de oferecer o melhor corpo docentes para os alunos, portanto, a análise deve ser criteriosa. “A UNINASSAU tem uma grande preocupação em oferecer aos seus alunos uma qualidade de ensino de excelência, com professores qualificados e que possam levar esse alunado a construir uma sociedade melhor”, afirmou.

Artigo: Inteligência Artificial: A batalha entre dados e algoritmos

Não há dúvida de que a Inteligência Artificial é um dos pontos tecnológicos mais efervescentes. Segundo o estudo do Gartner “O valor comercial da inteligência artificial em todo o mundo, 2017-2025”, é que o volume de soluções de negócios empresariais baseadas em plataformas de Inteligência Artificial crescerá drasticamente em todo o mundo, com um aumento de 70%, em 2018 em relação ao ano anterior. E isso pode triplicar em 2022, quando o negócio deve valer US$ 3,900 bilhões.

A explosão da Inteligência Artificial tem transformado profundamente a sociedade moderna, impulsionado pela capacidade computacional cada vez maior e as quantidades continuamente crescentes de dados e informações disponíveis hoje. Isso afetará todos os aspectos de nossas vidas e será uma das tecnologias mais disruptivas dos próximos anos.

Para mim, é claro que, como diretor de uma empresa voltada para auxiliar seus clientes na transformação digital, a adoção de soluções utilizando Inteligência Artificial é a base das atividades diárias e dos motivos de debate com colegas e clientes. Hoje, lendo a imprensa especializada e fóruns de discussão na Internet, parece haver uma batalha entre dados e algoritmos, para suportar os melhores aplicativos baseados em IA. É possível ler artigos que parecem ser quase expressões de facções opostas; tendenciosa de acordo com a preferência de dados sobre algoritmos ou vice-versa.

O que caracteriza a Inteligência Artificial do ponto de vista tecnológico é o método/modelo de aprendizagem com o qual a inteligência se torna habilidosa em uma tarefa ou ação (daí a distinção entre os vários Machine Learning, Aprendizagem Profunda, etc). Portanto, dados quanto os algoritmos são necessários para o desenvolvimento de uma aplicação baseada em IA.

Existe realmente uma batalha entre dados e algoritmos?

Já faz muito tempo desde que deixei a Faculdade de Ciências Estatísticas em Bolonha (Itália), mas com todos os investimentos que estamos fazendo na empresa no campo de Machine Learning e Inteligência Artificial em geral, eu estou frequentemente envolvido nessas áreas em interessantes discussões de projetos com meus colegas, que lideram o departamento Digital, e felizmente são muito mais experientes do que eu.
Do meu ponto de vista, se é verdade que – como afirma Geraldo Salandra – “Inteligência Artificial é o foguete, mas os dados são o combustível”, também é verdade e inegável que a IA é uma combinação de dados e algoritmos.

Não há dúvida de que sem combustível (ou seja, dados) você não vai a lugar algum, mas tenha em mente que também é verdade que a escolha do algoritmo correto pode compensar a má qualidade dos dados, e é igualmente certo que escolher um algoritmo errado pode empobrecer os efeitos de excelentes dados.

Devemos assumir que os dados são mais importantes que os algoritmos?

Eu não acho que é sempre assim. Eu entendo o valor fundamental da infraestrutura de dados e análise para alimentar os algoritmos de Inteligência Artificial.

Em nossa experiência cotidiana, “coleta e preparação de dados” são, de fato, as atividades que requerem mais tempo para o desenvolvimento de aplicações baseadas em Inteligência Artificial, comparadas com aquelas para a seleção e desenvolvimento de um modelo. É por isso que investimos muito para fornecer aos nossos clientes a melhor infraestrutura de dados para alimentar e treinar algoritmos.

Mas nos algoritmos é necessário um ótimo trabalho: ninguém pode dizer com certeza qual algoritmo terá o melhor desempenho sem antes ter tentado diferentes. Elaborar e comparar algoritmos e modelos para escolher os adequados é uma atividade crucial para definir o sucesso de uma solução de IA:

– Qual algoritmo devo usar?
– Quantas horas de treinamento de algoritmo tenho à minha disposição?
– Qual é o tipo, a qualidade e o tamanho dos dados disponíveis para mim?

A qualidade do conjunto de dados influenciará diretamente o sucesso do modelo preditivo. Com foco nos dados, é possível transformar um banco de dados ruim em um que vale a pena ser usado na aplicação da Inteligência Artificial, mas também é essencial escolher o algoritmo e modelo corretos que se ajustam aos dados disponíveis e que são consistentes com os dados dos objetivos de negócio.

Aqui estamos nós: o negócio. A palavra que muitas vezes falta nos artigos que li, onde a prioridade dos dados sobre os algoritmos é debatida ou vice-versa, são precisamente “negócios”. A disponibilidade de uma grande quantidade de dados de boa qualidade e algoritmos relevantes permite melhores informações e aplicações; mas obter esse tipo de dados e algoritmos não é apenas uma questão técnica: habilidades empresariais profundas são necessárias para gerar valor significativo e aplicativos de inteligência artificial para empresas.

Dados e algoritmos não se opõem, mas são aliados em uma estratégia orientada para os negócios.

*Filippo Di Cesare, CEO da Engineering do Brasil

Doação de órgãos: Brasil salva número recorde de vidas

Em 2017, País alcançou recorde histórico de 16,6 doadores efetivos para cada milhão de habitantes e, pela primeira vez, a quantidade de doadores só cresce durante sete trimestres seguidos
Levantamento do portal Governo do Brasil revela que o número de doações de órgão disparou e bateu recorde. Os dados foram coletados junto à Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e mostram que o País vive o melhor cenário de doações em 20 anos.

Em 2016, foram aproximadamente 25 mil transplantes e, em 2017, cerca de 27 mil, recordes que representam a retomada após alguns anos de retração e avanços pequenos.

Em relação à taxa de doadores efetivos — aqueles que tiveram órgãos transplantados em outras pessoas — até 2017 foram sete trimestres seguidos de crescimento do indicador — algo inédito desde 2009, quando a ABTO começou a publicar balanços trimestrais. Com essa evolução, o País alcançou, no último trimestre do ano passado, uma taxa de 16,6 doadores efetivos por milhão de pessoas (pmp).

Para o presidente da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), Rafael Paim, uma série de fatores contribui para essa melhora após anos em estado de alerta, com poucas doações.

Um dos mais importantes, segundo Paim, é o treinamento das equipes de transplante. Entre outras atividades, essa qualificação melhorou a forma de comunicar a possibilidade de doação aos familiares de pessoas falecidas.

Apesar dos avanços, o trabalho está longe de terminar. No fim do ano passado, mais de 32,4 mil pacientes adultos estavam na fila de espera por um órgão, além de outras mil crianças que também aguardam um transplante. A grande maioria deles (30 mil adultos e 785 crianças) aguardavam rins ou córnea.

Força-tarefa a favor da vida
“O Brasil aumentou muito as ações de treinamento das equipes de doação”, relata Paim. “Evidências concretas, dados do mundo inteiro, apontam que os aumentos nas taxas de doação variam de 40% a 500% quando se comparam equipes treinadas e não treinadas”, afirma.

Dois decretos assinados pelo presidente da República, Michel Temer, um em 2016 e outro em 2017, também foram essenciais para o aumento na taxa de doadores efetivos. Um deles determina que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) permaneça em solo exclusivamente para transporte de órgãos para transplante. Desde a assinatura do decreto, em junho de 2016, a FAB transportou 512 órgãos: 235 fígados; 143 corações; 76 rins; 21 pâncreas; 27 pulmões; 6 tecidos ósseos; e 4 baços.

“Essas razões se somam quando os profissionais de doação veem o governo federal apoiando a causa com, por exemplo, um avião da FAB para transportar os órgãos”, explica o presidente da Adote. “É bom para os profissionais de saúde saber que eles têm mais recursos para viabilizar o esforço que fazem”, afirma.