50% mais brasileiros buscaram empréstimo online em fevereiro

Estudo realizado pela Lendico, uma das maiores plataformas de crédito pessoal online do Brasil, com pessoas que buscaram empréstimo através do site da fintech, revela que 50% mais brasileiros buscaram crédito pessoal online em fevereiro, em comparação com o mesmo período do ano passado. O percentual de pessoas buscando o empréstimo para a compra de eletrodomésticos e eletrônicos subiu 91%, quando comparado o segundo mês deste ano com o mesmo período de 2017. Além disso, o percentual de pedidos para a aquisição de veículos subiu 43%.

O investimento para abrir novos negócios também continua em forte ascendência. A pesquisa mostrou que houve aumento do percentual de pedidos em 48%. O setor imobiliário é outro que voltou a crescer. A fintech observou percentual 7% maior do que o registrado em 2017. Além disso, reformas, mudanças e mobília dispararam este ano com percentual 35% maior na solicitação de empréstimos.

“Estamos vendo uma mudança no comportamento do consumidor que busca empréstimo online. Antes o percentual de buscas por crédito para dívidas era maior, mas agora há também mais clientes buscando empréstimo para investir no negócio, no imóvel, ou fazer a aquisição de bens.” explica Marcelo Ciampolini.

Sobre a Lendico

Atuando no Brasil desde julho de 2015, a Lendico já ofertou quase R$ 190 milhões em empréstimo pessoal online no país. São mais de 25 mil clientes atendidos com taxas personalizadas e encontrando todas as facilidades de um serviço totalmente digital. Correspondente do Banco BMG, em 2018 a fintech fez parceria com o Banco CBSS e passou então a atender um público ainda maior.

Pesquisa aponta que obesidade dificulta diagnóstico do câncer de mama

mama

Uma recente pesquisa do sueco Instituto Karolinska, com duas mil suecas, aponta que a obesidade mascara a presença de nódulos malignos nas mamas, dificultando assim, a detecção precoce, umas das ferramentas mais importantes no combate ao câncer de mama. O trabalho mostrou que aquelas com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 correm o risco de descobrir os tumores apenas quando eles já estão maiores e, consequentemente, mais difíceis de curar. Dessa forma, os pesquisadores sugeriram a realização da mamografia com mais frequência. Mas os médicos brasileiros questionam essa recomendação.

Eles defendem que a densidade da mama é o que dificulta o diagnóstico da doença e ressaltam que algumas mulheres, mesmo não sendo obesas, também podem apresentar esse problema. “Quem precisa de vigilância maior são as mulheres com mama densa, sendo elas obesas ou não”, defende a mastologista da Oncoclínica Recife, Alessandra Saraiva. Os médicos explicam ainda que aumentar o número de mamografias não resolveria, pois a mutação celular acontece lentamente e a possibilidade de encontrar alterações em um curto intervalo de tempo é muito pequena. “Aumentar o número de mamografias também expõe a paciente a mais radiação e isso pode trazer riscos”, explica a oncologista da Oncoclínica Recife, Sílvia Fontan.

Mesmo assim, os médicos são unânimes em defender o estilo de vida saudável como um grande aliado contra o câncer. Alimentação balanceada, atividades físicas e o acompanhamento de um mastologista trazem resultados satisfatórios para as pacientes. O peso excessivo e o sedentarismo são fatores de risco para o câncer de mama, principalmente porque a gordura transforma outros hormônios em estrogênio, ocasionando uma maior concentração desse hormônio, que é um dos fatores que favorece a ocorrência do câncer.

SOLD promove leilão de imóveis em 15 estados brasileiros

Com lances iniciais que partem de R$ 72 mil para apartamento em Belo Horizonte (MG) e chegam a R$ 1,4 milhões para uma casa com área construída de 826,77 m² em Guarulhos (SP), a SOLD, uma das líderes no segmento de leilões eletrônicos, realiza um pregão com 91 imóveis em todo o Brasil. As oportunidades estão nos estados de Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.

O leilão já está aberto para lances e será encerrado no dia 20 de março a partir das 16h. Confira todos os lotes no link: http://www.sold.com.br/santander.

Entre os imóveis disponíveis, há na cidade de São Paulo, há um apartamento com três dormitórios, sacada com churrasqueira e uma vaga de garagem com lance inicial de R$ 189 mil e uma casa com dois dormitórios, sendo uma suíte, e piscina com valor inicial que parte de R$ 277,4 mil. Já em Minas Gerais, na cidade de Divinópolis, se destaca a oferta de cobertura duplex com uma vaga de garagem por R$ 261,8 mil no lance inicial, e casa com cinco dormitórios a partir de R$ 506 mil em Contagem. Em Curitiba, há apartamento com dois dormitórios por R$ 140 mil e apartamento com três dormitórios, sendo uma suíte, e vaga de garagem em Balneário Camboriú com oferta inicial a partir de R$ 618,7 mil.

Todos os imóveis pertencem ao Banco Santander e podem chegar a valores com 55% abaixo das avaliações e as condições de pagamento chegam a parcelamentos em até 420 meses. Para isto, é interessante estar atento para as condições estabelecidas no edital do leilão. Os imóveis desocupados podem ser visitados mediante agendamento no site da SOLD.

De acordo com o leiloeiro da SOLD, Henri Zylberstajn, esta é uma oportunidade para quem deseja comprar a casa própria com bom custo benefício. “Além disso, uma das facilidades que o leilão eletrônico oferece é a garantia de compra de um bem com preço diferenciado associado a segurança e à comodidade”, explica.

Como participar

Qualquer pessoa pode participar dos leilões: basta se cadastrar no site www.sold.com.br, criar um login e senha e se habilitar para ofertar lances no leilão de interesse. A partir daí, é só acompanhar os lances no dia marcado para o encerramento. O método usado na internet é o mesmo de qualquer leilão, isto é: quem der o maior lance leva o produto.

Sobre a SOLD Leilões

Fundada em 2008, a SOLD Leilões é uma das empresas mais importantes no segmento de leilões no Brasil. Especializada em venda de imóveis, veículos de estoque excedente e em desativações corporativas, industriais e hoteleiras, a empresa possui mais de 3 milhões de usuários cadastrados em seu banco de dados, sendo 75% pessoas físicas e 25% pessoas jurídicas. Presente em 14 Estados do Brasil, a SOLD leiloou no ano passado mais de R$ 700 milhões em ativos e a previsão para este ano é alcançar R$ 1 Bilhão. Seu portfólio de produtos inclui imóveis, veículos, máquinas, equipamentos industriais e agrícolas e bens de consumo em geral.

Entenda a malha fina do imposto de renda e veja como evitar

Começou o período de entrega da DIRPF – Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda 2018, ano base 2017 – e, com isso, o medo de grande parcela de contribuintes de caírem na malha fina.

Mas, o que é esse termo e por que causa tanto medo?

“O contribuinte realmente deve se preocupar em não cair na malha fina, pois essa se refere ao processo de verificação de inconsistências da declaração do imposto IRPF, assim, caso o sistema da Receita Federal perceba alguma informação está errada, separa a declaração para uma análise mais apurada. E, caso perceba erros, chama o contribuinte para ajustes ou até mesmo inicia investigações e cobra de atrasados e multas”, explica o diretor executivo da Confirp Contabilidade Richard Domingos.

Assim, a malha fina é praticamente uma “peneira” para os processos de declarações que estão com pendências, impossibilitando a restituição.

“Para evitar a malha fina, é interessante que o contribuinte inicie o quanto antes o processo de elaboração da declaração, pois poderá fazer com mais calma, buscando documentos que faltam e ajustando possíveis inconsistências”, recomenda o diretor da Confirp.

A preocupação deve ser grande, pois apenas em 2017 foram 747.500 contribuintes que ficaram nessa situação, das 30.433.157 declarações entregues.

A Confirp detalhou melhor os pontos que podem levar à essa situação:

Não lançar na ficha de rendimento tributáveis, os rendimentos provenientes de previdências privadas, quando não optantes pelo plano regressivo de tributação;

Não lançar a pensão alimentícia recebida como rendimentos na ficha de rendimento tributáveis recebidos de pessoa física;

Não lançar rendimentos tributáveis, isentos ou tributados exclusivamente na fonte dos dependentes relacionados na declaração de imposto de renda;

Lançar valores na ficha de rendimentos tributáveis diferentes daqueles relacionados nos informes de rendimento [Rendimento tributável, Imposto Retido, etc];

Lançar como na ficha de pagamentos efetuados na linha previdência complementar valores pagos a previdência privada do tipo VGBL, apenas PGBL é dedutível do imposto de renda;

Não informar o valor excedente aos R$ 751,74 recebidos referente parcela isenta da aposentadoria do contribuinte ou dependente que tenha mais de 65 anos na Ficha de rendimentos tributados;

Lançar valores de rendimentos tributados exclusivamente na fonte na ficha de rendimentos tributados;

Não preencher a ficha de ganhos de capital no caso de alienação de bens e direitos;

Não preencher a ficha de ganhos de renda variável se o contribuinte operou em bolsa de valores;

Deixar de relacionar na ficha de pagamentos efetuados os valores reembolsados pela assistência médica, seguro saúde ou outros, referente a despesa médica ou com saúde do contribuinte ou dependentes;

Relacionar na ficha de pagamentos efetuados pagamentos feitos como pensão alimentícia sem o amparo de uma decisão judicial, acordo judicial ou acordo lavrado por meio de escritura pública;

Não relacionar nas fichas de bens e direitos, dívidas e ônus, ganhos de capital e renda variável, valores referentes a dependentes de sua declaração;

Não relacionar valores de aluguéis recebidos de pessoa física na ficha de rendimento de pessoa física;

Não abater comissões e despesas relacionadas a aluguéis recebidos na ficha de rendimentos recebidos de pessoas físicas ou na ficha de rendimentos recebidos de pessoa jurídica;

Lançar os mesmos dependentes quando a declaração é feita em separado pelos cônjuges ou ex-cônjuges;

Lançar como plano de saúde valores pagos por empresas a qual o CONTRIBUINTE ou DEPENDENTE é funcionário ou sócio sem que o mesmo tenha feito o reembolso financeiro à referida empresa.

Fonte – Confirp Contabilidade

Ministro da Educação inaugura várias creches em Pernambuco

O ministro da Educação, Mendonça Filho, inaugurou, ontem (11), creches nas cidades de Paudalho, João Alfredo e Orobó, em Pernambuco. Na ocasião, ele também assinou a ordem de serviço para construção de duas novas instituições de ensino infantil em Paudalho, as creches Belém e Primavera, que juntas têm orçamento previsto de R$ 4,4 milhões e previsão de atender até 376 crianças.

Ao longo dos eventos, Mendonça ressaltou a importância dos investimentos na educação infantil, através, principalmente, da abertura de creches. “Investir em educação infantil é garantir uma maior proteção à criança e melhores oportunidades para uma mãe, que passa a ter seu filho cuidado. Isso produz uma diferença enorme. A base da educação está na educação infantil. Uma criança bem cuidada na primeira infância terá um futuro totalmente diferente daquela que não foi cuidada.”

Em Paudalho, a instituição inaugurada é a Creche Municipal de Guadalajara, na qual foram investidos R$ 1,4 milhão. A obra era aguardada há oito anos, tendo sido iniciada em 2010 e paralisada pouco depois, sem que fosse concluída. Serão oito salas de aula, uma brinquedoteca, sala de informática e quatro salas administrativas, para atender cerca de 220 crianças entre os seis meses e os três anos de idade, correspondendo à creche integral, e crianças de quatro a cinco anos na pré-escola com educação infantil um e dois.

“Através de muito esforço e dedicação conseguimos abrir esta creche, a primeira creche do município de Paudalho. É uma satisfação grande enxergar que nosso sonho começa a se tornar realidade”, disse prefeito do município de Paudalho, Marcelo Gouveia, destacando os esforços para garantir a retoma e conclusão desta obra.

No ano passado, o ministro esteve neste município para a reinauguração do Colégio Municipal de Guadalajara, após sua reforma e reestruturação. A obra também estava paralisada e custou cerca de R$ 850 mil. O colégio atende, hoje, mais de 700 alunos do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). À época, ele também assinou ordens de serviço para retomada de obras de quadras nas escolas Genilda Martins, com valor de R$ 509,9 mil, e Manoel da Rosa, orçada em R$ 500 mil, além da cobertura da quadra da Escola José Bonifácio, ao custo de R$ 184,9 mil. As três obras estão em andamento, atualmente.

A creche inaugurada em João Alfredo também corresponde a uma obra paralisada. O projeto da Creche Professora Maria Lúcia Souto Gomes da Silva teve início em 2009, orçado em mais de R$ 1,2 milhão. Ficou estagnado, porém, por quatro anos, com registro de passagens de várias construtoras.

Localizada no Bairro Asa Branca, a instituição de ensino passa a contar com dez salas, sendo uma de multimídia e outra para a brinquedoteca, e atenderá até 170 crianças dos 10 meses aos cinco anos de idade, do nível pré-escolar de todos os bairros do município.

“Não faltou em nenhum minuto o apoio do Ministério da Educação e com este apoio a obra está concluída e sendo entregue. É para o povo. Eu fui alfabetizada aos 19 anos e por isso que eu luto pela alfabetização. Educação é a base de tudo”, disse durante a cerimônia a prefeita de João Alfredo, Maria Sebastiana.

Orobó – Já em Orobó a creche inaugurada por Mendonça Filho é a Maria Lucia, cujo prédio vai abrigar, além da instituição de ensino infantil, o Centro de Atendimento Educacional Especializado (Caede) Assunção Coutinho. O Caede é um projeto iniciado pela prefeitura em 2013 e se destina a atender crianças e jovens com algum tipo de deficiência que dificulte o acesso à educação regular.

A construção da unidade de ensino foi executada com recursos do município, tendo custado R$ 850 mil entre construção e aquisição de mobiliário. Anteriormente os dois espaços – creche e Caede – funcionavam num imóvel alugado pela prefeitura. “Uma marca deste governo é a educação e a educação é um conjunto de ações que têm sido desenvolvidas. Nossos professores valorizados, as escolas reformadas, o transporte escolar em dia, a capacitação para as merendeiras. Tudo isso vem mudando a vida do povo oroboense. São muitas conquistas”, falou o prefeito de Orobó, Cleber Chaparral.

Localizado no centro da cidade, o prédio inaugurado possui oito salas, sendo quatro para a creche e quatro para o Centro de Atendimento. A Creche Municipal Maria Lucia terá capacidade para atender 86 crianças. Já o Caede dispõe de com 42 matrículas efetivadas possíveis.

Os nomes da creche e do Caede homenageiam duas professoras já falecidas do município – Maria Lúcia e Assunção Coutinho, respectivamente.

MEC libera R$ 1,2 milhão para pesquisa de diagnóstico precoce de doenças hepáticas

entrevista do ministro mendonça filho

Diario de Pernambuco

O ministro da Educação, Mendonça Filho, anuncia na manhã da segunda-feira, no Recife, a aprovação pelo Ministério da Educação (MEC) do projeto de pesquisa a ser desenvolvido em conjunto com o Instituto do Fígado e a Universidade de Pernambuco, que visa diagnóstico precoce de doenças hepáticas.

Por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o MEC vai liberar R$ 1,2 milhão para o projeto Pesquisa clínica e básica no âmbito das doenças gastro-hepáticas crônicas, visa ajudar no diagnóstico precoce das doenças hepáticas, por meio da aquisição de novos equipamentos, e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O anúncio acontece na sede do Instituto do Fígado e Transplantes, na Rua Arnóbio Marques, bairro de Santo Amaro.

Janot critica encontro entre Cármen Lúcia e Temer: “Causa perplexidade”

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Congresso em Foco

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot criticou o encontro entre o presidente Michel Temer (MDB) e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. O encontro foi acertado durante a semana e ocorreu na casa da ministra, no sábado (10).

Em uma postagem no Twitter, na qual comenta uma matéria sobre a reunião do emedebista com a presidente da Corte, Janot diz: “Causa perplexidade que assuntos republicanos de tamanha importância sejam tratados em convescotes matutinos ou vespertinos”. O comentário de Janot foi postado neste domingo (11).

A conversa, marcada a pedido de Temer, teria sido sobre a segurança pública. No entanto, ocorreu dias após ter sido divulgado a informação sobre a quebra de sigilos bancário e fiscal do presidente da República, autorizada pelo ministro Roberto Barroso, com objetivo de apurar um inquérito aberto contra ele no tribunal.

O encontro foi visto como uma tentativa do presidente Michel Temer de se defender do inquérito contra ele e também de se aproximar de Cármen.

Na última semana, Barroso autorizou quebrar os sigilos de Temer e dos demais investigados no inquérito que trata do suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A, por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado pelo governo em maio do ano passado. A quebra dos sigilos se refere ao período de 2013 a 2017.

Sobre Raquel Dodge: “Vai ser assim?”

Em outra postagem, logo após essa sobre Temer e Cármen Lúcia, o ex-procurador alfinetou a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Em comentário sobre uma matéria que aponta o desempenho de sua sucessora no cargo, ele questionou: “Vai ser assim?”. A reportagem diz que em seis meses no cargo, a procuradora-geral não firmou novas delações

Congresso vota propostas de combate à violência contra mulheres e jovens

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Congresso em Foco

Propostas voltadas para a segurança pública e relativas aos direitos das mulheres terão prioridade no Congresso nesta semana. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), colocou em pauta três projetos contra o avanço da criminalidade. Os senadores devem votar o aumento da pena para o assassinato de mulheres, a criação de um plano nacional de combate ao homicídio de jovens e também o agravamento da pena para crimes em situação de tocaia perto de escolas e de casas.

Na Câmara a pauta tende a ser menos densa. Os deputados devem votar a proposta que permite a coleta de assinaturas eletrônicas de eleitores para a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular, bem como o projeto de lei que cria a Universidade Federal do Delta do Parnaíba, por desmembramento da Universidade Federal do Piauí.

Até o final de março, Câmara e Senado prometeram priorizar temas da bancada feminina. Deputadas e senadoras têm uma lista de ao menos 27 projetos de lei que tramitam nas duas Casas para serem deliberados.

Senado

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 8/2016 altera o Código Penal para aumentar, de um terço à metade, o tempo da pena de prisão por feminicídio no caso em que esse crime for praticado em descumprimento de medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).

O aumento de pena ocorrerá ainda se o delito for praticado contra pessoa com doença degenerativa limitante ou que cause vulnerabilidade física ou mental, ou se for cometido na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima.

A pena básica de reclusão para o feminicídio pode variar de 12 a 30 anos, sem considerar eventuais agravantes. O projeto que pode ampliar o tempo de cumprimento da pena foi relatado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), com voto favorável.

Na análise, Lopes citou estudo do Instituto Avante Brasil apontando que uma mulher morre a cada hora no país por crime de gênero. Normalmente, disse, são crimes dolosos em situação de violência doméstica.

A criação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens é proposta no PLS 240/2016, resultado dos trabalhos da CPI do Assassinato de Jovens, que funcionou no Senado entre 2015 e 2016, sob a presidência da senadora Lídice da Mata (PSB-BA) e com o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) como relator.

O plano tem o objetivo de reverter os altos índices de violência contra os jovens no prazo de dez anos. O foco dessa ação social serão os jovens negros e pobres, que lideram o ranking de mortes nessa faixa etária no país. A iniciativa recebeu parecer pela aprovação na CCJ, onde o relator, senador Hélio José (MDB-DF), aproveitou um relatório apresentado em 2016 pelo senador Telmário Mota (PTB-RR).

Cinco metas estão na base do plano, a ser coordenado e executado sob orientação do governo federal: redução do índice de homicídios para o padrão de um dígito a cada 100 mil habitantes; diminuição da letalidade policial; queda da vitimização de policiais; aumento do esclarecimento de crimes contra a vida para 80% dos casos; e adoção de políticas públicas afirmativas em áreas com altas taxas de violência juvenil.

Projeto que agrava a pena de crimes praticados em situação de tocaia nas imediações de residência, no interior de escola ou em raio de até cem metros do ambiente escolar (PLS 469/2015) também está na ordem do dia.

De iniciativa do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), a proposta altera o Código Penal (Lei 2.848/1940). Nos casos de homicídio, sequestro e cárcere privado, o texto sugere que essas circunstâncias caracterizem a hipótese de crime qualificado. Se a ação resultar em lesão corporal grave ou seguida de morte, a pena do agressor será aumentada até em 50%.

O relator na CCJ, senador Benedito de Lira (PP-AL), apresentou voto favorável, com emendas. A proposta foi aprovada pela comissão em decisão terminativa e seguiria para a Câmara dos Deputados imediatamente, mas recurso do senador Lindbergh Farias, aprovado na comissão, levou o projeto à análise do Plenário.

Câmara

Na Câmara, os deputados devem votar na terça-feira (13) a proposta que permite a coleta de assinaturas eletrônicas de eleitores para a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular. Atualmente, somente é permitida a coleta de assinaturas manuscritas. A matéria está pendente de relatório a ser apresentado pelo deputado Vicente Candido (PT-SP).

Na última terça-feira (6), os deputados retiraram a proposta de pauta devido à polêmica em torno de emenda apresentada pela deputada Renata Abreu (Pode-SP), que propõe a abertura de nova janela de troca partidária sem punição de perda do mandato, dessa vez para os vereadores.

Na terça-feira (13), os deputados podem votar o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 5272/16, do Poder Executivo, que cria a Universidade Federal do Delta do Parnaíba, por desmembramento da Universidade Federal do Piauí.

Na quarta-feira (14), está marcada eleição de representante a ser indicado pela Câmara dos Deputados para o Conselho da República, conforme previsto na Constituição Federal.

Na quinta-feira (15), o Plenário poderá votar, em sessão extraordinária pela manhã, projetos de decreto legislativo com acordos internacionais assinados pelo governo brasileiro.

Na última semana, a Casa aprovou seis projetos apontados pela bancada feminina como prioritários, em sessão presidida pela deputada Mariana Carvalho, única mulher a integrar a Mesa Diretora. Os temas votados garantem, entre outras coisas, mais rigor para a punição dos crimes de estupro, abuso em transporte público e outros crimes sexuais; perda do direito sobre a família de parentes culpados de crimes; e criação de um comitê para tratar de assédio na Câmara.

Temer: Mercosul e União Europeia estão próximos de fechar acordo definitivo

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O presidente Michel Temer disse ontem (11) que após 19 anos de tratativas, o Mercosul e a União Europeia estão próximos de fechar um acordo “em definitivo”. Ele participou neste domingo (11) da cerimônia de posse do presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, em Valparaíso.

Segundo Temer, ainda faltam alguns pontos para resolver e fechar um tratado de livre comércio com os europeus. O Mercosul busca diminuir as barreiras tarifárias para produtos como grãos e alimentos, dos quais são grandes exportadores.

“Temos alguns pequenos pontos para ainda resolver, mas os chanceleres da União Europeia e do Mercosul vão se reunir muito proximamente. Eu acho que, depois de 19 anos, foi isso que eu e o Macri concordamos. Nós talvez fechemos, em definitivo, o acordo Mercosul e União Europeia”, disse o presidente, após ter se reunido com o presidente da Argentina, Maurício Macri.

Michel Temer disse ainda que conversou com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, sobre um possível acordo do bloco formado pelo Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai e Venezuela com a Aliança do Pacífico, formada por Chile, Colômbia, México e Peru.

O acordo com o bloco vizinho gira em torno do aumento no comércio entre os países, considerado ainda baixo. Também está voltado para a diminuição de tarifas cooperação alfandegária, promoção de pequenas e médias empresas, redução de barreiras não tarifárias e facilitação no comércio de bens e serviços.

“Conversei até com o presidente do Peru [Pedro Pablo Kuczynski], muito rapidamente, mas com vistas a logo fazermos uma aliança do Mercosul com a Aliança do Pacífico”, disse.

Temer participou da cerimônia de posse de Sebastian Piñera acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é o principal destino dos investimentos chilenos no mundo, com estoque de US$ 31 bilhões, e seu primeiro parceiro comercial na América do Sul. O Chile, por sua vez, é o segundo parceiro comercial do Brasil na região, com intercâmbio comercial da ordem de US$ 8,5 bilhões, em 2017.

“Vim cumprimentar o presidente eleito, Piñera, tendo em vista não só o fato de que nós temos uma relação comercial fortíssima. São mais de 8 bilhões de dólares, a nossa relação comercial, que aliás, aumentou muito em 2015, 2016 e 2017”, disse Temer

Esta é a segunda vez que Piñera ocupa o cargo. A primeira vez foi no período de 2010 a 2014. O novo mandatária, assume o cargo de Michelle Bachelet para um mandato que vai até 2022.

É preciso defender o Brasil no mercado internacional, diz economista Nelson Marconi

Folhapress

Tendo ao seu lado Roberto Mangabeira Unger e Mauro Benevides Filho, o economista Nelson Marconi foi oficialmente anunciado como responsável pela coordenação do programa de campanha de Ciro Gomes, pré-candidato à presidência pelo PDT.

Marconi é, “sem medo de ser feliz”, desenvolvimentista. Acredita que o estado deve atuar na economia e que a produção industrial e o consumo geram crescimento.

Tem restrições a privatizações em setores que considera estratégicos, como energia. Não venderia a Eletrobras e pode rever o marco do setor petróleo. Mas diz que as reformas são essenciais e que não há divisão entre estado e mercado: “eles são complementares”, afirma.

Como ocorreu a aproximação com Ciro Gomes?
Começou há uns dois anos, na Fundação Getulio Vargas, num seminário sobre novo desenvolvimentismo. Eu sou um desenvolvimentista sem medo de ser feliz. Nós convidamos, Ciro veio e gostou. Mas ficamos próximos no final do ano passado quando achei que ele seria um bom candidato. Organizei reuniões em casa com 30, 40 pessoas para falarem as suas ideias para ele.

Quem participava?
– Acadêmicos da FGV, UFRJ, da UnB, USP, PUC. Alguns empresários, gente do mercado financeiro –e não me pergunte os nomes. Me comprometi a não citar ninguém.

O plano de governo já teria alguma direção?
– Temos um princípio geral importante: não existe divisão entre estado e mercado. Eles são complementares. Nos últimos anos, o mercado foi negligenciado. Não pode isso, porque é ele que traz soluções de eficiência. Mas também não podemos agora ir para o extremo oposto.

No que se refere as medidas, o programa está em um estágio inicial, mas posso adiantar algumas coisas que eu pessoalmente tenho em vista. Primeiro, é preciso desenvolver a indústria e dos serviços que fazem parte desse setor, como design, engenharia, automação e boa parte da pesquisa que gera inovação.

Para muitos economistas, Dilma Rousseff errou ao ampliar subsídios e fazer nacionalização artificial de algumas áreas para fortalecer a indústria. Vocês vão nessa linha?
– Não, é diferente. Dilma cometeu muitos erros. Ciro e eu já discutimos isso. Temos de defender o interesse da empresa nacional, mas isso não significa não ter empresa internacional aqui ou fechar o mercado. Significa defender a participação do Brasil no mercado externo, promovendo a exportação de industrializados. A prioridade é a indústria 4.0. Aí a associação entre capital privado, via venture capital, universidades e institutos de pesquisa, é fundamental.

Qual a posição em relação a privatizações?
– Entendemos que existem setores estratégicos -energia elétrica, petróleo- que não podem ser privatizados. No que se refere a concessões, ora, por favor: é ótimo privatizar estradas, aeroportos.

Mas energia é a área que mais atrai investimentos privados hoje, especialmente chinês.
– Pois então, como é que vamos dar uma usina hidrelétrica para um estrangeiro? E se tivermos um problema de fornecimento? Vamos ter de negociar com os chineses? Empresas chinesas são financiadas pelo governo chinês. Não tem muita lógica entregar uma riqueza nacional para ser gerenciada por empresas ligada a um governo estrangeiro.

Então, no programa não haveria privatização da Eletrobras?
– Até podemos conversar sobre a vende projetos menores na área, mas a Eletrobras, não.

As regras no setor de petróleo foram alteradas para uma maior participação de empresas privadas. Vocês manteriam a mudança ou iriam rever?
– Esse setor gera muita pesquisa e inovação para o resto da economia. A gente entende que o país tem uma reserva importante, o pré-sal. Não faz sentido vender petróleo por um preço muito menor do que a receita que ele vai gerar no futuro, como vimos acontecer recentemente. Acho complicado um modelo que leve a esse tipo de abertura.

Mudariam as regras outra vez?
– Isso não está fechado, mas vamos avaliar, sim.

As reformas são consideradas prioridades para muitos pré-candidatos. E para vocês?
– Isso sim! Somos a favor de todas: fiscal, da Previdência, tributária. A tributária é uma prioridade. Bernard Appy [economista especializado em tributação] tem uma proposta muito interessante e estamos olhando. Mas avaliamos também mexer na tributação sobre herança, sobre lucros e dividendo –desde que não haja bitributação. Enfim, passar o ônus mais para a renda do que para a produção.

O senhor era crítico da reforma da Previdência que vinha sendo feita. Qual seria a proposta de vocês?
– Como o próprio Ciro já falou, ter uma idade mínima é importante. Uma ideia que estamos amadurecendo é ampliar o regime de capitalização [o beneficiário é responsável por fazer sua poupança].

Já discutiram a questão da segurança?
– Esse tema é central. Nós já vínhamos preocupados com a questão antes da intervenção no Rio. Melhorar a segurança passa necessariamente por uma política de combate ao tráfico de drogas e investimentos em inteligência.

E na educação?
– O Ciro tem uma experiência muito boa no Ceará, em especial na educação básica, que tem hoje os melhores indicadores de educação do país. Temos a preocupação de conseguir replicar essa experiência em todo o Brasil. Ampliar a experiência de Sobral.

Qual a posição em relação ao Bolsa Família?
– O nosso ideal seria ter um programa social que atingisse todos até uma determinada faixa de renda, como um salário mínimo, mas do ponto de vista fiscal, a gente não sabe se isso é possível.

Para muitos economistas, a prioridade é resolver o déficit fiscal porque ele está pressionando a dívida. Como o senhor vê a questão?
– De imediato, precisa mexer nos privilégios do setor público, fazer um pente fino para tornar o estado eficiente. Olhar para os muitos subsídios que estão aí, custam bilhões, e avaliar quais devem ser mantidos. A questão fiscal é importantíssima para mim e para o Ciro. Ele nunca governou com déficit. É experiente. É o melhor candidato -mas eu sou suspeito para falar.

Muitos dizem que ele é uma pessoa difícil?
– Ciro é absurdamente capacitado e inteligente. Tem visão de país e um projeto para o Brasil. Mas tem um estilo político próprio. Fala forte. Mas o Brasil está passando por uma fase que precisa disso mesmo, de coragem para mudar. E ele é um cara corajoso.