O voto de Tiririca

O voto mais esperado do impeachment da presidente Dilma Rousseff veio do deputado Tiririca (PR-SP), que fez suspense até o instante final. Tiririca votou “sim” pelo impedimento. Na parte da tarde, deputados o questionavam como ele iria no votar. Sob risadas, Tiririca dizia: “No microfone”. Quando proferiu seu veredito, ele arrancou aplausos dos oposicionistas.

Único deputado do PMB vai votar pelo impeachment 

   O deputado Weliton Prado (PMB-MG) anunciou que vai votar a favor da abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “O que Dilma fez na economia é muito sério, está acabando com o legado do primeiro mandato. É indefensável”, afirmou.

Segundo o parlamentar, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) parou e diminuíram as vagas dos programas educacionais, entre outros retrocessos.

PSL também se posiciona contra Governo

 O deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR) disse que a “gastança desenfreada” criou um caos econômico no País e defendeu a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

“Os fatos são irrefutáveis: a presidente Dilma não honrou a Constituição brasileira e cometeu crime, não zelou pelas contas públicas”, afirmou.
A outra integrante do PSL, deputada Dâmina Pereira (MG), também adiantou que votará pelo afastamento da presidente.

Silvio Costa faz discurso emocionado e diz que ‘oposição não tem moral para tirar Dilma’

 Pela liderança do PTdoB, o deputado Silvio Costa (PE) disse que quem está tentando aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff são os aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

“Que país é este? 95% desta oposição não têm moral e não têm ética para agredir a presidente Dilma”, disse, lembrando que há denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) relacionadas a Furnas.

De acordo com Silvio Costa, o governo terá votos suficientes para impedir a autorização do julgamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado. Costa criticou ainda o vice-presidente da República, Michel Temer, pelas negociações de cargos para a montagem de um futuro governo.

Rede Sustentabilidade vai dividida para votação no plenário 

O líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), afirmou que o partido está dividido e a bancada terá liberdade para votar como quiser, apesar da orientação favorável ao impeachment por parte da Executiva Nacional.
Molon vai votar contra. Ele disse que a votação do impeachment no Plenário nada tem a ver com o combate à corrupção, já que é protagonizado por deputados investigados. 

“A impunidade deve ser combatida sim, mas infelizmente há quem apoia esse processo justamente para esvaziar a Lava Jato”, criticou.
Ele acrescentou que o Plenário quer desfazer o voto das urnas. “Isso só pode ocorrer em casos excepcionais e não é o caso desse parecer pró-impeachment”, destacou.

PHS terá seis votos a favor e um contra o impeachment 

 Líder do PHS, o deputado Givaldo Carimbão (AL) disse que vai votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Todos os demais integrantes do partido, entretanto, já declararam voto favorável ao impedimento.

“Neste momento que o Brasil vive, quando vamos decidir se a presidente fica ou sai, o partido votará a favor do impeachment, porém a democracia é boa e eles respeitaram a minha decisão contrária”, afirmou.

PV votará pelo impeachment 

O líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), ressaltou que seu partido votará a favor da autorização do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Já o deputado Evandro Gussi (PV-SP) disse que a Câmara dos Deputados, “aberta aos anseios da população”, está unida ao povo brasileiro. “A bancada do Partido Verde já sabe que a presidente cometeu crime de responsabilidade e que esse é o lugar para votar”, afirmou

PSOL vota contra impeachment e diz que tem acordo para salvar investigados na Lava Jato

O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), disse que a bancada votará unida contra o impeachment de Dilma Rousseff porque sabe o valor da democracia. Segundo ele, o processo tem intenção de salvar deputados investigados pela Operação Lava Jato.

“Os partidos da oposição, embalados pela grande mídia, querem entronizar Michel Temer no poder. Ele não teve nenhum voto, 60% da população o rejeita, e ele também assinou as pedaladas fiscais. O que temos à frente é um retrocesso”, criticou.

Líder do PPS reafirma crime e defende impedimento 

Pelo PPS, o líder Rubens Bueno (PR) recordou que houve “clara violação à Lei de Responsabilidade Fiscal com a perversidade desses crimes contra a economia nacional”.

VBueno disse que a população não quer mais ser enganada pelos mandatários. “Chegou a hora de virar a página e a presidente Dilma perdeu a moral para continuar a exercer seu cargo, praticou fraudes fiscais, tentou obstruir a Justiça, faltou com o decoro e perdeu a legitimidade”, disse. Ele defendeu a reconstrução do Brasil no “plano da ética.

PSC diz que impeachment atende anseios da sociedade 

 O líder do PSC, deputado Andre Moura (SE), disse que as ruas cobram a saída da presidente Dilma Rousseff. “Ouço gritos de um povo que não aguenta mais, inconformado e arruinado por um governo desumano”, declarou.

Ele afirmou ainda que o projeto político do PT está “falido” e gerou uma crise econômica sem precedentes. “Podemos ter certeza de que estamos escrevendo a mais bela história”, asseverou. Michel Temer, segundo Moura, tem capacidade de pacificar e reunificar os brasileiros.