Começou agora há pouco na Câmara dos Deputados a Sessão histórica que pode autorizar ou não, o Senado de abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

A Rádio Caruaru FM está transmitindo ao vivo e com presença de analistas políticos e jornalistas. O comando é de Aba Rebeca Passos, com participação de Wagner Gil, Arnando Dantas e Rubens Júnior e Diego Cintra.

Dos atuais 513 deputados e 81 senadores, 42 participaram do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992: 14 deles estão atualmente no Senado e 28, na Câmara. Entre eles, só três apoiaram o ex-presidente: o hoje senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e os deputados Nelson Marquezelli (PTB-SP) e Átila Lins (PSD-AM). O trio apoia a saída da presidente Dilma Rousseff.

Caiado e Marquezelli faziam parte da chamada tropa de choque de Collor. “O cidadão simples lá do interior sabe muito bem que há uma montagem, uma farsa que não convence ninguém. Isso nada mais é do que um golpe pela tomada ao poder, que parte de quem não teve competência para ganhar na urna e não se curvou diante da decisão maior em 1989”, discursou o parlamentar goiano, então deputado do PFL (hoje DEM), antes da votação na Câmara.

Líder do PTB na Câmara naquele momento, Marquezelli liberou a bancada para votar como quisesse, mas reiterou seu apoio ao então presidente. “Desde o início, alinhamo-nos a um programa de modernidade; alinhamo-nos a um programa para tornar este país mais competitivo, para integrá-Io à comunidade internacional. Trinta e cinco milhões de pessoas votaram neste programa de governo e elegeram Fernando Collor de Mello e Itamar Franco”, afirmou o petebista também na sessão em que foi aprovado o parecer da comissão do impeachment.

Neste domingo, 513 deputados vão responder, na prática, à seguinte pergunta: a presidente Dilma Rousseff deve ser processada por crime de responsabilidade? A resposta será dada por parlamentares que conhecem bem a Justiça. Cerca de 150 deles, entre apoiadores e adversários da petista, são investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), em inquéritos (procedimentos preliminares anteriores à abertura dos processos) e ações penais (os processos, de fato).

As acusações vão de crime de responsabilidade – como o atribuído a Dilma – a corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e desvio de verba pública.

Ao menos 23 deputados aptos a votar nesta tarde são suspeitos de ter recebido recursos desviados da Petrobras, como o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Além de comandar a votação, Cunha lidera outra bancada: a dos parlamentares que já são réus no Supremo. Ele responde por corrupção e lavagem de dinheiro e a outros inquéritos também da Operação Lava Jato. A defesa do peemedebista argumenta que as acusações contra ele não se sustentam e são represália à sua atuação política. Uma nova denúncia já foi entregue pela Procuradoria-Geral da República contra Cunha, acusado desta vez de omitir contas bancárias na Suíça. Parlamentares que estão na mira do Supremo já se manifestaram no processo de impeachment.

Na última segunda, 19 deles participaram da votação na comissão especial que analisou o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) – dez votaram contra a possibilidade de abertura de processo contra Dilma, e nove foram contra.

Pedro Augusto

Em paralelo ao extenso roteiro de trilhas e viagens já existentes, em muito em breve os amantes do pedal de Caruaru e da região passarão a contar com mais uma boa opção em termos de percurso. Com o objetivo de atender ainda mais as demandas deste tipo de público impulsionando também a economia do Interior do Estado, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer está intensificando atualmente a implantação da primeira rota de cicloturismo de Pernambuco. De acordo com as informações da pasta, o processo licitatório para a sinalização do trajeto já foi aberto desde o mês passado.

Ao todo, a rota contará com 180 quilômetros e ligará os municípios de Caruaru, Bezerros, Bonito e Gravatá. Ela será dividida em quatro trechos: de Caruaru a Bonito (52 quilômetros), de Serra Negra a Caruaru (31,8 quilômetros), de Gravatá a Serra Negra (31 quilômetros) e de Bonito a Gravatá – este último ainda passando por Sairé (67,7 quilômetros). Dotada de placas informativas e indicativas em madeira ecológica, a tendência é de que a primeira rota passe a ficar disponível à população ainda neste semestre.

Em entrevista à imprensa pernambucana, na semana passada, a gerente de ciclomobilidade da Secretaria Estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Rosaly Almeida, reforçou as intenções do governo. “A ideia é de que o turista passe pelo menos uma noite em cada cidade movimentando ainda mais as economias de cada uma delas. Cinco dias seria o tempo médio da viagem, mas cada um deve fazer seu tempo de acordo com sua resistência e com os atrativos que encontrar nos municípios contemplados”.

Acostumado a realizar trilhas e viagens em grupo, através do Pedal Livre, o empresário caruaruense José Gonçalves viu com bons olhos a implantação da primeira rota de cicloturismo. “Ela não só servirá como uma alternativa a mais para nós que praticamos o ciclismo como também dinamizará bastante as finanças destas cidades circunvizinhas. Este tipo de proposta já tem sido colocada em prática com sucesso no Sul do país e, com certeza, proporcionará benefícios para vários setores da nossa economia, a exemplo dos restaurantes, dos hotéis e das pousadas”.

A proposta que foi citada pelo empresário refere-se ao Circuito Vale Europeu de Santa Catarina. Este último foi criado há nove anos sendo o primeiro a ser planejado especialmente para ser percorrido de bicicleta no país. O mapa da aventura começa e termina na cidade de Timbó, a aproximadamente 30 quilômetros de Blumenau. Ao todo, o percurso contempla nove municípios, totalizando 350 quilômetros. Ele pode ser dividido em parte alta – onde se chega a 700 metros de altitude, com relevo acentuado, e parte baixa, em que o ciclista passa por inúmeros rios, riachos e cachoeiras.

Com a implantação da rota, a ideia da Secretaria de Turismo de Pernambuco é de que os ciclistas locais circulem justamente por trilhas de terra batida e de asfalto desfrutando também de riquezas naturais, mas no Agreste do Estado. Assim como acontece no Circuito Vale Europeu, a intenção é de que eles recebem um certificado após o cumprimento do trajeto escolhido. Além desse, o governo ainda pretende implantar, em breve, outros percursos padronizados no Estado.