Por Alexei Esteves
Por meio da Educação Ambiental e de suas estratégias, ações ou oficinas concernentes, o cidadão pode conhecer e entender melhor o significado do mundo em que vive e compreender as necessidades e prioridades reais para a melhoria da qualidade e para a perpetuação da vida. A Educação Ambiental é ação transformadora e política, que forma o cidadão e instrui as comunidades para a cidadania ativa visando a sustentabilidade, a justiça social e o bem comum.
Porém, o sistema econômico do mercantilismo capitalista,que ampara o grupo político dominante, desconsidera que seus métodos atuam em sentido inverso ao do desenvolvimento sustentável.
A implementação da Educação Ambiental é assim desprestigiada e deixa de ser implementada com a relevância, urgência e a compreensão da necessidade que ela representa para a sociedade. É notório que os entraves generalizam-se para solapar a transformação social proposta.
Despreza-se as advertências do órgãos internacionais e de lideranças locais e ainda veem na Educação Ambiental um processo de transformação política que pode ameaçar muitos dos seus dogmas e solapar as bases ideológicas e culturais da estrutura vigente que prestigia o lucro, o consumo e o mercantilismo capitalista imperial que produz resultados imediatos , mas que comprometem a sustentabilidade.
Surge, nesse contexto, a evidência de que este é o sistema de poder que sustenta a direção política e econômica e o sustentará, até que a sociedade civil dotada de verdadeira inserção social, educada, consciente e participativa, tenha condições de conduzir e adaptar a nova ordem social para a ordem pública voltada a compreensão sistêmica de todos os temas sociais que têm relação direta com o meio ambiental, qualidade de vida e a saúde. Esse quadro poderá ser conquistado quando os agentes públicos gerenciarem a ordem jurídica, econômica e social com visão holística e enfoque da ecologia social.
A ordem social e jurídica neste milênio deverá ser construída pelo efetivo exercício da cidadania ambiental, inspirada em paradigmas orgânicos que busquem,de qualquer modo, a dignidade humana a ser conquistada pela ação social da democracia participativa para que o fim da sustentabilidade se reflita no meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, sadio à qualidade de vida. A sociedade sustentável, sob o aspecto educativo, jurídico e político transformará a realidade insustentável vigente.
A sociedade civil educada com enfoque ambiental terá visão ecossistêmica da ordem pública jurídica e social e poderá assumir um papel mais participativo no controle da comunidade e do Estado, já que estará melhor qualificada para conseguir provocar a ação sócioambiental mais efetiva da Administração Pública, a fim de se fazer implementar as Políticas Públicas de Educação Ambiental, dentre tantas outras, pois a berço da fome, da miséria, do desrespeito a criança e a crise da segurança também deverão ser tratadas com enfoque sistêmico.
A Educação Ambiental e ação socioambiental deverão permear a economia, a educação e a ecologia social. E, nas decisões mais importantes da nação e a Educação Ambiental poderá, preencher vazios e promover a inserção social que de fato vai mitigar muitos dos entraves decorrentes inação ou ações contra os valores ambientais, a baixa qualidade de vida e exclusão a que o povo têm historicamente se submetido.