Do Pernambuco 247
Governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos segue com artilharia pesada contra a presidente Dilma Rousseff em sua caminhada Brasil afora. Em Salvador, neste sábado, onde comandou o Seminário Regional Programático do PSB, na Arena Fonte Nova, o socialista atacou Dilma com a nova arma da oposição, as possíveis complicações da Petrobras com compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.
Ele sugeriu em entrevista coletiva que Dilma desvaloriza a estatal para privatizá-la. Perda no valor das ações e as denúncias que envolvem a empresa o “preocupam severamente”.
“Em três anos, a Petrobras vale a metade do que valia e deve quatro vezes mais do que devia. Às vezes fico seriamente desconfiado se isso não faz parte de um plano para desvalorizar e vender a Petrobras”.
Eduardo fez ataque explícito à presidente Dilma lembrando campanha de 2010, quando ela acusou o tucano José Serra de querer privatizar a estatal. “Em 2010, a presidente acusou o candidato que disputava a eleição com ela de querer fazer a privatização da Petrobras. Três anos depois, a Petrobras vale a metade do que valia”.
Presidenciável do PSB foi além e disse que demissão do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró “não resolve a crise”. “A gente não pode achar que está tudo normal e que a saída de uma pessoa vai resolver algo mais complexo. Nós temos preocupação com a Petrobras. A Petrobras não pertence a este governo, pertence ao povo brasileiro”.
Pernambucano atacou ainda um dos maiores programas dos governos do PT, o Bolsa Família. “Queremos ter o direito de não achar normal que as filhas do Bolsa Família de hoje sejam as mães do Bolsa Família de amanhã”.
Socialista disse ainda que Dilma não pode usar o programa como arma eleitoral, de modo que o eleitor ache que se o PT sair do governo o Bolsa Família acabará. “Não pode haver terrorismo eleitoral. O Bolsa Família não está em debate, ele é uma conquista das famílias mais pobres”.