Artigo: Por que eu não consigo emagrecer? Descubra a verdade!

Por Vinícius Possebon

Eu sempre ouço as pessoas me fazerem a clássica pergunta: “Por que eu não consigo emagrecer?”. O fato é que a resposta é tão simples que, muitas vezes, não enxergamos, mas eu sei por que você não está conseguindo emagrecer e vou te dizer a verdade nua e crua neste artigo.

Você pode já ter tentado de tudo: dietas de nutricionistas e da moda, personal trainers, horas de academia, sistemas eficazes para emagrecer, mas não conseguiu chegar lá.
Por que isso? Por que para algumas pessoas emagrecer parece ser algo tão fácil? Essa pergunta é feita para mim todos os dias também e, sempre que eu me deparo com isso, lembro de uma frase do grande Roberto Shinyashiki: “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é ter alguém que acredite nele”.

E, agora, eu pergunto para você: quem tem que acreditar no sonho que você tem de conquistar um corpo e uma saúde invejáveis? A única pessoa que precisa acreditar é você mesmo!

Você acredita que consegue emagrecer?
Talvez, ao se olhar no espelho e pensar um pouco sobre os seus hábitos de vida, você acredita que emagrecer é algo tão distante da sua realidade que, de fato, pode ser tão difícil quanto ganhar na loteria.

Emagrecer, para quem não tem um estilo de vida mais saudável, pode ser uma tarefa mais árdua, mas se tanta gente chega lá, por que você também não pode? Você já parou para pensar como o Michael Phelps se tornou o maior medalhista olímpico? Bom, ele até podia ter o melhor treinador, mas esse profissional não faria tudo por ele, era necessário vontade por parte do atleta. O Michael Schumacher, da mesma forma, tinha o melhor carro, mas tudo dependia apenas dele, da sua vontade.

Você acha mesmo que esses dois atletas, antes de uma competição importante, chegaram no espelho e disseram: “Eu duvido que eu vou ser campeão” ? E você, o que diz para si quando decide que é hora de mudar de vida e emagrecer?
Eu desenvolvi um sistema de treinamento pensando exatamente nas pessoas que não têm tempo para ficar na academia, nem disposição para encarar aquelas dietas que fazem passar fome.

É um treino, simples, rápido, eficaz e que mostra resultados rápidos. Os depoimentos que recebo quase todos os dias confirmam isso. Porém, o interessante é que, mesmo assim, chegam mensagens de pessoas pelas redes sociais dizendo “eu duvido que você consiga me fazer emagrecer”.

Olha, na verdade, se você pensa isso, mesmo quando vê outras pessoas obtendo resultados fantásticos, realmente eu também duvido que eu vá conseguir te ajudar a emagrecer. E sabe por quê? Simplesmente porque você programou sua mente para duvidar de si e eu não posso fazer nada. Quem precisa acreditar não sou eu, nem ninguém, é só você.

Eu garanto que você pode ir longe, assim como os grandes atletas que citei acima. Coloque coisas positivas na sua mente e tenho certeza que você atingirá seus objetivos.
Duvida que isso seja possível? Então comece a mudança hoje mesmo! Acredite em si a partir de agora, programe sua mente, faça mudanças significativas na sua alimentação, treine com vontade e você verá como os resultados começarão a aparecer.
Bons treinos, forte abraço e até a próxima!

Vinícius Possebon é personal trainer, palestrante e criador do Sistema de Emagrecimento Queima de 48 Horas. Facebook: https://www.facebook.com/queimade48horas .

Coluna: Dica de férias

Por Menelau Júnior

Muita gente postando nas redes sociais frases com o substantivo “férias”. É uma história de “Chegou as férias”, “Férias, sua linda, quero lhe usar” e por aí vai. E sempre existem aqueles que postam fotos no litoral, no maior clima de “ostentação”.

Vamos por partes: FÉRIAS É NOME QUE, NO SENTIDO DE DESCANSO, DEVE SER EMPREGADO SEMPRE NO PLURAL. Isso significa que toda a concordância deve ser feita no plural. Assim, devemos dizer “As férias”, “minhas férias estão maravilhosas” e “Chegaram as férias”. Além, claro, do infame “Férias, suas lindas, eu quero usá-las”.

No caso da palavra “OSTENTAÇÃO”, é bom lembrar que ela vem do verbo “tentar”. Nesse caso, recebe o prefixo “ob-”, que se transforma em “os-” diante da letra “t”, e tem sentido de “intensidade”. “Ostentar” é uma espécie de “tentação” intensificada.

E nas férias, claro, sempre há muitas confraternizações. A palavra que mais vi no Facebook nos últimos dias foi “confra”. Todos sabemos que é uma redução de “confraternização”. A questão é: pode isso?

O processo de reduzir uma palavra até onde ela pode ser compreendida (“abreviação”) não é novidade na língua. Hoje em dia, quase ninguém fala “fotografia”: falamos “foto”. “Motoclicleta” deu lugar a “moto”. “Rolezinho” virou “rolê”. “Odontologia” é “odonto”, “fisioterapia” é “físio” e por aí vai.

Portanto, não há nada de esquisito na forma “confra” no lugar de “confraternização”. Obviamente, a palavra deve ficar restrita a ambientes linguísticos informais, como é o caso das redes sociais. No convite de uma empresa, por exemplo, “confra” não seria nada conveniente.

A propósito, para quem está acima do peso como eu, as “confras” de fim de ano e de férias são um pesadelo.

Menelau Júnior é professor de português

Artigo: Feliz ano novo ou feliz novo ano

Por Erik Penna

“Atrás de cada linha de chegada existe uma linha de partida.” (Madre Teresa de Calcutá)
Sábio é o homem que inventou o calendário, algo fantástico. Hoje, nós sabemos que se passaram milhares de anos até que se chegasse à invenção do ano, do mês, da semana, do dia, da hora, do minuto e do segundo, tal como é usado hoje.
Já reparou que, no final do ano, é comum encontrar pessoas esgotadas, cansadas da vida e sentindo o peso de um ano inteiro nas costas? É corriqueiro, no dia 31 de dezembro, ver pessoas reclamando da vida.

E o calendário é mágico, pois também é comum encontrar no dia seguinte diversas dessas pessoas felizes, animadas, cheias de sonhos, energia e disposição para o ano que começa. Foi só virar a folhinha do calendário e começar um novo ano para termos a oportunidade de fazer de novo, diferente e concluir projetos que não saíram do papel no ano anterior.

Se, durante o ano que passou algum sonho não se concretizou, se você sofreu perdas ou derrotas, procure encará-las como as podas das árvores, que sofrem ao serem cortadas, mas que fazem disso um impulso que as faz crescer ainda mais belas, fortes e resistentes.

Ao iniciar um ano novo, temos uma nova chance. Mais do que apenas começar um novo ano, tente fazer deste um ano novo, com novas perspectivas. Planeje-se, aprimore-se e tenha mais iniciativa, mas não se esqueça da “acabativa”, pois começar é fácil, mas o importante mesmo é terminar com assertividade. Determine-se a vencer e, para isso, lembre-se que será fundamental a sua nova atitude.

Inicie a partir de agora um novo ano, dê a partida para uma grande virada, não deixe para amanhã, faça o que precisa ser feito imediatamente. Prepare-se para tempos de esforços e dificuldades, mas também de vitórias, conquistas, realizações, ricas bênçãos e muita prosperidade.

Feliz ano novo, ou melhor, um feliz novo ano, que começa a partir de agora em sua vida. Um 2015 brilhante e realizador para você!

Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”. Site: www.erikpenna.com.br

Opinião: Quando um ranking é maior que a ética

Por Thamiris Barbosa

É comum ver escolas com turmas especiais para alunos, digamos, mais avançados e com uma possibilidade maior de rendimento. Uma instituição bem colocada é ideal para chamar atenção dos pais que querem dar uma educação decente para os filhos. O problema é quando essa necessidade de atrair novos “clientes” é maior do que a ética na educação.

Em tudo existe ética. Trabalho, amor, convivência e na educação não seria diferente. Para você, existe ética em separar os chamados alunos top’s em uma falsa unidade de ensino para alcançar um nível elevado no ranking do Enem? Meio confuso isso.

Algumas escolas da Região Metropolitana do Recife, apesar de serem consideradas grandes referências em ensino, possuem apenas uma unidade escolar. Porém, para a montagem dessa classificação, os gestores criam uma unidade fictícia da escola que alcança um lugar maior no final.

Ora, numa escola onde apenas alunos diferenciados estudam e todos eles são “treinados” para tirar notas altas, a disputa por um lugar maior na colocação acaba sendo injusta. A divisão, além de não ser ética, é motivo de chacota entre clientes – sim, clientes, já que isso não passa de uma jogada de marketing para atrair mais dinheiro. Novamente surge o questionamento: quando um ranking é maior que a ética?

Isso é apenas um exemplo básico que acontece no Recife, mas o problema é muito maior, é nacional. As explicações – para não chamar de desculpas – são as mais estranhas. Uma delas, de uma escola do Rio de Janeiro, é de que as turmas especiais são feitas de alunos que vieram de escolas de programas de apoio. O que chamou atenção foi a falta de necessidade dessa separação elitista.

É comum a prática de divisão de turmas especiais no 3º ano, mas subiu a cabeça o fato de conseguir chamar atenção dos pais e da mídia na hora de divulgar essas colocações. Além disso, existe o problema do investimento. Se meu filho não faz parte dessa turma especial e eu pago o mesmo que os pais de um aluno de turma diferenciada, por que o meu filho não pode ter a mesma atenção? Aulas especialmente programadas para um primeiro lugar no curso de medicina do vestibular, testes e acompanhamento psicológico com um “q” a mais de atenção. Tudo isso pesa. No final das contas, a ética ficou esquecida no Ensino Fundamental.

Thamiris Barbosa é Jornalista

Coluna: Meus votos para 2015

Por Menelau Júnior

Já que esta é uma época de desejar um 2015 “maravilhoso” e “repleto de felicidades e realizações”, também tenho algo a desejar não apenas aos meus amigos do dia a dia, deste jornal e das redes sociais, mas, de uma forma geral, a todos os brasileiros. Por isso, desejo que em 2015…

1)     aprendamos a ser mais pacientes com aqueles que precisam de nós;

2)     devolvamos o troco que nos passam a mais – mesmo que sejam apenas centavos;

3)     deixemos de furar filas como se nada estivéssemos fazendo;

4)     sejamos mais honestos nas provas do colégio, da faculdade e dos cursos de idiomas;

5)     bebamos menos;

6)     não sejamos irresponsáveis dirigindo depois de ter ingerido bebida alcoólica – mesmo que “apenas um copo de cerveja”;

7)     consumamos menos e poupemos mais;

8)     respeitemos mais nossos pais e mães;

9)     sejamos mais frequentadores de livrarias do que de academias;

10)  sejamos capazes de perdoar a quem nos ofendeu, o que não significa fazer de conta que não fomos ofendidos;

11)  deixemos de usar o Facebook para nossas lamentações amorosas ou para nossas “indiretas” infantis;

12)  sejamos capazes de parar para ouvir os mais velhos;

13)  não compactuemos com a desonestidade, seja de quem for;

14)  exijamos mais responsabilidade de nossos jovens, principalmente quando o assunto é estudo;

15)  combatamos o uso de drogas a qualquer custo;

16)  deixemos de usar o nome de Deus em vão ou em nome do dinheiro e dos milagres fabricados;

17)  combatamos os maus políticos com ideias, e não com a destruição dos patrimônios públicos e privados;

18)  sejamos mais tolerantes dentro de casa, cuidando de cada palavra que sai de nossa boca;

19)  a Petrobras possa voltar a ser um orgulho nacional, e não uma vergonha surrupiada por petistas;

20)  saibamos que o mundo só muda quando nós mudamos.

É SÓ ISSO QUE DESEJO A TODOS VOCÊS EM 2015.

Menelau Júnior é professor de português 

Coluna: Deem livros de presentes

Por Menelau Júnior

A distância que separa o sucesso da mesmice chama-se leitura. O que determina a forma como enxergamos o mundo – e consequentemente o tamanho dele – também é a leitura. Voltaire resumiu em uma frase curta: “A leitura engrandece a alma”.

No mundo moderno, ler é imperativo. Não apenas porque nos ajuda a melhorar a escrita ou a argumentação que usamos em vários momentos da vida, mas porque nos permite refletir mais, pensar mais, questionar mais. Quem lê está sempre à frente.

A família e a escola têm um papel importantíssimo na formação de novos leitores. Se quisermos jovens longe da violência e dos vícios, ofereçamos-lhes livros, jornais e revistas. Se quisermos adolescentes que pensam mais e que estarão mais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho, estimulemos sua leitura! É ela que permite o crescimento intelectual de um povo. É ela que nos faz viajar sem sair do quarto.

Não tenhamos, pois, medo de oferecer livros às crianças e aos jovens. Levá-los a uma livraria pode ser uma experiência fascinante de descobertas e aprendizados. Contar historinhas para os menores estimula o raciocínio e estreita laços afetivos. Não importa se o leitor gosta de romances adocicados, aventuras improváveis ou de planetas que só existem por causa das palavras. No mundo da leitura, seja ficcional, jornalística, biográfica, informativa, cabe ao leitor descobrir caminhos e se descobrir. Isso porque os livros falam e nosso espírito responde. Lendo, descobrimo-nos. Nesta semana de Natal, seria muito bom que as crianças pudessem ir a uma das várias livrarias da cidade e passar alguns momentos olhando os livros. Tenho certeza de que pediriam para levar algum para casa. É tarefa dos pais fazê-las apaixonarem-se por esse mundo.

Enfim, que cada adulto seja exemplo às crianças de como é bom ler e que se sinta comprometido com a leitura e com o estímulo a ela. Mário Quintana escreveu que “o livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. É essa magia que precisa ser estimulada sempre. Sem ela, a vida será sempre feita de mesmices. Sem ela, o mundo será sempre bem menor do que poderia ser.

A você, que nos acompanha semanalmente, um forte abraço e um Natal abençoado ao lado de sua família e de seus amigos.

Menelau Júnior é professor de português

Coluna: Deem livros de presentes

Por Menelau Júnior

A distância que separa o sucesso da mesmice chama-se leitura. O que determina a forma como enxergamos o mundo – e consequentemente o tamanho dele – também é a leitura. Voltaire resumiu em uma frase curta: “A leitura engrandece a alma”.

No mundo moderno, ler é imperativo. Não apenas porque nos ajuda a melhorar a escrita ou a argumentação que usamos em vários momentos da vida, mas porque nos permite refletir mais, pensar mais, questionar mais. Quem lê está sempre à frente.

A família e a escola têm um papel importantíssimo na formação de novos leitores. Se quisermos jovens longe da violência e dos vícios, ofereçamos-lhes livros, jornais e revistas. Se quisermos adolescentes que pensam mais e que estarão mais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho, estimulemos sua leitura! É ela que permite o crescimento intelectual de um povo. É ela que nos faz viajar sem sair do quarto.

Não tenhamos, pois, medo de oferecer livros às crianças e aos jovens. Levá-los a uma livraria pode ser uma experiência fascinante de descobertas e aprendizados. Contar historinhas para os menores estimula o raciocínio e estreita laços afetivos. Não importa se o leitor gosta de romances adocicados, aventuras improváveis ou de planetas que só existem por causa das palavras. No mundo da leitura, seja ficcional, jornalística, biográfica, informativa, cabe ao leitor descobrir caminhos e se descobrir. Isso porque os livros falam e nosso espírito responde. Lendo, descobrimo-nos. Nesta semana de Natal, seria muito bom que as crianças pudessem ir a uma das várias livrarias da cidade e passar alguns momentos olhando os livros. Tenho certeza de que pediriam para levar algum para casa. É tarefa dos pais fazê-las apaixonarem-se por esse mundo.

Enfim, que cada adulto seja exemplo às crianças de como é bom ler e que se sinta comprometido com a leitura e com o estímulo a ela. Mário Quintana escreveu que “o livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. É essa magia que precisa ser estimulada sempre. Sem ela, a vida será sempre feita de mesmices. Sem ela, o mundo será sempre bem menor do que poderia ser.

A você, que nos acompanha semanalmente, um forte abraço e um Natal abençoado ao lado de sua família e de seus amigos.

Menelau Júnior é professor de português

Coluna: Entre o brega e o chique

Por Menelau Júnior

Época de fim de ano chega e quase todo o mundo começa a se preocupar com a roupa com a qual participará das festas natalinas. Para alguns, o prazer das comprar torna-se um martírio: são tantas comemorações e confraternizações que é quase impossível não repetir peças (ou, pior ainda, não encontrar ninguém com uma peça igual). Como, então, evitar o “brega” e ficar “chiquérrima”?

Primeiramente, o que é “brega”? Segundo o Houaiss, “brega” é algo “de mau gosto, sem refinamento, inferior segundo o ponto de vista de quem julga”. Por exemplo: chapéu de caubói em festa de casamento é brega. Usar vestido com estampa de oncinha ou zebrinha é extremamente brega. Excesso de cores na indumentária também é brega. Ouvir Pablo e elogiar as letras é muito, muito brega.

Chique, palavra emprestada pelos franceses, serve para designar, entre outros, “quem se destaca pela elegância”. O problema é quando alguém está “muito chique”. É inevitável que alguém use a palavra “chiquérrimo”. Há os que arriscam “chiquésimo”. E lá se vai a elegância de nosso inculto e belo idioma. Leia qualquer revista social e você vai encontrar inúmeras palavras terminadas em “-érrimo”. É “bacanérrimo” elogiar gente “chiquérrima”.

Ensina-nos a tradição da língua que o sufixo “-érrimo” deve ser usado quando a forma latina apresenta consoante explosiva surda mais “r”. Em outras palavras, fazemos o superlativo dessa maneira quando o adjetivo termina, normalmente, em “-ro” ou “-re”. Pobre (paupérrimo), negro (nigérrimo), magro (macérrimo) exemplificam-nos bem isso.

Portanto, não existe nada que justifique o superlativo “chiquérrimo” ou “chiquésimo” na língua portuguesa. Aliás, pela lógica, o superlativo de “chique” seria feito da forma mais comum na língua: acrescentando-se o sufixo “-íssimo”. “Chiquíssimo” seria o caso. Mas, convenhamos, é uma forma bem esquisita. Por que não ficar com “elegantíssimo” ou “elegantíssima”? São formas que obedecem aos processos de formação lógicos de nosso idioma.

É bom lembrar, entretanto, que o uso abusivo de superlativos pode tornar a linguagem pedante e retórica. Por outro lado, existem formas bem engraçadas usadas pela população e que equivalem a superlativos. Por exemplo: quando alguém quer dizer que um amigo está muito magro, muitas vezes faz isso chamando o amigo de “macarrão”. É bem mais criativo que “macérrimo”. Obviamente, há contextos para isso, e a liberdade popular não deve ser desprezada. No caso do “chiquérrimo”, não é liberdade. É frescura mesmo.

Menelau Júnior é professor de português

Artigo: A Carta do Silêncio nas Cidades

Por Marcelo Rodrigues

Não é fácil, e cada dia torna-se um dos grandes desafios viver nas cidades, onde o excesso de barulho proveniente de várias circunstâncias do cotidiano atingem a sadia qualidade de vida e o sossego das pessoas. Locais silenciosos em cidades de médio e grande porte são cada vez mais raros.

Na verdade, o excesso de automóveis, os sons cada vez mais potentes; os ruídos advindos da construção civil; a cultura da ignorância das pessoas onde todo mundo ouve mais alto, e em compensação fala mais alto, ou vice versa; a ausência da aplicação da lei pelos gestores, e em todos os seus seguimentos de poluição sonora, gera um problema de saúde pública, porque todos são atingidos, não importa a classe social, além de ser uma questão de controle e fiscalização pública, é também de educação.

Dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que 120 milhões de pessoas no mundo está exposta a níveis de pressão sonora, e, por conseguinte, têm a audição afetada pelo ruído. Além disso, o ruído em excesso, acima de 55 dBA, também causa doenças tais como stress, insônia, irritabilidade, pressão alta, problemas cardiovasculares e nas cordas vocais, interferindo diretamente no funcionamento do organismo e na qualidade de vida.

O Dia Internacional da Conscientização sobre Ruído, International Noise Awareness Day (Inad) foi criado há 17 anos, nos Estados Unidos, pela Center for Hearing and Comunication. Ela teve e tem a finalidade de divulgar o evento mundial de conscientização, que consistiu e consiste em 60 segundos de silêncio, a fim de demonstrar o impacto do ruído na vida cotidiana.

A União Europeia, desde de 2002, obrigou as cidades com mais de 200 mil habitantes a fazer suas “cartas acústicas”, ou também denominadas mapas de ruídos. Foi estipulado um prazo de cinco anos para a elaboração, e depois mais cinco para implementar os mencionados mapas de ações julgadas necessárias para corrigir problemas e manter a tranquilidade de espaços considerados “ilhas” de silêncio.

No Brasil, foi a cidade de Fortaleza quem deu o primeiro passo, e concluiu pela primeira vez essa ferramenta de planejamento urbano, denominada de Carta Acústica, com o fito de melhorar a qualidade de vida das pessoas e da cidade.

A finalidade precípua da Carta Acústica é um diagnóstico dos indicadores do ambiente sonoro vivenciados no meio urbano, servindo para definir estratégias de controle e redução da poluição sonora em todos os seus seguimentos, e que serve como um termômetro para estabelecer os limites da lei, dando uma grande contribuição para o desenvolvimento sustentável rumo a melhoria da sadia qualidade de vida da sociedade em todos os seguimentos.

As Cartas de Ruído identificam a distribuição espacial dos ruídos e as emissões das fontes sonoras mais significantes nos ambientes em toda a área de um Município como por exemplo: Ruído do trânsito rodoviário, ruído ferroviário; ruído aéreo; ruído industrial; ruído comercial; ruído de locais de entretenimento; ruído em escolas; ruídos residenciais, etc.

É de extrema importância que as informações constantes nas aludidas Cartas de Ruído prestem para a integração da informação acústica ao Plano Diretor Municipal.

No que pese as discussões na atualização de nosso Plano Diretor, existe uma fragrante ausência de participação popular nos destinos desse importante instrumento urbanístico, embora o esforço do Conselho da Cidade por parte de seus conselheiros seja louvável e digno de aplausos, tendo em vista a complexidade dos temas a serem discutidos, e pelo atropelamento da gestão em assuntos que deveriam ser mais maturados para ingressar em planos mais arrojados, e que deveriam focar em uma cidade mais sustentável.

No caso em tela, as Cartas de Ruído deveriam servir de base nas decisões sobre as estratégias de intervenção ou, mesmo, sobre políticas legislativas para redução da poluição sonora, com a consequente melhoria da qualidade de vida dos cidadãos no âmbito da saúde e do bem estar das pessoas, com o fito de gerir avanços no âmbito de políticas pública ambientais para as presentes e futuras gerações.

Fica o exemplo único de Fortaleza para as demais cidades do Brasil. Deve servir para gestores que tenham o compromisso com cidades sustentáveis, onde o crescimento seja contemplado em respeito às pessoas, com mais educação, fomentando a cultura da paz no intuito de respeitar o individual e coletivo para uma melhor qualidade de vida e diminuir os impactos provenientes de atividades humanas que geram o desconforto com a geração de uma das poluições que mais agridem o homem: A POLUIÇÃO SONORA.

Artigo: A Carta do Silêncio nas Cidades

Por Marcelo Rodrigues

Não é fácil, e cada dia torna-se um dos grandes desafios viver nas cidades, onde o excesso de barulho proveniente de várias circunstâncias do cotidiano atingem a sadia qualidade de vida e o sossego das pessoas. Locais silenciosos em cidades de médio e grande porte são cada vez mais raros.

Na verdade, o excesso de automóveis, os sons cada vez mais potentes; os ruídos advindos da construção civil; a cultura da ignorância das pessoas onde todo mundo ouve mais alto, e em compensação fala mais alto, ou vice versa; a ausência da aplicação da lei pelos gestores, e em todos os seus seguimentos de poluição sonora, gera um problema de saúde pública, porque todos são atingidos, não importa a classe social, além de ser uma questão de controle e fiscalização pública, é também de educação.

Dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que 120 milhões de pessoas no mundo está exposta a níveis de pressão sonora, e, por conseguinte, têm a audição afetada pelo ruído. Além disso, o ruído em excesso, acima de 55 dBA, também causa doenças tais como stress, insônia, irritabilidade, pressão alta, problemas cardiovasculares e nas cordas vocais, interferindo diretamente no funcionamento do organismo e na qualidade de vida.

O Dia Internacional da Conscientização sobre Ruído, International Noise Awareness Day (Inad) foi criado há 17 anos, nos Estados Unidos, pela Center for Hearing and Comunication. Ela teve e tem a finalidade de divulgar o evento mundial de conscientização, que consistiu e consiste em 60 segundos de silêncio, a fim de demonstrar o impacto do ruído na vida cotidiana.

A União Europeia, desde de 2002, obrigou as cidades com mais de 200 mil habitantes a fazer suas “cartas acústicas”, ou também denominadas mapas de ruídos. Foi estipulado um prazo de cinco anos para a elaboração, e depois mais cinco para implementar os mencionados mapas de ações julgadas necessárias para corrigir problemas e manter a tranquilidade de espaços considerados “ilhas” de silêncio.

No Brasil, foi a cidade de Fortaleza quem deu o primeiro passo, e concluiu pela primeira vez essa ferramenta de planejamento urbano, denominada de Carta Acústica, com o fito de melhorar a qualidade de vida das pessoas e da cidade.

A finalidade precípua da Carta Acústica é um diagnóstico dos indicadores do ambiente sonoro vivenciados no meio urbano, servindo para definir estratégias de controle e redução da poluição sonora em todos os seus seguimentos, e que serve como um termômetro para estabelecer os limites da lei, dando uma grande contribuição para o desenvolvimento sustentável rumo a melhoria da sadia qualidade de vida da sociedade em todos os seguimentos.

As Cartas de Ruído identificam a distribuição espacial dos ruídos e as emissões das fontes sonoras mais significantes nos ambientes em toda a área de um Município como por exemplo: Ruído do trânsito rodoviário, ruído ferroviário; ruído aéreo; ruído industrial; ruído comercial; ruído de locais de entretenimento; ruído em escolas; ruídos residenciais, etc.

É de extrema importância que as informações constantes nas aludidas Cartas de Ruído prestem para a integração da informação acústica ao Plano Diretor Municipal.

No que pese as discussões na atualização de nosso Plano Diretor, existe uma fragrante ausência de participação popular nos destinos desse importante instrumento urbanístico, embora o esforço do Conselho da Cidade por parte de seus conselheiros seja louvável e digno de aplausos, tendo em vista a complexidade dos temas a serem discutidos, e pelo atropelamento da gestão em assuntos que deveriam ser mais maturados para ingressar em planos mais arrojados, e que deveriam focar em uma cidade mais sustentável.

No caso em tela, as Cartas de Ruído deveriam servir de base nas decisões sobre as estratégias de intervenção ou, mesmo, sobre políticas legislativas para redução da poluição sonora, com a consequente melhoria da qualidade de vida dos cidadãos no âmbito da saúde e do bem estar das pessoas, com o fito de gerir avanços no âmbito de políticas pública ambientais para as presentes e futuras gerações.

Fica o exemplo único de Fortaleza para as demais cidades do Brasil. Deve servir para gestores que tenham o compromisso com cidades sustentáveis, onde o crescimento seja contemplado em respeito às pessoas, com mais educação, fomentando a cultura da paz no intuito de respeitar o individual e coletivo para uma melhor qualidade de vida e diminuir os impactos provenientes de atividades humanas que geram o desconforto com a geração de uma das poluições que mais agridem o homem: A POLUIÇÃO SONORA.