Artigo: O poder do bom humor e do otimismo

Por Erik Penna

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman)
Mais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes.
Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir.

Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de decisões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato.

Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos.
Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista.
A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”.

O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos.
Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro – inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”.

Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você.

 Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.
Site: www.erikpenna.com.br

Artigo: Como diminuir calorias na alimentação em 5 passos

Por Vinícius Possebon

Um dos desafios que mais fazem com que as pessoas desistam da dieta é a reeducação alimentar. Muita gente acha que precisa passar fome para emagrecer, mas não é verdade. Descubra neste artigo como diminuir calorias na alimentação e, mesmo assim, se sentir saciado em todas as refeições.

Para entendermos como esse processo funciona, inicio relembrando que caloria é energia. Desta forma, você sabe que, se entra mais caloria do que você gasta, o ganho de peso é inevitável. Na via contrária, se você gasta mais caloria do que consome, há perda de peso.

Isso, no entanto, não é nenhuma novidade para você, certo? Na verdade, o que está sabotando a sua dieta para emagrecer é justamente essa história de ter que diminuir as calorias na alimentação e acabar passando fome.

Nos primeiros dias, você até aguenta o tranco, mas depois, a tentação é maior, você acaba comendo demais e adeus regime!

Para evitar esse problema, eu recomendo fortemente que você faça algumas mudanças permanentes na sua alimentação para diminuir calorias e, mesmo assim, não passar fome e conseguir emagrecer permanentemente.
Confira os 5 passos que você precisa seguir:

1. Inclua mais proteína na sua alimentação
Não tem outra: se você quer perder peso, a proteína vai te ajudar bastante. Adicionar mais alimentos ricos em proteína na sua dieta fará com que você perca peso sem fazer tanto esforço e sacrifícios, acredite.

São muitos os estudos que mostram que a proteína não só acelera o seu metabolismo, o que faz com que você queime gordura em repouso, como também reduz o apetite. Isso acontece porque a proteína necessita de certa quantidade de energia para metabolizar, o que faz com que você queime de 80 a 100 calorias a mais se ingerir esse nutriente em boas quantidades diariamente.

Além disso, como a proteína aumenta sua saciedade, consequentemente você vai diminuir calorias ingeridas por dia. Estudos mostram que pessoas que ingeriram 30% de energia proveniente de proteínas deixaram de ingerir 441 calorias diárias! Ou seja, você pode diminuir drasticamente o consumo calórico diário apenas adicionando mais alimentos ricos em proteína na sua dieta.

2. Evite refrigerantes, sucos de frutas e alimentos com muito açúcar em geral
O quê? Suco de fruta engorda? Bom, é inegável que frutas são absolutamente saudáveis, mas elas contêm uma grande quantidade de açúcar, o que pode boicotar sua dieta.

Eliminar líquidos ricos em açúcar é outro grande favor que você faz a si. Isso inclui os grandes vilões, como refrigerante, leite achocolatado e também aqueles que não percebemos que podem sabotar o emagrecimento, como sucos de frutas.

Talvez isso seja o que mais esteja impedindo você de emagrecer, pois o seu cérebro simplesmente não considera as calorias líquidas que você ingere diariamente, da mesma forma que considera as sólidas.

3. Beba mais água

Esse talvez seja o truque mais eficaz e saudável para emagrecer: beba mais água. Talvez você já saiba que o recomendado é beber cerca de 2 litros de água por dia (ou 8 copos), mas você sabia que essa atitude super benéfica para o organismo pode fazer com que você queime cerca de 96 calorias a mais por dia? Além disso, quando você bebe mais água antes das refeições, pode ter o apetite reduzido e, consequentemente, diminuir as calorias ingeridas.

Outras bebidas com cafeína também podem ajudar. O café e o chá verde são excelentes para aumentar o metabolismo, ainda que seja por um curto prazo.

4. Exercite-se!
Quando ingerimos menos calorias, nosso corpo compensa queimando menos. Esse é o motivo pelo qual a restrição calórica pode ser um tiro no pé, pois, a longo prazo, seu metabolismo diminuirá. Além disso, você pode perder massa magra, que é metabolicamente ativa, fazendo com que seu metabolismo fique ainda mais lento.

A maneira eficaz de evitar esse desastre é fortalecer os músculos fazendo exercícios, de preferência os de alta intensidade, que queimam gordura, aceleram o metabolismo e fortalecem os músculos. Você não precisa necessariamente ir para a academia: exercícios como flexões, por exemplo, têm um excelente efeito.

5. Evite os carboidratos a todo custo
Cortar os carboidratos, principalmente os refinados, é outra maneira muito eficaz de perder peso. Talvez você passe pela mesma situação todos os dias: depois de comer o tradicional pão com café pela manha, você realizará suas atividades diárias e, poucas horas depois, perceberá que está morrendo de fome. Você não entende porque está de barriga vazia tão cedo, mas deixa isso para lá e come mais um biscoito ou pãozinho, porém, um pouco antes do almoço, você já está com muita fome novamente, o que faz com que você coma mais do que precisa na refeição seguinte.

O que acontece é que você está comendo muitos alimentos ricos em carboidratos, que não trazem muita sensação de saciedade, como é o caso da proteína. Quando você substitui o carboidrato por outros alimentos ricos em nutrientes como a proteína, seu apetite tende a diminuir, fazendo com que você coma menos.

Estudos já demonstraram que ter uma alimentação baseada na dieta low-carb pode fazer com que você perca de 2 a 3 vezes mais peso do que numa dieta baseada em restrição calórica ou baixa ingestão de gordura.

Bem, estas foram as 5 dicas sobre como diminuir as calorias sem passar fome e, como último recado, recomendo que você evite ao máximo alimentos industrializados. Quanto mais natural for sua alimentação, menos importará que tipo de dieta você está fazendo.
Bons treinos, forte abraço e até a próxima

Vinícius Possebon é personal trainer, palestrante e criador do Sistema de Emagrecimento Queima de 48 Horas.
Facebook: https://www.facebook.com/queimade48horas .

Artigo: O poder do bom humor e do otimismo

Por Erik Penna

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman)
Mais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes.
Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir.

Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.

O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de decisões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato.

Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos.
Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, muda-te a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista.
A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”.

O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos.
Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro – inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”.

Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você.

 Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”.
Site: www.erikpenna.com.br

Artigo: Você já planejou sua carreira para 2016?

Por Dolores Affonso

É isso mesmo. Não é um erro de digitação, nem você leu errado! Estou falando do planejamento da sua carreira para 2016 sim. Se você deseja estar em um nível diferente, numa outra empresa, num cargo específico; ou seja, ter o sucesso que você quer em 2016, precisa começar a se mexer já!

Isso não significa que o ano de 2015 está perdido ou será só de planos; muito pelo contrário, será de planejamento e aplicação prática! Mas o planejamento tem que começar agora. Você deve saber que todas as empresas que não querem ficar “apagando incêndios” diariamente fazem planejamentos de curto, médio e longo prazos, que são revistos periodicamente e constantemente adaptados à nova realidade.

E você? Tem feito isso com sua carreira? Todo profissional que não quer ficar para trás e que tem objetivos definidos deve fazer o mesmo.

Você já deve ter ouvido falar que, num bom planejamento, as empresas avaliam o mercado, buscando oportunidades que possam aproveitar e ameaças que devem evitar e se avaliam internamente, observando as forças que precisam manter e as fraquezas que devem melhorar. Para isso, costumam usar a Matriz SWOT.

Para quem não sabe o que é, a Matriz SWOT – Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) – tem o objetivo de ajudar nesta análise e na construção de cenários para planejamento das ações.
Na gestão de carreira, com um coaching, é possível fazer o mesmo: planejar, construir cenários e realizar ações, alcançando os objetivos.

Para você entender melhor e começar já a aplicar as ferramentas de coaching para obter os resultados que almeja e estar no patamar que deseja em 2016, ou quem sabe ainda em 2015, compartilho uma das ferramentas mais poderosas: a Matriz SWOT.
Transportando a matriz empresarial para sua carreira, podemos considerar que:

Análise Externa: diz respeito ao mercado de trabalho, com suas oportunidades e ameaças. Neste contexto, você deve analisar e listar todas as oportunidades: novas posições na empresa, outras empresas, novos nichos, novas leis, ou seja, os movimentos do mercado. Com relação às ameaças, deve ficar atento aos concorrentes diretos e indiretos dentro da empresa e fora dela, mudanças na empresa, movimentos do mercado etc.

Análise Interna: diz respeito a você, seus pontos fortes e fracos. Deve ser muito sincero e crítico consigo mesmo nesta etapa, pois é preciso analisar-se com cuidado. Liste suas habilidades, competências, potencial, mas avalie também suas dificuldades e limitações em todas as áreas.

Após listar tudo isso, reflita sobre cada quadrante que combina:

Fraquezas e Ameaças: identifique como suas fraquezas, se combinadas às ameaças, podem prejudicar sua carreira e como você pode diminuir este impacto negativo. Trabalhe nas suas fraquezas, melhorando-as. Busque um novo conhecimento, uma nova habilidade etc.

Fraquezas e Oportunidades: desenvolva estratégias que possam minimizar os pontos fracos, juntamente com o aproveitamento das oportunidades. Busque crescimento, desenvolvimento, mudança.

Forças e Ameaças: tire o máximo proveito dos seus pontos fortes. Use-os para minimizar as ameaças. Utilize suas competências e habilidades.

Força e Oportunidades: aproveite ao máximo as oportunidades, sempre usando seus pontos fortes para potencializá-las.
Pense nisso, aplique e veja os resultados em sua carreira!

Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade (www.congressodeacessibilidade.com ).

Artigo: Por ciclofaixas para todos, todos os dias

Por Bernardo Lopes

Todos nós demos boas-vindas às ciclofaixas e ao espaço de lazer que se monta aos domingos e feriados em Caruaru. As ruas, principalmente a avenida Agamenon Magalhães, têm sido tomadas por pessoas andando, patinando, passeando ou correndo de bicicleta. E as ruas devem mesmo ser das pessoas, não dos automóveis.  A iniciativa é ótima e merece elogios. Mas há alguns senãos.

A ciclofaixa, até alguns dias atrás, era montada desde as proximidades do campus esportivo da ASCES, na avenida Portugal, bairro Universitário, passava pela rua Marcionilo Francisco da Silva, avenidas Agamenon Magalhães e Manoel de Freitas, no Maurício de Nassau, e seguia ao longo da ferrovia desde o Espaço Major Clementino (Grande Hotel) até parar, abruptamente, nas proximidades da antiga CAGEPE, no Divinópolis.

Seu percurso poderia ter sido estendido, por exemplo, até alcançar a avenida Caruaru, que divide as duas primeiras COHAB’s, na Boa Vista. Agora, nem mesmo a CAGEPE ela alcança, pois seu caminho foi desviado em direção ao recém-inaugurado espaço de lazer no Pátio do Forró, a pouco mais de 700m do Grande Hotel, medida que gritava de tão óbvia. Mas para atingir o Pátio do Forró tinha que ser eliminada a perna até a CAGEPE?

Maurício de Nassau e Universitário são os bairros mais abastados da cidade e são, sem dúvida, os mais privilegiados com a ciclofaixa. Dá-se a entender que só os caruaruenses ricos podem passear de bicicleta. É isso mesmo? E os trabalhadores que a usam no dia-a-dia e têm que se arriscar em meio ao trânsito pesado dos veículos a motor e às linhas d’água criminosas de mais de 30cm da cidade?

É bom lembrar, ainda, que estamos no início da aprendizagem de convivência entre carros e bicicletas. Ciclovias e ciclofaixas não têm de servir somente ao lazer. É restringir demais seu público e sua utilidade. Elas têm de servir, democraticamente, a toda a população, de segunda a segunda. Mais: se são apenas de lazer, elas têm de ligar os poucos locais de lazer da cidade (os três parques e as maiores praças) e não terminar em meio ao nada.

E quando o sol baixa e a temperatura fica mais convidativa ao exercício, a ciclofaixa é desativada. Por que não deixá-la até às 20h, em vez de retirá-la às 18h?

Há uma quantidade enorme de gente que utiliza a bicicleta à noite como forma de se exercitar. Há uma quantidade ainda maior de gente que a usa como transporte durante o dia. E há uma quantidade gigantesca de gente disposta a trocar o carro pela magrela no dia-a-dia e que ainda não o fez por falta de vias adequadas.

A demanda por bicicletas nunca virá antes da criação da mínima estrutura necessária. Ela vem sempre depois. Se construir ciclovias (separadas fisicamente das vias para carros por barreiras) é caro e demorado, montar ciclofaixas com pinturas e cones, não. Por que, então, não as montamos no contrafluxo do trânsito? Pela manhã, no sentido contrário ao do Centro. À noite, no sentido do centro.

E não basta criar estes espaços de lazer. Faltam as pessoas preparadas para orientar os usuários. A ciclofaixa dos domingos e a ciclovia do Pátio do Forró são tomadas por caminhantes, corredores, crianças brincando e patinadores, prenunciando acidentes para breve, quando cada um desses usos tem seu espaço definido.  Demos um passo importante (ou uma pedalada importante), mas a trilha é longa. Que as ciclovias, ciclofaixas e os espaços de lazer sejam menos voltados para os ricos. Há vida fora do Maurício de Nassau!

Bernardo Lopes é arquiteto, formado pela Universidade Federal de Pernambuco, sócio-diretor do Jirau Arquitetura e Urbanismo e que teve um de seus projetos exposto na Bienal de Veneza, na Itália.

Artigo: As ruas e as calçadas como medida da democracia das cidades

Por Marcelo Rodrigues

Em meio as discussões do Plano Diretor de nossa cidade, pouco se ouve falar nas diretrizes que estão sendo tomadas no âmbito do presente e do futuro das ruas e calçadas de Caruaru, fator esse de grande preocupação tendo em vista a precariedade, em particular, das calçadas em nosso Município, quando se sabe que constituem o espaço público por excelência, onde todos têm a garantia de ir, vir e circular. Para tanto, devem possuir as dimensões necessárias ao deslocamento com segurança e que sua conservação não comprometa a saúde dos pedestres com buracos, resíduos de todas as espécies e má conservação, uma vez que existe a gênese de achar que os espaços públicos são privados e, em sendo assim, podem sofrer todo tipo de intervenção particular. Alguns urbanistas afirmam que a “largura das calçadas são a medida da democracia de uma cidade”. Neste diapasão todos nós somos pedestres, podendo de forma transitória estar de bicicleta, em automóvel, no transporte público ou mesmo a pé.

Neste pensamento, faz-se mister traduzir para a realidade das ruas 3(três) princípios democráticos fundamentais no âmbito do Direito Urbanístico, e que devem estar inseridos nas plenárias para garantir o acesso às ruas e às calçadas: A liberdade de expressão, a alternância de poder e pluralidade.

No ponto, as ruas devem proporcionar garantia a todos para que se manifestem livremente, falem o que pensam e ouvi a opinião dos outros sem medo de represálias. Nas ruas isso implica que os meios de transporte maiores devem zelar pela segurança dos menores e todos pela segurança do pedestre. Esse princípio está esculpido no CTB, vitória para a democracia.

O que se observa na cidade é que o mais forte tem o monopólio do uso da força sem alternância de poder e é por isso que nossa sociedade se engessou e não progrediu. Alternância de poder é adequar que diferentes fluxos (carros, ônibus, vans, bicicletas, motocicletas, pedestres) tenham garantido o acesso seguro às vias.  Cada um a seu tempo e respeitando a presença do outro, todos possam utilizar as ruas.

A discussão da mobilidade passa por uma cidade plural, e estas são sempre as melhores. Já está comprovado que as cidades onde existem uma enorme quantidade de opções de transportes, democratiza as escolhas, e aí depende de cada um a seleção em conformidade com suas condições financeiras. É importante que se afirme e que se diga que o transporte individual, seja bicicleta, motocicleta ou automóvel, tem vantagens em relação ao transporte público, mas não pode orientar políticas públicas de mobilidade urbana.

Portanto, os meios de transportes públicos como ônibus, metrô, trens, BRT, VLT, etc,   devem ser alternativas eficazes ao transporte individual e coletivo, e são as melhores maneiras de garantir que os cidadãos possam escolher como desejam se deslocar, mas que haja a possibilidade/viabilidade de integração entre os diferentes modais, ou seja, por exemplo, que o indivíduo possa se deslocar até certo ponto da cidade de bicicleta, estacionando em bicicletários seguros, e daí ir ao seu trabalho ou atividade em um transporte público de qualidade, diminuindo os impactos, seja financeiro, de trânsito ou favorecendo a economia do baixo carbono.

Na verdade, todos os princípios democráticos aplicáveis às ruas mencionados aqui já estão previstos em lei. O que falta aos gestores de um modo geral é coragem e a adoção da lei de mobilidade como instrumento urbano para desenvolver com sustentabilidade, com a aplicação da economia do carbono zero, mitigando os efeitos do combustível fóssil e suas implicações na saúde das pessoas e no enfrentamento das mudanças climáticas.

Infelizmente a realidade prática ainda não contempla uma democracia efetiva. As pressões e os interesses de grupos para adequar as cidades aos meios de transporte individuais e motorizados ainda seguem com um grande poder de influência, embora o rumo desta distorção deverá ser corrigida pelas necessidades climáticas e pela discussão no seio da sociedade, atendo as necessidades coletivas ao invés do egoísmo individual do consumo.

Marcelo Rodrigues, é advogado, professor universitário, exerceu o cargo de Secretário de Meio Ambiente da Cidade do Recife.

Artigo: O retorno da pobreza

Por Tiê Felix

A calamidade pública brasileira agora se volta contra os brasileiros. Talvez quando das eleições não se dimensionasse o quanto a corrupção é danoso a coisa pública. Provavelmente ao ver as denúncias muitos, já acostumados aos desmandos costumeiros, não tiveram em verdadeira conta  a magnitude do problema que agora se faz presente inclusive para eles.

Me parece que com essa política de retorno à austeridade o governo somente nega tudo aquilo que vinha sendo feito em seu paraíso ideológico. Parece que houve sim uma mudança de gestão onde o PT se deu conta da impossibilidade de um Estado forte num capitalismo global e atroz como o período que vivemos.

Através dos múltiplos benefícios, o Estado cresceu demais de tamanho o que deu margem ao aumento do roubo ao patrimônio público. Mesmo com o seu período de ouro recente, o país não conseguiu promover melhorias e somente repetiu aquilo que sempre é feito, a confusão entre a coisa pública e a privada.

Impossível é não se revoltar.

Por outro lado Domingo passado a Grécia elegeu um novo partido ao poder e penso que alguns sinais gregos poderiam servir de ponto de partida para pensarmos a política brasileira.

Desde há muito submissa a austeridade da União Europeia a Grécia somente vinha empobrecendo nos últimos tempos. Através de demandas oriundas sobretudo da Alemanha o governo teve de cortar inúmeros gastos, inclusive no setor público, pra poder alcançar as metas das suas dívidas e também, suas metas fiscais. A população sob essa política viveu dias péssimos num país relativamente desenvolvido. Conta-se inclusive de dados sobre a desnutrição em plena Grécia, em plena Europa, por causa dos limites impostos pela União Europeia ao país.Uma oligarquia que governava o país com benefícios dos mais amplos, como isenção fiscal perdeu seu posto de mando e agora o novo partido o Syriza está no poder com promessas das mais várias como isenção de pagamento para a energia elétrica aos mais pobres, dentre outros.

Tomando as devidas proporções a Grécia poderia servir de exemplo ao Brasil, mesmo já sendo tarde demais. Os governos devem atender as demandas do povo e não puni-los por causa do mal uso da coisa pública. Tudo o que se paga agora de impostos resulta de rombos e mais rombos deixados pelos nossos governantes e que agora se volta para nós, para pagarmos. O relatório da Petrobrás que nada diz é um exemplo – mais um – de que eles pouco se importam com o interesse público, com a opinião coletiva.

Passamos vergonha frente a tão pequenas coisas que foram deixadas de lado pelos governantes em função dos seus próprios interesses. É necessário que nesse momento de silencio a população ao menos esteja ciente do que acontece e não se esqueça no que lhe cabe enquanto tal.

Tiê Felix,professor

Artigo: A importância da Lei de Uso e Ocupação do Solo e o Plano Diretor

Por Marcelo Rodrigues

A Lei de Uso e Ocupação do Solo define as normas gerais para o desenvolvimento da cidade. Nela se encontram reunidos os princípios e orientações para a utilização e ocupação do espaço urbano, com o objetivo maior de garantir o desenvolvimento da cidade de forma equilibrada e sustentável.

Por que é importante planejar e ordenar o desenvolvimento da cidade?

Ao planejar a ocupação do território, a Prefeitura define o que é mais adequado para cada área da cidade, levando em conta a infraestrutura existente, a infraestrutura planejada, as restrições de natureza ambiental, a paisagem e o ambiente cultural. São consideradas as características e as necessidades de cada parte da cidade, tudo para garantir a adequada utilização do solo, o desenvolvimento social e econômico, a proteção do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida da população!

Quais são os pontos mais importantes e as inovações da LUOS?

Atualização, organização e padronização de definições e conceitos, facilitando sua aplicação futura às legislações específicas;

Definição de estratégias de proteção da paisagem;

Delimitação das áreas de restrição à ocupação urbana;

Novos princípios para o uso e ocupação das macrozonas;

Padronização do zoneamento e dos conceitos de parâmetros dos terrenos;

Nova definição de centros de comércio e serviços mais importantes a partir de critérios de  facilidade de acesso por transporte público, geração de trabalhos e arrecadação de impostos;

Definição de novos grupamentos e de critérios para ocupação das calçadas.

O sistema de transportes e o sistema viário

Podemos sem sombra de dúvida dizer: o carioca vive em movimento. Isso mesmo, cotidianamente, estamos tentando chegar a algum lugar, seja o local de trabalho, aos locais de ensino, cultura e lazer. Diante dessa constatação, a Prefeitura do Rio de Janeiro vem “pondo as mãos na massa” para que nossas rotineiras viagens tenham mais qualidade e tomem menos tempo de nossas vidas.

Além disso, um sistema de transporte mais organizado e eficaz e um sistema viário bem cuidado abrem possibilidades de aumento da competição no mercado, redução de custos aos produtores e economia aos consumidores.

A prefeitura tem investido no sistema viário e organizado o nosso sistema de transporte, através de ações como a construção de vias exclusivas para o transporte público, organização do transporte especial complementar (realizado pelas Vans e Kombis). Além disso, a prefeitura ainda busca promover um transporte ambientalmente sustentável via construção de ciclovias e bicicletários.

Associado a tudo isto, a prefeitura, ao produzir a Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), buscou orientar o sistema transporte para aperfeiçoar o seu uso.

O que é e para que serve o zoneamento?

O zoneamento é de fundamental importância no planejamento de uma cidade, garantindo o seu desenvolvimento ordenado. Nele, o território municipal é dividido em partes – chamadas zonas – onde se definem, para cada uma delas, normas de uso e ocupação do solo. Isso nada mais é do que definir regras que determinam o que pode ser feito na cidade, de que forma e onde.

Como é feito o zoneamento?

O ordenamento territorial é realizado através de dois elementos principais: a definição de usos e atividades e a determinação das características dos lotes e edificações. Os usos são divididos em categorias, e se referem ao tipo de atividade, como por exemplo, residencial, comercial, industrial, entre outros. Cada zona possui normas quanto a possibilidade ou não de ter cada um destes usos, em diferentes intensidades, não sendo permitidos aqueles que contrariem o que diz o zoneamento.

Assim, uma área da cidade pode abrigar usos residenciais e comerciais de pequeno porte, e não permitir atividades industriais, por exemplo.

Quais são estas zonas?

A Lei de Uso e Ocupação do Solo apresenta uma padronização das zonas, com suas denominações e conceitos, simplificando sua aplicação futura às diferentes áreas da cidade pelos Planos de Estruturação Urbana. As zonas podem se caracterizar pela predominância, diversidade ou intensidade dos dos diversos usos, e se dividem em sete categorias principais: zona de conservação ambiental, agrícola, residencial unifamiliar, residencial multifamiliar, comercial e de serviços, de uso misto e industrial. Estas categoriais contém subdivisões, totalizando vinte zonas, todas devidamente explicadas na LUOS.

Lei de Uso e Ocupação do Solo: ZoneamentoAh, isso depende do gabarito, que é um dos parâmetros urbanísticos!Vou fazer uma obra lá em casa! Será que posso construir mais um andar?De que forma?ParâmetrosO que pode ser feito em cada área da cidade depende do zoneamento.

Já os índices e parâmetros urbanísticos indicam como pode ser feita a construção!O que pode ser feito?Zoneamento.

Marcelo Rodrigues é Mestre em Direito Ambiental e professor Universitário

Artigo: Vaticano e vida extraterrestre

Por Célio Pezza

Falar sobre vida extraterrestre sempre desperta nosso imaginário e vemos reações diversas entre as pessoas. O fato é que as informações na mídia são tão desencontradas que grande parte da população não sabe no que acreditar.

Por outro lado, parece que algo está mudando rapidamente nesse cenário e o próprio Vaticano está tomando a frente em revelações significativas. Dá a impressão de que algo muito grande está para acontecer e que o Vaticano participa ativamente desse acontecimento.

Francisco é o primeiro jesuíta a ocupar o papado e os jesuítas são famosos por pertencerem a uma elite dentro da Igreja, voltada aos estudos da ciência. São homens que, por norma, não têm apenas a formação teológica, mas também outras. São médicos, físicos, astrofísicos, engenheiros, etc..

O próprio papa é formado em engenharia química.  Desde 2008 a igreja trabalha a ideia de que os extraterrestres são nossos irmãos e na existência de outros seres inteligentes criados por Deus. Isso não vai contra a fé cristã, pois o próprio Cristo já falava que “na casa de meu Pai existem muitas moradas” e “meu reino não é deste mundo”.

Os jesuítas administram dois grandes observatórios estelares; um em Castel Gandolfo, a 30 km do Vaticano, onde os papas se hospedam durante o verão, e outro no Monte Graham, Arizona-EUA. Esse último possui um dos mais poderosos e avançados telescópios do mundo, com câmeras super-resfriadas infravermelhas conhecidas como LTB (Large Binocular Telescope). Para termos uma ideia, esse telescópio tem uma resolução 10 vezes maior que o telescópio espacial Hubble.

Outro jesuíta, Guy de Colsomagno, um dos lideres da preparação cientifica para a divulgação de vida extraterrestre, medalha de ciência Carl Sagan da Sociedade Americana de Astronomia, é um dos conselheiros habituais do papa Francisco.

 

Essa abertura do Vaticano para a discussão da vida extraterrestre não é apenas um acidente. É uma estratégia bem definida que começou em 2008 com o padre José Funes, à época, diretor do observatório de Castel Galdolfo, e vem tomando corpo a cada ano. Na verdade, é uma politica de abertura que vem sendo adotada pelas Nações Unidas.

O ex-ministro da Defesa do Canadá, Paull Hellyer, declarou durante uma audiência pública em Washington (EUA), que os UFOS são tão reais quanto os aviões que voam sobre nossas cabeças.  Dentro dessa estratégia, o Vaticano tem um papel preponderante na preparação do mundo católico para a divulgação da existência de vida extraterrestre.

Não fiquem surpresos se, no futuro, tivermos uma declaração oficial sobre um contato com uma cultura alienígena. Essa posição não é uma exclusividade do Vaticano, mas, através dele, o diálogo global com as massas fica mais fácil.

O Vaticano, através dos jesuítas, está desempenhando um papel construtivo na preparação do público para suportar essa revelação. Vamos acompanhar com atenção e seriedade os próximos desdobramentos desse evento.

Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza

Opinião: A incompetência brasileira

Por Tiê Felix 

A amizade é uma virtude tipicamente brasileira. A frase aos amigos tudo, aos inimigos a lei reflete essa pratica corrente por cá. Diferentemente de outros lugares do mundo, conhecidos pela sua indiferença e individualismo liberais, no Brasil a coisa é diferente, troca-se favores o tempo todo, sem considerar nenhum outro valor senão a amizade como critério de qualquer negócio e comércio. Por isso mesmo pouquíssimas relações sociais – de socius mesmo –  de qualquer natureza pode ser considerada realmente séria por aqui. Questionável são quase todas as obras realizadas no Brasil, desde uma compra numa loja sem nota fiscal até mesmo uma rua calçada com uma verbinha qualquer.

Basta lembrar que em cargos de grande importância da nação quem trata de cuidar são os partidos, levando sempre grande parte de toda grana que envolve ministérios e empresas públicas para seus próprios bolsos ou para sua própria causa partidária. Daqui se vê a crise partidária brasileira. A direita o faz para os mais ricos e a esquerda para os seus correligionário e empresário também financiadores. Quanto a isso todos estão podres.

Alguém pode dizer: mas não se faz nada sem partido.

Posso retrucar imediatamente dizendo que o partido deve servir ao interesse de quem nele votou e portanto aderiu a ele, o que não acontece em todas as vezes.

Quando se vê falta de agua, de energia e de vergonha, é porque realmente a coisa é séria, a crise moral está instalada. A política descambou para o seu fracasso, embora muitos afirmem o “avanço da democracia”. O fracasso da política no Brasil relaciona-se a esse personalismo tão comum nas relações sociais brasileiras onde tudo é moeda de troca, principalmente a dignidade, a personalidade e a honestidade. Grande parte dos nossos representantes são personalidades mesquinhas, destas que vemos por ai com seus autoritarismos.

A mesquinharia autoriza o autoritarismo; a ignorância ajuda a crescer imoralidade.

Falta-nos ética de verdade, ética como vergonha e não como mero conceito relativo. Para viver qualquer uma precisa de ética. Sem ética não dá pra sair nem para a rua.

Nenhum esforço é feito no Brasil porque não há nenhuma valorização do trabalho como fundamento produtivo da vida. O trabalho aqui em alguns lugares ainda é semi-escravo, com direito a gritos inclusive, bastante semelhante à casa grande mesmo. Qualquer político brasileiro sabe que governa para uma maioria serviçal e pouca afeita a promover críticas.

A maior parte do trabalho realizado resulta sempre de uma exploração excessiva de um exercício medíocre. Em todos os aspectos da sociedade o brasileiro está sem saída, paga altos impostos e vive sob a inflação que não lhe deixa possuir nada.LaBruyere moralista francês dizia que há apenas duas maneiras de se obter sucesso na vida, pelos próprios hábitos ou pela incompetência alheia, no Brasil a segunda predomina.

Tiê Felix é professor