Demanda por seguros aumenta com onda de roubos

Pedro Augusto

Os constantes casos de roubos de veículos registrados nos dois primeiros meses deste ano em Caruaru – a Secretaria de Defesa Social contabilizou um aumento na prática de 153% no comparativo com o mesmo período de 2015 – estão levando os proprietários de automóveis, motocicletas e outros transportes a se atentarem ainda mais para a importância de se contar com as garantias de um seguro. Mesmo com a crise financeira, que vem inibindo bastante o poder de consumo dos caruaruenses, milhares deles têm refeito as suas contas para encaixar em seus orçamentos a quitação da parcela do serviço. Que o diga a gerente de loja, Joana Paula.

Após verificar, através da imprensa local, o acréscimo considerável no número de roubos, ela decidiu recorrer a uma corretora de seguros. “Já tínhamos passado por um susto grande em 2015, quando meu marido por pouco não teve a motocicleta roubada, e agora com essa onda constante de assaltos, achamos melhor recorrer ao serviço. Apesar de a vida não estar fácil para ninguém por conta dessa crise, fizemos um esforço ao cortarmos algumas despesas extras e conseguimos fechar a melhor opção em termos de seguro. Sim porque é melhor apertar um pouco mais o orçamento incluindo a parcela por mês do que ter um dos poucos bens levados. Afinal, o prejuízo acaba sendo maior”, justificou.

Segundo as corretoras visitadas esta semana pelo VANGUARDA, atualmente a demanda por seguros de veículos na cidade encontra-se em média 20% maior em comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o que confirmou a técnica de seguros da Cactus, Rosangela Balbino. “Realmente as pessoas estão assustadas com esse aumento significativo no número de roubos, tanto é que hoje elas têm comparecido à nossa empresa numa frequência cada vez maior à procura da efetivação de seguros. Um ponto interessante é que a alta demanda não tem se limitado apenas a proprietários de veículos, como o Gol e o Uno Mille, que tradicionalmente são bastante procurados pelos assaltantes, mas sim no âmbito geral.”

Se atualmente a procura pela efetivação de seguros está em elevada, o mesmo também pode ser dito em relação ao comunicado de sinistros. Este último corresponde a qualquer evento em que o segurado sofreu algum tipo de acidente ou prejuízo material como, por exemplo, colisões, incêndios ou os próprios roubos.

A técnica de seguros da Serra Leoa, Luciana Barros, ressaltou o acréscimo pelo segundo procedimento. “Assim como na concorrente, até o presente momento a demanda pela efetivação de seguros encontra-se cerca de 20% superior em relação ao primeiro trimestre de 2015. Entretanto, o volume de sinistros contabilizados ante o mesmo intervalo do ano passado ainda está maior. A maioria deles está relacionada aos casos de roubo.”

Na Bertier, a procura por seguros encontra-se hoje mais concentrada para um determinado tipo de veículo. “Para se ter ideia, enquanto a efetivação de seguros aumentou em torno de 20% em relação aos automóveis no que diz respeito às motocicletas, o mesmo procedimento cresceu em média de 50% com essa onda de roubos que vem ocorrendo em Caruaru. Apesar da crise, os proprietários têm encontrado um forma de pagar o seguro, garantindo, assim, os seus patrimônios”, reforçou o gerente de seguros da Bertier, Gustavo Spindola.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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