Dia das Mães impulsiona vendas na Feira da Sulanca

Feira da Sulanca (12)

Pedro Augusto

A Feira da Sulanca, no Parque 18 de Maio, no Centro, vivenciou, na segunda-feira (08), o seu melhor desempenho de 2017 em termos de vendas. E nem poderia ser diferente, haja vista que a data citada serviu para a realização da última feira antes das comemorações do Dia das Mães – neste domingo (14). De acordo com o levantamento feito pela Associação dos Feirantes de Caruaru, entre 50 mil e 60 mil compradores estiveram trafegando pelos mais variados setores do coração econômico da Capital do Agreste à procura de produtos para presentear as suas mães ou para revender em seus respectivos municípios. A entidade também identificou uma movimentação financeira na ordem de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões, o que representou um salto substancial no tocante as circulações de dinheiro observadas nas feiras anteriores.

Em entrevista ao VANGUARDA, o presidente da Associação dos Sulanqueiros, Pedro Moura, confirmou o acréscimo na demanda por vestuários, calçados e acessórios voltados justamente para o público feminino. “Conforme dita a tradição, nesta última Sulanca, que antecedeu a data comemorativa, a maior movimentação por parte dos consumidores se concentrou nos bancos que comercializam estes tipos de produtos. Entretanto, no âmbito geral, também verificamos uma procura elevada por demais itens. Essa feira do Dia das Mães chegou em boa hora, até porque vínhamos registrando sucessivas quedas nas vendas em relação a intervalos do ano passado. Em comparação a estes últimos, contabilizamos hoje (segunda) um aumento nas vendas de 30%”.

Acostumada a comercializar cerca de 1.000 peças em feiras consideradas normais, a sulanqueira Jaqueline Cardeal mal conseguiu dar entrevista em meio há demanda incrementada. “Graças a Deus e a chegada do Dia das Mães, deveremos vender pelo menos o dobro em comparação com as outras Sulancas deste ano. Além de fazermos as nossas comercializações para os clientes tradicionais, ainda estamos vendendo bastante para novos compradores que estão circulando por aqui. Torcemos que a partir de agora até o término do São João, o movimento permaneça desta forma para compensar as vendas fracas que ocorreram do último mês de janeiro até abril”. Jaqueline opera com o seu banco no Antigo Terreno da Fundac.

Por lá, a reportagem VANGUARDA também ouviu a análise da feirante Severina Tavares. Especializada na comercialização de acessórios femininos, ela disse ter vendido cerca de 20% a mais em comparação às feiras anteriores. “Realmente, o movimento foi melhor em relação às sulancas deste ano, porém no comparativo com o mesmo período do ano passado, não houve aumento, pelo menos para mim, em termos de vendas. Essa crise e essa seca que não acabam nunca continuam influenciando bastante os faturamentos de todos os sulanqueiros. Mas a esperança agora é que tenhamos desempenhos melhores com as proximidades dos festejos juninos. Apesar do pouco dinheiro, milhares de compradores não vão deixar de fazer as suas compras no Parque de 18 Maio”, destacou.

Quem deverá desembarcar no Parque no próximo mês será o agora autônomo Wellington Alves. Desempregado há seis meses, ele está enxergando nas mercadorias adquiridas no espaço a oportunidade ideal para lucrar na sua terra natal, Maceió-AL. “Comprei em torno de 100 vestuários para revender por lá no Dia das Mães e já estou me preparando para retornar a Caruaru no próximo mês. Apesar da infraestrutura precária da Feira da Sulanca, faço questão de vir para cá, porque os produtos são de alta qualidade e ainda possuem preços atrativos. Desta forma, dá para lucrar um pouquinho na minha cidade”, observou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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