Dia das Mães impulsiona vendas no Parque 18 de Maio

Por Pedro Augusto

Em tempos de crise financeira, só mesmo um Dia das Mães para impulsionar os faturamentos no Parque 18 de Maio, em Caruaru. Se for tomada como parâmetro a atual realidade econômica do país, até que a data comemorativa cumpriu com o seu dever em 2016. Se o desempenho não foi superior em relação aos mesmos períodos de anos anteriores, quando pouco se repetia a palavra crise no comércio da Capital do Agreste, ao menos, na Feira da Sulanca da última segunda-feira (2), os comerciantes que negociam no local contabilizaram um incremento satisfatório nas vendas em comparação com as mais recentes registradas. Como não poderia ser diferente, a maior demanda pelos produtos se concentrou nos bancos voltados para a negociação de artigos femininos.

Proprietária de um banco no antigo terreno da Fundac, a sulanqueira Gisele Roberta, disse ter vendido em dobro na Sulanca desta semana. “Geralmente comercializo cerca de 200 peças nas semanas consideradas normais, mas nesta, que correspondeu à última antes da comemoração da data, vendi em torno de 400. É claro que por conta desta crise, o movimento ficou bem abaixo em relação aos anos anteriores, porém deu para dar uma sacudida no nosso faturamento. Esperamos que a partir de agora, com a proximidade do São João, consigamos vender um pouco mais aqui na Sulanca, porque a coisa está feia em 2016”. Gisele comercializa vestidos há mais de seis anos no antigo terreno da Fundac.

Lá, a reportagem VANGUARDA também colheu a avaliação do sulanqueiro Paulo Sérgio. Com opinião semelhante a da concorrente, ele confirmou a queda na comercialização de produtos ante o mesmo período do ano passado. “Para se ter ideia, em 2015, quando a crise já vinha se intensificando, vendi em torno de 40% a mais em comparação com esta última feira. Realmente a situação não está nada fácil para nós que negociamos na Sulanca, porém se servir como alento, estamos nos aproximando do São João e a expectativa é de movimento considerável nas próximas semanas. Outro ponto positivo e que nos deixou animados é que conseguimos vender nesta segunda (dia 2) um pouco mais em relação às semanas anteriores. Tudo isso por conta da proximidade do Dia das Mães”.

Os próprios números levantados sobre a data pela Câmara Setorial do Centro Moda do 18 de Maio vêm a reforçar as avaliações individuais dos feirantes. De acordo com o estudo realizado, na última segunda-feira, o volume de vendas contabilizado no Parque girou em torno dos 10% a menos em relação ao mesmo período do ano passado. “Por outro lado, em comparação com as feiras das semanas anteriores, o montante de vendas computado nesta última que antecedeu o Dia das Mães superou a casa dos 15%. Ou seja, podemos afirmar que a data propiciou um faturamento considerável diante das dificuldades conforme todo o comércio de Caruaru vem atravessando com a crise”, destacou o coordenador da Câmara, Gustavo Henrique Pereira.

De acordo com o diretor do Departamento Municipal de Feiras e Mercados, Felipe Augusto Ramos, o bom desempenho da Sulanca no Dia das Mães também deverá ser observado no período junino. “É o que esperamos haja vista que o São João costuma impulsionar bastante as vendas no local. Embora estejamos passando por uma crise, a tendência é de movimento significativo no próximo mês. No intuito de atendermos a alta demanda da melhor maneira possível, estamos aplicando algumas melhorias na infraestrutura do Parque”, informou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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