Entenda o que é meningite

A meningite acontece quando o revestimento que recobre o cérebro e a medula espinhal (denominado “meninges”) fica inflamado ou infectado. A doença pode ser causada por vírus ou bactérias. A meningite bacteriana tem alta taxa de letalidade mesmo com tratamento adequado. Sequelas neurológicas são comuns entre os sobreviventes. A médica Andrezza de Vasconcelos, infectologista do Hospital Jayme da Fonte, explica que a meningite viral é grave, mas geralmente não é tão grave como meningite bacteriana: “A recuperação da meningite viral normalmente se dá dentro de 1 a 2 semanas sem quaisquer problemas a longo prazo”, esclarece.

Ainda de acordo com a infectologista, a meningite viral e a bacteriana podem ter os mesmos sintomas, que consistem em febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele, o que difere é a evolução do quadro. A meningite bacteriana é mais grave e, por isso, deve ser tratada imediatamente com antibióticos, pois o paciente corre risco de morte e de apresentar sequelas graves. “É fundamental o tratamento precoce”, reforça a médica.

Para confirmar o diagnóstico, é feita a punção liquórica, onde é retirado um pouco de líquido da medula espinhal e esse material é enviado para análises específicas. “O exame é importante para identificar qual é o agente infeccioso (bactéria ou vírus), e dessa forma definir o tratamento”, explica a infectologista.

A transmissão da doença é feita através do contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. Ela não se transmite com tanta facilidade quanto a gripe, mas sim com um contato mais próximo e prolongado com o doente.

O tratamento da meningite viral é o mesmo feito para viroses em geral, com hidratação oral ou venosa, medicações sintomáticas e repouso. Deve durar entre cinco e sete dias se o paciente não apresentar complicações. A meningite bacteriana deve ter tratada com antibióticos intravenosos e as mesmas medidas gerais para o tratamento da meningite viral.

Segundo a médica Andrezza de Vasconcelos, para ajudar a prevenir a meningite bacteriana, existem as vacinas contra meningococo, pneumococo e Haemophilus influenza.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *