Estudantes da UFPE vivenciam experiências práticas em casas de acolhimento

Estudantes de Medicina, Pedagogia e Física da UFPE de Caruaru, apresentaram na quinta-feira (27), no campus da instituição da cidade, o resultado da experiência vivenciada por eles nas três casas de acolhimento institucional do município, assim como na Casa de Passagem e Caud. As atividades desenvolvidas com o intuito de fortalecer a afirmação dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes acolhidos fizeram parte dos estudos práticos da disciplina eletiva “Educação, Democracia e Direitos Humanos”, implantada neste semestre, que tem coordenação da professora Drª Ana Maria de Barros. Os profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru (SDSDH), que trabalham nas casas e receberam e acolheram as demandas dos universitários, estiveram presentes neste momento de socialização.

Os resultados foram apresentados através de banners e exposição oral, e teve espaço também para se debater as sugestões para a continuidade do trabalho da disciplina no segundo semestre. “Para os alunos é importantíssima essa vivência porque eles têm a experiência prática, eles vêm os problemas da educação, da saúde, muito na teoria, e assim, eles tiveram uma possibilidade de ir para uma situação de vulnerabilidade, em que essas crianças tiveram o rompimento com a estrutura familiar. A partir dessa experiência eles passaram a ter uma nova visão, entenderam que o trabalho na universidade tem que ter uma função social. Eu acho que o resultado foi muito positivo”, destacou a professora do mestrado em Direitos Humanos da UFPE, Ana Maria de Barros.

Durante o período de estudo, os alunos realizaram palestras, oficinas, saraus, dinâmicas, contação de histórias, orientação de saúde e prevenção na infância e na adolescência. “Estou extremamente impactada e feliz ao mesmo tempo, porque é muito complexo ouvir o externo falar do nosso trabalho. É um trabalho de duas mãos: a gente quer aprender, e estamos aprendendo, e a instituição também constrói profissionais humanizados e sensíveis à questões, como, por exemplo, a adoção tardia, a violação de direitos e vulnerabilidades como o abandono afetivo, intelectual, a exploração sexual e pelo trabalho infantil, então, tem sido uma grande troca”, destacou a secretária da SDSDH, Perpétua Dantas.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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