Farmácias locais tentam driblar grandes marcas

Pedro Augusto

Ultimamente, além da crise financeira, as farmácias locais têm tido de lidar com mais um fator indigesto na luta pela sobrevivência no mercado: a concorrência elevada das grandes redes. Hoje, mais precisamente na segunda quinzena do mês de setembro de 2016, o comércio de Caruaru vem comportando cerca de 30 unidades estampando as marcas de empresas de portes nacionais, como a Pague Menos, a Drogasil, a Big Ben e a Farmácia do Trabalhador do Brasil. Com tanto acirramento na conquista pela preferência dos clientes, nos últimos meses, dezenas de farmácias de pequeno e médio porte acabaram fechando as suas portas no município.

Entretanto, ainda existem aquelas que são da terra e que ainda vêm se sobressaindo no mercado, mesmo diante da chegada de novas concorrentes. Um exemplo disso é a rede de farmácias Diariamente. Em meio ao fechamento de agora antigas coirmãs, a empresa caruaruense tem se mantido firme na crise com a manutenção de suas oito unidades. Para o diretor-executivo da Diariamente, Maurício Neves, o segredo para a sequência sadia das atividades está no bom planejamento empregado.

“Mesmo com essa chegada forte de novas redes, temos conseguido nos manter no topo da preferência da clientela local devido ao bom atendimento oferecido, à disponibilização de medicamentos e demais itens de qualidade e à redução dos custos. Hoje, as farmácias Diariamente não comercializam apenas remédios, mas vários outros produtos, que também são oferecidos em lojas de conveniência, como cosméticos, alimentos e serviços de telefonia. Com tanto investimento e esforço empregado, temos dado continuidade às nossas atividades, apesar de todos os empecilhos também impostos pela crise.”

Embora projete uma concorrência ainda maior por parte das grandes redes, o diretor das farmácias Diariamente vislumbra um cenário mais positivo no próximo ano. “Existe uma tendência natural para que as grandes redes passem a dominar o mercado local de farmácias, mas somente em médio e longo prazo. Até lá, os proprietários de farmácias locais necessitam aplicar algumas medidas que possibilitem a sua sobrevivência, mesmo com a já vigente concorrência elevada. Melhorar o atendimento, ampliar as suas redes de convênios, economizar e oferecer boas marcas estão entre as dicas a serem repassadas”, finalizou Maurício.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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