Pedro Augusto
Este deve ser o principal desejo não só da torcida, mas também de toda imprensa pernambucana que cobre o dia a dia dos principais clubes do Estado. Com exceção do Sport, que no apagar das luzes, ou melhor, que na última rodada da Série A conseguiu escapar do rebaixamento, evitando, assim, um vexame maior, a temporada deste ano acabou sendo decepcionante em termos de competições nacionais para Central, Salgueiro, Náutico e Santa Cruz. Destes quatro últimos clubes citados, dois acabaram se despedindo já na primeira fase, enquanto os demais caíram de divisão.
Sucumbindo desde o Estadual 2017, quando precisou mandar os seus jogos longe de casa e ainda teve de lidar com vários problemas financeiros, o Central foi uma das equipes a encerrar a temporada ainda na fase inicial do Brasileirão. Com um elenco fraco e desmotivado – reflexo das lambanças cometidas pela diretoria da época –, a Patativa foi um fiasco na edição deste ano da Série D, caindo fora matematicamente da competição em pleno Estádio Luiz Lacerda e diante de sua torcida. Hoje, passados quase seis meses da eliminação, o clube caruaruense tenta voltar a se reerguer sob a administração de uma nova diretoria e com a formação de uma nova comissão técnica e de um novo plantel.
Prejudicado pela arbitragem na final do Estadual 2017, quando teve um gol mal anulado, o Salgueiro foi outra equipe pernambucana a decepcionar a torcida no Campeonato Brasileiro. Sem muita inspiração dentro de campo, motivada principalmente pela perda do título, o Carcará acabou apenas figurando na última Série C ao terminar na quinta posição do grupo A. Com as saídas de alguns atletas que figuraram por bastante tempo no time titular, como o zagueiro Ranieri e o volante Rodolfo Potiguar, atualmente o Salgueiro está sendo obrigado a promover várias mudanças em seu elenco. Em paralelo à chegada de reforços, também está sendo aguardado um novo técnico no Cornélio de Barros.
Outra equipe pernambucana que fez uma campanha pífia no Brasileirão, mas ao menos está garantida na divisão em que disputa foi o Sport. Eliminado praticamente de todas as competições às quais participou, sendo apenas campeão do Estadual 2017 e de forma questionável, o Leão só escapou do rebaixamento porque venceu os seus últimos três compromissos, bem como foi favorecido na última rodada da Série A com os maus resultados de seus principais concorrentes de fuga. Sem técnico ainda para a próxima temporada, haja vista que Daniel Paulista entregou o cargo, o rubro-negro pernambucano também terá de contratar vários reforços se quiser fazer bonito em 2018. Em contrapartida, uma faxina está prevista para ser realizada no elenco.
Diferentemente do arquirrival Sport e dos clubes do Interior, o Náutico não teve a mesma sorte em 2017 e acabou amargando o rebaixamento no Campeonato Nacional. Tropeçando em todas as competições em que disputou ao longo da temporada – decorrente das desavenças envolvendo os seus cartolas e da péssima administração da antiga diretoria -, o Timbu terminou na lanterna da Segundona sendo obrigado a jogar, agora, a Série C 2018. Com o objetivo de retornar o mais rápido possível à divisão da qual não deveria ter saído, o hexacampeão pernambucano está apostando na manutenção do técnico Roberto Fernandes, bem como na contratação de atletas mais baratos. Vários cortes nas despesas também estão sendo feitos pelas bandas dos Aflitos.
Em situação semelhante em relação ao Náutico, o Santa Cruz também caiu de divisão na temporada 2017. O time das Repúblicas Independentes do Arruda terminou na 17ª posição da Série B e terá de jogar novamente a Terceirona. Passando por uma crise financeira sem data para terminar, o que culminou no atraso de diversos meses de salários, a Cobra Coral tenta juntar os cacos com a eleição da nova diretoria. Esta última, que terá Constantino Junior como presidente-executivo, ficará responsável por gerir os rumos do clube pelos próximos três anos. Um novo técnico e vários jogadores deverão aportar no Estádio do Arruda, nas próximas semanas.