Inadimplência entre idosos avança 10,0%. Mais da metade da população na faixa de 30 a 39 anos está negativada

O indicador revela que o aumento mais acentuado da inadimplência acontece entre a população mais velha. Na comparação entre setembro de 2018 e setembro do ano passado, houve um crescimento de 10,0% na quantidade de inadimplentes entre 65 e 84 anos. Em número absoluto, estima-se um total de 5,4 milhões de consumidores com o CPF restrito nessa faixa etária.

Considerando os brasileiros de 50 a 64 anos, a alta no número de negativados foi de 6,2%, com 12,9 milhões, e na população de 40 a 49 anos foi de 4,9%, com 14 milhões de inadimplentes.

Os dados apontam ainda que a maior parte dos inadimplentes (51,5%) permanece na faixa dos 30 aos 39 anos. São 17,7 milhões de pessoas que não conseguem honrar seus compromissos financeiros. Na população mais jovem, os números também são expressivos: 7,7 milhões de inadimplentes entre 25 a 29 anos e 4,4 milhões com contas atrasadas têm entre 18 e 24 anos.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o fato de os idosos estarem tendo cada vez mais acesso a linhas de crédito acaba levando à inadimplência nessa faixa etária. “Com o aumento da expectativa de vida, a população idosa participa cada vez mais ativamente do mercado de crédito, com um leque maior de produtos e serviços voltados para esse público específico. Isso eleva o número de potenciais consumidores nessa faixa etária, assim com o número de consumidores que eventualmente caem na inadimplência”, analisa.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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