Leite aumenta e encarece produtos derivados

Por Pedro Augusto

Atualmente, os consumidores caruaruenses não têm se assustado apenas com os valores salgados do quilo do feijão. Com a intensificação da seca, que vem ocasionando a elevação nos custos de produção das bacias leiteiras, somada à alta constante do dólar, não só o leite como também os seus produtos derivados encontram-se cada vez mais caros nas prateleiras dos supermercados locais. De acordo com os últimos números divulgados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), hoje, o valor do litro em caixa está custando 15,54% a mais enquanto o leite em pó está sendo comercializado 3,26% mais caro. Outros derivados como o leite condensado e a manteiga sofreram respectivamente reajustes de 6,66% e 6,26%.

No intuito de verificar as diferenças de preços no cenário local, a reportagem VANGUARDA esteve visitando três supermercados na manhã da última terça-feira (26). Tomando como parâmetro os valores de cinco produtos – do leite em caixa, em pó e condensado, além do creme de leite e o queijo mussarela – o periódico pôde comprovar que os reajustes aplicados têm pesado bastante nos bolsos dos consumidores. Em relação ao leite caixa, conhecido também como longa vida, a unidade correspondente a um litro está custando de R$ 4,38 a R$ 5,39. Já o preço do leite em pó referente à 200g não está saindo por menos de R$ 3,69 e por mais de R$ 5,26.

No que diz respeito ao creme de leite, a reportagem VANGUARDA encontrou a unidade contendo 200 gramas sendo comercializada ao preço mínimo de R$ 2,09 e ao máximo de R$ 2,99. Já em relação ao leite condensado, a unidade correspondente a 395 gramas está custando de R$ 3,95 a incríveis R$ 6,09. Mas os valores do derivado que acabou chamando mais a atenção da reportagem devido ao seu acréscimo elevado se referiu ao queijo mussarela. Em um supermercado, um quilo do produto está custando impressionantes R$ 33,59, porém nos demais visitados, o mesmo volume tem saído respectivamente a R$ 26 e a R$ 30.

Com tanta variedade nos valores, puxados sem exceção para cima, a saída para o consumidor está sendo pesquisar. “Eu mesmo sou aposentado, recebo um salário mínimo e não estou conseguindo acompanhar essas altas nos preços. Agora, para poder levar para casa o leite e seus derivados como também os demais produtos estou tendo de comparar os preços em pelo menos dois supermercados. Daqui a pouco, o aposentado não vai ter mais o que comer, porque não vai ter mais como comprar”, criticou o idoso João Batista. As reclamações em relação aos valores destes tipos de produtos não têm se limitado apenas a uma determinada gama de consumidores.

A empreendedora Carla Silva, que comercializa bolos caseiros, também criticou os reajustes dos preços. “Até agora estou conseguindo segurar os valores dos produtos que já vinham sendo praticados, porém não vai demorar muito tempo para ter de repassar todos esses aumentos para o consumidor. Infelizmente, hoje a realidade do nosso país tem sido essa. Quem vem sempre pagando a conta é o cliente final haja vista que as empresas não podem ficar no prejuízo por questão de sobrevivência”. Por conta desta elevação, a empreendedora precisou aderir a novas marcas.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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