Lucro da Energisa cresce 111,8% no trimestre e alcança R$ 340 milhões no ano

O Grupo Energisa registrou lucro líquido de R$ 340,0 milhões nos nove primeiros meses do ano, um aumento de 111,7% em relação a igual período de 2016. No trimestre, o lucro líquido foi de R$ 134,1 milhões, pouco mais que o dobro do registrado no 3T16 (R$ 63,3 milhões). Os resultados também mostram expansão do consumo de energia nos mercados cativo e livre do Grupo, com crescimento de 3,9% no 3T17– 3,6 pontos percentuais acima da média de consumo nacional, que apresentou crescimento de 0,3% em relação ao ano anterior, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Considerando o mercado não faturado, o crescimento foi de 5,2% no trimestre, e 3,6% no ano.

A dívida líquida da companhia totalizou aproximadamente R$ 6,1 bilhões, contra R$ 6,3 bilhões em junho de 2017 e cerca de R$ 6,0 bilhões em dezembro de 2016. O EBITDA Ajustado totalizou R$ 517,9 milhões no 3T17, queda de 12,9% em relação ao 3T16, principalmente em função de efeitos não recorrentes. No consolidado dos 12 meses findos em setembro de 2017, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 2,1 bilhões, e a relação dívida líquida por EBITDA Ajustado ficou em 2,9 vezes no período. “A queda do EBITDA se deve a efeitos não recorrentes, ocorridos no 3T16, que elevaram o EBITDA daquele trimestre. Se desconsiderarmos esses efeitos extraordinários do ano passado, o EBITDA teria crescido 12,3%”, diz Maurício Botelho, vice-presidente Financeiro e diretor de Relações com Investidores do Grupo Energisa.

No ano, a Energisa mantém queda nas despesas controláveis do PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros), que ficaram em torno de R$ 1,4 bilhão no acumulado dos últimos nove meses, decréscimo de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Evolução do Mercado

Puxado pelo forte crescimento da Região Centro-Oeste, o consumo de energia do Grupo totalizou 7.274,7 GWh, crescimento de 3,9%. Só na Energisa Mato Grosso, as vendas aumentaram 9,0%, com destaque para as classes residencial (+12,2%) e rural (+8,4%). Já na Energisa Mato Grosso do Sul, o valor foi 7,7% maior, com crescimento de 9,7% e 11,0% nas classes residencial e rural, respectivamente. Os resultados positivos das classes residenciais em ambos os estados se devem às temperaturas mais altas, escassez de chuva e baixa umidade do ar, o que impulsionou o uso de equipamentos de ar condicionado e umidificadores de ar. Também apresentaram destaque os números na Energisa Sul-Sudeste, com 4,5%, e na Energisa Tocantins, com 3,6%.

Entre todas as distribuidoras, a classe residencial, que representa 34,1% do mercado total cativo e livre, registrou aumento de 4,5%. Já a classe industrial, responsável por 22,9% do mercado total, teve elevou suas vendas em 2,9%.

Investimento

Entre julho e setembro, os investimentos da Energisa atingiram R$ 467,7 milhões, acumulando aproximadamente R$ 1,5 bilhão em nove meses, o que representa crescimento de 24,3% em relação ao valor investido em 9M16. Vale destacar o início dos investimentos nas transmissoras Energisa Pará e Energisa Goiás, que totalizaram R$ 3,4 milhões no trimestre, decorrentes do início das atividades para regularização fundiária e licenciamento ambiental.

Indicadores de qualidade

Os indicadores DEC e FEC (média móvel 12 meses) tiveram melhorias em diversas concessões do Grupo Energisa, com destaque para as reduções na Energisa Sul-Sudeste (DEC caiu 38,2% e FEC, 36,0%) e na Energisa Nova Friburgo (DEC caiu 29,1% e FEC, 47,1%). Todas as concessões estão dentro dos limites regulatórios do FEC. Em relação ao DEC, as unidades do Mato Grosso, Tocantins estão acima do limite regulatório, mas medidas consistentes de melhoria já estão em curso para reverter esse quadro.

Perdas e inadimplência

As perdas totais consolidadas da Energisa nos últimos 12 meses (encerrados em setembro de 2017) somaram 4.048,3 GWh, representando 11,85% da energia injetada, queda de 0,68 ponto percentual em relação ao resultado de setembro de 2016. No consolidado de todas as distribuidoras do Grupo, o percentual das perdas totais sobre a energia injetada fechou o trimestre dentro do limite regulatório. Em relação às perdas não técnicas, houve redução de 272,3 GWh em comparação com setembro do ano anterior, volume equivalente a toda energia injetada na Energisa Nova Friburgo.

Já a taxa de inadimplência (calculada pela relação percentual entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o fornecimento faturado, no período de 12 meses) foi de 0,78% nos últimos 12 meses (considerados até setembro), 0,45 ponto percentual acima da registrada em setembro de 2016 (0,33%).

Sobre a Energisa

Com 112 anos de história, o Grupo Energisa é um dos maiores do Brasil em distribuição de energia elétrica. Uma das primeiras empresas a abrir capital no Brasil, a companhia controla sete distribuidoras em Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná. São aproximadamente 6,5 milhões de clientes – o que representa uma população atendida de cerca de 16 milhões de pessoas – em 788 municípios em todas as regiões do Brasil. Com receita líquida anual de cerca de R$ 11 bilhões, o grupo gera aproximadamente 15 mil empregos.

Com a missão de transformar energia em conforto, desenvolvimento e oportunidades de forma sustentável, responsável e ética, a Energisa atua com um diversificado portfólio que engloba distribuição, geração, serviços para o setor elétrico (Energisa Soluções), serviços especializados de TI e Call Center (Multi Energisa), comercialização de energia (Energisa Comercializadora) e, mais recentemente, transmissão.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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